Por: (Pr Ev – Domingos Teixeira Costa)
A publicação das Lições da Escola Bíblica Dominical neste site, é fruto da obediência a Deus. Ele pôs em
minha mente o propósito de fazer a divulgação do conteúdo espiritual que
recebemos em nossas Igrejas a cada manhã de domingo, para que semanalmente
nossos irmãos que se encontram espalhados pelo mundo a fora, possam igualmente
participar do mesmo pão.
Cumprindo a missão de divulgar o
Evangelho por lugares desfavorecidos do acesso a este conteúdo diretamente da
Revista acima mencionada, para que os Missionários possam igualmente
compartilhar deste pão com os filhos de Deus sob suas orientações, como a
Igreja no Brasil, alimenta-se do conteúdo publicado na Revista; Lições
Bíblicas da Escola Dominical veiculado
neste site.
Tenho a certeza de que estou cumprindo
como servo do Senhor meu Deus, mais uma vez, o dever de servo, junto a
evangelização internacional, nacional e Igrejas que não desfrutam de acesso
favorável e de um conteúdo organizado especificamente para o ensino pessoal e
em grupo como igrejas e etc.
Em virtude da cobertura do Blog ser a
nível internacional, utilizamo-lo como o veículo adequado para o cumprimento
dessa tarefa de levar esta Mensagem a todos os continentes de nosso planeta, o
mais belo de todos no Universo, que só foi criado por causa do homem, para que
aqui se fizesse a vontade de Deus como no céu, (Mt 6. 9-13).
À Missão Nacional, Internacional e
Igrejas de difícil acesso.
O Texto é a reprodução original do
comentário publicado na Revista do aluno abaixo indicada:
Revista Trimestral, “Lições Bíblicas”,
3º Trimestre – 2012. Comentarista:
Eliezer de Lira e Silva, Editora CPAD Rio de Janeiro – RJ.
Lição 10 de 14
02
de setembro de 2012.
Tema – A perda dos bens terrenos
Texto
Áureo – “e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e
nu tornarei para lá; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja
o nome do Senhor” (Jó 1.21).
Verdade Prática – Ainda que percamos todos os nossos bens,
continuaremos a desfrutar de nosso bem maior: Cristo Jesus nosso Senhor.
LEITURA BÍBLICA
Jó 1.13-21
13 - E sucedeu um dia, em que seus filhos e suas filhas comiam e bebiam
vinho na casa de seu irmão primogênito,
14 - que veio um mensageiro a Jó e lhe disse: Os bois lavravam, e as
jumentas pasciam junto a eles;
15 - e eis que deram sobre eles os sabeus, e os
tomaram, e aos moços feriram ao fio da espada; e eu somente
escapei, para te trazer a nova.
16 - Estando este ainda falando, veio outro e disse:
Fogo de Deus caiu do céu, e queimou as ovelhas e os moços, e os
consumiu; e só eu escapei, para te
trazer a nova.
17 - Estando ainda este falando, veio outro e disse:
Ordenando os caldeus três bandos, deram sobre os camelos, e os tomaram, e aos
moços feriram ao fio da espada; e
só eu escapei, para e te trazer
a nova.
18 - Estando ainda este falando veio outro e disse:
Estando teus filhos e tuas filhas comendo e bebendo vinho, em casa de seu irmão
primogênito,
19 - eis que um grande vento sobreveio dalém do deserto, e deu nos
quatro cantos da casa, a qual caiu sobre os jovens, e morreram;
e só eu escapei,
para te trazer a nova.
20 - Então, Jó se levantou,
e rasgou o seu manto, e rapou a sua cabeça, e se lançou em terra, e adorou,
21 - e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu
tornarei para lá; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome
do Senhor.
INTRODUÇÃO
Num mundo materialista quase não há espaço para
encarar a realidade das perdas humanas. Até mesmo alguns crentes parecem viver
o mundo encantado das "vitórias e conquistas" a qualquer preço.
