sábado, 31 de agosto de 2013

Para Vencer a Doença do Século

 
 
Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém
 
  
A doença do século não é o câncer, nem a AIDS, nem as enfermidades de origem cardiovasculares; segundo muitos especialistas da psiquiatria, é a depressão. O estresse da vida moderna, o caos urbano e as conturbações sociais, assim como problemas financeiros e familiares, fatores genéticos e hormonais, são apontados como os principais motivadores do aumento dos casos de depressão em todo o mundo. Estimativa da Organização Mundial de Saúde aponta que a depressão, aliada ao uso de drogas e álcool, serão as principais causas de adoecimento da população mundial nas próximas décadas.
 
 
 
 
Conta uma antiga lenda que um anjo foi enviado do Céu para informar a Satanás que seriam tiradas dele todas as armas para derrotar os cristãos. Satanás, porém, pediu que fosse deixada apenas uma. “Deixe-me ficar com a depressão”, implorou. O anjo, que não conhecia tal sentimento, e pensando ser um pedido inofensivo, acabou por concordar. Então Satanás riu e disse: “Com essa pequena arma, manterei todas as outras”.
 
Isso é só uma lenda, nada mais que isso. Mas a depressão, em contraste, é uma realidade na vida de não poucas pessoas no mundo todo, não apenas de cristãos. Mas em todas as épocas, principalmente o povo de Deus tem lutado contra essa emoção opressora. Note o desabafo do profeta Elias: “Basta, toma agora, ó Senhor, a minha alma”. Isso não é só o lamento de uma pessoa desesperada, é o “jogar a toalha” de um homem profundamente deprimido (1 Rs 19.4).
 
Lendo os livros de Jó, Lamentações e Salmos, podemos ver traços terríveis de depressão em homens de Deus como Jó, Jeremias e Davi. Eles conheceram similar agonia da alma, chegaram no “fundo do poço”, muito embora tenham aprendido a sair dessa infeliz situação e, por fim, se tornaram mais fortalecidos na fé.
 
Alguém que passou por tal situação definiu a depressão como “uma experiência infeliz que o deixa exausto, distante e em profundo e incontrolável desespero... você se sente oprimido, preso... é terrível!”
 
A depressão pode ter diferentes causas. Pode estar enraizada em causas mentais, físicas e espirituais. Não importa a causa inicial, o resultado é sempre o mesmo: sua força é esgotada, sua alegria é esmagada e sua esperança se esvai; e isso tudo diz que a vida precisa ser restaurada. Quem passa por isso não deve ter receio de buscar o conselho divino e ajuda médica, pois Satanás irá fatalmente se aproveitar do seu estado e, para tentar derrotá-lo, procurará manter a sua vida em total falta de esperança.
 
Se a depressão é química, que muitas vezes acomete oradores, professores, pastores, parlamentares, assim como muitos outros profissionais afeitos a grandes exercícios intelectuais, geralmente basta repor a glicose. Um pouco de mel, uma barra de chocolate, ambos são um “santo” remédio. Se a depressão tem origem emocional ou espiritual, pode-se contar com a ajuda de especialistas, obviamente, mas principalmente com o socorro divino.
 
Por isso, precisamos enxergar que a nossa ajuda máxima se encontra em Deus, pois Ele nos ama de maneira incondicional e deseja fazer a Sua luz brilhar através dessas densas trevas que ocasionalmente cercam a nossa vida. Além disso, Ele é o Deus da esperança. Na Sua Palavra encontramos a solução definitiva para os nossos problemas, encontramos a esperança de que precisamos para viver uma vida plena de sentido.
 
Sempre que as forças depressivas o ameaçarem, procure experimentar os dissipadores divinos de depressão. Se a vida é sempre cansativa, saiba que Jesus oferece descanso para a sua alma: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mt 11.28).
 
