segunda-feira, 27 de julho de 2015

O que Jesus disse sobre sua vinda?







Sobre o universo existem muitas teorias. Astrônomos, Cientistas, o Governo e a população de modo geral divergem entre si. Algumas vezes convergindo apenas em parte, ou até mesmo em nada.


Algumas teorias em parte batem com o que a Bíblia afirma, os cristãos concordam plenamente que Deus criou os céus e a terra e o que conhecemos da vida nela, após criar os seres viventes também criou o homem, e este não é permanente em sua existência: nasce cresce e morre. Isto porquê, segundo a Bíblia Sagrada, o homem foi criado para servir ao seu Criador e não para ser uma criação caída e servir de escravo ao pecado: obra de Satanás; anjo caído que deixou sua habitação por causa de suas pretensões contrárias a Deus que o criou. O pecado levará a humanidade rebelada à rebelião final, aí sim, a natureza descansará. A Bíblia diz que o lago de fogo é a estação definitiva da obra se Satanás, a segunda morte, o fim do pecado.

Deus providenciou seu filho como meio para resgatar o homem entregando-o ao mundo, exatamente para que todo aquele que nele crê, seja levantado da morte, mas quem não crer, permanece sob a ira de Deus. (João 3:36)

Deus é irado contra o mal que o homem contraiu por aceitar a proposta da serpente no Éden, por isso o pecado foi condenado na carne, esta é a causa de Deus fazer-se carne propositalmente para desfazer o pecado, através da morte de Cristo, o homem que crer em Jesus será salvo e viverá pela fé(Habacuque 2.4) (Gálatas 3.11).

1-As promessas deixadas por Jesus
Jesus falou para seus discípulos que voltaria para levar os seus. Disse ele; "E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também." (João 14.3) Jesus manifestou aos discípulos que virá buscá-los, e em outra ocasião deu informações referentes a sua vinda. Essas informações dizem como será o comportamento do mundo desde seu retorno para o céu, até que ele venha para levar os que o amam e guardam a sua palavra, esperando o Libertador dos filhos de Deus, “Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus. Na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus”. (Rm 8.19,21)

Jesus foi interrogado por seus discípulos no Monte das Oliveiras em função do que disse quando eles lhe mostram o Templo que estava muito lindo. Ele interagiu dizendo: “não ficará pedra sobre pedra”, eles queriam saber sobre isto, e mais ainda: “E, estando assentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo”? É necessário antes saber que os discípulos haviam admirado a estrutura e beleza do Templo, e Jesus lhes havia dito que o Templo seria derrubado, e não ficaria pedra sobre pedra (Mt 24.3; Mc 13.3; Lc 21.5). A expressão “essas coisas” é referente ao que Jesus lhes havia dito a respeito do Templo. Em outras palavras: quando aconteceria a destruição do Templo que Herodes havia reformado, do qual Mateus fala da estrutura, Marcos das pedras e estrutura, e Lucas da beleza das formosas pedras e dádivas que ornamentavam o Templo. Jesus explica o tempo que “essas coisas” deveriam acontecer com o sinal mais perfeito possível para eles entenderem, e foi além dizendo como deveriam salvar suas vidas da morte durante os acontecimentos que alcançariam ainda aquela geração (Mt 24.15-22 Mc 13.14-20 Lc 21.20-24). Se Mateus e Marcos não são claros em suas informações quanto ao tempo e fatos, Lucas não deixa dúvidas sobre a que tempo e realizações essas informações fazem referência.

Os cristão resolveram escapar  fugindo para Pela, na Cisjordânia, enquanto o general Tito organizava o cerco final à santa cidade. Aquele dia era sábado 09 de Av no calendário hebraico, dia 25 de julho do ano civil, de 70 da era cristã, sobre o qual Jesus havia dito: Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado. Entre si haviam concordado que não pegariam em armas para se defenderem,  antes deviam aceitar o que Jesus  dissera no Sermão do monte (Dn 9.24 e Mt 24.15,16,20).

Após uma cuidadosa leitura em Lucas 21.20-24, não haverá quem, em sã consciência, possa dizer que Jesus falava unicamente do tempo de sua futura vinda, e não também, da queda de Jerusalém com o seu suntuoso Templo, ocorrida no ano 70 da era cristã, pelas forças romanas. Em função dos acontecimentos, os judeus foram espalhados para todas as nações como disse Jesus em Lucas 21.24, forçadamente, deixando sua terra em mãos dos gentios em prejuízo do direito de habitarem nela como cidadãos nativos que eram, restando-lhes somente o futuro direito de a possuírem como sua Pátria novamente nas dimensões do que disseram os profetas na Bíblia Sagrada (Is 66.8). Cumpre-se cabalmente a profecia de Jesus, no sermão profético e em Lucas (Lc 13. 34,35) “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha os seus pintos debaixo das asas, e não quiseste? Eis que a vossa casa se vos deixará deserta. E em verdade vos digo que não me vereis até que venha o tempo em que digais: Bendito aquele que vem em nome do Senhor.”. Portanto, não há mais espaço para outro cativeiro de Israel, além deste: o da Diáspora, tendo em vista que a Bíblia não menciona dois retorno de Israel para sua terra depois de voltar à Jerusalém vindo do cativeiro de Babilônia. Haverá uma terceira matança (Is 10.22; Ez 21.14; Ez 28.25,26), mas dessa vez não existirá cativeiro, porém, os que restarem habitarão
seguros.