Contudo, perder filhos, imóveis e dinheiro, por exemplo, são consequências
naturais da vida, inclusive dos que seguem a Cristo. A grande questão é: Como
devemos nos comportar diante de tais acontecimentos? já dizia certo pastor:
"A verdadeira fé não se mostra nas bênçãos que recebemos, mas na resignação ante a soberania divina, mesmo quando perdemos o que Ele nos deu". Nessa lição, à luz da
vida de Jó, estudaremos os princípios bíblicos para o crente lidar com as
perdas no caminho da vida.
I. JÓ E A
EXPERIÊNCIA DAS PERDAS HUMANAS
1. Seu gado e rebanho. A Bíblia descreve Jó como um homem íntegro e que cultivava uma
vida de profundo temor a Deus (1.1). Era bom patrão, bom esposo e um pai sempre
presente e preocupado com a vida espiritual e social dos filhos (1.5). Mas, de
repente, num só dia, ele viu todo seu gado e rebanho esvair-se. Os mensageiros, um a um, vieram trazer-lhe as inesperadas e funestas notícias (1.14-16).
2. Seus servos. Além de bois, camelos e ovelhas, os servos de Jó também tiveram suas vidas ceifadas, como
depreendemos dos versículos 15 a 1 7: "Aos moços feriram ao fio da
espada"; "fogo de Deus caiu do céu, e queimou as ovelhas e os moços,
e os consumiu"; "e aos moços feriram
ao fio da espada". Antes de findar o dia, a maioria dos
funcionários de Jó havia sido dizimada.
3. Seus filhos. O mensageiro não havia ainda terminado de narrar os
recentes sinistros a Jó, quando um
outro apareceu com uma notícia ainda mais trágica: "Eis que um grande
vento sobreveio dalém do deserto, e deu nos quatro cantos da casa, a qual caiu
sobre os jovens, e morreram" (v.19). Você pode imaginar, a essa altura dos
acontecimentos, o que se passou pela mente e coração de Jó?
Num só
dia fora privado dos bens, dos funcionários e dos filhos! Qual seria a sua
reação? A de Jó foi rasgar o manto, rapar a cabeça e sofrer a angustia natural
de um pai que acabara de perder todos os filhos; do patrão que ficara sem os
funcionários e do homem rico reduzido à extrema pobreza. Mas, contrariando a reação da lógica humana, Jó, prostrado,
adorou a Deus (1.20). Podemos sofrer e, até mesmo, viver as perdas da vida.
Nisso, somos humanos. Mas devemos, a exemplo de Jó. reconhecer
a grandeza e a soberania de Deus no processo da perda, ainda que soframos
duramente com ela (1.21).
II. A PERDA DOS BENS
1. De ordem material. Por intermédio de uma vida imediatista, alguns cristãos, em momentos de perdas significativas, têm dificuldades de confiar em Deus. Quando se perde bens materiais, seja por causa de uma administração deficiente,
por roubo ou devido à traição de pessoas que pareciam amigas, parece que o chão se abre e tudo vem abaixo. Para lidar com tais questões não há receitas nem manuais. O que temos é a promessa
viva e real de Jesus (Mt 6.33). Acalme seu coração! E, em Cristo, recomece com fé e coragem!
2. De ordem afetiva. Ser preterido no namoro,
ou no noivado, é um processo angustiante. Perder os pais, por mais que seja algo esperado, não deixa de ser
doloroso para o ser humano. Sepultar o cônjuge é dilacerante para a alma. Enfrentar a separação no casamento, principalmente por adultério, é como sofrer a amputação de um membro do corpo. A dor finca suas estacas no âmago do
nosso ser, traumatizando-nos violentamente (SI42.11 ; 142.7). Devido ao apego emocional e sentimental que temos por nossos familiares e por aqueles
que nos cercam, as perdas de ordem afetiva trazem pavor e sofrimento ao nosso
coração. Por isso, ficamos sem direção e mostramo-nos inconformados. É nessa hora que a nossa saúde psíquica é
comprometida, podendo,
inclusive, comprometer-nos a vida espiritual e social (I Rs 19.9,10). Por isso, não podemos
nos esquecer do socorro divino. Sem Ele, desmoronamo-nos.
