Por: (Pr Ev – Domingos
Teixeira Costa)
A publicação das Lições da Escola Bíblica Dominical neste site, é fruto da obediência a Deus. Ele pôs em
minha mente o propósito de fazer a divulgação do conteúdo espiritual que
recebemos em nossas Igrejas a cada manhã de domingo, para que
semanalmente nossos irmãos que se encontram espalhados pelo mundo a fora,
possam igualmente participar do mesmo pão.
Cumprindo a missão de divulgar o Evangelho por lugares desfavorecidos do
acesso a este conteúdo diretamente da Revista acima mencionada, para que os
Missionários possam igualmente compartilhar deste pão com os filhos de Deus sob
suas orientações, como a Igreja no Brasil, alimenta-se do conteúdo publicado na
Revista; Lições Bíblicas da Escola
Dominical veiculado neste site.
Tenho a certeza de que estou cumprindo como servo do Senhor meu Deus,
mais uma vez, o dever de servo, junto a evangelização internacional, nacional e
Igrejas que não desfrutam de acesso favorável e de um conteúdo organizado
especificamente para o ensino pessoal e em grupo como igrejas e etc.
Em virtude da cobertura do Blog ser a nível internacional, utilizamo-lo
como o veículo adequado para o cumprimento dessa tarefa de levar esta Mensagem
a todos os continentes de nosso planeta, o mais belo de todos no Universo, que
só foi criado por causa do homem, para que aqui se fizesse a vontade de Deus
como no céu, (Mt 6. 9-13).
À
Missão Nacional, Internacional e Igrejas de difícil acesso.
O Texto é a reprodução original do comentário publicado na Revista do
aluno abaixo indicada:
Revista Trimestral, “Lições Bíblicas”, 4º Trimestre – 2012.
Comentarista: Esequias Soares,
Editora CPAD Rio de Janeiro – RJ.
Lição 07 de 13
18 de novembro de 2012
Tema: Miquéias – A Importância da Obediência
Texto Áureo – [...] Tem porventura o SENHOR tanto prazer em
holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à palavra do SENHOR? Eis que
o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura
de carneiros.
Verdade Prática – A
mensagem de Miqueias leva-nos a pensar seriamente acerca do tipo de
Cristianismo que estamos vivendo.
LEITURA BÍBLICA
Miqueias 1.1-5; 6.6-8
Miqueias 1.1-5; 6.6-8
Miqueias 1
1 - Palavra do SENHOR
que veio a Miqueias, morastita, nos dias de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, a qual ele viu sobre
Samaria e Jerusalém.
2 - Ouvi, todos os povos, presta atenção, ó
terra, em tua plenitude, e seja
o Senhor JEOVÁ testemunha contra vós, o
Senhor, desde o templo da sua santidade.
3 - Porque eis que o SENHOR
sai do seu lugar, e descerá,
e andará sobre as alturas da terra.
4 - E os montes debaixo dele se derreterão, e os
vales se fenderão, como a cera diante do fogo, como as águas que se precipitam
em um abismo.
5 - Tudo isso por causa da prevaricação de Jacó e dos pecados da casa de Israel; qual é a transgressão
de Jacó? Não é Somaria? E quais
os altos de Judá? Não é Jerusalém?
Miqueias 6
6 - Com que me apresentarei ao SENHOR e me inclinarei ante o Deus
Altíssimo? Virei perante ele com holocaustos, com bezerros de um ano?
7 - Agradar-se-á o SENHOR
de milhares de carneiros? De dez mil ribeiros de azeite? Darei o meu primogênito pela minha transgressão? O fruto do meu ventre, pelo pecado da minha alma?
8 - Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o SENHOR pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes
humildemente com o teu Deus?
INTRODUÇÃO
O problema do povo a quem Miqueias dirigiu a sua
mensagem não era falta de liturgia, mas de uma correta motivação para se adorar
ao Senhor. Embora cometesse toda a sorte de injustiças sociais, a geração
contemporânea do profeta Miqueias oferecia sacrifícios a Deus, praticando todos
os rituais levíticos, mas não sabia o verdadeiro significado do amor a Deus e
ao próximo.