Se você tem sido assolado por preocupação e ansiedade, entregue-as a Deus: “...lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós” (1 Pe 5.7). Se você não consegue se perdoar por algo que cometeu, saiba que o Senhor perdoa a todos os que lhe confessam seus pecados: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 Jo 1.9).
 
Se você tem medo, saiba que Deus pode fortalecer a sua vida e ajudá-lo a superar sua fobia: “Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel” (Is 41.10). Se você se sente sozinho no mundo, se acha que ninguém gosta de você, saiba que Deus está sempre presente e lhe promete: “De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei” (Hb 13.5).
 
Se o seu problema é que as coisas parecem impossíveis, saiba disso: “Os impossíveis dos homens são possíveis para Deus” (Lc 18.27). Desse modo, ore a Deus, confie na Sua Palavra para vencer os problemas da vida.
 
Com Jesus você suplantará todas as muralhas da depressão e poderá dizer: “Tudo posso naquele que me fortalece” (Sl 18.29; Fp 4.13). Depressão é ladrão de vida. Mas Jesus disse: “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”.
 





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domingo, 18 de agosto de 2013

O legado das testemunhas de Cristo

  
 
Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém
 
      
Conta-se que o conhecido pregador inglês Phillip Brooks (1835-1893), pretendendo levar sua esposa para um passeio, pediu ao funcionário do estábulo que lhe indicasse o melhor cavalo disponível. “Quero o melhor animal para essa bela ocasião”.
 
       Enquanto o homem atrelava o cavalo a uma carruagem, lhe disse: “Esse cavalo é tão perfeito quanto um animal pode ser. É gentil, inteligente, bem treinado, obediente, submisso, responde imediatamente aos comandos, nunca dá coices, não empaca, não morde; vive exclusivamente para agradar seu condutor”.
 
       Brooks, então, disse ao funcionário: “Será que esse cavalo não gostaria de frequentar a igreja onde sou pastor?”. Quão maravilhoso seria, pensava o pregador, se cada cristão fosse uma testemunha com tais qualidades!
 
       Como filhos de Deus, somos chamados para testemunhar a respeito de Jesus ao mundo. Antes de subir aos céus, Jesus disse aos discípulos: “Recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas” (At 1.8). Isso, como se sabe, valeria para todos os discípulos em todas as épocas e lugares. E tal posição jamais foi fácil para qualquer geração. Principalmente quando o significado da palavra testemunha era bastante conhecido e óbvio aos ouvintes. Ora, testemunha advém da palavra grega martureo, de onde se originou a palavra mártir, cujo sentido mais clássico representa aquele que se sacrifica até à morte por uma causa.
 
Como, portanto, ser uma testemunha de Jesus quando somos tratados de forma hostil e com dureza pelos poderosos, ou quando sofremos os maus tratos dos tolos? Mas, quer admitamos ou não, são nessas ocasiões difíceis e intempestivas que as nossas reações e comportamento podem ser efetivamente o nosso melhor testemunho.
 
       Imagine a situação, muito comum hoje em dia, de uma mulher cristã cujo marido não compartilha a sua fé. O apóstolo Pedro disse que ela pode, por meio de sua conduta, ganhar o marido com um testemunho “sem palavra alguma” (1Pe  3.1). Isto porque o princípio espiritual aqui contido é que um cristão pode ser um exemplo poderoso e oferecer um testemunho eficaz do amor e da graça de Deus.
 
       Algumas pessoas, ao enfrentarem algum problema por causa de sua fé em Cristo, sentem-se inclinadas a ficar lamentando, cheias de autocomiseração. Mas devemos lembrar uns aos outros que nosso propósito na sociedade é servir de testemunhas do amor infinito de Deus e mensageiros ousados do Evangelho de Jesus Cristo, tanto por meio de palavras como de boas obras. E que fique claro, isso não implica em ter uma vida isenta de problemas.
 
