domingo, 31 de janeiro de 2010

PASTORES SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS


Referência: Jeremias 3.15

INTRODUÇÃO

1. A vocação para o pastorado é a mais sublime das todas as vocações. John Jowett no seu livro “O pregador, sua vida e sua obra” diz que vocação é quando todas as outras portas estão abertas, mas você só anseia entrar pela porta do ministério. São algemas invisíveis.
2. Deus chama pessoas diferentes, em circunstâncias diferentes, em idades diferentes para o ministério. Chamou Jeremias no ventre da mãe. Chamou Isaías num momento de crise nacional. Chamou Pedro depois de casado. Chamou Paulo quando este perseguia a igreja.
3. O texto em apreço nos fala que Deus é quem dá pastores à igreja. O pastor não é um voluntário, mas um chamado. O seu ministério não é procurado, é recebido. Sua vocação não é terrena, é celestial. Sua motivação não está em vantagens humanas, mas em cumprir o propósito divino.
4. Vejamos algumas lições desse texto:

I. É DEUS QUEM DÁ PASTORES À SUA IGREJA – V. 15

1. A escolha divina não é fundamentada no mérito, mas na graça
• Jeremias era uma criança quando foi chamado. Ele não sabia falar. Foi Deus quem colocou sua Palavra em sua boca. Jonas era um homem que tinha dificuldade em perdoar os inimigos, e Deus o chamou e o enviou a fazer a sua obra, mas contra sua vontade. Paulo se considerava o o menor dos apóstolos, o menor dos santos, o maior dos pecadores, mas Deus o colocou no lugar de maior honra na história da igreja.
• Nossa escolha para o serviço e para a salvação não é fundamentada em méritos, mas na graça.

2. É Deus quem coloca os membros no corpo, como lhe apraz
• Todos os salvos têm dons e ministérios no corpo, mas nem todos são chamados para serem pastores. Não somos nós quem decidimos, mas Deus. Quem é chamado para este sublime mister não poder orgulhar-se, porque nada temos que não tenhamos recebido.

II. DEUS DÁ PASTORES À SUA IGREJA – V. 15

1. Deus não apenas chama, mas especifica a missão
• O que é um pastor? O que significa pastorear?
a) Pastorear é alimentar o rebanho de Deus com a Palavra de Deus - Não nos cabe prover o alimento, mas oferecer o alimento. O alimento é a Palavra. Reter a Palavra ao povo de Deus é um grave pecado.
b) Pastorear é proteger o rebanho de Deus dos lobos vorazes – Jesus alertou para o fato do inimigo introduzir os filhos do maligno no meio do seu povo, se a igreja estiver dormindo. Paulo alertou para o fato dos pastores estarem vigilantes para que os lobos vorazes não penetrem no meio do rebanho.
c) Pastorear é gostar do cheiro de ovelha – A missão do pastor é apascentar. O pastor é alguém que convive com ovelha. Está perto. Leva para os pastos verdes as famintas, às águas tranquilas as sedentas, atravessa os vales escuros dando segurança à ovelha, que está insegura carrega a fraca no colo, resgata a que caiu no abismo, disciplina aquela que põe em risco a vida do rebanho.

III. DEUS DÁ PASTORES SEGUNDO O SEU CORAÇÃO – V. 15

1. Deus dá pastores à igreja segundo o seu coração
a) Qual é o perfil de um pastor segundo o coração de Deus:
1) É um pastor que temconsciência de que Deus o chamou não governar o povo com rigor, mas para cuidar do seu povo;
2) É um pastor que cuida da sua própria vida, antes de cuidar do povo de Deus. Ele prega a si mesmo, antes de pregar ao povo. Sua vida é o seu mais eloquente sermão.
3) É um pastor que é exemplo vida, piedade para o seu próprio rebanho. Ele nada considera a vida preciosa para si mesmo para velar pelo rebanho. Ele dá a sua vida pelo rebanho.
4) É um pastor que pastoreia TODO o rebanho: as ovelhas dóceis e as indóceis.
5) É um pastor que compreende que a igreja é de Deus e não dele. Deus nunca nos passou procuração para sermos donos do rebanho. A igreja é de Deus.
6) É um pastor que compreende que a igreja custou muito caro para Deus, o sangue do seu Filho. A igreja é a Noiva do Filho de Deus. A igreja é a Menina dos Olhos de Deus. Ele tem zelo pela igreja.

