Por: (Pr Ev – Domingos Teixeira Costa)
A publicação das Lições da Escola Bíblica Dominical neste
site, é fruto da obediência a Deus. Ele pôs em minha mente o propósito de fazer
a divulgação do conteúdo espiritual que recebemos em nossas Igrejas a cada
manhã de domingo, para que semanalmente nossos irmãos que se encontram
espalhados pelo mundo a fora, possam igualmente participar do mesmo pão.
Cumprindo a missão de divulgar o Evangelho por lugares
desfavorecidos do acesso a este conteúdo diretamente da Revista acima
mencionada, para que os Missionários possam igualmente compartilhar deste pão
com os filhos de Deus sob suas orientações, como a Igreja no Brasil,
alimenta-se do conteúdo publicado na Revista; Lições Bíblicas da Escola Dominical veiculado neste
site.
Tenho a certeza de que estou cumprindo como servo do Senhor meu
Deus, mais uma vez, o dever de servo, junto a evangelização internacional,
nacional e Igrejas que não desfrutam de acesso favorável e de um conteúdo
organizado especificamente para o ensino pessoal e em grupo como igrejas
e etc.
Em virtude da cobertura do Blog ser a nível internacional,
utilizamo-lo como o veículo adequado para o cumprimento dessa tarefa de levar
esta Mensagem a todos os continentes de nosso planeta,o mais belo de todos no
Universo, que só foi criado por causa do homem, para que aqui se fizesse a
vontade de Deus como no céu, (Mt 6. 9-13).
À Missão Nacional, Internacional e Igrejas de difícil
acesso.
O Texto é a
reprodução original do comentário publicado na Revista do aluno abaixo
indicada:
Revista Trimestral, “Lições Bíblicas”, 1º Trimestre – 2012.
Comentarista: José Gonçalves,
Editora CPAD Rio de Janeiro – RJ.
Lição02
de 13, 08 de Janeiro de 2012
Tema
–
A Prosperidade no Antigo Testamento
Texto
Áureo – “ Vendo, pois, o seu senhor que o SENHOR estava com ele,
e tudo o que fazia o SENHOR prosperava em sua mão” (Gn 39.3).
Verdade
Prática – A
Prosperidade no Antigo Testamento está diretamente relacionada à obediência à
Palavra de Deus e à dedicação ao trabalho.
Leitura
Bíblica – Deuteronômio 8.11-18
11 Guarda-te para que não te esqueças do SENHOR,
teu Deus, não guardando os seus mandamentos, e os seus juízos, e os seus
estatutos, que hoje te ordeno;
12 Para que, por ventura, havendo tu comido e estando
farto, e havendo edificado boas casas, e habitando-as,
13 e se tiverem aumentado os tuas vacas e as tuas
ovelhas, e se acrescentar a prata e o ouro, e se multiplicar tudo quanto tens,
14 Se não eleve o teu coração e te esqueças do
SENHOR, teu Deus, que te tirou da terra do Egito, da casa da servidão;
15 Que te guiou por aquele grande e terrível
deserto de serpentes ardentes, e de escorpiões, e de secura, em que não havia
água; e tirou água para ti da rocha do seixal;
16 Que no deserto te sustentou com maná, que teus
pais não conheceram; para te humilhar, e para te provar, e para, no teu fim, te
fazer bem;
17 e não digas no teu coração: A minha força, e a
fortaleza de meu braço, me adquiriram este poder.
18 Antes, te lembrarás do SENHOR, teu Deus, que
ele é o que te dá força para adquirires poder; para confirmar o seu concerto,
que jurou a teus pais, como se vê neste dia.
INTRODUÇÃO
As Escrituras Sagradas têm
muito a dizer sobre a prosperidade do povo de Deus e grande parte desse ensino
encontra-se no Antigo Testamento. O hebraico possui cerca de vinte e cinco
palavras que podem ser traduzidas respectivamente como prosperidade, riquezas e
bens. O termo hebraico mais comum é tslach (Gn 39.2; Js 1.8; Sl 1.3) e
no grego é euodoo (1 Co 16.2).
