Por: (Pr Ev – Domingos
Teixeira Costa)
A publicação das Lições da Escola Bíblica Dominical neste site, é fruto da obediência a Deus. Ele pôs em
minha mente o propósito de fazer a divulgação do conteúdo espiritual que
recebemos em nossas Igrejas a cada manhã de domingo, para que
semanalmente nossos irmãos que se encontram espalhados pelo mundo a fora,
possam igualmente participar do mesmo pão.
Cumprindo a missão de divulgar o
Evangelho por lugares desfavorecidos do acesso a este conteúdo diretamente da
Revista acima mencionada, para que os Missionários possam igualmente
compartilhar deste pão com os filhos de Deus sob suas orientações, como a
Igreja no Brasil, alimenta-se do conteúdo publicado na Revista; Lições
Bíblicas da Escola Dominical veiculado
neste site.
Tenho a certeza de que estou cumprindo
como servo do Senhor meu Deus, mais uma vez, o dever de servo, junto a
evangelização internacional, nacional e Igrejas que não desfrutam de acesso
favorável e de um conteúdo organizado especificamente para o ensino pessoal e
em grupo como igrejas e etc.
Em virtude da cobertura do Blog ser a
nível internacional, utilizamo-lo como o veículo adequado para o cumprimento
dessa tarefa de levar esta Mensagem a todos os continentes de nosso planeta, o
mais belo de todos no Universo, que só foi criado por causa do homem, para que
aqui se fizesse a vontade de Deus como no céu, (Mt 6. 9-13).
À Missão Nacional, Internacional e
Igrejas de difícil acesso.
O Texto é a reprodução original do
comentário publicado na Revista do aluno abaixo indicada:
Revista Trimestral, “Lições Bíblicas”, 4º
Trimestre – 2012. Comentarista: Esequias
Soares, Editora CPAD Rio de Janeiro – RJ.
Tema - OBADIAS - O PRINCÍPIO
DA RETRIBUIÇÃO
Texto Áureo - "Porque o dia do SENHOR está perto, sobre todas as nações; como tu fizeste, assim se fará contigo; a tua maldade cairá
sobre
a tua cabeça" (Ob 1.1 5).
a tua cabeça" (Ob 1.1 5).
Verdade Prática – Obadias mostra que a lei da
semeadura e o princípio da retribuição constituem uma realidade da qual ninguém
escapará.
LEITURA
BÍBLICA
Obadias 1. 1- 4, 15 - 18
Obadias 1. 1- 4, 15 - 18
1 - Visão de
Obadias: Assim diz o Senhor JEOVÁ a respeito de Edom: Temos ouvido a pregação
do SENHOR, e foi enviado às
nações um embaixador, dizendo: Levantai-vos, e levantemo-nos contra ela
para a guerra.
2 - Eis que te fiz pequeno entre as nações; tu és mui desprezado.
3 - A soberba do
teu coração te enganou, como o que habita nas fendas das rochas, na sua alta morada, que diz no seu coração: Quem me derribará em
terra?
4 - Se te elevares como águia e puseres o teu ninho entre as estrelas,
dali te derribarei, diz o SENHOR.
15 - Porque o dia do SENHOR está perto,
sobre todas as nações; como tu fizeste, assim se fará contigo;
a tua maldade cairá sobre a tua cabeça.
16 - Porque, como vós bebestes no monte da
minha santidade, assim beberão de contínuo todas as nações;
beberão, e engolirão, e serão como se nunca tivessem sido.
1 7 - Mas, no monte Sião, haverá livramento;
e ele será santo; e os da casa de Jacó possuirão as suas herdades.
1 8 - E a casa de Jacó será fogo; e a
casa de José, chama; e a casa de Esaú, palha; e se acenderão
contra eles e os consumirão; e ninguém mais restará da casa de Esaú, porque o SENHOR o disse.
INTRODUÇÃO
A soberania divina é um tema importante e atual, porque
lembra-nos que Deus está no controle de tudo e que toda ação humana está
exposta diante de seus olhos. A lei natural da semeadura ilustra o princípio da
retribuição no campo espiritual, e é justamente essa a mensagem que encontramos
no livro do profeta Obadias, em seus oráculos contra Edom.
I.
A SOBERANIA DE DEUS
1. Conceito. A
soberania divina é o direito absoluto de Deus governar
totalmente as suas criaturas segundo a sua vontade (SI 115.3; Is 46.10).