IV. A EXCELÊNCIA COM QUE O PASTOR DEVE EXERCER O SEU PASTORADO – V. 15

1. O pastor deve apascentar o rebanho de Deus com conhecimento
• O pastor é um estudioso. Ele deve ser um erudito. Ele precisa conhecer a Palavra, alimentar-se da Palavra e pregar a Palavra.
• Paulo diz que deve ser considerado digno de redobrados honorários aqueles que se afadigam na Palavra. Precisamos estudar até à exaustão.
• Precisamos cavar e oferecer ao povo de Deus as insondáveis riquezas de Cristo. Somos mordomos: precisamos oferecer um cardácio apetitoso, balanceado.
• As cátedras seculares envergonham os púlpitos. Precisamos nos apresentar como obreiros aprovados. Precisamos realizar o ministério com um padrão de excelência.

2. O pastor deve apascentar o rebanho de Deus com inteligência
• Inteligência significa com sabedoria, com sensibilidade. Sabedoria é usar o conhecimento para os melhores fins. Precisamos tratar as ovelhas de Deus com ternura. Paulo diz que o pastor é como um Pai e também como uma Mãe.
• O pastor chora com os que choram e festeja com os que estão alegres.
• O pastor é trata cada ovelha de acordo com sua necessidade, com seu temperamento, com seu jeito peculiar de ser. Ele é dócil com as crianças como Jesus que as pegou no colo. Ele trata os da sua idade como irmãos e aos mais velhos como a pais.
• Uma coisa é amar a pregação, outra coisa é amar as pessoas para quem pregamos.

CONCLUSÃO

1. Hoje, comemoramos o aniversário do nosso querido pastor Aubério. Agradecemos a Deus pela sua vida, amizade, carinho, amor e pastoreio a esse precioso rebanho.
2. Parabenizamos você pelo seu dia. Que você continue sendo um pastor segundo o coração de Deus, que apascenta o rebanho de Deus com conhecimento e inteligência. Amém!


Rev. Hernandes Dias Lopes



www.hernandesdiaslopes.com.br

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sábado, 30 de janeiro de 2010

Escola Bíblica Dominical


A publicação da Lição da Escola Bíblica Dominical neste Site, é fruto da obediência a Deus. Ele pôs em minha mente o propósito de fazer a divulgação do conteúdo espiritual que recebemos em nossas Igrejas a cada manhã de domingo, é para que semanalmente nossos irmãos que se encontram  espalhados pelo mundo a fora, possam igualmente participar do mesmo pão. 

No cumprimento a esta missão de divulgar o Evangelho por lugares desfavorecidos do acesso a este conteúdo diretamente da Revista, os Missionários possam igualmente compartilhar deste pão com os filhos de Deus sob suas orientações, do mesmo ensino recebidos da Palavra de Deus no Brasil, publicado na Revista; Lições Bíblicas da Escola Dominical veiculado através deste Site.

Tenho a certeza de que estou cumprindo como servo do Senhor meu Deus, mais uma vez, o dever de servo, junto a evangelização internacional, nacional e Igrejas que não desfrutam de acesso favorável e de um conteúdo organizado especificamente para o ensino pessoal e em grupo como igrejas  e etc.

Em virtude da cobertura do Blog ser a nível internacional, utilizamo-lo como o veículo adequado para o cumprimento dessa tarefa de levar esta Mensagem a todos os continentes de nosso planeta,o mais belo de todos no Universo, que só foi criado por causa do homem.

À Missão Nacional, Internacional e Igrejas de difícil acesso.  

Lição 05 de 13, 31 de Janeiro de 2010

Texto - TESOURO EM VASOS DE BARRO

Texto Áureo – “Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós”.