       De vez em quando, inesperadamente, nos vemos numa situação totalmente cercados por pessoas ímpias, como se estivéssemos “nadando com os tubarões” – numa festa, numa convenção profissional, num alojamento, ou mesmo no local de trabalho – e a tentação das “paixões da mocidade” pode colocar a nossa vida toda em perigo. Quando isso acontece, o apóstolo Paulo orienta que a nossa melhor opção não é o enfrentamento, mas “fugir” da tentação e escolher fazer o que é certo (2Tm 2.22).
 
       Há provações que Deus permite para nos moldar segundo a Sua santa vontade. Às vezes Ele nos deixa passar por várias tribulações, nos coloca no “cadinho das aflições” para que a nossa fé seja “apurada pelo fogo” e se torne refinada (1Pe 1.7).
      
        Penso no processo de temperar o aço como um exemplo perfeito para ilustrar o que ocorre com o refinamento da nossa fé. Para produzir esse metal durável, a matéria prima é colocada num forno e submetida a temperaturas elevadíssimas. Quando o metal derrete e se torna brilhante é mantido numa temperatura exata até que se transforme em aço temperado. Quando esfria, o metal é duro o suficiente para manter uma boa lâmina e terno o suficiente para ser moldado sem quebrar.
 
Portanto, não importa quão difícil a vida possa ser. Se porventura sofrermos por sermos servos fiéis de Jesus Cristo, quer pelas circunstâncias que nos cercam ou pelas injustiças que nos atingem, temos de perseverar em viver como testemunhas efetivas do amor de Deus, da Sua graça e do Seu poder.
 
Quando uma testemunha de Jesus vive com coerência, alinhando convicções, ações, crenças e comportamentos – e isso quer dizer simplesmente viver consoante a Palavra que prega – conquista a credibilidade que tem o condão de influenciar pessoas. É esse reconhecimento de valores que confere autoridade moral de persuadir e influenciar outras pessoas a seguir o seu exemplo, sobre cujo solo sagrado de uma vida exemplar é construído o legado de bênção que deixará para a sua geração.
 
Isso aconteceu com Jesus. Certa feita, ao acabar de proferir um contundente discurso, “as multidões ficaram maravilhadas da sua doutrina; porque ele as ensinava como quem tem autoridade” (Mt 7.29).
 
Precisamos seguir avante com nossa conduta piedosa, pela simples razão de sermos testemunhas de Cristo neste mundo. E lembrando sempre que não há posição mais elevada na vida.
 



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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

União Europeia convoca reunião extraordinária para discutir crise no Egito

Agência Brasil
Brasília – Embaixadores dos 28 países que integram o Comitê Político e de Segurança da União Europeia se reúnem segunda-feira (19) para analisar o agravamento da situação no Egito. Eles vão discutir medidas para combater a onda de violência que atingiu o país e que, em dois dias, matou 525 pessoas, principalmente civis, em confrontos entre manifestantes e policiais no Cairo, a capital egípcia.      

A chefe da Diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, conversou ontem (15) com várias autoridades estrangeiras. Anteriormente, ela havia condenado a violência no país e reiterado suas preocupações.

Os governos do Reino Unido, da Alemanha, da França e da Holanda convocaram os  embaixadores egípcios em seus países para manifestar a preocupação com a violência. A Alemanha instou as autoridades egípcias a encerrar a escalada de violência.

Ontem (15), o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) iniciou reunião de emergência para analisar a situação no Egito. No encontro, os embaixadores dos 15 países que integram o órgão analisaram o agravamento da situação com o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon. A alta comissária dos Direitos Humanos das Nações Unidas, Navi Pillay, pediu uma investigação sobre a ação das forças de segurança egípcias.



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segunda-feira, 12 de agosto de 2013

A intolerância de alguns ativistas gays

Blog

As imagens de um vídeo do YouTube publicadas em vários portais de notícias, no último sábado, são eloquentes e falam por si mesmas. Na última sexta-feira, o deputado federal Marco Feliciano, sua assessoria e os passageiros de um voo de Brasília para São Paulo foram desrespeitados ou, no mínimo, importunados por alguns ativistas gays intolerantes e sem bom senso.

