Veja as principais dúvidas relacionadas à cirurgia, que passará a ser oferecida pelo SUS.
Alteração só é indicada para quem tem desordem mental específica ou ambigüidade genital.
O Sistema Único de Saúde (SUS) deve começar a oferecer a operação de mudança de sexo como um de seus serviços, por determinação do Ministério da Saúde. O procedimento é delicado, envolve riscos e é recomendado apenas para um grupo muito específico de pacientes. Confira as principais dúvidas a respeito desse tema espinhoso abaixo, sanadas com informações fornecidas por especialistas do Departamento de Cirurgia Plástica do Hospital Universitário de Ghent (Bélgica) e pelo médico Luiz Gonzaga de Freitas Filho, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e chefe do serviço de urologia do Hospital Infantil Darcy Vargas.
Existem razões psicológicas (as mais comuns) e anatômicas para recomendar o procedimento. Entre adultos, o problema conhecido como desordem de identidade de gênero (GID, na sigla inglesa) refere-se a pessoas que apresentam uma insatisfação profunda com o sexo a que pertencem. Popularmente conhecida como “ter nascido no corpo errado”, a GID causa transtornos psicológicos profundos em seus portadores, os quais, em geral, acabam buscando a operação, ou ao menos o tratamento hormonal para tornar seu organismo mais compatível com o de seu “sexo mental”.
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No caso de adultos, o acompanhamento médico e psicológico durante pelo menos dois anos antes da operação é essencial para confirmar que a pessoa realmente está ciente e desejosa de correr os riscos acarretados pelas mudanças radicais em seu organismo.
Dependendo dos efeitos dos hormônios femininos e dos desejos do paciente, é possível a implantação de uma prótese mamária de silicone, não muito diferente da usada por pessoas que pertencem geneticamente ao sexo feminino.
Em muitos casos, a única alteração substancial é a remoção dos seios (prática que também diminui o risco de câncer de mama), aliada a cirurgias plásticas que dão ao tórax do paciente a aparência de um peitoral tipicamente masculino.
Os relatos variam. No caso de transexuais do sexo feminino, não deve haver problemas de natureza sexual caso não sejam feitas modificações em seu aparato genital externo.
No caso de transexuais do sexo masculino, a vaginoplastia (cirurgia que produz a nova vagina) é planejada de forma a manter a sensibilidade erógena da pele que pertencia ao pênis, mas isso nem sempre funciona. Algumas pacientes relatam que o interior do novo órgão pode adquirir características de mucosa, como uma vagina verdadeira, enquanto outras precisam utilizar lubrificação durante o ato sexual.
A necessidade do uso de hormônios sexuais em geral é contínua, o que exige acompanhamento médico permanente. No caso das pacientes que passaram por vaginoplastia, é necessário também o uso constante de instrumentos para manter a dilatação vaginal, que pode diminuir ao longo do tempo.
http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL731899-5603,00-OPERACAO+DE+MUDANCA+DE+SEXO+E+PROCEDIMENTO
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