Calvinistas e arminianos concordam com esse conceito. A diferença entre ambos
acerca da soberania está apenas no exercício desta.
Segundo os calvinistas, não há limite para o exercício desse
governo, de modo que a vontade divina não pode ser anulada. Os arminianos, por
outro lado, admitem que, no exercício da soberania divina, existe uma
autolimitação
suficiente para permitir o livre-arbítrio humano.
2. Livre-arbítrio. A vontade de Deus é
que todos sejam salvos (Ez 18.23,32; Jo 3.16;
1 Tm 2.4; 2 Pe 3.9). Entretanto, não são poucos os que se perderão. Tal
acontece justamente pelo fato de sermos livres, autoconscientes e, por isso,
responsáveis diante de Deus por nossos atos (Ec 12.13,14). Isso se explica pelo
livre-arbítrio, e não significa negar a soberania divina. Trata-se da
liberdade humana. Deus é soberano em todo o Universo e, por seu amor e poder,
preserva sua criação até a consumação de todas as coisas (Ne 9.6; Hb 1.2,3).
II.
O LIVRO DE OBADIAS
1. Contexto histórico. A
vida pessoal de Obadias é desconhecida. O profeta apresenta-se apenas com o seu
nome, sem oferecer nenhuma
informação adicional (família e reinado sob o qual viveu e profetizou). Ele
simplesmente diz: "Visão de Obadias" (v. 1 ).
A data em que exerceu o seu ministério é uma das mais
disputadas entre os estudiosos: vai de 848 a 460 a.c. Tudo indica que os
versículos 10 a 14 refiram-se à destruição
de Jerusalém por Nabucodonosor, rei de Babilônia, em
587 a.c. Portanto, qualquer data, nesse período, como 585 a.c. por exemplo, é
aceitável.
2. Estrutura e mensagem. Com apenas 21
versículos, Obadias
é o livro mais curto do Antigo Testamento. Excetuando-se a introdução, o seu
estilo é poético. O texto divide-se em três partes principais: a destruição de
Edom (vv. 1-9); a sua maldade (vv. 10-14) e o dia do Senhor sobre Edom, Israel
e as demais nações (vv. 15-21).
O tema do livro é o julgamento divino contra Edom. Obadias,
porém, não é o único profeta incumbido de anunciar a condenação dos filhos de
Esaú (ls 21.11,12; Ir 49.7-22; Ez
25.12-14; Am 1.11,12; MI1.2-5).
3. Posição no Cânon. Em
nossa Bíblia, Obadias situa-se entre Amós e Jonas, O critério para a ordem
desses livros é ainda desconhecido. Sabe-se, todavia, que não foi baseado na
cronologia. Há quem justifique tal posição pelo sloqan "o dia do
SENHOR" (v.15; Am 5.20) e pela afirmação de que a casa de Jacó possuirá a
herdade de Edom (v. 1 7; cp. Am 9.12).
Devido ao Cânon Judaico considerar a coleção dos Doze
Profetas um só livro, a citação de Obadias, em o Novo Testamento, é apenas
indireta.
III.
EDOM, O PROFANO
1. Origem. Os
edomitas eram descendentes de Esaú. Por causa do
guisado que Jacó usou para comprar de
Esaú a sua primogenitura, o nome
da tribo passou a ser "Edorn" que, em hebraico, significa
"vermelho" (Gn 25.30).
Eles povoaram o monte Seir (Gn 33.16; 36.8,9,21) e,
rapidamente,
transformaram-se em uma poderosa nação (Gn 36.1-43; Êx 15.15; Nm 20.14). Seu rei negou passagem a Israel por seu território, quando os filhos de Jacó saíram do Egito e peregrinavam no deserto a caminho da Terra Prometida. Mesmo assim, Deus ordenou aos israelitas que tratassem os edomitas como a irmãos (Dt 23.7). Contudo, o ódio de Edom contra Israel cresceu e atravessou séculos.
transformaram-se em uma poderosa nação (Gn 36.1-43; Êx 15.15; Nm 20.14). Seu rei negou passagem a Israel por seu território, quando os filhos de Jacó saíram do Egito e peregrinavam no deserto a caminho da Terra Prometida. Mesmo assim, Deus ordenou aos israelitas que tratassem os edomitas como a irmãos (Dt 23.7). Contudo, o ódio de Edom contra Israel cresceu e atravessou séculos.
