terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Jornada Feliz



                    

Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém


Geralmente, quando vamos empreender uma viagem, o bom senso nos diz que devemos elaborar um planejamento básico que garanta algum controle e certa previsibilidade na jornada. Mesmo assim, às vezes, somos surpreendidos, as coisas saem do controle, temos de depender de como as circunstâncias ocasionais e não planejadas vão se ajeitar, enfim, nas horas incertas da caminhada, temos de decidir como manter a serenidade e a confiança em Deus para marchar avante, mesmo em face das dificuldades do caminho.
O que fazer, portanto, quando adiante de nós há um mar de desafio aparentemente intransponível, à nossa volta uma montanha de problemas, e também nos perseguem um sem número de querelas existenciais que teimam em nos puxar para baixo?
Moisés passou por uma situação dessa, como uma metáfora viva, logo depois de haver libertado o povo de Israel da escravidão do Egito. Adiante dele estava o mar bravio, de ambos os lados as montanhas intransponíveis, na sua ilharga um povo que reclamava e lhe fazia oposição ao menor sinal de perigo, e atrás de si o mais poderoso exército da face da Terra liderado pelo próprio Faraó do Egito. Não havia escapatória possível, do ponto de vista humano. Mas havia ali um homem que confiava em Deus, que não se deixou levar pelo medo do desafio acima de suas forças, tampouco temeu o perigo iminente de ser destruído juntamente com seu povo.
Ali também estava o Deus único e verdadeiro, o Criador do Céu e da Terra, o mesmo que o havia enviado para libertar o povo do cativeiro egípcio. Moisés então clama ao Deus de sua confiança, o único que poderia ajudá-lo. Mas Deus lhe responde: “Por que clamas a mim; ordena aos filhos de Israel que marchem” (Êx 14.15). Aprendemos, assim, que com Deus podemos empreender uma jornada feliz e vitoriosa a despeito de quaisquer circunstâncias.
Embora essa história seja bastante conhecida, vale a pena ressaltar que a jornada será feliz na proporção da palavra de bênção que o Senhor Deus nos concede na caminhada. Cumpre-se a palavra, que diz: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Mt 4.4).
Noutra ocasião, depois do cativeiro da Babilônia, no reinado de Artaxerxes, o sacerdote Esdras, ao retornar à terra de Israel, se deparou com uma situação inusitada. Então, ele apregoou um jejum junto ao rio Aava, para se humilharem perante Deus, para pedirem jornada feliz para todos eles, para seus filhos e para tudo o que era deles.
Esdras explica a razão dessa busca: “Porque tive vergonha de pedir ao rei exército e cavaleiros para nos defenderem do inimigo no caminho, porquanto já lhe havíamos dito: A boa mão do nosso Deus é sobre todos os que o buscam, para o bem deles... Nós, pois, jejuamos e pedimos isto ao nosso Deus, e ele nos atendeu” (Ed 8.21.23).
Saiba que Deus quer o melhor para a sua vida, tal como falou através do profeta Jeremias: “Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais” (Jr 29.11).
Deus quer o melhor para a sua família. “Filhinhos, eu vos escrevi, porque conheceis o Pai. Pais, eu vos escrevi, porque conheceis aquele que existe desde o princípio. Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e tendes vencido o Maligno” (1Jo 2.14).
Deus tem uma bênção sobre todos os seus bens. Tão somente seja fiel a Deus. “Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida” (Ml 3.10).
Deus tem uma bênção de perdão e provisão de saúde e renovação para você e toda a sua família. “Ele é quem perdoa todas as tuas iniquidades; quem sara todas as tuas enfermidades... quem farta de bens a tua velhice, de sorte que a tua mocidade se renova como a da águia” (Sl 103.3-5).
Se há grandes dificuldades na jornada da vida – e você diz: “Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro? – também poderá afirmar: “O Senhor me guardará de todo mal; guardará a minha alma. O Senhor guardará a minha saída e a minha entrada, desde agora e para sempre” (Sl 121).
É com essa certeza de fé que desejo a você uma jornada feliz neste novo ano, assim como para sua família e tudo o que é seu. Cremos que podemos testemunhar o cuidado integral de Deus nestas três dimensões da vida. Portanto, oro para que você tenha uma viagem segura, um caminho direito, uma jornada feliz, tudo com a bênção plena de Deus.