I. O LIVRO DE MIQUEIAS
1.
Contexto histórico. Miqueias era de Moresete-Gate (1.1,14; Jr
26.18), cidade localizada a 32 quilômetros a sudeste de Jerusalém. Miqueias,
assim como os demais profetas de judá, não cita reis do Reino do Norte na
introdução de seus oráculos. Seu ministério, porém, aconteceu no período dos
reinados "de Jotão Acaz e Ezequias, reis de Judá" (1.1). Essas datas
estão entre 750 e 686 a.C., mas a soma desses anos deve ser reduzida
significativamente por causa das corregências.
O profeta Jeremias afirma que a mensagem de
Miqueias foi entregue no reinado de Ezequias (26.18). Considerando os últimos
anos de Acaz e os primeiros de Ezequias, Miqueias deve ter profetizado entre
735 a.C. e 710 a.C.
2.
Estrutura e mensagem. Trata-se de uma coleção de breves oráculos
agrupados em sete capítulos divididos em três partes principais (1,2; 3-5;
6,7). Cada uma das partes marca o imperativo: "Ouvi" (1.2; 3.1; 6.1),
que é fraseologia similar a de Isaías (4.1-5; Is 2.2-4).
O assunto do livro é a ira divina em relação aos
pecados de Samaria e de Jerusalém. Miqueias dirigiu seu discurso contra a
idolatria, censurou com veemência a opressão aos pobres e denunciou o colapso
da justiça nacional (1.5; 2.1,2; 3.9-11). Além disso, anunciou, de antemão, o local
do nascimento do Messias, em Belém (5.2 cp. Mt 2.1,4-6). O profeta chegou a ser
citado pelo Senhor Jesus (7.6 cp. Mt 10.35,36).
II. A OBEDIÊNCIA A DEUS
1. O conceito bíblico de obediência.
O verbo hebraico shemá: . "ouvir, escutar, prestar
atenção, obedecer", não significa apenas receber uma comunicação ou
informação. O seu real sentido é mais forte e imperioso: obedecer é acatar
ordens de autoridade religiosa, civil ou familiar. O referido verbo é empregado
no Antigo Testamento para "obedecer" em 1 Samuel 15.22 e Jeremias
42.6. É usado, também, em seis das nove
vezes em que sherná aparece em
Miqueias (1.2; 3.1,9; 6.1,2,9).
A mesma ideia é vista nos ensinos de Jesus (Mt
11.15; 13.43). Por conseguinte, a obediência deve ser precedida pela compreensão
e pelo amoroso acatamento da mensagem divina (Mt 7.24,26). Nesse sentido, ela pode ser definida como a prova suprema da fé e do nosso amor a Deus.
2. A desobediência das nações.
O Senhor não é uma divindade
tribal, que habita em quatro paredes. Ele é o Deus de toda a terra e o Soberano
de todo o Universo. Justamente por isso, Ele apresenta-se como juiz e
testemunha não apenas contra seu povo, Israel e Judá (1.2,5), mas também contra todas as nações da terra (1.2).
3. A ira de Deus sobre o
pecado (1.3-5). O profeta
descreve de forma pitoresca a reação divina contra o seu povo. Numa linguagem
antropomórfica, o Senhor desce de seu santo templo, o céu, para julgar Samaria,
capital de Israel e, da mesma forma, Jerusalém, capital de Judá, cujo pecado influencia todo o país. O
quadro da sua majestosa e terrível presença lembra a ação dos terremotos e dos vulcões (Jz 5.4; SI 18.7-10; Is 64.1-3; Hc 3.6,7).
