terça-feira, 4 de novembro de 2008

Beith Shean






Beith Shean é de uma localização extremamente estratégica e de grande importância, ela esta localizada junto ao Rio Jordão, entre o Vale de Jezreel e o Vale do Jordão sendo considerada no passado uma região controladora do acesso ao interior aos que vinham da região litorânea. Da mesma forma, para os que vinham de Jerusalém em direção a Galileia, os viajantes tinham que cruzar esta região.







Beith Shean em Video

A cidade está localizada a apenas 7 quilômetros do Monte Gilboa de onde se extraía as rochas de granito para suas colunas decorativas.







Na linguagem cananéia, Beith Shean significa "Casa da Tranquilidade". Beith Shean aparece historicamente nas conquistas de Tutmés III no décimo quinto século antes da era cristã. Havia ali um prédio de administração egípcia entre as dinastias XVIII e XIX que foi descoberto em escavações arqueológicas.







Na Bíblia, Beith Shean é mencionada como uma das cidades no Livro de Josué tendo sido conquistada posteriormente pelo Rei Davi após a morte do Rei Saul e seus filhos tornando-se posteriormente parte do reino de seu filho Salomão. Ali foram construídos grandes edifícios administrativos por parte de Salomão e que foram destruídos por Tiglath-Pileser III segundo as conclusões de escavações arqueológicas no local.







No nono século antes da era cristã a região teria sido tomada pelo Faraó Shishaq e foi mencionada em uma lista de conquistas.







Durante o período do Helenismo o local foi chamado de Scythopolis e este nome era provavelmente uma referência aos mercenários que viviam ali como veteranos, segundo a mitologia grega a cidade teria sido fundada por Dioniso e sua babá Nysa que teriam sido sepultados ali.







Beith Shean também foi citada nos séculos III e II A.C. em um relato como sendo o motivo das guerras entre as dinastias de Pitolomeu e Diadochi Seleucida. No contexto dos macabeus a cidade teria sido destruída por volta do século II A.C. e teria sido tomada pelos romanos no ano de 64 A.C. quando foi reconstruída e tornou-se a capital de Decápolis, ou seja as dez cidades da "Samaria" que era os centros das civilizações greco-romanas de então.







Sendo assim, a cidade tornou-se famosa pelo seu alto-nível de urbanização, planejamento e conta ainda hoje com o teatro mais bem conservado de toda a região da então Samaria além de um belo hipódromo, um cardo, ou seja uma rua de mercado e outras preciosidades da cultura e comércio romano.







Em um terrível terremoto que ocorreu no ano de 363 a cidade ficou extremamente danificada e muitos de seus edifícios vieram abaixo. Em 409 da era cristã a cidade tornou-se a capital do distrito norte da Palestina romana e entre os séculos IV e VII foi extremamente privilegiada no período bizantino que era essencialmente cristão, período no qual foram construídas muitas igrejas, os templos pagãos neste período foram destruídos, porém judeus da Samaria continuaram a viver e a frequentar ali suas sinagogas.







Ainda neste período, o nymphaeum e banhos romanos foram restaurados, há também muitas inscrições dedicatórias indicando doações para a construção de edifícios religiosos, mosaicos coloridos riquíssimos em detalhes inclusive com simbolos do Zodíaco, de Maria mãe de Jesus e da Menorah, o candelabro de sete braços e a inscrição SHALOM.







Na sinagoga judaica que foi bem conservada pode-se ver a tentativa de evitar imagens humanas e de animais, dando-se preferência a imagens de florais, plantas e motivos geométricos afim de evitar a idolatria.







Podem ser vistas na cidade uma série de construção luxuosas e verdadeiras mansões. No século VI da era cristã Beith Shean chegou a ter uma população de 40.000 pessoas, período este onde muitos viviam mesmo fora das muralharas da cidade.







No ano de 634 da era cristã o Império Bizantino perdeu sua força na região para o Califa Omar Ibn al-Khatab e a cidade foi renomeada para Youm Beisan, ou seja, o dia da vitória. Desde então muitos muçulmanos passaram a viver na região juntamente com os cristãos até o o século VIII, porém a população da cidade foi diminuindo cada vez mais durante este período onde as estruturas romanas e bizantinas foram ruindo por falta de cuidados e em torno destas estruturas foram feitas novas construções, o que tornou a cidade repleta de ruas estreitas.







No século VIII a cidade esteve no auge do seu declínio onde pode-se ver que as colunas de mármores eram ate mesma desfeitas afim de se produzir o cal e a praça principal foi convertida em um cemitério.







No ano de 749 da era cristã a cidade foi praticamente destruída por um grande terremoto que abalou a região perdendo sua importância populacional e regional, fato que foi descrito na literatura judaica. A cidade ainda foi citada em literatura árabe e muçulmana como uma região produtora de um vinho delicioso e como parte da conquista islâmica, região abundante em água e palmeiras.