Curiosa, mas não surpreendentemente, os agressores foram chamados por alguns portais, como o UOL e o da Rede Globo — suave, simples e bondosamente —, apenas de passageiros e jovens, e não de intolerantes. Tais sites se limitaram a informar que os rapazes cantaram um hit gay para Feliciano. Entretanto, os "amáveis" ativistas gays (não estou generalizando), além de terem cantado uma canção do grupo Mamonas Assassinas, dançaram de modo obsceno e inconveniente em uma aeronave em que havia crianças, famílias e outras pessoas que — por eu viajar bastante de avião, posso assegurar — não gostam de ser importunadas ou desrespeitadas. E mais: os intolerantes passaram a mão na cabeça do deputado e, ao que parece, se esfregaram em seu assessor.

Que direito têm esses cidadãos de agirem dessa maneira tão hostil e importunarem outros cidadãos? É uma vergonha que a grande mídia, de modo geral, não condene esse comportamento abusivo e desrespeitoso. Com essa conduta parcial, ela demonstra que é conivente com um tipo intolerância, além de incoerente, haja vista verberar com frequência contra outras modalidades de intolerância.

E se os rapazes fossem evangélicos cantando hinos de louvor a Deus na frente do deputado federal Jean Wyllys e dizendo: "Wyllys, converta-se a Jesus Cristo" ou "Deus criou homem e mulher"? Será que os aludidos portais e outros veículos se limitariam a dizer que os jovens passageiros cantaram músicas religiosas para o ilustre deputado? E este, será que teria uma reação pacífica, à semelhança do "perigoso" Marco Feliciano, ou processaria os ativistas sob a alegação de ter sido vítima de homofobia? 

Ciro Sanches Zibordi



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sábado, 10 de agosto de 2013