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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Escola Bíblica Dominical L03 1T 13




Por:  (Pr Ev – Domingos Teixeira Costa)

A publicação das Lições da Escola Bíblica Dominical neste site, é fruto da obediência a Deus. Ele pôs em minha mente o propósito de fazer a divulgação do conteúdo espiritual que recebemos em nossas Igrejas a cada manhã de domingo,  para que semanalmente nossos irmãos que se encontram espalhados pelo mundo a fora, possam igualmente participar do mesmo pão. 
 
Cumprindo a missão de divulgar o Evangelho por lugares desfavorecidos do acesso a este conteúdo diretamente da Revista acima mencionada, para que os Missionários possam igualmente compartilhar deste pão com os filhos de Deus sob suas orientações, como a Igreja no Brasil, alimenta-se do conteúdo publicado na Revista; Lições Bíblicas da Escola Dominical veiculado neste site.

Tenho a certeza de que estou cumprindo como servo do Senhor meu Deus, mais uma vez, o dever de servo, junto a evangelização internacional, nacional e Igrejas que não desfrutam de acesso favorável e de um conteúdo organizado especificamente para o ensino pessoal e em grupo como igrejas  e etc.

Em virtude da cobertura do Blog ser a nível internacional, utilizamo-lo como o veículo adequado para o cumprimento dessa tarefa de levar esta Mensagem a todos os continentes de nosso planeta, o mais belo de todos no Universo, que só foi criado por causa do homem, para que aqui se fizesse a vontade de Deus como no céu, (Mt 6. 9-13).

À Missão Nacional, Internacional e Igrejas de difícil acesso.  

O Texto é a reprodução original do comentário publicado na Revista do aluno abaixo indicada: 
           
Revista Trimestral, “Lições Bíblicas”, 1º Trimestre – 2013. Comentarista: José Gonçalves, Editora CPAD Rio de Janeiro – RJ.

Lição 03 de 13

20 de janeiro de 2013


Tema: A Longa Seca sobre Israel

Texto Áureo: E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra” (Cr 7.14).


Verdade Prática: A longa seca sobre Israel teve como objetivos disciplinar e demonstrar a soberania divina sobre os homens.

LEITURA BÍBLICA
 1 Reis 18.1-8

1 – E sucedeu que, depois de muitos dias, a palavra do SENHOR veio a Elias no terceiro ano, dizendo: Vai e mostra-te a Acabe, porque darei  chuva sobre a terra.

2 – E foi Elias mostrar-se a Acabe; e a fome era extrema em Somaria.

3 E Acabe chamou a Obadias, o mordomo. (Obadias temia muito ao SENHOR,

4 porque sucedeu que, destruindo Jezabel os profetas do SENHOR, Obadias tomou cem profetas, e de cinquenta em cinquenta os escondeu, numa cova, e os sustentou com pão e agua.)  

5 E disse Acabe a Obadias: Vai pela terra a todas as fontes de água e a todos os rios; pode ser que achemos erva, para que em vida conservemos os cavalos e mulas e não estejamos privados dos animais.

6 – E repartiram entre si a terra, para passarem por ela; Acabe foi à parte por um caminho, e Obadias também foi à parte por outro caminho.

7 – Estando, pois, Obadias já em caminho, eis que Elias o encontrou; e conhecendo-o ele, prostrou-se sobre o seu rosto e disse: Es tu o meu senhor Elias?

8 E  disse-lhe ele; Eu sou; vai e dize a teu senhor: Eis que aqui está Elias.

INTRODUÇÃO

A longa seca predita pelo profeta Elias e que teve seu fiel cumprimento nos dias do rei Acabe (1 Rs 17.1,2; 18.1,2) é citada em o Novo Testamento pelo apóstolo Tiago: "Elias [...] orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra" (Tg 5.17). A seca é um fenômeno climático e como tal é imprevisível. Todavia, no contexto do reinado de Acabe ela ocorreu não somente como algo previsível, mas também anunciado. Não era um fenômeno simplesmente meteorológico, mas profético. Aqui veremos como se deu esse fato e como ele revela a soberania de Deus não somente sobre a história, mas também sobre os fenômenos naturais.


I - O PORQUE DA SECA

1. Disciplinar a nação. O culto a Baal financiado pelo estado nortista afastou o povo da adoração verdadeira. O profeta Elias estava consciente disso e quando confrontou os profetas de Baal, logo percebeu que o povo não mantinha mais fidelidade ao Deus de Israel: "Então, Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; e, se Baal, segui-o" (1 Rs 18.21). De fato a palavra hebraica as'iph, traduzida como pensamentos, mantém o sentido de ambivalência ou opinião dividida. A idolatria havia dividido o coração do povo. Para corrigir um coração dividido somente um remédio amargo surtiria efeito (l Rs 18.37).