Verdade Prática – Embora sejamos frágeis, Deus nos usa para proclamar as Boas Novas e nos dar poder para realizarmos sua obra.

Hinos Sugeridos – 306, 432, 486.

2 Coríntios 4.7-12
7 - Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nos.

8 - Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados;

9 - perseguidos, mas não desampara­dos; abatidos, mas não destruídos;

10 - trazendo sempre por toda parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se ma­nifeste também em nossos corpos.

11 - E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues a morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também em nossa carne 

12 - De maneira que em nos opera a morte, mas em vós, a vida.

INTRODUÇÃO
 As seis primeiros versículos do capitulo 4 são, na verdade, uma continuação do capitulo 3, a respeito da defesa que Paulo faz de seu ministério e sua auto-recomendação. Na seqüência, ele se coloca como um "vaso de barro", pequeno e frágil, porém capaz de guardar um tesouro indestrutível. Evidentemente isso só era possível porque o poder de Deus o capacitava a ser digno de guardar o glorioso tesouro.

Já no versículo 1, Paulo declara que a misericórdia divina foi o dom imerecido que tornou possível ao seu ministério revelar a nova aliança como superior à luz do esplendor de Moisés (3.6-18). a apóstolo não estava fazendo comparações de seu ministério com o de Moisés, mas sentia-se privilegiado pelo Senhor de trazer à tona o que estava enco­berto. Esse privilégio deu-Ihe conta de sua própria indignidade (1 Tm 1.12-17), mas, ao mesmo tempo, ofereceu-Ihe a oportunidade de demonstrar a glória de Deus. Esta lição nos mostrara que, a despeito de nossa fragilidade, o Senhor nos usa na expansão de seu Reino.

I. PAULO APRESENTA 0 CONTEUDO DOS VASOS DE BARRO (4.1-6)
1. Um conteúdo genuíno (v. 1 ). Nos versículos de 1 a 6, Paulo prossegue na defesa de seu ministério e, ao usar a figura do "vaso de barro", indica a debilidade e a pequenez de tal utensílio diante de sua riqueza interior. Em síntese, Paulo apresentou, de fato, o caráter sobrenatural do seu ministério.
Naqueles dias, surgiam pregadores que falavam como meros profissio­nais, sem nenhum compromisso com a veracidade daquilo que pregavam. Eram discursos vazios, com elementos falsos, à semelhança dos comerciantes desonestos, que adulteram as substâncias originais de seus produtos, misturando-as com algo mais barato para enganar seus clientes.

Nesse contexto, o apóstolo surge com uma mensagem de esperança e, agindo como bom mestre, declara que o conteúdo de seu en­sino não é falsificado (v.2).

2. Um conteúdo que rejeita­va coisas falsificadas (vv.l ,2). O fato de Paulo utilizar, no versículo 2, o plural "rejeitamos", indica que ele referia-se a si mesmo e aos seus companheiros de ministério. Mas o que eles rejeitavam? Qualquer coisa falsa, ou vergonhosa, que corrom­pesse a mensagem do Evangelho de Cristo. Seus oponentes acusavam-­nos de que havia conteúdos adulte­rados e falsos em seus discursos, no entanto, Paulo refuta essa acusação, afirmando que a mensagem que ele e seus companheiros anunciavam era genuína e verdadeira.

3. Um conteúdo de coisas espirituais transparentes. Pelo menos três sinônimos aparecem nos versículos 2 e 3 como elementos do conteúdo desse tesouro guardado em "vasos de barro": "Palavra de Deus", "verdade" e "Evangelho". os cristãos judaizantes, opositores de Paulo, acusavam-no de haver distorcido a mensagem, todavia, o apóstolo defende-se com os seguin­tes argumentos: o que pregava era algo revelado, a Palavra de Deus, a verdade do Evangelho, as Boas Novas. Por ser algo tão glorioso. Paulo sente-se animado a seguir proclamando o Evangelho com fran­queza e audácia.