Na revelação de João, em Apocalipse 13.10, está escrito que no governo da besta haverá cativeiro para os que escaparem, foi exatamente o que aconteceu quando Jerusalém, o templo e a nação de Israel caíram. Os que conseguiram escapar da espada romana se refugiaram em todas as nações do mundo. O profetizado retorno de Israel à sua terra é o regresso do cativeiro originado com a queda de Jerusalém no ano 70 dC. A besta foi o governo romano. O Apocalipse diz que a besta que impôs o cativeiro foi a que subiu do mar, confirmando a profecia de Daniel. Ele escreveu o que viu dizendo: “Eu estava olhando na minha visão da noite, e eis que os quatro ventos do céu agitavam o mar grande. E quatro animais grandes, diferentes uns dos outros, subiam do mar.” (Impérios: babilônico; medo-persa; grego e romano) Dn 7.2,3. Em Daniel 9.24 não deixa dúvidas de que as setenta semanas profetizadas por Daniel fecharam-se no ano 70 da era cristã, sobre Jerusalém e Israel. Sobre o que escreve o profeta: “Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo”, fato confirmado em Lucas 4.16-20. Jesus, o próprio Santíssimo, declarou em Mateus 24.15-22, Marcos 13.14-20 e Lucas 21.20-24 que se tratava da entrega de Jerusalém aos gentios até os tempos desses se completarem. Em outras palavras, até ao tempo da vinda de Jesus (Lc 21.24).

1.1-A primeira parte da pergunta dos discípulos
Jesus antes de começar a responder a pergunta dos discípulos, como o Bom Pastor, alerta-os para não se enganem e nem se deixem enganar (Lc 21.8). Jesus conhece todas as coisas, sabe que o homem é suscetível ao engano, podendo ser ludibriado pela ignorância, indução ou por outro meio, como por exemplo: o descuido com a leitura da palavra de Deus, muitos que se declaram cristãos não têm o hábito de ler a palavra de Deus, esses talvez não possam resistir ao poder do engano dos últimos tempos. Esta advertência é para todos os que se entregam a servir a Deus.

Em Mateus 24.5-8 Jesus diz: “muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos. E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. Se levantará nação contra nação, e reino contra reino, haverá fomes, pestes, e terremotos, em vários lugares. Mas todas estas coisas são o princípio de dores.”.

A lista de sinais acima dada aos judeus como antecedentes à queda de Jerusalém foi para que eles pudessem identificar a aproximação dos fatos preditos com antecedência por Jesus, e pudessem atender as formas de salvarem suas vidas, nela informadas.

Os vv 9,10 de Mateus 24, são referentes à perseguição iniciada com a morte de Estevam, e daí por diante todos os apóstolos foram perseguidos e mortos com a exceção de João (o evangelista) que sofreu prisão e até onde se sabe, não foi assassinado, (o evangelista). O Senhor Jesus, olhando para os doze disse a todos: “vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome. Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarão.”.

1.2-Segunda parte da pergunta dos discípulos de Jesus
Deixando para trás o tempo da perseguição à Igreja primitiva, Jesus começa a falar dos sinais futuros na vida da Igreja, através dos séculos. Eles culminarão com a vinda de Jesus com os anjos, na glória de Deus, para julgar as nações e galardoar sua Igreja com a vestimenta da imortalidade arrebatando-a para junto de si, como declara Jesus sua vontade em João 17. 24: "Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me amaste antes da fundação do mundo." .

Jesus relaciona os sinais a seguir, relatados por Ele nos vv. 11-14 e 23- 28 de Mateus Cap.24, como antecedentes da sua vinda para julgar as nações eliminando os poderosos da terra e livrando o seu povo (a Igreja) da corrupção, revestindo de incorruptibilidade e introduzindo-o na sua Glória, eternamente como é a sua vontade, porém, antes acontecerá isto que ele mesmo disse: “E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará. Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo. E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.

Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui, ou ali, não lhe deis crédito; porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. Eis que eu vo-lo tenho predito. Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto, não saiais. Eis que ele está no interior da casa; não acrediteis. Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem. Pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão as águias.”. Diz o profeta Naum no cap. 1.15 “Eis sobre os montes os pés do que traz as boas novas, do que anuncia a paz! Celebra as tuas festas, ó Judá, cumpre os teus votos, porque o ímpio não tornará mais a passar por ti; ele é inteiramente exterminado.”.