2. Revelar a divindade verdadeira. Quando Jezabel veio para Israel não veio sozinha. Ela trouxe consigo a sua religião e uma vontade obstinada de fazer de seus deuses o principal objeto de adoração entre os hebreus. De fato observamos que o culto ao Senhor foi substituído pela adoração a Baal e Aserá, principais divindades dos sidônios (1 Rs 16.30-33). A consequência desse ato foi uma total decadência moral e espiritual. Baal era o deus do trovão, do raio e da fertilidade, e supostamente possuía poder sobre os fenômenos naturais. A longa seca sobre o reino do Norte criou as condições necessárias para que Elias desafiasse os profetas de Baal e provasse que tal divindade não passava de um deus falso (l Rs 17.1,2; 18.1,2,21,39).


Deus não precisa provar nada para ser Deus, mas os homens costumam responder favoravelmente quando suas razões são convencidas pelas evidências.


II - OS EFEITOS DA SECA

1. Escassez e fome. A Escritura afirma que "a fome era extrema em Samaria" (1 Rs 18.2). A seca já havia provado que Baal era um deus impotente frente aos fenômenos naturais e a fome demonstrou à nação que somente o Senhor é a fonte de toda provisão. Sem Ele não haveria chuva e consequentemente não haveria alimentos. O texto de 1 Reis 18.5 revela que até mesmo os cavalos da montaria real estavam sendo abatidos. O desespero era geral. A propósito, o texto hebraico de 1 Reis 18.2 diz que a estiagem foi violenta e severa. A verdade é que o pecado sempre traz consequências amargas!


2. Endurecimento ou arrependimento. É interessante observarmos que o julgamento de Deus produziu efeitos diferentes sobre a casa real e o povo. Percebemos que à semelhança de Faraó (Êx 9.7), o rei Acabe e sua esposa, Jezabel, não responderam favoravelmente ao juízo divino. Acabe, por exemplo durante a estiagem confrontou-se com o profeta Elias e o acusou de ser o perturbador de Israel (l Rs 18.17). Quem resiste a ação divina acaba por ficar endurecido!  


Por outro lado, o povo que não havia dado nenhuma resposta ao profeta Elias quando questionado  (l Rs 18.21), respondeu favoravelmente ante a ação soberana do Senhor: "O que vendo todo o povo, caiu sobre os seus rostos e disse: Só o Senhor é Deus! Só o Senhor é  Deus!" (1 Rs 18.39). O Novo Testamento alerta: ''[...] se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais o vosso
coração" (Hb 3.7,8).  


III - A PROVISÃO DIVINA NA SECA

1. Provisão pessoal. Há sempre uma provisão de Deus para; aquele que o serve em tempos de crise. Embora houvesse uma  escassez generalizada em Israel, Deus cuidou de Elias de uma forma especial que nada veio lhe faltar (l Rs 17.1-7). A forma como o Senhor conduz o seu servo é de grande relevância. Primeiramente, Ele o afasta do local onde o julgamento seria executado: "Vai-te daqui" (l Rs 17.3). Deus julga e não quer que o seu servo experimente as consequências amargas desse juízo! Em segundo lugar, o Senhor o orienta a se esconder: "Esconde-te junto ao ribeiro de Querite" (1 Rs 17.3). Deus não estava fazendo espetáculo; era uma ocasião de juízo. Em terceiro lugar, Elias deveria ser suprido com aquilo que o Senhor providenciasse: "Os corvos lhe traziam pão e carne (l Rs 17.6). Não era uma iguaria, mas era uma provisão divina!


2. Provisão coletiva. Ficamos sabendo pelo relato bíblico que além de Elias, o profeta de Tisbe, o Senhor também trouxe a sua provisão para um grande número de pessoas. Primeiramente encontramos o Senhor agindo através de Abadias,  mordomo do rei Acabe, provendo  livramento e suprimento para os seus servos: "Abadias tomou cem profetas, e de cinquenta em cinquenta os escondeu, numa cova, e os sustentou com pão e água" (1 Rs 18.4). Em segundo lugar, o próprio Senhor falou a Elias que Ele ainda contava com sete mil pessoas que não haviam dobrado os seus joelhos diante de Baal: "Eu fiz ficar em Israel sete mil" (l Rs 19.18). Deus cuida de seus servos e sempre lhes provê o pão diário.