No versículo 4, Paulo chama Satanás de "deus deste século", a fim de mostrar que o opositor rege  o pensamento predominante no mundo. A palavra "século" aparece no grego bíblico como aion e pode significar, dependendo do contexto, "era", "época", "tempo". Neste caso, aion se traduz por "era" e pode ser entendido como "pensamento que predomina numa época". Portanto, quando Paulo fala do Diabo como "deus deste século", refere-se à ação entorpecente do pecado que obstrui os entendimentos dos incrédulos, impossibilitando-os de captarem o conteúdo do Evangelho. Para esses, a mensagem estava obscura, porque não podiam ver a sua luz (vv.3,4). as que rejeitam o Evangelho põem-se sob o poder das trevas, que os impede de conhecer o Senhor Jesus Cristo.

II. PAULO EXPÕE A FRAGILIDADE DOS VASOS DE BARRO (4.7-12) 1. A metáfora do vaso de barro (v.7). Paulo extasia-se diante do contraste entre o glorioso Evan­gelho e a indignidade e fragilidade de seus proclamadores. Em vez de a mensagem de salvação ser revlada mediante uma demonstração sobrenatural, a glória do Evangelho e manifesta através de homens frágeis - vasos de barro. Deus tem poder so­bre o barro e sobre os vasos; Ele é o Oleiro. Por isso, Paulo sente-se fraco fisicamente, mas o Senhor toma-lhe a fraqueza, tornando-o capaz de revelar a glória do Evangelho aos judeus e gentios (vv.8,9).

2.0 paradoxo dos sofrimen­tos (vv.8-1 0). Nos versículos 8 e 9, quatro contrastes são apresentados por Paulo para exemplificar suas experiências (cf. 1 Co 4.1 1-13). Os sofrimentos foram terríveis, entretanto, não chegaram a abatê-lo. No versículo 10, Paulo faz uma descrição dessas experiências, identificando-as com a morte de Jesus; um sentimento de participação nos sofrimentos do Filho de Deus. Contudo, o mesmo poder que ressuscitou a Jesus e o que produ­ziu vida no corpo mortal de Paulo (vv.1 0,1 1).

3. Sofrer pela Igreja (vv.11, 12). No sofrimento físico de Paulo, Deus o aperfeoou, produ­zindo no apóstolo um senso de total dependência (v.11). Se, por um lado, os sofrimentos experimentados por Paulo fizeram-no chegar bem próximo da morte física, por outro, serviram para beneficiar a Igreja de Cristo (v. 1 5). Paulo, aliás, o tinha dificuldade em enfrentar a morte por amor a Igreja: "De maneira que em nós opera a morte, mas em s, a vida" (v.12).

III. PAULO FALA DA GLORIFICAÇÃO FINAL DESSES VASOS DE BARRO (4.13-18)
1. O poder que transforma­ra os vasos de barro (vv. 13, 14). Quando falamos de "vasos de bar­ro", referimo-nos à fragilidade e a pequenez de nossos corpos ilustra­das pelo apóstolo Paulo. Enquanto temos vida física, Deus dignifica-nos a sermos guardiões de um valiosíssimo tesouro - o Evangelho. A esperança que dominava o coração de Paulo  e que não se restringe so­mente a ele, mas abrange todos os crentes em Cristo era a glorificação do corpo mortal. Os versículos 13 e 14 indicam que o ato de crer e anunciar baseia-se na verdade de que, assim como Jesus ressuscitou, os crentes também um dia ressuscitarão. Seus corpos transitórios e corruptíveis serão transformados em corpos gloriosos.

2. A esperança capaz de su­perar os sofrimentos (vv.1 5,16). Paulo reitera, no versículo 15, que todo o sofrimento experimentado por ele era por amor aos coríntios. Sua fraqueza física manifestaria o poder do Espírito Santo, a fim de que a obra de Deus fosse re­alizada por meio dele. Ainda que tenha enfrentado a morte muitas vezes, o coração do apóstolo não desfaleceu (v.16). Por isso, ele diz que, exteriormente, nossos corpos físicos se desgastam, mas a espe­rança da ressurreição garante a vida eterna.