Todavia, é bom lembrar que a
prosperidade no Antigo Pacto não está associada apenas no acúmulo de posses e
bens ou à saúde perfeita, mas, sobretudo, a um íntimo relacionamento com o
Senhor. É possível alguém ser rico, possuir boa saúde e muitos bens e mesmo
assim não ser prospero.
Ter sucesso, mas não uma
vida abundante. Nesta lição procuraremos mostrar como o Antigo Testamento
define alguém que alcançou a verdadeira prosperidade.
I – RIQUEZA E POBREZA;
DOENÇA E CURA NA ANTIGA ALIANÇA
A
. Prosperidade e solidariedade. Riqueza e pobreza no Antigo
Testamento andam lado a lado (Rt 2.1,2). Uma leitura cuidadosa ajuda a corrigir
duas ideias erradas sobre o conceito de pobreza e riqueza. A primeira mostra a
riqueza como dádiva de Deus, e a pobreza como marca do julgamento divino. A
segunda associa a riqueza à maldade e a pobreza à piedade. Fica logo
perceptível que ninguém é amaldiçoado por ser rico. Tanto o pobre como o rico
dependem do favor de Deus (1 Sm 2.7,8). A Bíblia mostra primeiramente que os
mais abastados devem si importar com os menos favorecidos (Dt 15.4,11). A
prosperidade só se legitima quando converte-se em solidariedade.
2
. Prosperidade e espiritualidade. A ideia veterotestamentária
de prosperidade transcende simples acúmulo de bens matérias ou bem estar
físico. Na verdade, a compreensão que se tem no Antigo Pacto é que a
prosperidade, antes de tudo, é espiritual para só secundariamente ser material
(Sl 73). Constata-se pelas Escrituras que existem outros valores, embora não
materiais, tidos como grandes riquezas e verdadeiros tesouros (Pv 10.22).
Dentre as várias coisas que
a Antiga Aliança mostra como sendo de valor maior do que bens matérias estão,
por exemplo, o conhecimento (Pv 3.13, 20.15), a integridade (Sl 7.8; 78.72), a
justiça (Sl 15.2; Pv 8.18; 14.34), o entendimento (Pv 15.32; 19.8), a humildade
e a paz (Pv 15.33; 12.20; 18.12).
3
. Prosperidade e bem-estar físico. O Antigo Testamento
apresenta uma variedade de doenças que afligiam o povo (Jó 2.7; Is 38.21). A
medicina era limitada e os médicos dos tempos bíblicos quase que se restringiam
em tratar os ferimentos exteriores. Nesse contexto, a Escritura apresenta Deus
como o médico de Israel (Ex 15.26).
É interessante observarmos
que nessa mesma passagem de Êxodo, Deus também aparece como aquEle que fere. O
Deus da Bíblia é poderoso para curar, mas também é soberano para permitir a
doença (Dt 7.15; Jó 5.18)! Essa visão teológica do Antigo Testamento revela que
sobre todas as coisas está a soberania divina, pois, até mesmo o sofrimento
pode atender os seus propósitos (Sl 119.67).
II – A PROPERIDADE COMO RESULTADO
DO TRABALHO E DO FAVOR DE DEUS
1
. O trabalho como proposito divino. No Antigo Pacto, riqueza e
trabalho também estão intimamente relacionados. A ideia de prosperar e
enriquecer por outros meios que não o trabalho é algo estranho à Escritura.
Ainda no paraíso, coube como tarefa o homem cuidar do jardim, vigiando-o e
lavrando-o (Gn 2.15). Portanto, o Senhor faz prosperar, mas o faz através do
trabalho (Dt 8.18). A palavra hebraicas coach traduzida como “força”, nessa
passagem, significa vigor e força humana. Refere-se claramente ao esforço
humano como resultado do trabalho. Por outro lado, a palavra “poder”, traduzida
do hebraico Chayil, nesse texto, mantem a ideia de eficiência, fartura e
riqueza. A perspectiva aqui é prosperidade e trabalho são indissociáveis. Onde
a primeira está certamente o segundo também se encontra.