IV - AS UÇOES DEIXADAS PELA SECA

tra a sua onipresença durante esses fatos. Elias, ao se referir ao Senhor, reconheceu-o como um Deus sempre presente: "Vive o Senhor, Deus de Israel, perante cuja face estou" (1 Rs 17.1). Em terceiro lugar, Ele é onisciente, pois sabe todas as coisas, quer passadas, quer presentes, ou futuras. a profeta disse que não haveria nem orvalho nem chuva, e não houve mesmo! (l Rs 17.1).


1. A majestade divina. Há alguns fatos que devemos atentar sobre a ação do Deus de Elias, conforme registrado nos versículos do capítulo 17 do primeiro livro dos Reis. Antes de mais nada, a sua onipotência. Ele demonstra controle sobre os fenômenos naturais ( 1 Rs 17.1 ). Em segundo lugar Deus mostra a sua onipresença durante esses fatos. Elias, ao se referir ao Senhor, reconheceu-o como um Deus sempre presente: “Vive o Senhor, Deus de Israel, perante cuja face estou” ( 1 Rs 17.1 ). Em terceiro lugar, Ele é onisciente, pois sabe todas as coisas, quer passadas, quer presente, ou futuras. O profeta disse que não haveria nem orvalho nem chuva, e não houve mesmo ( 1 Rs 17.1 ).


2. O pecado tem o seu custo. Quando o profeta Elias encontra-se com Acabe durante o período da seca, Elias responde ao monarca e o censura por seus pecados: "Eu não tenho perturbado a Israel, mas tu e a casa de teu pai, porque deixastes os mandamentos do Senhor e seguistes os baalins" (1 Rs 18.18). Em outras palavras, Elias afirmava que tudo o que estava acontecendo em Israel era resultado do pecado. O pecado pode ser atraente e até mesmo desejável, mas tem um custo muito alto. Não vale a pena!


CONCLUSÃO

A longa seca sobre o reino do Norte agiu como um instrumento de juízo e disciplina. Embora o coração do rei não tenha dado uma resposta favorável ao chamamento divino, os propósitos do Senhor foram alcançados. O povo voltou para Deus e o perigo de uma apostasia total foi afastado.


A fome revelou como é vão adorar os deuses falsos e ao mesmo tempo demonstrou que o Senhor é um Deus soberano! Ele age como quer e quando quer. Fica, pois a lição que até mesmo em uma escassez violenta a graça de Deus revela-se de forma maravilhosa.










 
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quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Escola Bíblica Dominical L13 4T 12

 Link



Por:  (Pr Ev – Domingos Teixeira Costa)


A publicação das Lições da Escola Bíblica Dominical neste site, é fruto da obediência a Deus. Ele pôs em minha mente o propósito de fazer a divulgação do conteúdo espiritual que recebemos em nossas Igrejas a cada manhã de domingo,  para que semanalmente nossos irmãos que se encontram espalhados pelo mundo a fora, possam igualmente participar do mesmo pão. 
           
Cumprindo a missão de divulgar o Evangelho por lugares desfavorecidos do acesso a este conteúdo diretamente da Revista acima mencionada, para que os Missionários possam igualmente compartilhar deste pão com os filhos de Deus sob suas orientações, como a Igreja no Brasil, alimenta-se do conteúdo publicado na Revista; Lições Bíblicas da Escola Dominical veiculado neste site.

Tenho a certeza de que estou cumprindo como servo do Senhor meu Deus, mais uma vez, o dever de servo, junto a evangelização internacional, nacional e Igrejas que não desfrutam de acesso favorável e de um conteúdo organizado especificamente para o ensino pessoal e em grupo como igrejas  e etc.

Em virtude da cobertura do Blog ser a nível internacional, utilizamo-lo como o veículo adequado para o cumprimento dessa tarefa de levar esta Mensagem a todos os continentes de nosso planeta, o mais belo de todos no Universo, que só foi criado por causa do homem, para que aqui se fizesse a vontade de Deus como no céu, (Mt 6. 9-13).

À Missão Nacional, Internacional e Igrejas de difícil acesso.  

O Texto é a reprodução original do comentário publicado na Revista do aluno abaixo indicada: 
           
Revista Trimestral, “Lições Bíblicas”, 4º Trimestre – 2012. Comentarista: Esequias Soares, Editora CPAD Rio de Janeiro – RJ.

Lição 13 de 13
30 de dezembro de 2012

Tema: Malaquias – Sacralidade da Família

Texto Áureo: “Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gn 2.24).