3. Tribulação temporária e glória eterna (vv.17, 18). Quando Paulo menciona, no versículo 17, o peso da sua aflão como "leve e momentâneo", queria, de fato, realçar o peso da gria que Deus tem reservado aos fieis. Desse modo, revela o apóstolo as causas que o sustentaram em meio aos sofrimen­tos durante seu ministério: amor à obra, confiança na ressurreição, e gozo eterno. As mesmas causas podem sustentar a todos os crentes que padecem por amor a Cristo.

CONCLUSÃO
Nesta lição, aprendemos a enxer­gar nossos corpos como frágeis vasos de barro. Todavia, em sua fragilidade, guardam um tesouro incomparável - o conhecimento do Evangelho. Por­tanto, compartilhe este tesouro com aqueles que ainda não o possuem.


Reproduzido e publicado por: 



Pr – Domingos Teixeira Costa



Revista Trimestral; “Lições Bíblicas”, Comentarista: ELIENAI CABRAL,
1º Trimestre – 2010, Editora CPAD Rio de Janeiro – RJ.






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sábado, 23 de janeiro de 2010


A publicação da Lição da Escola Bíblica Dominical neste Site, é fruto da obediência a Deus. Ele pôs em minha mente o propósito de fazer a divulgação do conteúdo espiritual que recebemos em nossas Igrejas a cada manhã de domingo, é para que semanalmente nossos irmãos que se encontram  espalhados pelo mundo a fora, possam igualmente participar do mesmo pão. 

No cumprimento a esta missão de divulgar o Evangelho por lugares desfavorecidos do acesso a este conteúdo diretamente da Revista, os Missionários possam igualmente compartilhar deste pão com os filhos de Deus sob suas orientações, do mesmo ensino recebidos da Palavra de Deus no Brasil, publicado na Revista; Lições Bíblicas da Escola Dominical veiculado através deste Site.

Tenho a certeza de que estou cumprindo como servo do Senhor meu Deus, mais uma vez, o dever de servo, junto a evangelização internacional, nacional e Igrejas que não desfrutam de acesso favorável e de um conteúdo organizado especificamente para o ensino pessoal e em grupo como igrejas  e etc.

Em virtude da cobertura do Blog ser a nível internacional, utilizamo-lo como o veículo adequado para o cumprimento dessa tarefa de levar esta Mensagem a todos os continentes de nosso planeta,o mais belo de todos no Universo, que só foi criado por causa do homem.

À Missão Nacional, Internacional e Igrejas de difícil acesso.  

Lição 04 de 13, 24 de janeiro de 2010.


TEMA – A GLORIA DAS DUAS ALIANÇAS


TEXTO ÁUREO – “Porque, se o que era transitório foi para glória, muito mais é em glória o que permanece” (2 Co 3.11).


VERDADE PRÁTICA – A glória da Antiga Aliança desvaneceu ante a glória superior da Aliança revelada em Cristo Jesus.


HINOS SUGERIDOS – 287, 374, 432.


LEITURA BIBLICA - 2 Coríntios 3.1-11


1 - Porventura, começamos outra vez a louvar-nos a nós mesmos? Ou necessitamos, como alguns, de carta de recomendação para vós ou de recomendação de vós?


2 - Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os homens,


3 – porque já e manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós e escrita não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tabuas de pedra, mas nas tabuas de carne do coração.


4 - E é por Cristo que temos tal confiança em Deus;


5 - não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus,


6 - O qual nos fez também capazes de ser ministros dum Novo Testamento, não da letra, mas do Espírito; porque a letra mata, e o Espírito vivifica.


7 - E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moises, por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória,


8 - como não será de maior glória o ministério do Espírito?


9 - Porque, se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais excederá em glória o ministério da justiça.


10 - Porque também o que foi glorificado, nesta parte, não foi glorificado, por causa desta excelente glória.


11 - Porque, se o que era transitório foi para glória, muito mais é em glória o que permanece.


