Vencendo as tentações: Agradando a Deus
LIÇÃO 09 01 de Junho de 2008 2º Semestre
Tema:
Vencendo as tentações: Agradando a Deus
Texto Áureo:
Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca (Mc 14. 38).
Verdade Prática:
Através da graça divina, podemos vencer as tentações e ter uma vida santa diante de Deus e dos homens.
Hinos sugeridos: 75, 77 e 79.
Leitura bíblica: Tiago 1. 12 – 18.
12 – Bem-aventurado o homem que sofre a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam.
13 – Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta.
14 – Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência.
15 – Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte.
16 – Não erreis, meus amados irmãos.
17 – Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação.
18 - Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como primícias das suas criaturas.
INTRODUÇÃO
O teólogo inglês, Mattew Henry, mostra quão perigosa é a tentação na vida de um servo de De: “O melhor dos santos pode ser tentado pelo pior dos pecados”. Como não reconhecer essa realidade?
Às vezes somos de tal forma tentados, que almejamos venha o Senhor, e leve-nos de imediato para os céus. Se Ele, porém o fizer, como haverá de contar com as vozes santas e redimidas que protestem contra a iniqüidade do presente século?
Portanto, lembre-se: vencer a tentação faz parte das disciplinas da vida cristã.
O QUE É A TENTAÇÃO
Mas, afinal, que praga é esta? Que doença vem a ser a tentação que, desde nossos primeiros genitores, vem comprometendo até mesmo os gigantes na piedade?
1. Definição. Oriunda do vocábulo latino tentatione, a palavra “tentação” significa: indução, seja externa, seja interna, que impulsiona o ser humano à prática de coisas condenáveis.
2. Definição teológica. Estímulo que leva à prática do pecado. Embora a tentação, em si, não constitua pecado, o atender às suas reivindicações caracteriza a transgressão das leis divinas. Eis porque, na oração dominical, ensina-nos o Senhor a clamar ao Pai: “E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém”. (Mt 6.13). (Dicionário Teológico)
II. O AGENTE DA TENTAÇÃO
Sentindo-se premido pelas dificuldades espirituais que, constantemente, entristecem os seguidores do Nazareno, Thomas De Witt Talmage endereça-lhe esta oração: "Ó Senhor, ajuda-nos a ouvir o guiso da serpente antes de sentir suas presas”. Que Satanás é o agente da tentação, não há o que se discutir; a própria Bíblia assim no-lo aponta: “Quem comete o pecado é o diabo, porque o diabo peca desde o princípio. Para isso o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo” (Jo 3.8).
1. O tentador. Nas Sagradas Escrituras, Satanás é o tentador por natureza (Mt 4.3; 1 Ts 35). É o grande opositor de Deus e o arquiinimigo do ser humano.
2. Os nomes do tentador. Além de tentador, recebe o agente da tentação as seguintes alcunhas nas Sagradas Escrituras: Satanás que, em hebraico, significa adversário (1 Cr 21.1; 2 Co 2.10,11); Diabo que, em grego, quer dizer: caluniador (Mt 4.1; At 13.10); Homicida e pai da mentira (Jo 8.44); Acusador (Ap 12.10). Ele é conhecido também como o dragão e a antiga Serpente (Ap 12.9).
3. O principal trabalho do tentador. O trabalho que mais agrada ao maligno é desviar-nos da disciplina da vida cristã. Ele sabe que temos “uma carreira para correr”; por isso, busca, de todas as formas, colocar obstáculos em nosso caminho (Gl 5.7). Não foi o que ocorreu com os irmãos da Galácia? Embora progredissem eles na carreira cristã, caíram no fascínio do adversário e, neste fascínio, acabaram por cair da graça (Gl 3.1; 5.4).
III. POR QUE O SER HUMANO É TENTADO
Em nossa jornada espiritual, vemo-nos constrangidos a inquirir de nós mesmos: “Se eu aceitar a Cristo, como meu Salvador, por que sou, ainda tentado”? Martinho Lutero parece ter encontra a resposta: “Minhas tentações têm sido minhas mestras de teologia”. Não vem elas, porém, atrapalhar-me nas disciplinas espirituais? Sem as tentações, convenhamos, não existiriam as disciplinas. Por isso, esforça-se o adversário, a fim de nos desviar delas; somente assim, haverá de seduzir-nos com as suas tentações.