Verdade Prática: É da vontade expressa de Deus que levemos a sério o nosso relaciona com Ele, com a família e com a sociedade.

LEITURA BÍBLICA
Malaquias 1.1; 2.10-16
Malaquias 1
1 - Peso da palavra do SENHOR contra Israel, pelo ministério de
Malaquias.
Malaquias 2
10 - Não temos nós todos um mesmo Pai? Não nos criou um mesmo Deus?
Por que seremos desleais uns para com os outros, profanando o concerto de nossos pais?
11 - Judá foi desleal, e abominação se cometeu em Israel e em Jerusalém; porque Judá profanou a santidade do SENHOR, a qual ele ama, e se casou com a filha de deus estranho.
12 - O SENHOR extirpará das tendas de Jacó o homem que fizer isso, o que vela, e o que responde, e o que oferece dons ao SENHOR dos Exércitos.
13 - Ainda fazeis isto: cobris o altar do SENHOR de lágrimas, de choros e de gemidos; de sorte que ele não olha mais para a oferta, nem a aceitará com prazer da vossa mão.
14 - E dizeis: Por quê? Porque o SENHOR foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira e a mulher do teu concerto.
15 - E não fez ele somente um, sobejando-lhe espírito? E por que somente um? Ele buscava uma semente de piedosos; portanto, guardai-vos em vosso espírito, e ninguém seja desleal para com a mulher da sua mocidade.
16 - Porque o SENHOR, Deus de Israel, diz que aborrece o repúdio e aquele que encobre a violência com a sua veste, diz o SENHOR dos Exércitos; portanto, guardai-vos em vosso espírito e não sejais desleais.

INTRODUÇÃO
No presente estudo, veremos que a mensagem de Malaquias enfoca a sacralidade do relacionamento com o Altíssimo e com a família. Durante exílio na Babilônia, a idolatria de Judá fora definitivamente erradicada. A questão agora era outra: o relacionamento do povo com Deus e com a família. E tais relacionamentos precisavam ser encarados com mais piedade e temor.

I. O LIVRO DE MALAQUIAS
1. Contexto histórico. O livro não menciona diretamente o reinado em que Malaquias exerceu seu ministério. Também não informa o nome do seu pai, nem o seu local de nascimento. Isso é observável também nos livros de Obadias e Habacuque. Não obstante, há evidências internas que permitem identificar o contexto político, religioso e social do livro em apreço.

a) O governador de Judá. Jerusalém era governada por um pehah, palavra de origem acádica traduzida por "príncipe" na ARC (Almeida Revista e Corrigida), ou "governador", na ARA e TB (1.8). O termo indica um governador persa e é aplicado a Neemias (Ne 5.14). O seu equivalente na língua persa é tirshata ("tirsata, governador", cf. Ed 2.63; Ne 7.65; 8.9; 10.1). A profecia mostra que o templo de Jerusalém já havia sido reconstruído e a prática dos sacrifícios, retomada (1 .7-10).

b) A indiferença religiosa. As principais denúncias de Malaquias são contra a lassidão e o afrouxamento moral dos levitas (1.6); o divórcio e o casamento com mulheres estrangeiras (2.10-16); e o descuido com os dízimos (3.7-12). Tudo isso aponta para o período em que Neemias ausentou-se de Jerusalém (Ne I .4-13,23-28). O primeiro período de seu governo deu-se entre os anos 10 e 32 do rei Artaxerxes (Ne 5.14) equivale a 445-433 a.C.

2. Vida pessoal de Malaquias. A expressão "pelo ministério de Malaquias'' (1 .1) é tudo o que sabemos sobre sua vida pessoal. A forma hebraica do seu nome é mal'achi, que significa "meu mensageiro". A Septuaginta traduz por angelo sou ("seu mensageiro, seu anjo"). O termo é ambíguo, pois pode referir-se a um nome próprio ou a um título (3.1). No entanto, entendemos que Malaquias é o nome do profeta, uma vez que nenhum livro dos doze profetas menores é anônimo. Por que com Malaquias seria diferente?

3. Estrutura e mensagem. A profecia começa com a palavra hebraica massá - "peso, sentença pesada, oráculo, pronunciamento, profecia" (1.1 ; Hc 1.1 ; Zc 9.1; 1 2.1). O discurso um sermão contínuo com perguntas retóricas que formam uma só unidade literária. São três os seus capítulos na Bíblia Hebraica, pois seis versículos do capítulo quatro foram deslocados para o final do capítulo três. O assunto do livro é a denúncia contra a formalidade religiosa: prática generalizada com os fariseus e escribas na época do ministério terreno de Jesus (Mt 23.2-7).

