segunda-feira, 7 de junho de 2010

Israel mata quatro em ataque a barco palestino

Soldados israelenses abriram fogo na madrugada desta segunda-feira (7) contra um barco palestino na costa de Gaza. Quatro pessoas morreram e outras duas estariam desaparecidas, de acordo com médicos palestinos ouvidos pelo "New York Times".  As Forças Armadas de Israel disseram que o barco levava militantes armados, em roupas de mergulho, que se preparavam para atacar o país.

O UOL Notícias informou anteriormente que o total de mortos havia chegado a cinco, com base na rádio oficial de Israel, mas agências de notícias confirmaram posteriormente quatro mortos.
Tensão em Israel

Segundo testemunhas, o barco no qual se encontravam os ativistas foi atacado por lanchas motorizadas e helicópteros israelenses no litoral palestino, à altura do campo de refugiados de Nuseirat, ao sul da cidade de Gaza. Duas horas depois, foram resgatados os corpos de quatro pessoas usando traje de mergulho. Os mortos tinham 34, 25, 21 e 20 anos, segundo uma fonte hospitalar.

Um porta-voz do exército israelense confirmou que uma patrulha da marinha avistou uma embarcação com um grupo a bordo a caminho de realizar um ataque terrorista, sem dar maiores detalhes.

Um chefe das Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, um grupo armado vinculado ao Fatah, o partido do presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, afirmou que os quatro mortos eram ativistas do grupo, mas afirmou que se tratava de um treinamento e não de uma operação.

Os ataques de hoje ocorrem exatamente uma semana depois de as Forças Armadas do país atacarem uma frota humanitária no litoral de Gaza, que resultou em nove passageiros mortos. O embaixador de Israel nos Estados Unidos, Michael Oren, disse ontem que o país rejeita a proposta de um inquérito internacional sobre a operação da semana passada. 
Raio-x de Israel:

A proposta de uma investigação envolvendo outros países foi discutida em um telefonema na manhã de ontem entre o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, e o primeiro-ministro de Israel, Binyamyn Netanyahu.

Também ontem foram deportados de Israel sete dos 11 ativistas que chegaram ao país no sábado para tentar embarcar um carregamento de ajuda humanitária à Faixa de Gaza – cuja região é mantida sob embargo pelos israelenses. Em 2007, o governo de Israel estabeleceu o bloqueio ao território palestino depois de o grupo Hamas ter assumido a região.



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