O trabalho dignifica o homem
e o faz prosperar. Esse fato é ampliado na literatura hebraica sapiencial que
condena veementemente a indolência e a preguiça (Pv 21.25). Diante do Senhor
ninguém será considerado bom crente se negligenciar o trabalho. A esses cabe o
conselho de Provérbios 6.6, pois os homens mais espirituais da Bíblia viviam
nos labores de suas atividades.
2
. A benção de Deus como favor divino. Uma ideia fundamental para
se compreender a prosperidade no Antigo Testamento é o fato de ela acontecer
como o resultado do favor divino. A prosperidade é uma benção de Deus ao homem
(Pv 10.22). Até mesmo os incrédulos enriquecem em decorrência desse favor. Na
teologia, isso é definido como “graça comum”, um favor divino dado aos homens
indistintamente. É essa graça que faz a chova vir sobre os bons e os maus (Mt
5.45)
Quando se negligencia esse
princípio, é fácil transformar o trabalho em mero ativismo em vez de algo
prazeroso. Reconhecer o Senhor com a fonte de toda prosperidade é a melhor
forma de proteger-se da ganância que persegue quem possui riquezas (Sl
127.1,2).
III – PRINCÍPIOS BÍBLCOS
PARA A PROSPERIDADE
1
. Retribuição. No período patriarcal vemos Abraão ser
abençoado porque obedeceu a voz do Senhor (Gn 14.14-20. O mesmo acontece com os
outros patriarcas (Gn 25.11; 30.43). No Pentateuco, a lei da retribuição é
conhecida do povo de Deus (Dt 27-28). A obediência seria a causa das bênçãos da
prosperidade, enquanto as maldições seriam o efeito da desobediência. Mas é,
sobre tudo, no período tribal que vemos esse princípio em toda a sua força (Jz
3.12; 4.1; 10.6; 13.1).
Para oi autor de juízes, o
resultado para a punição dos israelitas dava-se em razão de sua vida
desobediente diante de Deus (Jz 21.25). Durante a monarquia, período que vemos
a atuação enérgica dos profetas, os reis eram avaliados pelo bem ou pelo mal
que haviam praticado diante do Senhor (1 Rs 15.11; 2 Rs 12.2; 16.2; 2 Cr 28.1).
2 . Sabedoria divina. O
Antigo Testamento mostra que nem tudo aquilo que se relaciona à prosperidade
pode ser explicado simplesmente através de uma lei de causa e efeito ou do
pecado e suas consequências. É evidente que a lei da retribuição é vista como
um período básico, mas a teologia da Antiga Aliança deixa claro que a soberania
de Deus deve ser levada em conta quando avaliamos as ações dos homens.
Alguns textos revelam que os
justos sofrem e os maus prosperam (Sl 73). Embora pareça-nos paradoxal, é bíblico.
Por exemplo, detalha a luta de um homem que, à primeira vista, reconhecia
apenas o princípio da retribuição. Os amigos de Jó compartilhavam da visão de
que alguém sofre ou passa reveses na vida é porque cometeu algum pecado (Jó
4.8). Todavia, o proposito do livro não é apenas focalizar o sofrimento humano,
mas revelar como Deus se relaciona com seus filhos (Jó 42.3). Princípio que é
fartamente demonstrado em o Novo Testamento (2 Co 12.7).
CONCLUSÃO
A prosperidade no Antigo
Testamento é resultado da benção do Senhor sobre os empreendimentos do seu
povo. Tal prosperidade não se fundamenta em méritos pessoais, mas é uma
resposta à obediência que se constrói como resultado de um relacionamento
correto com Deus. A prosperidade, portanto, não é meramente circunstancial, nem
tão pouco pode ser entendida apenas como uma lei de causa e efeito, mas deve
levar em conta os atos soberanos do Senhor.
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