3. De ordem
espiritual. Uma vez que a saúde emocional está comprometida, a crise espiritual rapidamente se instaura. O crente desenvolve um sentimento de inércia para buscar a Deus. Ele não vê fundamento algum para viver, e acaba desejando a própria
morte (I Rs 19.4). Não podemos ignorar a seriedade do assunto. Se as perdas existenciais na vida do cristão não forem tratadas bíblica e equilibradamente, certamente haverá consequências graves. Assim, um bom começo para superarmos as perdas e angústias é lançar sobre o Senhor todas as nossas ansiedades, por que Ele tem cuidado de nós (I Pe
5.7,9).
III.
MESMO NA PERDA PODEMOS DESFRUTAR O AMOR DE DEUS
1. Sua graça. O coro do
hino 205 da Harpa Cristã é bem significativo: "Graça, graça/ A mim basta a
graça de Deus: Jesus/ Graça, graça/ A graça eu achei em Jesus". Num
momento de grande angústia, Paulo clamou ao Senhor, rogando-lhe que lhe
removesse um espinho que o incomodava intensamente. Jesus, porém, limitou-se a
responder-lhe: "A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa
na fraqueza" (2 Co 12.9).
O apóstolo, então, passa a entender que a sua força
está na fraqueza, pois o poder de Cristo aperfeiçoa-se justamente em nossas
debilidades. A graça de Deus é insondável, infinita e incomensurável! Essa
graça resgatou-nos. E de tão completa, ela nos basta por si mesma.
2. Seu amor. A graça de Deus é fruto do seu amor por nós. Sua
graça é real na vida de todos os que recebem a Cristo como o seu Salvador. O
Pai conhece a dimensão do nosso sofrimento e importa-se com cada um de nós. A
maior prova disso está no fato de que Ele ofereceu o seu Único Filho para
morrer em nosso lugar (Jo 3.16). Sim,
Ele entregou seu precioso Filho por amor a nós. Seja qual for a sua perda,
sinta-se amado por Deus. Esse amor é poderoso para preencher todo o vazio e
solidão que nos ameaça destruir. Como o apóstolo do amor, podemos dizer:
"Nós o amamos porque ele nos amou primeiro" (1 jo 4.19).
3. Deus intervém na história. Servimos a um Deus que, em graça e amor inefáveis,
intervém na história humana. Ele interveio na tragédia existencial de Jó. Depois de um longo período de perdas,
angústias, dores e sofrimentos indescritíveis, o patriarca foi miraculosamente
restaurado, enquanto orava por seus amigos (Jó
42.10a). Não desista da sua existência! Busque a Deus em oração. Ele não tarda em socorre-nos. Como Deus interveio na vida de Jó fazendo com que o seu último estado fosse
melhor que o primeiro, Ele também entrará com providência em sua história. Ele
não se esqueceu de você.
CONCLUSÃO
Podemos
perder tudo nessa vida - casa, dinheiro, emprego, excelentes oportunidades, relacionamentos, pai, mãe, filho, filha, esposo, esposa e, até mesmo, a própria saúde. Mas, apesar de todos os infortúnios, continuamos a crer
no Evangelho de Cristo, pois Ele é o nosso baluarte e fortaleza. Nele, as perdas redundam em ganhos eternos, conforme afirma o profeta Habacuque: "Porquanto,
ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da
oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas da malhada
sejam arrebatadas, e nos currais não haja vacas, todavia, eu me alegrarei no
Senhor, exultarei no Deus da minha salvação. Jeová, o Senhor, é minha força" (Hc 3.17-19a). Alegre-se, pois, em
Deus e caminhe sem temor!
Envie um e-mail para mim!
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