2. O Deus soberano. "Assim
diz o Senhor JEOVÁ a respeito de Edom" (v. 1 ). Esta chancela destaca a
soberania de Deus sobre os povos e reis da terra. Apesar de Edom não ser
reconhecido como povo de Deus, o Eterno tinha legítima autoridade sobre ele.
-
3. Preparativos do
assédio a Edom (v. J c). A expressão: "temos ouvido a
pregação" parece indicar que Obadias falava em nome de outros profetas (Jr
49.14). Ele ouviu o oráculo divino e soube de um embaixador que fora enviado
aos povos vizinhos para ajuntá-los em guerra contra Edom. Tal embaixador não
era profeta, mas um diplomata de alguma nação inimiga
dos edomitas.
dos edomitas.
4. O rebaixamento de
Edom. No Antigo Testamento hebraico, existe um recurso retórico que
consiste em um acontecimento futuro, que é descrito como se ,já tivesse sido
cumprido. Por isso, o profeta emprega o verbo no passado: "Eis que te fiz
pequeno entre as nações" (v.2a).
Esse recurso é conhecido como perfeito profético (não
se trata de um perfeito gramatical especial). Seu emprego, aqui, indica o
cumprimento certeiro da ameaça quanto à sucessão dos dias e das noites. Ou
seja, o fato é descrito como já realizado, pois Deus reduzirá (como de fato,
reduziu) Edom a um povo insignificante e desprezível entre as nações, até que
este veio a desaparecer (v.2b).
5. O orgulho leva à ruína. Por
viverem nas cavernas montanhosas de Seir (v.3), os edomitas confiavam na
segurança que lhes proporcionava a topografia de seu território - uma fortaleza
naturalmente inexpugnável. Edom não sabia que aquilo que é inacessível ao homem
é acessível a Deus (v.4). A arrogância humana é insuportável, mas a soberba
espiritual é repugnante; os que assim agem estão destinados ao fracasso (Pv
16.18; 1 Pe 5.5).
IV. A RETRIBUIÇÃO DIVINA
1. O princípio
da retribuição. Retribuição
significa "pagar na mesma moeda". Tal princípio acha-se na Lei de
Moisés (Êx 21.23-25; Lv 24.16-22; Dt 19.21). Segundo Charles L. Feinberg, a
passagem compreendida entre os versículos 10 até 14 pode ser chamada de o
"boletim de ocorrência" dos crimes cometidos pelos edomitas contra os
judeus. O acerto de contas
aproxima-se, e Deus fará com os edomitas o mesmo que eles fizeram a Judá. Nessa
profecia, Edom serve de paradigma para outras nações (e até pessoas) que
igualmente procedem (v. 1 5).
2. O castigo de Edom. Os
edomitas beberam e alegraram-se com a
desgraça de seus irmãos. Mas, agora, chegou a hora de eles receberem a
sua paga na mesma moeda. Os descendentes de Esaú provarão do cálice
da ira divina para sempre (v.16). É bom lembrar que esse princípio vale também
para indivíduos (Jz 1.6,7; Hb 2.2).
É o princípio da semeadura (Os
8.7; GI 6.7).
8.7; GI 6.7).
3. Esaú e Jacó (v.18). Os nomes
"Sião" e "Jacó" (v. 1 7) indicam Jerusalém e Judá, respectivamente.
E "José", o Reino do Norte formado pelas dez tribos e, muitas vezes,
identificado como "Israel" e "Efraim" (Os 7.1). José, como
pai de Efraim (Gn 41.50-52), é usado para identificar os irmãos do Norte.
Assim, a profecia fala sobre a reunificação de Judá e Israel (Os 1.1; Ez 37.19). A metáfora de Israel como fogo que
consumirá a casa de Esaú indica a destruição total de Edom. O orgulho e o ódio
dos edomitas contra os seus irmãos judeus os levaram à ruína definitiva.
CONCLUSÃO
Assim como ninguém pode desafiar as leis naturais sem as
devidas consequências, não é possível ignorar as leis espirituais e sair ileso.
A retribuição é inevitável, pois "tudo o que o homem semear, isso também
ceifará" (GI 6.7). Só o arrependimento e a fé em Jesus podem levar o homem
a experimentar o amor e a misericórdia de Deus (2 Co 5.17).
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