III. O RITUAL RELIGIOSO
1. O
rito levítico. Basicamente, o rito é um
conjunto de cerimônias e práticas litúrgicas que cumpre a função de simbolizar
o fenômeno da fé. O termo vem do latim ritus, que significa
"cerimônia religiosa, uso, costume, hábito, forma, processo, modo". O
Antigo Testamento usa a palavra para os sacrifícios (Lv 9.16; Ed 6.9) e para as
festividades religiosas (Ne 8.18), tais como a Páscoa (Nm 9.14; 2 Cr 35.13) e a Festa dos Tabernáculos (Ed 3.4). A própria
circuncisão é também um ritual (At 15.1). Contudo, em se tratando do Cristianismo, a liturgia é simples, contendo apenas dois rituais: o batismo e a ceia do Senhor (Mt 3.1 5; 26.26-30). Esses cerimonialismos, contudo, não substituem o relacionamento sincero com Deus, nem proporcionam salvação (15m
15.22; 5140.6-8; 51.16,17; 1 Co 1.14-1 7; 11.28,29).
2. O diálogo de Deus com o povo (6.6). O
Senhor, através do profeta, convida o seu povo para uma controvérsia. O que
Deus fez de mal para Israel rejeitá-lo? (6.1-3). Em seguida, o Eterno traz à
memória da nação os seus benefícios desde o princípio, quando remiu a Israel do
Egito e protegeu seu povo no deserto contra os inimigos (6.4,5). Em uma
pergunta retórica, o próprio Deus antecipa a resposta da nação. A lei
estabelecia sacrifícios de animais como provisão pelo pecado (Lv 9.3) e o
azeite para certas ofertas de libação (Lv 1.3,4; 2.1,15; 7.12). O problema de Judá
não era a falta de rituais e sacrifícios, mas de uma verdadeira conversão a
Deus.
3. Sacrifício humano (6.7). Oferecer
o primogênito pela transgressão e o fruto do ventre pelo pecado era sinal de
completo desatino do povo. A lei de Moisés condena tal prática sob pena de
morte (Lv 18.21; 20.2-5) e em todo o Israel era repulsa nacional (2 Rs 3.27). Esse tipo de sacrifício só foi praticado por
aqueles que, em todo Israel e Judá, apostataram-se da fé (2 Rs 16.3; 21.6;Jr
19.5; 2.35). Todos estavam dispostos a oferecer até mesmo o que Deus nunca
exigiu deles, menos o essencial: sincero arrependimento e mudança de vida.
IV. O GRANDE MANDAMENTO
1. A vontade de Deus. O estilo de vida que agrada a Deus foi comunicado
ao povo desde Moisés. Portanto, toda a nação tinha o dever de conhecê-lo (Dt
10.12,13). Daí o porquê da indagação do profeta (6.8). Mas ninguém estava
interessado nisso. O povo preferia tirar proveito da prática das injustiças
sociais, esperando que o mero ritual do sacrifício fosse suficiente para auto
justiçar-se diante de Deus. Estavam enganados, pois Deus não se deleita em sacrifícios nem em rituais exteriores (SI 51.17,18).
2. O sumário de toda a lei (6.8b).
Os três preceitos – praticar a
justiça, amar a beneficência e andar humildemente com Deus - são considerados
pela tradição judaica, desde o século 1 a.C., o resumo dos 613 preceitos
depreendidos da lei de Moisés. Essa é vista por muitos como a maior declaração
do Antigo Testa mento. Os dois primeiros preceitos falam do compromisso
horizontal com o nosso próximo; e o terceiro, de compromisso vertical com Deus.
Isso vale para todos os seres humanos e é paralelo ao ensino de Jesus: amar a
Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos (Mt 22.37-40).
CONCLUSÃO
A lição para todos nós é esta: O que importa para Deus não é o que fazemos
na Igreja, mas a nossa vivência com a família, o que fazemos no trabalho e como
relacionamo-nos com a sociedade. Sem o verdadeiro arrependimento e um profundo
compromisso com Deus, todas as práticas religiosas não passam de rituais vazios
e completamente desprovidos de valor espiritual.
Envie um e-mail para mim!
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