No mundo competitivo em que vivemos a sua presença “marcante” pode marcar demais. A sua idéia “brilhante” pode brilhar demais. A forma “inovadora” de pensar pode inovar demais. E nem sempre as pessoas estão dispostas a deixar você brilhar impunemente. É hora de sair de cena. Nem que seja por um tempo.
É preciso fazer os outros pensarem que você desistiu. É preciso dar a chance das pessoas acharem que você não quer mais estar no palco. Mas saber sair de cena é uma arte tão importante quanto saber entrar em cena. Todo ator sabe disso. Assim, é preciso sair de cena com classe. É preciso sair de cena com a discrição de um lorde inglês.
Quando as pessoas sentem-se ameaçadas por você e começam a ter respostas agressivas desproporcionais, talvez seja a hora de sair de cena. Quando você, sem ter desejado ou planejado, começa a aparecer muito na sua área de atuação ou no seu setor de trabalho, talvez seja a hora de sair de cena por um tempo. Saber sair de cena é também saber mudar de assunto.
Quando as pessoas vêm lhe perguntar e comentar sobre o seu sucesso, sobre seus bens materiais, seu possível enriquecimento, etc. querendo fazer você falar sobre você – é hora de mudar de assunto. É hora de sair de cena.
Os sábios sabem que você nada ganhará falando de você mesmo para os outros. Nem bem, nem mau. Mude de assunto. Saia de cena. Não caia nessa armadilha. Quando o embate se dará com poderosos e você conhece o poder destrutivo desses poderosos, pense bem antes de entrar no combate. Talvez você ganhe mais saindo de cena.
Deixe a briga de cachorro grande para grandes cães. Saiba sair de cena. Você terá outras oportunidades. Você ganhará outras batalhas com menos estresse, com menores esforços.
É preciso fazer um grande esforço de sabedoria para saber quando sair de cena. É preciso ter uma grande capacidade artística para saber como sair de cena. Será que temos tido a sabedoria e a arte de sair de cena, deixar o palco, mudar de assunto, na hora certa, no momento exato?
Pense nisso: a hora de falar vem sempre depois da hora de ouvir.
Luiz Marins
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