Já são mais de 1.400 feridos desde o início dos bombardeios, no sábado; hospitais da região estão lotados
Agência Estado e Associated Press
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Os ataques desta segunda ocorreram em Beit Lahiya e Beit Hanun, no norte da Faixa de Gaza, segundo informações dos médicos palestinos. O Estado de Israel convocou 6.500 reservistas e tropas terrestres israelenses estão próximas à fronteira com o território, mas ainda não foi tomada uma decisão final sobre uma ofensiva terrestre. A medida do gabinete de convocar reservistas pode ser tática de pressão sobre o Hamas. Especialistas militares dizem que Israel precisaria de pelo menos 10 mil soldados para uma invasão em larga escala de Faixa de Gaza.
Nesta segunda-feira, o vice-chefe de staff das Forças de Defesa de Israel, o general de brigada Dan Harel, disse que toda a infra-estrutura do grupo islâmico Hamas será destruída no território. "Após esta operação, não sobrará nenhum edifício em pé do Hamas em Gaza e nós planejamos mudar as regras do jogo", disse Harel, citado pela Ynet News.
"Nós estamos atingindo não apenas terroristas e lançadores (de foguetes), mas também o governo inteiro do Hamas e todas as suas alas", disse Harel a líderes de comunidades israelenses que ficam ao alcance dos foguetes disparados pelo Hamas. "Estamos atingindo prédios do governo, fábricas, instalações de segurança e mais", ele disse. Harel advertiu que os três dias de ataques foram apenas o começo. "O pior não ficou para trás, ainda está pela frente."
'Derrubar o Hamas'
Ainda nesta segunda, o vice primeiro-ministro de Israel, Haim Ramon, disse que o objetivo dos bombardeios a Gaza é derrubar o governo do Hamas. "O objetivo da operação é derrubar o Hamas", disse Ramon em comentários à televisão israelense. Ramon defende há bastante tempo uma ofensiva, inclusive terrestre, para acabar com o controle do grupo islâmico sobre a Faixa de Gaza, que o Hamas obteve em meados do ano passado, após expulsar o governo palestino do Fatah.
A chanceler de Israel, Tzipi Livni, reiterou nesta segunda-feira que Israel tenta evitar as mortes de civis e que é o grupo Hamas que "tenta matar as crianças". Em Damasco, um funcionário graduado do Hamas disse que não haverá trégua com Israel até que os ataques sejam suspensos e a fronteira reaberta. "Nós precisamos da nossa liberdade e independência. Se não atingimos esse objetivo, então temos que resistir. É um direito nosso", disse o funcionário, Abu Marzouk.
Marzouk disse que os ataques indiscriminados de Israel e mortes de civis são "contra qualquer lei internacional" e advertiu que o Hamas agora tem o direito de retaliar em qualquer lugar de Israel. Na Cisjordânia, jovens palestinos apedrejaram soldados israelenses em várias localidades. Os soldados e a polícia reagiram com o disparo de gás lacrimogêneo, mas aparentemente ninguém ficou ferido.
A trégua entre o Hamas e Israel durou seis meses e acabou em 19 de dezembro. Com a retomada dos disparos de foguetes contra Israel, o governo israelense lançou as operações maciças de bombardeios contra a faixa de Gaza no sábado.
Segundo a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para os territórios palestinos, pelo menos 51 dos mortos eram civis. Muitos dos civis mortos são crianças. Na noite do domingo, um míssil disparado por um caça israelense matou uma mulher, um bebê e três meninas, informou o doutor Moaiya Hassanain.
Mesmo com a intensidade dos ataques israelenses, o Hamas continuou a disparar foguetes contra cidades no Estado de Israel. Em disparos feitos à noite (horário local) um foguete destruiu um ponto de ônibus na cidade de Ashdod, a 38 quilômetros da Faixa de Gaza, matando uma mulher israelense e ferindo outras duas pessoas, uma das quais está em estado crítico.
Mais cedo, outro míssil disparado pelo Hamas matou um operário árabe-israelense na cidade de Ascalon. No total, quatro cidadãos israelenses foram mortos pelos foguetes do Hamas desde sábado.
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