A publicação da Lição da Escola Bíblica Dominical neste Site, é
fruto da obediência a Deus. Ele pôs em minha mente o propósito de fazer a
divulgação do conteúdo espiritual que recebemos em nossas Igrejas a cada
manhã de domingo, é para que semanalmente nossos irmãos que se encontram
espalhados pelo mundo a fora, possam igualmente participar do mesmo
pão.
No cumprimento a esta missão de divulgar o Evangelho por lugares
desfavorecidos do acesso a este conteúdo diretamente da Revista, os
Missionários possam igualmente compartilhar deste pão com os filhos de Deus sob
suas orientações, do mesmo ensino recebido da Palavra de Deus no Brasil,
publicado na Revista; Lições Bíblicas da Escola Dominical veiculado
através deste Site.
Tenho a certeza de que estou cumprindo como servo do Senhor meu Deus,
mais uma vez, o dever de servo, junto a evangelização internacional, nacional e
Igrejas que não desfrutam de acesso favorável e de um conteúdo organizado
especificamente para o ensino pessoal e em grupo como igrejas e etc.
Em virtude da cobertura do Blog ser a nível internacional,
utilizamo-lo como o veículo adequado para o cumprimento dessa tarefa de levar
esta Mensagem a todos os continentes de nosso planeta, o mais belo de todos no
Universo, que só foi criado por causa do homem.
À Missão Nacional, Internacional e Igrejas de difícil
acesso.
Lição
10 de 13, 06 de Junho de 2010
TEMA
–
O VALOR DA TEMPERANÇA
TEXTO
ÁUREO – “E não vos
embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18)
VERDADE
PRÁTICA – A Igreja de Cristo sempre primou pela temperança. A vida
de seus membros tem de ser um eloquente protesto contra as inconsequências e
vícios.
HINOS
SUGERIDOS – 448, 491, 505.
LEITURA
BÍBLICA – Jeremias 35.1-5, 8,18,19
1
- Palavra que do SENHOR veio a Jeremias, nos dias de Jeoaquim, filho de Josias,
rei de Judá, dizendo:
2
- Vai à casa dos recabitas, e fala com eles, e leva-os à Casa do SEENHOR, a uma
das câmaras, e dá-lhes vinho a beber.
3
- Então, tomei a Jazanias, filho de Jeremias, filho de Habazinias, e a seus irmãos,
e a todos os seus filhos, e a toda a casa dos recabitas;
4
- e os levei à Casa do SENHOR, à câmara dos filhos de Hanã, filho de Jigdalias,
homem de Deus, que esta junto à câmara dos príncipes, que está sobre a câmara
de Maaséias, filho de Salum, guarda do vestíbulo;
5
- e pus diante dos filhos da casa dos recabitas taças cheias de vinho e copos e
disse-lhes: Bebei vinho.
8
- Obedecemos, pois, à voz de jonadabe, filho de Recabe, nosso pai, em tudo
quanto nos ordenou; de maneira que não bebemos vinho em todos os nossos dias,
nem nós, nem nossas mulheres, nem nossos filhos, nem nossas filhas;
18
- E à casa dos recabitas disse Jeremias: Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o
Deus de Israel: Visto que obedecestes ao mandamento de jonadabe, vosso pai, e
guardastes todos os seus mandamentos, e fizestes conforme tudo quanto vos
ordenou,
19
- assim diz o SENHOR dos Exércitos, Deus de Israel: Nunca faltará varão a
jonadabe, filho de Recabe, que assista perante a minha face todos os dias.
INTRODUÇÃO
Legaram-nos os recabitas um
exemplo tão marcante que, passados vinte e seis séculos, ainda nos inspiramos
em seu equilíbrio e temperança. E Deus levou-lhes em conta a piedade. Quando da
destruição de Jerusalém, o Senhor deu-lhes suas almas como despojo; foram
preservados do mal enquanto os intemperantes e viciosos eram entregues à ruína.
O mundo está sendo destruído.
Como estamos a nos comportar? Agimos como os recabitas? ou nos chafurdamos nos vícios
e prazeres mundanos? Neste domingo, ordena-nos o Senhor que visitemos a casa
dos recabitas.
I. A ORIGEM DOS RECABITAS
1.
Sua origem. Quando o Senhor ordenou a Jeremias que visitasse
os recabitas, tinham estes já uma história de aproximadamente 250 anos. De uma
tribo nômade e dedicada ao pastoreio, foram pouco a pouco aparentando-se com os
queneus e com os descendentes de jetro, sogro de Moises (1 Cr 2.55), até se constituírem
num expressivo e piedoso clã.
2.
Seu relacionamento com Israel. Os recabitas entram na história
do povo de Deus de maneira heróica. jonadabe, um de seus patriarcas, é
convidado pelo rei jeú a extirpar os profetas de Baal do Reino do Norte. Nesta ocasião,
o recabita identifica-se como tendo um coração reto diante de Deus (2 Rs
10.15-27). Apesar dos desvios de jeú e de outros Iíderes em Israel,
mantiveram-se os recabitas fiéis à Lei de Deus, embora não passassem de
forasteiros entre os hebreus.
3.
