quarta-feira, 5 de maio de 2010

Escola Bíblica Dominical


A publicação da Lição da Escola Bíblica Dominical neste Site, é fruto da obediência a Deus. Ele pôs em minha mente o propósito de fazer a divulgação do conteúdo espiritual que recebemos em nossas Igrejas a cada manhã de domingo, é para que semanalmente nossos irmãos que se encontram  espalhados pelo mundo a fora, possam igualmente participar do mesmo pão. 
                               
No cumprimento a esta missão de divulgar o Evangelho por lugares desfavorecidos do acesso a este conteúdo diretamente da Revista, os Missionários possam igualmente compartilhar deste pão com os filhos de Deus sob suas orientações, do mesmo ensino recebidos da Palavra de Deus no Brasil, publicado na Revista; Lições Bíblicas da Escola Dominical veiculado através deste Site.

Tenho a certeza de que estou cumprindo como servo do Senhor meu Deus, mais uma vez, o dever de servo, junto a evangelização internacional, nacional e Igrejas que não desfrutam de acesso favorável e de um conteúdo organizado especificamente para o ensino pessoal e em grupo como igrejas  e etc.

Em virtude da cobertura do Blog ser a nível internacional, utilizamo-lo como o veículo adequado para o cumprimento dessa tarefa de levar esta Mensagem a todos os continentes de nosso planeta, o mais belo de todos no Universo, que só foi criado por causa do homem.


À Missão Nacional, Internacional e Igrejas de difícil acesso.  


Lição 06 de 13, 09 de Maio de 2010.

TEMA – A SOBERANIA E A AUTORIDADE DE DEUS

TEXTO ÁUREO – “Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra?” (Rm 9.21)

VERDADE PRÁTICA – Em sua inquestionável soberania, Deus trata as criaturas como bem lhe aprouver. Submetemo-nos, pois, à sua perfeita, infinita e sábia vontade.

HINOS SUGERIDOS – 005, 141, 400.

LEITURA BÍBLICA   Jeremias 18.1-10

1 - A palavra do SENHOR, que veio a Jeremias, dizendo:

2 - Levanta-te e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir as minhas palavras.

3 - E desci a casa do oleiro, e eis que ele estava fazendo a sua obra sobre as rodas.

4 - Como o vaso que ele fazia de barro se quebrou na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos seus olhos fazer.

5 - Então, veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:

6 - Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? diz o SENHOR; eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel.

7 - No momenta em que eu falar contra uma nação e contra um reino, para arrancar, e para derribar, e para destruir,

8 - se a tal nação, contra a qual falar, se converter da sua maldade, também eu me arrependerei do mal que pensava fazer-lhe.

9 - E, no momenta em que eu falar de uma gente e de um reino, para o edificar e para plantar,

10 - se ele fizer o mal diante dos meus olhos, não dando ouvidos à minha voz, então, me arrependerei do bem que tinha dito lhe faria.

INTRODUÇÃO

O capitulo 18 de Jeremias é conhecido como a Parábola da soberania de Deus. A passagem talvez não seja muito apreciada pelos calvinistas extremados por mostrar que Deus, conquanto absoluto e inquestionável, não é arbitrário. Suas ações acham-se baseadas em suas bondades e perfeições.

Que riquíssima lição sobre a eleição e a predestinação. Embora sejam estes temas tidos como incompreensíveis e complexos por algumas escolas teológicas, o Senhor, através da arte do oleiro, mostra serem ambos os temas perfeitamente compreensíveis e harmônicos.

Desçamos à casa do Oleiro. E, aqui, em meio as ferramentas de seu oficio, conheçamos a soberana vontade de Deus consoante a Israel, aos gentios e a nossa própria vida.

I. A VISITA À CASA DO OLEIRO

1. A casa do oleiro. Achava-se localizada, provavelmente, no extremo sul de Jerusalém, nas cercanias da Porta do Oleiro e do Vale dos Filhos de Hinon. Nesse logradouro, os oleiros desempenhavam suas atividades e, coletivamente, defendiam seus interesses.

2. Seus instrumentos de trabalho. Posto que eficazes, eram bem simples os instrumentos dos oleiros: constituíam-se de duas rodas superpostas. A inferior, acionada com os pés, movimentava a superior, onde o oleiro colocava a argila, a fim de moldá-la de acordo com a sua concepção. E, assim, em movimentos simples, mas seguros, era o barro transformado em vasos e outras vasilhas tão úteis no dia-a-dia das senhoras hebréias.

As vezes, não temos a impressão de estarmos numa roda viva? Vêm as provações e as dificuldades; chegam as lutas e aparecem as batalhas. De repente, eis que a nossa vida entra num ritmo acelerado. Isto acontece por estarmos na roda do Oleiro, que nos vai moldando de acordo com a sua vontade. Tenha paciência! O Oleiro sabe o que está fazendo.