11. O JUGO DESIGUAL
1. A paternidade de Deus (2.10). A ideia de que Deus é o Pai de todos os seres humanos é biblicamente válida. O Antigo Testamento expressa que essa paternidade refere-se a Israel (Êx 4.22,23; Jr 31.9; Os 11.1). A criação divina dá base para isso, embora não garanta uma relação pessoal com Ele (At 7.28,29). Jesus, porém, fez-nos filhos de Deus por adoção. Por isso, temos liberdade e direito de chamar ao Senhor de Pai (Mt 6.9; Jo 1.12; GI 4.6).

3. A deslealdade. O termo "desleal" aparece cinco vezes nessa seção (2.10,11,14-16). Trata-se do verbo hebraico bagad, que significa "agir traiçoeiramente, agir com infidelidade". Não profanar o concerto dos pais estabelecido no Sinai (2.10) que proíbe a união matrimonial com cônjuges estrangeiros (Dt 7.1-4) é uma instrução ratificada em o Novo Testamento (2 Co 6.14-16,18). O profeta retoma essa questão em seguida.

4. O casamento misto (2.11) É a união matrimonial de um homem ou uma mulher com alguém descrente. O profeta chama isso de abominação e profanação. Os envolvidos são ameaçados de extermínio juntamente com toda a sua família (2.12).

a) Abominação. O termo hebraico para "abominação" é toevah e diz respeito a alguma coisa ou prática repulsiva, detestável e ofensiva. A Bíblia aplica-o à idolatria, ao sacrifício de crianças, às práticas homossexuais, etc. (Dt 7.25; 12.31; Lv 18.22; 20.13). Trata-se de um termo muito forte, mas o profeta coloca todos esses pecados no mesmo patamar (2.11).

b) Profanação. Profano é aquele que trata o sagrado como se fosse comum (Lv 10.10; Hb 12.16). A “santidade do SENHOR", que Judá profanou (2.11), diz respeito ao Segundo Templo, pois em seguida o oráculo explica: "a qual ele ama". A violação do altar já fora denunciada antes (1.7-10). Mas aqui Malaquias considera casamento misto como transgressão da Lei de Moisés: "Judá [...] se casou com a filha de deus estranho" ( .1 11) A expressão indica mulher pagã e idólatra. E mais adiante inclui também o divórcio (2.13-16).

III. DEUS ODEIA O DIVÓRCIO
1. O relacionamento conjugal (2.11-13). Malaquias é o único livro da Bíblia que descreve o efeito devastador do divórcio na família, na Igreja e na sociedade. As lágrimas, os choros e os gemidos descritos aqui são das esposas judias repudiadas. Elas eram santas e piedosas, mas foram injustiçadas ao serem substituídas por mulheres idólatras e profanas. As israelitas não tinham a quem recorrer. Nada podiam fazer senão derramar a alma diante de Deus. Por essa razão, o Eterno não mais aceitou as ofertas de Judá (2.13). Isso vale para os nossos dias. Deus não ouve a oração daqueles que tratam injustamente o seu cônjuge (1 Pe 3.7). O marido deve amar a sua esposa como Cristo ama a Igreja (Ef 5.25-29).

2. O compromisso do casamento. Os votos solenes de fidelidade mútua entre os noivos numa cerimônia de casamento não são um acordo transitório com data de validade, mas "um contrato jurídico de união espiritual" (Myer Pearlman). O próprio Deus coloca-se como testemunha desse contrato. Por isso, a ruptura de um casamento é deslealdade e traição (2.14). A reação divina contra tal perfídia é contundente.

3. A vontade de Deus. A construção gramatical hebraica do versículo 15 é difícil. Mas muitos entendem o seu significado como defesa da monogamia. Deus criou apenas uma mulher para Adão, tendo em vista a formação de uma descendência piedosa (2.15). A poligamia e o divórcio são obstáculos aos propósitos divinos. É uma desgraça para a família! Por isso, o Altíssimo aborrece e odeia o divórcio (2.16). Ele ordena que "ninguém seja desleal para com a mulher da sua mocidade" (2.15).

CONCLUSÃO
A sacralidade do relacionamento familiar deve ser levada em consideração por todos os cristãos. Todos devem levar isso a sério, pois o casamento é de origem divina e indissolúvel, devendo, portanto, ser honrado e venerado.




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