Jesus disse que os dias antecedentes à sua vinda serão semelhantes aos anteriores ao dilúvio. Apesar de ouvirem Noé dizer que Deus estava prestes a destruir aquela humanidade com águas, ninguém acreditava e nem ao menos viam indício disto acontecer: Noé e sua família para eles eram apenas delirantes.

Os dias próximos ao da vinda de Jesus não demonstrarão praticamente diferença dos atuais, referente a este assunto, no mundo moderno, entre as nações,  evangelista Mateus nos adverte (Mt 24 37-39). Para Israel não será necessariamente assim: as nações estarão cercando a cidade de Jerusalém, como profetizou em Ezequiel 38.2-6, 15-19, 22,23 “Filho do homem, dirige o teu rosto contra Gogue, terra de Magogue, príncipe e chefe de Meseque, e Tubal, e profetiza contra ele. E dize: Assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu sou contra ti, ó Gogue, príncipe e chefe de Meseque e de Tubal; e te farei voltar, e porei anzóis nos teus queixos, e te levarei a ti, com todo o teu exército, cavalos e cavaleiros, todos vestidos com primor, grande multidão, com escudo e rodela, manejando todos a espada; persas, etíopes, e os de Pute com eles, todos com escudo e capacete; Gômer e todas as suas tropas; a casa de Togarma, do extremo norte, e todas as suas tropas, muitos povos contigo. Virás, pois, do teu lugar, do extremo norte, tu e muitos povos contigo, montados todos a cavalo, grande ajuntamento, e exército poderoso, E subirás contra o meu povo Israel, como uma nuvem, para cobrir a terra. Nos últimos dias sucederá que hei de trazer-te contra a minha terra, para que os gentios me conheçam a mim, quando eu me houver santificado em ti, ó Gogue, diante dos seus olhos. Sucederá, porém, naquele dia, no dia em que vier Gogue contra a terra de Israel, diz o Senhor DEUS, que a minha indignação subirá à minha face. Porque disse no meu zelo, no fogo do meu furor, que, certamente, naquele dia haverá grande tremor. E contenderei com ele por meio da peste e do sangue; e uma chuva inundante, e grandes pedras de saraiva, fogo, e enxofre farei chover sobre ele, e sobre as suas tropas, e sobre os muitos povos que estiverem com ele. Assim eu me engrandecerei e me santificarei, e me darei a conhecer aos olhos de muitas nações; e saberão que eu sou o SENHOR”.

O cerco a Jerusalém naquele dia será o fato que fará a diferença de Israel em relação às demais nações do mundo, que à distância verão muitas nações empenhadas em destruir o povo judeu que não terá forças para salvar-se, mas será solvo milagrosamente pelo Senhor em sua vinda gloriosa.

1.3-Terceira parte da pergunta dos discípulos de Jesus 
Após Jesus falar dos sinais calamitosos menciona que a natureza sofrerá grandiosas alterações e os céus manifestarão grande revolta devido aos feitos da humanidade na terra, a qual será incapaz de reter nela, ainda, os filhos de Deus, pois todos serão ceifados (arrebatados) pelos anjos do Senhor, porém os ímpios, antes dos justos, serão ceifados (mortos) na vinda do Senhor Jesus. Os justos subirão ao encontro do Senhor, como diz Paulo e os mansos herdarão a terra como disse o próprio Jesus no sermão da montanha ( Mt 5.5).

Segundo o apóstolo Paulo: “E a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do seu poder, como labaredas de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo; os quais, por castigo, padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do seu poder, quando vier para ser glorificado nos seus santos, e para se fazer admirável naquele dia em todos os que creem (porquanto o nosso testemunho foi crido entre vós).

Ora, irmãos, rogamo-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, e pela nossa reunião com ele, que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o dia de Cristo estivesse já perto. Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, o qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus. Não vos lembrais de que estas coisas vos dizia quando ainda estava convosco? E agora vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado. Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora resiste até que do meio seja tirado; e então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda; (II Ts 1.7-10; 2.1-8). Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados (I Co 15:52). Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro (I Tes 4:16) depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor (I Tes 4:17)”. João em Apocalipse fala: “Mas nos dias da voz do sétimo anjo, quando tocar a sua trombeta, se cumprirá o segredo de Deus, como anunciou aos profetas, seus servos." (Ap 10:7).

Na visão do Apocalipse, o que Jesus revelou a João não altera nada do que Ele disse no sermão da montanha sobre sua vinda. Esses são os sinais mais pesados de todos: “E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus.”.

É impossível fechar este assunto com outras palavras que não sejam estas do apóstolo Paulo e do próprio Senhor Jesus Cristo: "Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, Jesus disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane; “(II Ts 2:3; Mt 24.4).

Jesus manifestou aos doze discípulos seu desejo de ter junto de si os que creem em sua palavra, e passa a dizer-lhes: “tenho de voltar para meu Pai, mas não vos deixarei sós, voltarei para vós”. E acrescenta dizendo: “E rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador. Ainda um pouco, e o mundo não me verá mais, mas vós me vereis; porque eu vivo, e vós vivereis. Aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele”.