INTRODUÇÃO


Havia um conhecimento da parte dos coríntios acerca de Paulo, que substituía qualquer documento comprobatório de seu apostolado. Paulo fundara aquela igreja durante. a primavera do ano 50 d.C., permanecendo na cidade, inicialmente, por 18 meses (At 18.1,8-11). Os irmãos reuniam-se em casas particulares como a de Tito Justo (At 18.7), e então, começaram a surgir os primeiros líderes daquela igreja (l Co 1.1,14; 16.17). Esta se fortaleceu, e Paulo teve o cuidado de enviar lhe obreiros experientes como Timóteo, Silas e Apolo, a fim de a confirmarem doutrinariamente (At 18.5,27,28). Portanto, o pai espiritual da comunidade cristã de Corinto era Paulo, não havendo necessidade de qualquer carta de recomendação vinda de Jerusalém. Entretanto, o apóstolo deparou-se com uma forte oposição, que colocava em dúvidas a legitimidade de seu ministério. Ele então apresenta uma justificativa que se constitui na maior e melhor recomendação que existe: o ministério que recebeu diretamente de Jesus Cristo e o modo como cumpria tal chamada. A prova de sua aprovação apostólica era a própria existência da igreja coríntia (v.2).


I. PAULO JUSTIFICA SUA AUTORECOMENDAÇÃO (3.1,2)


1.A recomendação requerida (3.1). Era hábito dos judeus que viajavam com freqüência, levarem cartas de recomendação para que, assim, ao chegar a lugares onde não eram conhecidos, pudessem ser hospedados durante o período em que ali estivessem.
 Imagine o fundador da igreja, conhecido de todos, ter de cumprir a exigência de ser portador de "cartas de recomendação", apenas para satisfazer o espírito opositor que dominava alguns  judeu-cristãos, que estavam com , duvidas acerca da autenticidade do , seu apostolado! Algo injustificável.


2. Paulo defende sua auto-recomendarão (3.1). Todos em Corinto sabiam que Paulo, mesmo não tendo sido um dos doze que estiveram com Jesus, recebera um chamado de Cristo para ser apóstolo. Seu testemunho pessoal era a prova concreta de que não lhe era necessário nenhuma recomendação. Seus sofrimentos por Cristo evidenciavam seu apostolado entre os gentios e, especial mente, em Corinto, dispensando, portanto, qualquer tipo de recomendação por escrito. No texto de 2 Coríntios 5.11, o apóstolo Paulo faz uma defesa de sua atitude dizendo que "o  temor que se deve ao Senhor" lhe dava condições de se auto-recomendar, porque a sua vida e ministério eram manifestos na consciência de cada um daqueles crentes. A atitude paulina não tinha por objetivo ofender a ninguém, mas baseava-se na confiança do conhecimento que os coríntios tinham da sua pessoa e ministério.


3. A mútua e melhor recomendação (3.1). Na parte "b" do versículo 1, Paulo questiona: "[ ... ] necessitamos, como alguns, de cartas de recomendação para vós ou de recomendação de vós?" Tal questionamento é retórico, pois apela para uma reciprocidade que havia entre ele e a igreja, a qual dispensava a recomendação de Jerusalém requerida por alguns opositores do seu ministério, uma vez que ele o havia desenvolvido entre os coríntios. o apóstolo, por sua vez, via-se como insignificante, mas os coríntios eram o seu verdadeiro louvor e glória. Assim, nem os coríntios precisavam de recomendação escrita, porque, dizia: "vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os homens" (v.2). A maior e melhor recomendação que um servo de Cristo pode ter é a evidencia do seu ministério no coração e na vida daqueles que foram por ele alcançados para o Senhor Jesus. Quando Paulo diz aos coríntios que sua carta de recomendação foi escrita no coração deles, pelo próprio Cristo, "não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo" (vv.2,3), a preocupação maior de Paulo era referendar como verdadeiro o caráter do seu ministério apostó1ico (2 Co 3.6).