3. A visita à casa do oleiro. Buscava Deus, com esta parábola, deixar uma importante lição para os filhos de Israel. Pensavam estes que, pelo simples fato de serem dissidência de Abraão, achavam-se a salvo dos juízos e dos castigos divinos. O Senhor, porem, mostra-lhes que todos, judeus e gentios, nos encontramos sob a sua jurisdição. Assim como o oleiro tem poder sobre a argila, de igual modo trata-nos Deus consoante a sua soberania, levando sempre em conta, naturalmente, o livre-arbítrio com que Ele nos dotou.

Para se compreender melhor a parábola do Oleiro, é necessário que se estude os capítulos nove, dez e onze da Epístola de Paulo aos Romanos. No capitulo nove, discorre o apostolo acerca da eleição de Israel; no dez, fala sobre a rejeição de Israel como povo eleito; e no onze, trata da futura reconciliação de Israel com o Messias. Aos que não aceitam a forma como Deus trata com o seu povo, aduz Paulo:

"Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra?" (Rm 9.21).

II. A SOBERANIA DE DUES
A soberania de Deus é uma das mais difíceis doutrinas das Sagradas Escrituras. E só viremos a entende-Ia corretamente, se nos mantivermos centrados nas Sagradas Escrituras, sem nos desviarmos nem para o predestinacionismo absoluto e cego nem para o chamado deismo.

1. Definição. A soberania de Deus é a autoridade inquestionável que Ele exerce sobre todas as coisas criadas, quer na terra, quer nos céus, de tudo dispondo conforme os seus conselhos e desígnios. Sua soberania está baseada em sua onipotência, onipresença e onisciência. Deus é absoluto e necessário - todos precisamos dEle para existir; sem Ele, não há vida nem movimento.

2. Soberania não e arbitrariedade. A soberania é um instrumento legítimo de Deus, através da qual executa Ele toda a sua vontade, visando a plena consecução de seus decretos.

Sendo infinitamente santo e justo, e Criador de quanto existe, tem o Senhor Deus autoridade sobre todas as criaturas morais, e tudo fará a fim de que o seu plano redentivo seja integral e perfeitamente cumprido. Deus jamais criaria uns para a salvação e outros para a condenação eterna. Isto contrariaria os dois principais atributos de sua bondade: santidade e justiça.

3. Eleição e predestinação. Como entender ambas as doutrinas? A predestinação e universal. (Ou seja: Deus, em seu profundo e inigualável amor, predestinou todos os seres humanos a vida eterna Jo 3.16). Por conseguinte, ninguém é chamado à vida para ser lançado no lago de fogo que, conforme bem o acentuou Jesus, fora preparado para o Diabo e aos seus anjos (Mt 25.41). Cumpre ressaltar, porém, que o fato de o homem ser predestinado a vida eterna não lhe garante a posse compulsória desta. É necessário creia ele no Evangelho e aceite e persevere em seguir a Jesus, a fim de que seja havido por eleito de Deus.

Nossa eleição, portanto, tem como base a soberania e a presciência divina: "eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: graça e paz vos sejam multiplicadas" (l Pe 1.2).

4. O profeta Jeremias e a soberania de Deus. No capitulo dezoito de Jeremias, o Senhor está a ensinar-nos uma grande lição: embora hajamos sido escolhidos para ser a sua particular herança, devemos cumprir as clausulas da aliança que Ele conosco estabeleceu por intermédio de Cristo Jesus (Hb 12,23,24). Caso contrario: haveremos de ser reprovados como o foram os israelitas. Não basta ser filho de Abraão; é necessário fazer as obras de Abraão (Mt 3.9; Jo 8.39).

III. O CRENTE E A VONTADE DE DEUS
É chegado o momento de encararmos com mais seriedade a soberania de Deus. O mesmo Oleiro que de uma argila disforme formou Israel, também chamou-nos de entre as nações, constituindo-nos um povo santo, especial e de boas obras (Tt 2.14).

Como estamos encarando a soberania de Deus? Temos considerado a sua vontade? Ou achamos que, frágeis vasos, temos autoridade sobre o Oleiro? Humildemente, oremos: "Seja feita a tua vontade assim na terra como no céu".

CONCLUSÃO
E chegado o momenta de nos submetermos à vontade de Deus. Ele é o Oleiro; nós, apenas a argila. De acordo com a sua soberania, estará trabalhando em nossas vidas. Uns, vasos de honra; outros, de desonra (2 Tm 2.20). Submetamo-nos, pois, à sua vontade, a fim de que Ele, de conformidade com o seu querer, opere abundantemente, em nossa vida.


Reproduzido e publicado por: 
               

Pr – Domingos Teixeira Costa


Revista Trimestral, Comentarista: CLAUDIONOR DE ANDRADE, “Lições Bíblicas”, 2º Trimestre – 2010, Editora CPAD Rio de Janeiro – RJ.






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