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As
imagens de um vídeo do YouTube publicadas em vários portais de
notícias, no último sábado, são eloquentes e falam por si mesmas. Na
última sexta-feira, o deputado federal Marco Feliciano, sua assessoria e
os passageiros de um voo de Brasília para São Paulo foram
desrespeitados ou, no mínimo, importunados por alguns ativistas gays
intolerantes e sem bom senso.
Curiosa,
mas não surpreendentemente, os agressores foram chamados por alguns
portais, como o UOL e o da Rede Globo — suave, simples e bondosamente —,
apenas de passageiros e jovens, e não de intolerantes. Tais sites se
limitaram a informar que os rapazes cantaram um hit gay para Feliciano. Entretanto,
os "amáveis" ativistas gays (não estou generalizando), além de terem
cantado uma canção do grupo Mamonas Assassinas, dançaram de modo obsceno
e inconveniente em uma aeronave em que havia crianças, famílias e
outras pessoas que — por eu viajar bastante de avião, posso assegurar —
não gostam de ser importunadas ou desrespeitadas. E mais: os
intolerantes passaram a mão na cabeça do deputado e, ao que parece, se
esfregaram em seu assessor.
Que
direito têm esses cidadãos de agirem dessa maneira tão hostil e
importunarem outros cidadãos? É uma vergonha que a grande mídia, de modo
geral, não condene esse comportamento abusivo e desrespeitoso. Com essa
conduta parcial, ela demonstra que é conivente com um tipo
intolerância, além de incoerente, haja vista verberar com frequência
contra outras modalidades de intolerância.
E
se os rapazes fossem evangélicos cantando hinos de louvor a Deus na
frente do deputado federal Jean Wyllys e dizendo: "Wyllys, converta-se a
Jesus Cristo" ou "Deus criou homem e mulher"? Será que os aludidos
portais e outros veículos se limitariam a dizer que os jovens
passageiros cantaram músicas religiosas para o ilustre deputado? E este,
será que teria uma reação pacífica, à semelhança do "perigoso" Marco
Feliciano, ou processaria os ativistas sob a alegação de ter sido vítima
de homofobia?
Ciro Sanches Zibordi
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