Teólogos mortos diante do Deus vivo



 
Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém

 
A partir da década de 1950, principalmente, não poucos teólogos proclamaram abertamente a “morte de Deus”. A opinião recorrente asseverava que o progresso do conhecimento tinha tornado impossível aos pensadores crer em Deus. Simples assim! Além disso, tais pensadores disseram que chegara o tempo de enterrar definitivamente a ideia de um Criador Todo-Poderoso “no cemitério dos mitos abandonados”.
Esses teólogos (e não poucos filósofos) entendiam que se a crença em Deus fosse abandonada, as ideias bíblicas de moralidade e significado da vida deveriam ser abandonadas também. Em função do vazio filosófico e moral causado pela exclusão de Deus das culturas e da vida, o homem procurou cobrir esse fosso existencial e espiritual com imitações de deuses afeitos aos seus próprios caprichos, inclusive o não-deus dos ateus.
Muito embora essa ideia tenha se propagado de um modo rápido e assombroso, tal como “fogo de palha”, não prosperou por muito tempo. Em suma, a Teologia da Morte de Deus não vingou. Isso levou o historiador britânico Paul Johnson a comentar: “Na perspectiva da espiritualidade humana, o fato mais extraordinário do Século XX foi Deus ter fracassado em morrer”.
O fato de alguns teólogos tentarem provar a não existência de Deus, esse esforço em si mesmo, na realidade, apenas enfraquece os seus argumentos.
Addison Leitch, em seu livro Interpretando a Teologia Básica, escreveu: “A não ser que um ateu esteja lutando contra o nada absoluto – e isso nos faz admirar o seu zelo – então ele deve estar argumentando contra algo que vê enraizado nele e em outros”.
O reformador João Calvino declarou que todos os seres humanos têm uma “consciência interior de Deus”. Por isso os antropólogos nunca acharam vestígios de tribos ateias. Para destruir a fé em Deus, portanto, seria necessário eliminar as estrelas, transformar o disciplinado processo da natureza em um caos e, além disso, processar uma lobotomia em cada ser humano.
Essa crença inerente em Deus não prova que Ele existe, decerto, mas aponta para essa direção. Quando C. S. Lewis era ateu, ele rejeitava a ideia de um Ser divino por causa de toda a injustiça existente no mundo. Mas quando ele se perguntou de onde havia tirado a ideia de justiça em primeiro lugar, esbarrou em um problema incontornável. Lewis escreveu: “Um homem não chama uma linha de torta a não ser que tenha alguma ideia do que seja uma linha reta. Com o que eu estava comparando este Universo ao chamá-lo de injusto?”.
Lewis percebeu, enfim, que a injustiça no mundo apontava para alguém Superior que havia estabelecido o padrão de justiça. Ele vira que seu argumento em favor do ateísmo era muito fraco e, eventualmente, veio a crer em Jesus como Senhor e Salvador. C. S. Lewis é o consagrado autor de Crônicas de Nárnia e de outros clássicos da literatura.
       Sabendo da tremenda tolice de alguém afirmar que Deus não existe, o salmista declarou: “Diz o insensato no seu coração: Não há Deus. Corrompem-se e praticam iniquidade; já não há quem faça o bem” (Sl 51.1). Além do fato de que somente a insensatez pode gerar tal afirmativa, o salmista sabia que Deus pode estar “como morto” para alguém que ignora Seus mandamentos e viola Seus preceitos.
Talvez por isso, tenha se tornado tão comum a muitas pessoas que se dizem “cristãs”, viverem como se não tivessem que prestar contas a Deus, professando um cristianismo sem Cristo, buscando uma redenção sem sangue, seguindo um discipulado sem cruz, praticando uma fé sem obras, vivendo uma religião sem amor. Essas pessoas que vivem como se Deus não existisse, primam por seguir sua própria religião, cuja marca é não ter compromisso moral e ético com nenhuma verdade que não seja a sua própria. Assim, entra particularmente em cena, para estas pessoas e para o mundo, uma religião egoísta densa de privilégios e isenta de deveres.
De fato, com nossas palavras e ações impensadas, podemos tratar o Criador do Universo como se Ele não existisse. Mas Deus não está impassível. O salmista declarou: “Do céu, olha Deus para os filhos dos homens, para ver se há quem entenda, se há quem busque a Deus” (Sl 51.2). Quer creiamos em ou não Deus, Ele sempre existiu e sempre existirá.
O problema de muitas religiões, inclusive as monoteístas, é que seu “deus” não é pessoal como o Deus único e verdadeiro da Bíblia. O Deus eterno e santo que se revelou em Jesus Cristo quer manter um relacionamento pessoal conosco, perdoando-nos, salvando-nos dos nossos pecados e recebendo-nos como Seus filhos amados.
Se quisermos conhecê-lo, Ele mesmo deu a receita: “Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração” (Jr 29.13). E Jesus apontou o meio: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6).
Creia em Deus e busque conhecê-lo. Isso faz uma imensa diferença!


 
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quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Como ter uma vida frutífera

 
 
Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém
 
 
  
