A publicação da Lição da Escola Bíblica Dominical neste Site, é
fruto da obediência a Deus. Ele pôs em minha mente o propósito de fazer a
divulgação do conteúdo espiritual que recebemos em nossas Igrejas a cada
manhã de domingo, é para que semanalmente nossos irmãos que se encontram
espalhados pelo mundo a fora, possam igualmente participar do mesmo
pão.
No cumprimento a esta missão de divulgar o Evangelho por lugares
desfavorecidos do acesso a este conteúdo diretamente da Revista, os
Missionários possam igualmente compartilhar deste pão com os filhos de Deus sob
suas orientações, do mesmo ensino recebidos da Palavra de Deus no Brasil,
publicado na Revista; Lições Bíblicas da Escola Dominical veiculado
através deste Site.
Tenho a certeza de que estou cumprindo como servo do Senhor meu Deus,
mais uma vez, o dever de servo, junto a evangelização internacional, nacional e
Igrejas que não desfrutam de acesso favorável e de um conteúdo organizado
especificamente para o ensino pessoal e em grupo como igrejas e etc.
Em virtude da cobertura do Blog ser a nível internacional,
utilizamo-lo como o veículo adequado para o cumprimento dessa tarefa de levar
esta Mensagem a todos os continentes de nosso planeta, o mais belo de todos no
Universo, que só foi criado por causa do homem.
À Missão Nacional, Internacional e Igrejas de difícil
acesso.
Lição 06 de
13, 09 de Maio de 2010.
TEMA – A SOBERANIA E A
AUTORIDADE DE DEUS
TEXTO ÁUREO – “Ou não tem o oleiro poder sobre o
barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra?” (Rm 9.21)
VERDADE PRÁTICA – Em sua
inquestionável soberania, Deus trata as criaturas como bem lhe aprouver.
Submetemo-nos, pois, à sua perfeita, infinita e sábia vontade.
HINOS SUGERIDOS –
005, 141, 400.
LEITURA BÍBLICA – Jeremias 18.1-10
1 - A palavra do SENHOR, que veio a
Jeremias, dizendo:
2 - Levanta-te e desce à casa do oleiro,
e lá te farei ouvir as minhas palavras.
3 - E desci a casa do oleiro, e eis que
ele estava fazendo a sua obra sobre as rodas.
4 - Como o vaso que ele fazia de barro
se quebrou na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que
pareceu bem aos seus olhos fazer.
5 - Então, veio a mim a palavra do
SENHOR, dizendo:
6 - Não poderei eu fazer de vós como fez
este oleiro, ó casa de Israel? diz o SENHOR; eis que, como o barro na mão do
oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel.
7 - No momenta em que eu falar contra
uma nação e contra um reino, para arrancar, e para derribar, e para destruir,
8 - se a tal nação, contra a qual falar,
se converter da sua maldade, também eu me arrependerei do mal que pensava
fazer-lhe.
9 - E, no momenta em que eu falar de uma
gente e de um reino, para o edificar e para plantar,
10 - se ele fizer o mal diante dos meus
olhos, não dando ouvidos à minha voz, então, me arrependerei do bem que tinha
dito lhe faria.
INTRODUÇÃO
O
capitulo 18 de Jeremias é conhecido como a Parábola da soberania de Deus. A
passagem talvez não seja muito apreciada pelos calvinistas extremados por
mostrar que Deus, conquanto absoluto e inquestionável, não é arbitrário. Suas ações
acham-se baseadas em suas bondades e perfeições.
Que riquíssima
lição sobre a eleição e a predestinação. Embora sejam estes temas tidos como incompreensíveis
e complexos por algumas escolas teológicas, o Senhor, através da arte do
oleiro, mostra serem ambos os temas perfeitamente compreensíveis e harmônicos.
Desçamos
à casa do Oleiro. E, aqui, em meio as ferramentas de seu oficio, conheçamos a
soberana vontade de Deus consoante a Israel, aos gentios e a nossa própria
vida.
I. A
VISITA À CASA DO OLEIRO
1. A casa do oleiro.
Achava-se localizada, provavelmente, no extremo sul de Jerusalém, nas cercanias
da Porta do Oleiro e do Vale dos Filhos de Hinon. Nesse logradouro, os oleiros
desempenhavam suas atividades e, coletivamente, defendiam seus interesses.
2. Seus instrumentos de trabalho.
Posto que eficazes, eram bem simples os instrumentos dos oleiros: constituíam-se
de duas rodas superpostas. A inferior, acionada com os pés, movimentava a
superior, onde o oleiro colocava a argila, a fim de moldá-la de acordo com a
sua concepção. E, assim, em movimentos simples, mas seguros, era o barro
transformado em vasos e outras vasilhas tão úteis no dia-a-dia das senhoras hebréias.
As
vezes, não temos a impressão de estarmos numa roda viva? Vêm as provações e as
dificuldades; chegam as lutas e aparecem as batalhas. De repente, eis que a
nossa vida entra num ritmo acelerado. Isto acontece por estarmos na roda do
Oleiro, que nos vai moldando de acordo com a sua vontade. Tenha paciência! O
Oleiro sabe o que está fazendo.