Judas (não o Iscariotes) sem compreender o que Jesus dizia, disse; SENHOR, de onde vens que te hás de manifestar a nós, e não ao mundo? Isto, por que ele não compreendia que Jesus falava de sua manifestação através do outro Consolador (o Espírito Santo) que haveria de vir e ficar com eles: aquele que o mundo não o ver e nem pode receber, por que não crer.

Muitos como Judas, dizem que Jesus está dizendo é que virá buscar sua Igreja e o mundo não tomará conhecimento disto imediatamente. Negando assim, que Jesus mesmo disse que sua vinda será vista por todos no mundo inteiro, quando estiver nas nuvens do céu. Mateus, Marcos e Lucas escreveram isto.

O profeta Isaias diz no capítulo 52.8-10: “Eis a voz dos teus atalaias! Eles alçam a voz, juntamente exultam; porque olho a olho verão, quando o SENHOR fizer Sião voltar. Clamai cantando, exultai juntamente, desertos de Jerusalém; porque o SENHOR consolou o seu povo, remiu a Jerusalém. O SENHOR desnudou o seu santo braço perante os olhos de todas as nações; e todos os confins da terra verão a salvação do nosso Deus.”.

Apocalipse 1.7 diz: “Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até os mesmos que o transpassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém”.

Jesus quando disse que se manifestaria a eles, referia-se à vinda do Espírito Santo, pelo qual estaria com eles para sempre, e não da sua vinda para tomar seu povo deste mundo para está com ele para sempre.



Ninguém pode dizer que Paulo não foi revelado por Jesus sobre o que escreveu a respeito da vinda de Jesus aos coríntios e aos tessalonicenses. A Bíblia não fala de um arrebatamento da Igreja antecipado ao dia da vinda de Jesus, em sete, ou três anos e meio, devemos crer no que o próprio Jesus disse ensinando a todos.



Estejamos atentos ao que a Bíblia diz, e não o que dizem por ouvir de outros que também não leem a Escritura Sagrada sistematicamente. Examinemos nós mesmos a palavra de Deus, assim fizeram os bereanos, comparando o que ouviam com as santas Escrituras, dia após dia (At 17.11). Não devemos nos esquecer de que Jesus disse: “Vede que ninguém vos engane” (Mt 24.4)!
Que Deus nos abençoe e nos guarde. Assim seja, amem.


Min. do Evang. Domingos Teixeira Costa


 


 
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segunda-feira, 8 de junho de 2015

Feliz Belém do Pará! Mais

 
 