No Sermão do Monte, Jesus fez uma firme crítica contra os líderes religiosos do seu tempo, chamando-os de falsos profetas, além de dizer que o povo devia se acautelar dos tais, pois eles eram dissimulados e se apresentavam “disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores”.
Nesse ponto, para clarear a mente dos ouvintes sobre o assunto, Jesus introduziu uma metáfora sobre árvores e frutos, dizendo: “Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?” (Mt 7.15,16).
Isso significava também que Jesus, quando convivia com pessoas religiosas, não atentava para a sua aparência de religiosidade, não se detinha no rigor ascético que as mesmas procuravam ostentar, mas buscava sempre o verdadeiro fruto espiritual que deveriam produzir. Ele sempre detestava e condenava a hipocrisia. Preferia a “cara limpa” de publicanos e pecadores à “cara maquiada” de religiosos hipócritas.
Jesus acrescentou: “Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons. Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo. Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis”.
Na perspectiva bíblica, as pessoas que vivem fora do padrão de Deus são consideradas como árvores más que dão frutos maus. As pessoas piedosas são comparadas a árvores saudáveis e frondosas, plantadas próximas dos ribeiros, cheias de folhas e sempre dando bons frutos na estação própria.
Em razão disso, ao descrever a pessoa piedosa e compromissada com Deus, o salmista escreveu: “Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido” (Sl 1.3).
Nesse caso, fica uma pergunta: como pode alguém ser uma árvore frutífera e dar sempre bom fruto?
Creio que há pelo menos quatro coisas que inevitavelmente nos tornarão frutíferos na vida.
Em primeiro lugar, precisamos entender que a nossa firmeza está em Deus. Não podemos nos firmar em posses ou títulos, nem em nossos talentos ou na popularidade; antes, precisamos estar firmes em Deus e viver na força que Ele supre por Sua maravilhosa graça e inesgotável misericórdia. Só assim revelaremos um caráter verdadeiramente cristão e nossa vida inspirará outras vidas, além de não sermos carcomidos pelo pecado nem desfigurados pela hipocrisia.
Segundo, precisamos estar arraigados na Palavra de Deus. Só isso nos tornará fortes, pois os que estão profundamente arraigados na Palavra serão inabaláveis em tempos de tribulação ou de tentação. É nas horas de lutas que o verdadeiro caráter é provado. É nessa ocasião que brota o que realmente somos.
Terceiro, precisamos continuar crescendo, sempre. Assim como as árvores saudáveis mostram um novo anel de crescimento de tempos em tempos, nós também devemos crescer constantemente “na graça e no conhecimento de nosso Senhor” em busca de nos tornarmos cada vez mais imitadores de Cristo (2Pe 3.18; 1Co 11.1). Não devemos permitir que as lutas da vida nos abatam e nos destruam, antes, porém, consentir que o Senhor nos faça crescer através das mesmas.
Por último, precisamos ser uma fonte de bênção ao nosso próximo. Ser árvore e não dar fruto é uma contradição. Ser árvore e dar mau fruto é uma contravenção. Nossa vida só tem sentido se usamos todo o nosso potencial para abençoar outras vidas.
Muitas árvores proporcionam alimento, outras tantas dão sombra, e algumas são transformadas em lenha. Devemos principalmente proporcionar alimento espiritual e conforto para os nossos semelhantes, bem como usar o tempo e nossos talentos para sua edificação. Em suma, cada pessoa precisa cumprir a sua vocação de dar fruto, mas sempre se esforçando para dar bons frutos e, assim, ser uma verdadeira bênção para todos ao seu redor.
O fato é que Jesus colocou um distintivo clássico de aferição do caráter de uma pessoa, quando disse: “Pelo fruto se conhece a árvore”. A vida que levamos é o fruto, e isso mostra o tipo de árvore que somos. Se em nossa vida há bons frutos, beleza e crescimento dignos de serem mencionados, então teremos sempre bons motivos para louvar a Deus.
Mas, ao contrário, se somos fracos e improdutivos, precisamos urgentemente pedir a Deus misericórdia, aqui e agora, orando para que Ele adube as nossas raízes com a Sua preciosa graça vivificadora, de modo que a verdade da Palavra seja a seiva que nos fortalece; e o nosso caráter, o fruto que nos enobrece diante do mundo.
Cada pessoa precisa responder a essas questões: Que tipo de árvore eu sou? Qual a qualidade do fruto que eu estou produzindo?
Jamais se deixe iludir pelas facilidades teatrais da hipocrisia ou pelas espertezas malignas da impiedade, pois isso apenas levará você a se tornar “como a palha que o vento dispersa”. Seja antes como a árvore boa, que no devido tempo dá o seu fruto bom, pois é isto que vale diante de Deus.
 



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