1. O ser humano é tentado por causa da transgressão de nossos primeiros pais. Se você ler flexivamente o capítulo três de Gênesis, entenderá a teologia do pecado original. À semelhança de Adão, todos pecamos (Sl 51.5); veio, entretanto, o Senhor Jesus, como o segundo Adão, redir-nos da morte espiritual, proporcionando-nos um novo nascimento (Jo 3.8). Estando nós, agora em Cristo, tudo se nos fez novo (2 Co 5.17). A pesar das tentações, o Espírito fortalece-nos para que sigamos, rigorosamente, as disciplinas de uma autêntica vida cristã.
2. O ser humano é tentado por suas próprias concupiscências. Leia Tiago 1.14. Eis porque devemos vencer cada uma das nossas concupiscências; estas não provêm do Pai; do mundo procedem e para o mundo convergem, causando a destruição dos filhos de Deus (1 Jo 2.16). O consolo é que podemos vencer cada uma de nossas concupiscências ( Gl 5.16).
3. Positivamente considerada, a tentação pode (e deve) impulsionar o santo a ser ainda mais santo. Afirmou mui oportunamente Frederick P. Wood: “Tentação não é pecado; é o chamado para a batalha”. O Senhor Jesus, embora Deus, foi tentado como homem, dando-nos o exemplo de que é possível vencer a tentação (Mt 4.1; Hb 2.18). Por conseguinte, não deve a tentação ser considerada pelo crente; é uma oportunidade para que nos tornemos ainda mais santos ( Ap 22.11).
IV. COMO VENCER A TENTAÇÃO
Ponderou alguém, certa feita: “São necessárias duas pessoas para fazer da tentação um sucesso, você é uma delas”. A outra como todos sabemos, é o adversário de nossas almas. De nada adianta, porém, pôr-lhe a culpa por nossas transgressões, por estas, apenas nós seremos responsabilizados ( 2 Co 5.10). Todavia, é possível vencer as tentações; os exemplos bíblicos não são poucos.
1. Orando e vigiando. A advertência é do próprio Cristo: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca (Mt 26.41). O piedoso F. B. Mayer é enfático: “Cristo não irá guardar-nos se nos colocarmos descuidada e temerariamente no caminho da tentação”. Tem você vigiado? Tem orado constantemente? Lembre-se: Não se pode brincar com o pecado; ele não é um brinquedo: é uma serpente prestes a dar o bote contra os incautos (Gn 4.1).
2. Não dando lugar ao Diabo. Em sua epístola aos efésios, admoesta o apóstolo: “Não deis lugar ao diabo” (Ef 4.27). O que vem a significar esta admoestação? Willard Taylor, do Comentário Bíblico Beacon, é conclusivo: dar lugar ao Diabo é permitir que ele tenha liberdade para “semear atitudes erradas em nosso espírito”.
3. Andando em Espírito e não cumprindo as concupiscências da carne. Aos irmãos da Galácia, escreveu Paulo: “Digo, porém: “Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne” (Gl 5.16).Quem anda no Espírito Santo, não cumpre as concupiscências da carne; e não as cumprindo, como haverá de ceder às tentações?
4. Guardando a Palavra de Deus no coração. O salmista demonstrando quão temente era ao Senhor, confessou-lho: “Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti”(Sl 119.11 – ARA). Em seu comentário do saltério hebraico, Charles Spurgeon assim interpreta este versículo: “A Palavra de Deus deve ser compreendida e retida no coração; ela tem de ocupar nossas afeições e entendimento. Nossa mente demanda ser impregnada pela Palavra de Deus. Somente não haveremos de pecar contra Ele”.
CONCLUSÃO
Se as tentações são fortes, temos abundantes promessas divinas que nos asseguram: podemos resisti-las com a Palavra de Deus.
Veja quão consoladoras são as palavras do autor da Epístola aos hebreus: “Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados” ( Hb 2.18). E estas de Pedro: “Assim, sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos” (2 Pe 2.9).
Por conseguinte, mantenhamos sempre a disciplina da vida cristã, evitando o pecado que tão .de perto nos rodeia.
Cópia do Comentário para o dia 01 de Junho de 2008
LIÇÕES BÍBLICAS, CPAD RJ.
Costa