 
       Feliz Belém do Pará! Mais do que uma saudação para a aniversariante, poderia ser esse o nome da cidade de Belém do Pará. E, se tal não ocorre, de fato, pelo menos lhe dá direito à nomenclatura o decurso da sua rica história: seus bravos que nela e por ela lutaram, seu povo simples que lhe deu diversidade de contornos sociais, os artistas que lhe encheram a alma de lirismo e poesia, a exuberância e beleza da natureza que lhe cinge solenemente. E, além disso, o que pode tornar a cidade uma Feliz Belém é a ação amorosa do próprio Deus na sua gloriosa história, que lhe abençoou com tudo isso, e muito mais, pois também lhes enviou mensageiros que proclamaram em suas plagas a verdade do Evangelho de Jesus Cristo e compartilharam as bênçãos decorrentes da obediência de Seus abençoadores preceitos.
E por que Feliz Belém? Porque a cidade de Belém do Pará não nasceu por acaso, antes foi fruto de uma estratégia de conquista, por parte de Portugal, que visava à conquista da foz do Rio Amazonas, fundamental para a defesa da Amazônia pela Coroa portuguesa. Assim, o estabelecimento do núcleo populacional da cidade remonta à época em que foi escolhido o ponto estratégico para se estabelecer a defesa desse território, quando foi fundado, em 12 de janeiro de 1616, o Forte do Castelo do Senhor Santo Cristo do Presépio de Belém, atualmente conhecido como Forte do Castelo.
O povoado que se formou ao redor do forte foi denominado, inicialmente, de Feliz Lusitânia; sendo depois chamado de Santa Maria do Grão Pará e, finalmente, Belém do Pará. Poderia, sim, ser Feliz Belém do Pará, porque começou com o nome de Feliz Lusitânia, tem uma história relativamente feliz, e todos nós que a amamos também esperamos, tenha um futuro glorioso de uma Belém que tem tudo para ser realmente Feliz!
Feliz Belém, Feliz Belém, Feliz Belém. Parece-nos o som do badalar de um sino chamando as gentes, os grandes e os pequenos, os ricos e os pobres, os doutos e os ignorantes, homens e mulheres, dizendo que todos são benvindos a uma grande e apoteótica celebração em gratidão a Deus pelo seu aniversário.
Feliz Belém, Feliz Belém, Feliz Belém. Tal como o badalar do sino de uma igreja que testemunhou sua história, aponta também para os grandes desafios que a cidade superou e aos muitos avanços que conseguiu. Isso nunca seria alcançado sem a abundante graça que o Senhor Deus dispensou a esta cidade ao longo de sua gloriosa história, na qual Deus sempre manifestou a Sua bondosa presença, com graça e misericórdia, abençoando e preservando, brilhando o sol e derramando chuvas sobre bons e maus, justos e injustos... porque Ele é bom e deseja a todos uma Feliz Belém.
Feliz Belém, Feliz Belém, Feliz Belém! Esse é o badalar da alma de um povo, cuja sonoridade latente procura responder a uma chamada de Deus, que lhe concedeu o maior-presente-de-todos, o Seu Filho Jesus Cristo; e também lhe deu a presença salutar da Igreja, que é o corpo de Cristo, composta de todos os fiéis servos de Jesus Cristo, que representam em seu seio uma verdadeira reserva moral e espiritual, como “sal da terra e luz do mundo”, tudo para lhe servir e aos seus filhos, apontando-lhes o caminho da fé, da esperança e do amor.
Feliz Belém, Feliz Belém, Feliz Belém! Esse é o badalar do coração do povo de Deus, que orou, ora e continuará orando pelo bem da cidade. Esse é também o doce som de uma proclamação que reconhece como Deus enviou a esta cidade Seus dois humildes servos, Gunnar Vingren e Daniel Berg, em 19 de novembro de 1910, e como esta lhes foi acolhedora e os recebeu de braços abertos. Pela providência divina, esses dois homens fundaram a Assembleia de Deus, em 18 de junho de 1911, essa mesma Igreja Centenária que hoje te saúda.
Feliz Belém, Feliz Belém, Feliz Belém! Esse é o badalar da mensagem de que Belém é “casa de pão”, uma padaria, pois este é o significado do original hebraico do seu nome. Assim, é Feliz Belém porque foi escolhida não somente para ser o berço do movimento pentecostal brasileiro, mas também, como uma “padaria” que produz “pão espiritual”, continuar gerando e enviando seus filhos fiéis a Deus para levarem o “pão do Céu” a muitos outros povos e nações do mundo.
Feliz Belém, Feliz Belém, Feliz Belém! É como o badalar de um sino que reverbera a proclamação indomável da mensagem alvissareira que foi dada a Belém da Judéia, sua Xará oriental, de que Jesus havia nascido para trazer a Salvação, ali e aqui, e para o mundo todo.
Feliz Belém, Feliz Belém, Feliz Belém! É o badalar de um brado retumbante da poderosa mensagem de que Deus continuará amando a essa cidade e ao seu povo, promovendo no seu meio a verdadeira Paz entre os homens a quem quer bem.
Feliz Belém, Feliz Belém, Feliz Belém! É mais que o badalar de um sino, é o nosso sincero modo de dizer parabéns pelos 399 anos de sua abençoada existência.
Feliz Belém, Feliz Belém, Feliz Belém! Esse é o eco de 399 badaladas no templo de cada coração daqueles que verdadeiramente te amam.
 
Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém







sexta-feira, 22 de maio de 2015

A Reforma de que precisamos

 
 
 
 