II. A CONFIANÇA DA NOVA ALIANÇA (3.4-11 )


1. A suficiência que vem de Deus. Após fazer a defesa de sua auto-recomendação perante os coríntios, Paulo usa a figura metaf6rica da lei escrita em tabuas de pedra, pelo pr6prio Deus (Ex 31.18; Dt 5.22), e a com para a nova lei, 0 novo pacto, predito pelos profetas, que afirmaram que Deus a escreveria no coração do seu povo Jr 31.31-34). os dois pactos são provenientes de Deus, mas o segundo é superior, porque veio mediante a pessoa de Jesus Cristo, que consumou todas as coisas do Antigo Pacto, em um único ato sacrificial (Hb 7.27; 12.24; 1 Pe 1.2).

2. A distinção entre as duas alianças (3.6). Paulo mostra aos coríntios que a "velha lei" ou o"velho pacto" tinha em seu conteúdo a sentença de morte sobre o moralmente culpado, por isso, a antiga aliança era da "letra": gravado com letras em pedras (2 Co 3.7). A Nova Aliança é do "Espírito", e ministrada por Ele (v.8), pois é um ministério da justiça (v.9), o qual vivifica (v.6) e é permanente (v. 11). A Antiga Aliança era de condenação; a nova é de justiça e salvação (v.9). O  Antigo Pacto veio por Moises; o novo veio por Cristo (At 20.28; Hb 9.12; 7.27; 12.24).


3. A "letra" que mata (3.6). Por muito tempo, a má interpretação desse texto provocou receio quanta ao estudo secular e mesmo o teológico. Entretanto, como já ficou claro, tal passagem não se refere ao estudo, mas à aplicabilidade das sanções, sentenças e penalidades da lei mosaica que, contrastava-se com o Novo Concerto, o qual tem como propósito único vivificar e absolver.


III. A GLORIA DA NOVA ALIANÇA (3.7-18)


1. A superioridade da Nova Aliança sobre a Antiga Aliança (3.7-12). Quando Paulo fala das alianças, ele utiliza paralelos entre a Antiga e a Nova, a fim de esclarecer os crentes quanto às diferenças entre o que era transitório e o que é permanente; entre a lei que condenava e a que liberta. A glória do Antigo Pacto era passageira porque trazia a tona a realidade do pecado, sua maldição e condenação. O Novo Pacto demonstrou outra característica da glória de Deus, o seu poder misericordioso para salvar e dar vida. A glória do Primeiro Concerto revelou o ministério da morte, porque condenava e amaldiçoava todo aquele que não cumpria a lei, mas a glória do Segundo Concerto revelou o ministério da vida e da graça de Deus. Por isso, a glória do evangelho é superior a da lei.


2. A gloria com rostos desvendados (3.13-16). Quando Paulo usa a figura da glória resplandecente da face de Moises, ele reforça o fato de que tal glória teve que ser coberta com véu e que se desvaneceu com o tempo, portanto, era transitória. Porém, a glória da Nova Aliança manifestou-se descoberta, sem véu, porque Cristo a revelou no Calvário. Trata-se da liberdade que temos mediante a obra expiatória de Cristo.


3. A liberdade do Espírito e a nossa permanente transformação (3.17,18). A liberdade do Espírito livrou-nos das amarras das tradições religiosas, que nos impediam de um relacionamento direto com o Senhor. Tal relacionamento é fundamental para que possamos ser transformados e confirmados à imagem do homem perfeito e completo: Jesus Cristo (Rm 8.29; Ef 4.13).


CONCLUSÃO


Hoje, a glória que reflete em nossa vida não é a dos rostos, mas é aquela glória interior, que reflete a transformação na semelhança de Cristo, de forma gradual, de glória em glória, mediante a presença do Espírito de Cristo em cada um de nós.





Reproduzido e publicado por: 



Pr – Domingos Teixeira Costa



Revista Trimestral; “Lições Bíblicas”, Comentarista: ELIENAI CABRAL,
1º Trimestre – 2010, Editora CPAD Rio de Janeiro – RJ.





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