3. A visita à casa do oleiro. Buscava
Deus, com esta parábola, deixar uma importante lição para os filhos de Israel.
Pensavam estes que, pelo simples fato de serem dissidência de Abraão,
achavam-se a salvo dos juízos e dos castigos divinos. O Senhor, porem, mostra-lhes
que todos, judeus e gentios, nos encontramos sob a sua jurisdição. Assim como o
oleiro tem poder sobre a argila, de igual modo trata-nos Deus consoante a sua
soberania, levando sempre em conta, naturalmente, o livre-arbítrio com que Ele
nos dotou.
Para
se compreender melhor a parábola do Oleiro, é necessário que se estude os capítulos
nove, dez e onze da Epístola de Paulo aos Romanos. No capitulo nove, discorre o
apostolo acerca da eleição de Israel; no dez, fala sobre a rejeição de Israel
como povo eleito; e no onze, trata da futura reconciliação de Israel com o
Messias. Aos que não aceitam a forma como Deus trata com o seu povo, aduz
Paulo:
"Ou
não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para
honra e outro para desonra?" (Rm 9.21).
II.
A SOBERANIA DE DUES
A
soberania de Deus é uma das mais difíceis doutrinas das Sagradas Escrituras. E só
viremos a entende-Ia corretamente, se nos mantivermos centrados nas Sagradas
Escrituras, sem nos desviarmos nem para o predestinacionismo absoluto e cego
nem para o chamado deismo.
1. Definição. A
soberania de Deus é a autoridade inquestionável que Ele exerce sobre todas as
coisas criadas, quer na terra, quer nos céus, de tudo dispondo conforme os seus
conselhos e desígnios. Sua soberania está baseada em sua onipotência, onipresença
e onisciência. Deus é absoluto e necessário - todos precisamos dEle para
existir; sem Ele, não há vida nem movimento.
2. Soberania não e arbitrariedade. A
soberania é um instrumento legítimo de Deus, através da qual executa Ele toda a
sua vontade, visando a plena consecução de seus decretos.
Sendo
infinitamente santo e justo, e Criador de quanto existe, tem o Senhor Deus
autoridade sobre todas as criaturas morais, e tudo fará a fim de que o seu
plano redentivo seja integral e perfeitamente cumprido. Deus jamais criaria uns
para a salvação e outros para a condenação eterna. Isto contrariaria os dois
principais atributos de sua bondade: santidade e justiça.
3. Eleição e predestinação. Como
entender ambas as doutrinas? A predestinação e universal. (Ou seja: Deus, em
seu profundo e inigualável amor, predestinou todos os seres humanos a vida
eterna Jo 3.16). Por conseguinte, ninguém é chamado à vida para ser lançado no
lago de fogo que, conforme bem o acentuou Jesus, fora preparado para o Diabo e
aos seus anjos (Mt 25.41). Cumpre ressaltar, porém, que o fato de o homem ser
predestinado a vida eterna não lhe garante a posse compulsória desta. É necessário
creia ele no Evangelho e aceite e persevere em seguir a Jesus, a fim de que
seja havido por eleito de Deus.
Nossa
eleição, portanto, tem como base a soberania e a presciência divina:
"eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito,
para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: graça e paz vos sejam
multiplicadas" (l Pe 1.2).
4. O profeta Jeremias e a soberania de
Deus. No capitulo dezoito de Jeremias, o Senhor está a
ensinar-nos uma grande lição: embora hajamos sido escolhidos para ser a sua
particular herança, devemos cumprir as clausulas da aliança que Ele conosco
estabeleceu por intermédio de Cristo Jesus (Hb 12,23,24). Caso contrario:
haveremos de ser reprovados como o foram os israelitas. Não basta ser filho de Abraão;
é necessário fazer as obras de Abraão (Mt 3.9; Jo 8.39).
III.
O CRENTE E A VONTADE DE DEUS
É
chegado o momento de encararmos com mais seriedade a soberania de Deus. O mesmo
Oleiro que de uma argila disforme formou Israel, também chamou-nos de entre as nações,
constituindo-nos um povo santo, especial e de boas obras (Tt 2.14).
Como
estamos encarando a soberania de Deus? Temos considerado a sua vontade? Ou
achamos que, frágeis vasos, temos autoridade sobre o Oleiro? Humildemente,
oremos: "Seja feita a tua vontade assim na terra como no céu".
CONCLUSÃO
E
chegado o momenta de nos submetermos à vontade de Deus. Ele é o Oleiro; nós,
apenas a argila. De acordo com a sua soberania, estará trabalhando em nossas
vidas. Uns, vasos de honra; outros, de desonra (2 Tm 2.20). Submetamo-nos,
pois, à sua vontade, a fim de que Ele, de conformidade com o seu querer, opere
abundantemente, em nossa vida.
Reproduzido e publicado por:
Pr – Domingos Teixeira Costa
Revista Trimestral, Comentarista: CLAUDIONOR DE ANDRADE, “Lições
Bíblicas”, 2º Trimestre – 2010, Editora CPAD Rio de Janeiro – RJ.
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