Um obscuro monge chamado Martinho Lutero, em 31 de outubro de 1517, afixou um documento composto de 95 teses na porta da Catedral de Wittemberg, na Alemanha, no qual conclamava a Igreja a voltar à obediência da Palavra de Deus e às práticas evangélicas da Igreja Primitiva, conforme constam nas Sagradas Escrituras. Esse evento simples, normalmente utilizado por aqueles que queriam discutir publicamente alguma proposta acadêmica de cunho bíblico ou teológico, tomou um volume descomunal, até que desencadeou o que conhecemos historicamente como a Reforma Protestante.
Ressalvo que não tenho a pretensão de polemizar com os cristãos católicos, a quem respeito e amo no amor de Jesus. Mas gostaria de considerar, com a ênfase que o caso requer, que a Reforma só aconteceu porque a Igreja estava espiritualmente em decadência, pois se distanciara muito da pureza do Evangelho. Naquele tempo, a Igreja preocupava-se mais com as questões políticas e econômicas do que com os assuntos espirituais; ao buscar aumentar ainda mais suas riquezas, vendia indulgências, cargos eclesiásticos e relíquias, tudo como forma de os fiéis adquirirem bênçãos.
A Igreja exercia um controle absoluto sobre os cidadãos, criando e manipulando dogmas que instilavam medo nas pessoas, influenciava governos, controlava a vida de todos. Até que veio a Reforma...
Agora, passados quase quinhentos anos da Reforma Protestante, não seria precipitado afirmar que, em muitos aspectos, precisamos de uma Reforma na Igreja evangélica, que se entende como filha e herdeira da Reforma. Observe-se a atual situação da Igreja evangélica e a pouca influência que produz na sociedade. Basta olhar a situação do Brasil para constatar que falta luz nas densas trevas morais e falta sal para preservar o tecido social da corrupção ética.
Em muitos aspectos, não estamos muito longe da decadência moral e ética que precede uma verdadeira reforma. É bom lembrar que algo precisa de reforma quando se deteriorou, ou tomou curso errado, ou se deformou. Assim, reformar é formar de novo, reconstruir, corrigir, retificar, restaurar. Em suma, reformar é fazer um “movimento para trás”, é levar algo à sua situação original.
Há quase quinhentos anos, foram adotados quatro princípios fundamentais pelos líderes da Reforma, os quais a nortearam e lhe deram consistência.
Primeiro: a fé cristã deve ser baseada nas Escrituras Sagradas, pois nada substitui a autoridade da Bíblia como nossa regra de fé e prática. Nem costume, nem tradição, nem cultura. Segundo: a fé cristã deve ser racional e inteligente, significando que, embora a razão esteja subordinada à Revelação, a natureza racional do homem não pode ser violada por dogmas e doutrinas irracionais.
Terceiro: a fé cristã é pessoal, ou seja, cada crente deve confessar o seu pecado diretamente a Deus, sem a necessidade de um sacerdote humano para perdoar-lhe. A adoração também é pessoal, de modo que os crentes podem ter comunhão com Deus, individualmente. Quarto: a fé cristã deve ser espiritual, não formalista. Isso pressupõe a volta aos princípios evangélicos de simplicidade e pureza, indicando que o crente é santificado pela presença do Espírito Santo em sua vida interior, não pela observância de formalidades e cerimônias externas.
Precisamos de uma Reforma urgente! Precisamos de uma nova Reforma que nos faça voltar à Palavra de Deus, estudá-la, conhecê-la, praticá-la. Quanto mais obedecermos a Palavra de Deus, ainda mais saberemos sobre a vontade de Deus para as nossas vidas e o seu propósito para a totalidade da história, nossa e do Brasil. Precisamos de uma nova Reforma que nos faça retornar ao espírito da primeira Reforma, que evidenciava principalmente a Verdade bíblica como norteadora de todas as áreas da vida. Sem a Verdade da Palavra de Deus não há Reforma que valha o próprio nome.
Precisamos de uma nova Reforma que nos ajude a manter a prática dos elevados valores cristãos com racionalidade e inteligência, sabedores que somos livres em Cristo; portanto, não devemos nos subordinar a critérios religiosos ou políticos que violem a nossa consciência, principalmente na hora de escolher os governantes que respeitem a nossa fé e lutem pela grandeza do Brasil.
Precisamos de uma nova Reforma que eleve em nós o desejo ardente de manter uma vida limpa, priorizando acima de tudo a comunhão com Deus, levando-nos a andar de cabeça erguida, com simplicidade e pureza, no exercício da nossa santa influência social como sal da terra e luz do mundo.
O contexto em que vivemos hoje no Brasil é profundamente preocupante, com um país dividido e em crise. E tal crise tem nome e origem: roubalheira dos cofres públicos, corrupção desmedida no governo, inflação sem controle, economia estagnada, aparelhamento do estado, degradação das instituições democráticas, socialização da pobreza, hipocrisias escabrosas, mentiras e baixarias inomináveis no trato político, risco à liberdade democrática etc.
É também por isso que precisamos de uma nova Reforma que nos ajude a ajudar o Brasil a alcançar a posição que corresponda à sua grandeza e importância.
Devemos ter isto sempre em mente: a Reforma de que precisamos deve ser contínua e crescente, na medida em que nos mantemos abertos e receptivos para que a “multiforme graça de Deus” opere a vontade de Deus na Igreja e em nossas vidas, e isso resulte em benefício para a sociedade brasileira e ajude a tornar o Brasil num país melhor e sempre melhorando.
 


Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém













terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Fazendo diferença entre os indiferentes




 
 