O encontro dos recabitas com Jeremias. Os recabitas achavam-se em Jerusalém
para escapar ás forças babilônicas que, dentro em breve, haveriam de destruir a
Cidade Santa. Na periferia desta, armaram eles suas tendas. E, agora, recebem o
inesperado convite do profeta para se dirigirem à Casa de Deus. Aqui, seria
encenado mais um duro sermão aos descendentes de Jacó, visando demovê-Ios de
sua rebelião contra o Senhor.
II. O ESTILO DE VIDA DOS
RECABITAS
Foi exatamente entre as
trevas e as apostasias de Israel, que jonadabe sentiu-se impulsionado a fundar
uma sociedade que tinha por base a temperança, a modéstia, a frugalidade e,
principal mente, o temor a Deus. Vejamos, pois, qual o seu estilo de vida.
1.
Abstinência de bebidas fortes. Resolveram eles absterem-se
total mente das bebidas fortes, pois sabiam muito bem serem estas nocivas a
moral e aos bons costumes (Gn 9.20-23; 19.32-38). Além disso, estava o vinho
intimamente associado às festas dos ímpios cananeus. Ora, se queriam os
recabitas viver como povo de Deus, deveriam primar por uma conduta sóbria e
recatada.
Tem você vivido de maneira sóbria?
Ou tem-se entregado aos vícios? Lembre-se: Deus há de julgar também nossa
intemperança.
2.
Peregrinações. Vistos de nosso contexto cultural, os recabitas
pareciam os mais estranhos dos homens. Além de se absterem das bebidas alcoólicas,
faziam questão de viver como peregrinos (Hb 11.13), a fim de protestar contra a
intemperança, a injustiça e a idolatria que já dominavam Israel e Judá.
Ainda nos consideramos peregrinos
do Senhor? Não podemos assimilar a cultura pecaminosa do presente século (Rm
12.1,2; Hb 11.13).
3.
Honravam a tradição de seus antepassados. Ao contrário dos
judeus que já haviam esquecido-se da Lei de Moises e do exemplo dos patriarcas,
levavam os recabitas em consideração o que lhes havia recomendado jonadabe
filho de Recabe: "Assim, ouvimos e fizemos conforme tudo quanto nos mandou
jonadabe, nosso pai Jr 35.10). Como haviam eles honrado seus pais, tinha-lhes o
Senhor, agora, uma gloriosa promessa Ur 35.18,19).
Eles se houveram com denodo
e zelo em relação as tradições dos ancestrais. E, quantas vezes, nós, ignorante
e tolamente, não buscamos destruir tudo o que nos legaram os antigos? As tradições
que tem como alvo à pureza do corpo de Cristo e a integridade moral dos filhos
de Deus tem de ser mantidas: "Então, irmãos, estai firmes e retende as
tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola
nossa" (2 Ts 2.15). Sobre o assunto, pronuncia-se o conceituadíssimo
comentarista Warren W. Weir be: "A tradição humana não é necessariamente má,
a não ser que contradiga ou se arvore para substituir a Palavra de Deus".
Tem você guardado as recomendações
de seus pais? Ou acha que o conselho dos antigos é algo que pode ser descartado
em nome de uma modernidade duvidosa e perversa?
III. O EXEMPLO DOS RECABITAS
A fim de realçar a
fidelidade dos recabitas, o profeta os conduz ao Santo Templo. E, aqui, na câmara
de Hanã, oferece-lhes taças cheias de vinho, e ordena-lhes que o bebam. Mas o
chefe do clã de Recabe recusa-se a fazê-lo. Com esta demonstração de indômita
coragem, Jazanias, o maioral dos recabitas, deixa bem patente a todos,
principalmente aos ministros do altar, porque eles não se davam ao vinho.
o interessante é que o vinho
fora posto diante dos recabitas exatamente no interior da Casa de Deus. E os
sacerdotes, pelo que inferimos do texto, achavam-se tão presos aos vícios
quanta o povo. Os levitas não mais primavam pela temperança! Sem o perceber,
estavam comprometendo todo o seu ministério.
Você é conhecido pela temperança?
Pelo autocontrole? Ou já não liga mais para a sobriedade? Não são poucos os que
se acham destruídos pelas bebidas alcoólicas e por outros vícios, hábitos e costumes
igualmente nocivos. Não abra nenhum precedente. Não se deixe contaminar seja
pelo ambiente social seja pela herança cultural. Lembre-se: Noé e Ló eram muito
mais piedosos e firmes do que nós. Todavia, induzidos pelo vinho, portaram-se
inconvenientemente.
CONCLUSÃO
Estamos nos últimos dias. o
momento requer sobriedade e vigilância. A semelhança dos recabitas, primemos
pela excelência das virtudes cristãs. Caso contrário: seremos tidos como profanos
quando da volta do Senhor Jesus.
E que jamais nos esqueçamos:
a Igreja de Cristo tem um forte compromisso com a temperança, com a sobriedade,
com a prudência, com os bons costumes e com a excelência moral tanto de seus
membros quanta dos que a cercam. Afinal, somos a luz do mundo e o sal da terra
(Mt 5.13-16; Ef 5.8-13).
Reproduzido e publicado por:
Pr – Domingos Teixeira Costa
Revista Trimestral, Comentarista: CLAUDIONOR DE ANDRADE, “Lições
Bíblicas”, 2º Trimestre – 2010, Editora CPAD Rio de Janeiro – RJ.
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