Os cruzados estabeleceram na região um um forte chamado Beauvoir que está localizado a cerca de 15 quilômetros ao norte da cidade de Beith Shean por volta do ano de 1140 e permaneceram ali até o ano de 1190 onde hoje há um parque nacional chamado de Kohav HaYarden, ou seja, a Estrela do Jordão.







No final do Império Otomano foi feito para a região um linha ferroviária como uma extensão da linha que havia entre Haifa e Damasco. Beith Shean também foi descrita pelo viajante suíço-alemão Johann Ludwig Burkhart como sendo uma aldeia contendo cerca de 70 a 890 residências no ano de 1812.







A Universidade da Pensilvânia realizou escavações arqueológicas na antiga Beit She'an em 1921-1933 descobrindo muitas relíquias interessantes desde o Egípcio período, a maioria das quais são preservadas no Museu Rockefeller, em Jerusalém, e algumas no Museu da Universidade da Pensilvânia na Filadélfia, Estados Unidos.







Estão em curso escavações no local e que revelam ao menos de 18 sucessivas antigas vilas. A Antiga Beit She'an é um dos mais impressionantes sítios arqueológicos romanos e bizantinos, em Israel, mas atrai relativamente poucos turistas devido a sua localização ligeiramente distante da principais rotas turísticas.







Durante o século XX a cidade foi descrita no ano de 1934 como sendo uma cidade puramente árabe onde poderia-se ver belas paisagens do Rio Jordão do topo de suas casas. Em sua descrição ele diz "Muitos acampamentos beduínos que podem ser notados pelas tendas pretas, espalhados pelo ribeiro e os rebanhos pastando a sua volta."







A vila de Beisan(Beith Shean) passou a se tornar um lar para os judeus orientais no ano de 1936 quando os judeus eram atacados partir dali em suas novas colônias. Foi então em em 1938 após o assassinato de um judeu chamado Haim Sturmann, as força de Orde Wingate do então Império Britânico, chegaram a região causando grande baixas e um grande número de mortos.







Segundo o mandato britânico na palestina, Beisan tinha uma população de 16.660 muçulmanos (67%), 7590 judeus (30%), e 680 cristãos (3%), e árabes detinham 44% das terras, os judeus detinham 34% e 22% constituíam terras públicas.







O plano de partição da ONU de 1947 sugeria que a cidade fica-se sob a dominação judaica e como parte do Estado Judeu. Beith Sheam foi conquistada após muita luta na região pelos judeus faltando apenas três dias para o fim do Mandato Britânico na palestina o que garantiu a anexão por Israel.







Depois da Declaração de Independência de Israel em Maio de 1948 as terras comuns e as terras dos árabes que abandonaram a região foram confiscadas pelo estado de Israel. A maioria dos cristãos palestinos foram transferidos para a Nazaré incluindo Naim Ateek e sua família que haviam sido ameaçados de morrer se não deixassem a região. A demolição das casas na Beisan começou em junho de 1948, mas foi interrompida para permitir que imigrantes judias, em grande parte Ashkenazi, muitos deles sobreviventes Holocausto, para se instalarem no qual mesmo em casas palestinas.







Em 1974 uma família judaica foi assassinada por terroristas da Organização de Libertação da Palestina e da Frente Popular Democrática para a Libertação da Palestina, que havia invadido sua residência.







Beith Shean hoje tem uma população de cerca de 16.600 pessoas, em sua maioria absoluta de judeus imigrantes do norte da África.







Baith Shean também é uma das cidades e sítios arqueológicos considerados Patrimônio Mundial da Humanidade por sua riqueza histórica, arquitetônica e cultural através da história.







Aconselhamos o passeio na Antiga Beith Shean ( Parque Nacional de Beith Shean ) nos perídos do Outono e da Primavera pois as temperaturas na região durante o verão podem passar dos quarenta graus onde o calor é intenso e durante o inverno as chuvas são constantes podendo estragar o passeio.







Parque Nacional

Duração da Visita: 2-4 houras

Melhor época para visitar: Primavera e Outono

Não perca: A Cidade Romana e o Colina Bíblica.
Comodidade: Loja, casa de café, guias de turismo (necessita encomenda antecipada). Boa parte do parque dá acesso a cadeiras de rodas com rampas.







Horários:
Abril-Setembro, Domingo a Quinta : 8:00-20:00,
Sexta e Sábado: 08:00-17:00
October-March: 8:00-16:00
Telefone (04) 658-7189, guia: (06) 658-1913
Fax: (04) 658-1899
Valores de entrada: Individual: adultos 23 shekels,
criança 12 shekels
Groupos: adultos 19 shekels, criança 11 shekels.






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