 Uma jovem cristã recém-convertida estava lendo os evangelhos. Quando terminou, disse a seu professor da Escola Bíblica que estaca com uma grande vontade de ler um livro sobre a história da Igreja. Quando o professor lhe perguntou a razão desse grande interesse, a jovem respondeu: “Estou muito curiosa. Queria saber quando os cristãos começaram a ser tão diferentes de Jesus Cristo”.
A perplexidade daquela jovem não nos deve causar estranheza, uma vez que existe realmente uma grande disparidade entre a vida de Cristo e a vida de muitas pessoas que proclamam o Seu nome e se identificam como Seus seguidores, quer sejam chamadas de “cristãos” ou simplesmente “crentes”.  A decorrência óbvia desse fato inconteste é: quanto mais diferente de Jesus Cristo um seguidor Seu se parece, tão mais indiferente à Sua mensagem se tornará e, consequentemente, menos diferença fará no mundo.
Mas quem disse que o cristão tem que ser diferente? Quem se importa que o crente faça diferença no mundo dos indiferentes? A resposta é: Jesus! É exatamente isso que Jesus Cristo espera de Seus discípulos. O primeiro problema, certamente, é que nem todos os que se dizem cristãos ou crentes são verdadeiramente discípulos de Cristo; antes, professam apenas uma religião.
Jesus disse a Seus discípulos: “Vós sois o sal da terra... Vós sois a luz do mundo” (Mt 5.13,14). Isto é uma verdade da qual não se pode fugir, pois faz parte da própria natureza do seguidor de Jesus. A ordem colocada por Jesus, de que um discípulo Seu é primeiro sal e depois luz, tem uma razão de ser. O sal fala do que somos. A luz, do que fazemos. Uma coisa sem a outra é a sua própria negativa.
Como o sal é diferente do material sobre o qual é aplicado, o cristão tem de ser diferente das pessoas do mundo. Como uma pequena quantidade de sal faz uma enorme diferença, um único discípulo também pode fazê-lo. O mundo é essencialmente pecaminoso e mau, semelhante a um pedaço de carne que tende à putrefação. A função do sal é agir como um antisséptico, um transmissor de vida, saúde e preservação, funcionando como impedimento da atuação dos agentes que produzem a putrefação.
Além disso, o sal dá sabor. Sem a presença de Cristo no cristão, e deste no mundo, a vida inteira se tornaria insípida, perderia o sabor. As pessoas do mundo buscam sofregamente os prazeres pecaminosos, mas, ao mesmo tempo, sentem que a vida é enfadonha, sem sentido e sem graça. É por isso que o prazer, nessa perspectiva, vem sempre acompanhado de alguma droga que o potencialize. O seguidor de Jesus, ao contrário, pela sua fé na Palavra de Cristo, carrega em seu coração a fonte da vida, não precisa de droga nenhuma nem de qualquer agenciamento do pecado para ter prazer ou se sentir alegre e realizado.
A despeito de todo o conhecimento científico acumulado, o mundo não se tornou mais “iluminado”; antes, suas trevas continuam cada vez mais espessas. Por isso é que precisa desesperadamente da luz que emana de Jesus e é refletida a partir de cada discípulo Seu.
O primeiro efeito da luz é dissipar as trevas. Desse modo, a presença do discípulo de Jesus faz as pessoas tomarem consciência das trevas espirituais em que se encontram. A luz também explica as causas das trevas. O cristão, ao viver como luz, deixa patente o quanto as pessoas estão distantes e alienadas de Deus. Assim como a luz é inevitável, o seguidor de Jesus, por viver uma vida “diferente”, não pode deixar de ser notado, pois “não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte”.
Como sal da terra, o discípulo de Jesus exerce uma influência de aspecto geral, que tem a ver com a vida toda, pois o seu modo de viver contrasta, por sua excelência, a influência do mal. É uma ação “controladora”, no sentido de que preserva e dá sabor. Como luz, sua influência é mais específica. Quando as pessoas constatarem que há “algo diferente” naquele que segue a Cristo, então quererão saber o motivo. Desse modo, cada discípulo pode se destacar como elemento iluminador, pode falar da excelência da vida cristã e ensiná-las a viver uma vida abundante centrada em Cristo.
A vida do crente em Jesus sempre ofereceu motivos de sobra para o mundo estranhar, seja por seu comportamento diferenciado, ou por suas afirmações verbais a respeito da certeza de salvação eterna. Não é à toa que as pessoas, inclusive não poucos que se intitulam de cristãos, se indignam quando um crente em Jesus se diz “salvo”. Igualmente, é surpreendente o “incômodo” que a presença de um cristão fiel a Jesus causa nos ambientes que frequenta. Se um grupo costuma falar obscenidades, as pessoas se calam ou mudam de assunto à sua chegada, mesmo que este não diga palavra alguma.
Se alguém se diz cristão, mas não age como sal e luz, então é mais provável que cristão não seja. Tentar inverter as coisas, tentar ser primeiro luz sem ser sal, isto é, pregar sem viver, dá na mesma situação que alguém disse a um certo “cristão” nominal: “O que vives fala tão alto que não consigo ouvir o que pregas”.
Assim, quanto mais parecido com Jesus Cristo um cristão se torna, tão mais obediente à Sua mensagem será e, consequentemente, maior diferença fará no mundo.
 
 
 
Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém




Publicação:
D.T.C.




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domingo, 8 de fevereiro de 2015

Conhecendo o Deus que nos conhece




Uma das principais razões de existência da Igreja é tornar o Deus Todo-poderoso conhecido através da pregação do Evangelho, de modo que as pessoas possam manter um relacionamento saudável com este mesmo Deus que pode tudo, está em todo lugar e sabe de todas as coisas e, portanto, nos conhece profunda e intimamente. E isto a Igreja tem de fazer inteiramente de graça, como disse Jesus: “Dai de graça o que de graça recebeste”.
Por isso, parece um absurdo que, em nossos dias, esteja tão em voga todos os tipos de negociatas em nome de Deus, encabeçadas por pessoas que se autodenominam “apóstolo” ou “bispo” ou “pastor” ou “missionário”. Algumas são tão explícitas, como no exemplo de quem tenta vender bênçãos, cuja finalidade é simplesmente auferir lucro financeiro e enriquecimento fácil; e outras nem tanto, mas igualmente perniciosas, dos que infundem as mais diversas fobias e intimidações em nome de Deus, tão somente para manter os “contribuintes” presos a seus grupos religiosos. Esses líderes são capazes de tirar o último centavo dos incautos, mesmo depois esbravejando que o recebimento da bênção dependa exclusivamente da sua cambaleante fé. Se a pessoa não recebeu nada, então é porque a sua fé foi simplesmente fraca ou meramente insuficiente.
Esse tipo de joguete com Deus e com a boa fé das pessoas só prospera porque há um “mercado” crescente de pessoas carentes e frustradas, financeiramente quebradas e espiritualmente desamparadas, que anseiam mudar de vida, mesmo que tenham de pagar caro por isso. Essas pessoas acham que tudo se resolve por meio da oração de um suposto “ungido” e de uma simples troca de favores com Deus, um “toma-lá-dá-cá” que as habilita a ser abençoadas. O fato é que muitas pessoas esquecem que não se pode colocar Deus numa caixinha e manipulá-lo. Elas se esquecem de que Deus mostra ao mundo o Seu poder sobrenatural conforme a Sua própria vontade, não a nossa.
Não é só um erro grotesco fazer negociata de qualquer tipo com Deus, é algo muito mais grave: é brincar com Deus, é demonstrar que não o conhece. Você pode imaginar o Senhor Jesus, ou os apóstolos, prometendo bênção às pessoas em troca de uma contribuição para seus ministérios? Jesus dizia: “De graça recebestes, de graça daí” (Mt 10.8). Paulo afirmava: “Gratuitamente vos anunciei o evangelho de Deus” (2Co 11.7).
Há alguns anos, tomei conhecimento a respeito de um ministro que prometia as bênçãos de Deus a quem estivesse interessado a pagar por elas. Por incrível que pareça, ele oferecia bênçãos divinas por um valor fixo anual, ou parcelado em doze prestações mensais. Se a pessoa viesse a confirmar que suas orações já haviam trazido recompensas financeiras, aquele “ungido” prometia enviar um “Certificado de Bênção”, após receber o primeiro pagamento; e uma “carteira ungida”, com o segundo pagamento. Vale ressaltar que nesse negócio não havia “satisfação garantida ou seu dinheiro de volta”.
Alguns estão dispostos a pagar algum dinheiro para obter bênçãos. Outros pagam de outros modos. Há um número considerável de crentes sinceros e dispostos a crer que se obedecer a Deus completamente – só porque um suposto “homem de Deus” fala “em nome de Deus” –, então o resultado será uma vida mais tranquila, ou mais próspera. E quando assim ocorre, isso é a prova final de que estão cumprindo a vontade de Deus.
Do contrário, se enfrentam obstáculos, ficam propensos a concluir que em suas atitudes corriqueiras não estão cumprindo a vontade de Deus. Em vez de questionarem seus parâmetros, questionam a sua dedicação e, às vezes, a sua própria fé; e quando ficam mais adoecidas ainda, questionam até o próprio Deus.
É um erro acreditar que se alguém obedece a Deus tudo dará certo na sua vida. Deus não remove as dificuldades; antes, as usa para o nosso bem e para Sua glória. Na verdade, servir a Deus significa “andar com Ele”, mesmo quando as coisas dão erradas. Foi o que descobriu o profeta Habacuque que, a despeito das dificuldades enfrentadas, não deixou de confiar no caráter de Deus (Hc 3.17-19). De fato, “sabemos que todas as coisas – boas ou más – cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28).
Saiba que uma coisa é ouvir falar de Deus. Outra é conhecê-lo pessoalmente. Saber que Deus está presente em todo lugar pode ser estarrecedor. Mas estar consciente de Sua presença conosco quando precisamos nos dá conforto e esperança. Pensar que Deus conhece tudo não deixa de ser assustador. Mas saber que nenhum detalhe da nossa vida escapa de Sua amável atenção, nos permite desfrutar a paz que resiste a toda e qualquer provação. Imaginar que Deus pode tudo nos deixa maravilhados com Sua grandeza. Mas confiar que este mesmo Deus opera em nós e através de nós, e sempre para o nosso bem, tem o condão de nos encorajar a descansar confiantemente em Seus braços poderosos.
O mais importante é saber que tudo isso é conquistado mediante a graça de Deus que nos foi revelada através de Jesus Cristo. Pela graça, sem dinheiro e sem preço (Is 55.1). Sendo assim, jamais brinque com Deus; mas procure conhece-lo e amá-lo, servindo-o com fidelidade, sem nenhuma pressão e sem preço algum. E a sua vitória virá no tempo de Deus!


Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém





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