quinta-feira, 29 de julho de 2010

Escola Bíblica Dominical


A publicação da Lição da Escola Bíblica Dominical neste Site, é fruto da obediência a Deus. Ele pôs em minha mente o propósito de fazer a divulgação do conteúdo espiritual que recebemos em nossas Igrejas a cada manhã de domingo, é para que semanalmente nossos irmãos que se encontram  espalhados pelo mundo a fora, possam igualmente participar do mesmo pão. 
                               
No cumprimento a esta missão de divulgar o Evangelho por lugares desfavorecidos do acesso a este conteúdo diretamente da Revista, os Missionários possam igualmente compartilhar deste pão com os filhos de Deus sob suas orientações, do mesmo ensino recebido da Palavra de Deus no Brasil, publicado na Revista; Lições Bíblicas da Escola Dominical veiculado através deste Site.

Tenho a certeza de que estou cumprindo como servo do Senhor meu Deus, mais uma vez, o dever de servo, junto a evangelização internacional, nacional e Igrejas que não desfrutam de acesso favorável e de um conteúdo organizado especificamente para o ensino pessoal e em grupo como igrejas  e etc.

Em virtude da cobertura do Blog ser a nível internacional, utilizamo-lo como o veículo adequado para o cumprimento dessa tarefa de levar esta Mensagem a todos os continentes de nosso planeta,o mais belo de todos no Universo, que só foi criado por causa do homem.

À Missão Nacional, Internacional e Igrejas de difícil acesso.  


Lição 05 de 13,  01de Agosto de 2010


Tema – A AUTENTICIDADE DA PROFECIA


Texto Áureo – E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Mq 5.2)


Verdade Prática – A autenticidade da profecia bíblica pode ser averiguada através de sua precisão e cumprimento fiel e insofismável.


Hinos Sugeridos – 291, 350, 465.

Leitura bíblica – Isaías 53. 2 – 9

 2 - Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha parecer nem formosura; e, olhando nós para ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos.

3 - Era desprezado e o mais indigno entre os homens, homem de dores, experimentado nos trabalhos e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.

 4 - Verdadeiramente, ele tomou sobre si a nossas enfermidades e as  nossas dores levou sobre si; e nós reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.

5 - Mas .ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados.

6 - Todos nós andamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.

7 - Ele foi oprimido, mas não abriu a boca; como um cordeiro, foi levado ao matadouro e, como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca.

8 - Da opressão e do juízo foi tirado; e quem contará o tempo da sua vida? Porquanto foi cortado da terra dos viventes e pela transgressão do meu povo foi ele atingido.

9 - E puseram a sua sepultura com os ímpios e com o rico, na sua morte; porquanto nunca fez injustiça, nem houve engano na sua boca.

INTRODUÇÃO
o cumprimento das inúmeras profecias bíblicas a respeito dos reis Nabucodonosor, Ciro e Alexandre-o-Grande, das nações do Egito, Assíria e Babilônia, das cidades de Tiro e Sidom e especificamente acerca de Israel e Jerusalém, constitui-se uma prova incontestável da origem, inspiração e autenticidade divinas dos oráculos dos antigos profetas hebreus. Isso sem falar no tema principal das profecias veterotestamentárias - o Senhor Jesus Cristo, em seus dois adventos - do qual uma grande parte teve cumprimento na vida, obra e ministério terreno do Filho de Deus. Devido à relevância de tal assunto, nessa lição nos deteremos a analisar as profecias messiânicas registradas em Isaías 53.

I. O DESPREZO DO SENHOR
1. A apresentação do Senhor. Na realidade, a conhecidíssima profecia de Isaías 53, inicia-se no capítulo anterior, em que o profeta apresenta o Servo do Senhor da seguinte forma: "Eis que o meu servo operará com prudência" (52.13). O Novo Testamento confirma terminantemente que o mais messiânico dos profetas está, incontestavelmente, falando do Senhor Jesus Cristo. Trata-se, portanto, de uma genuína e autêntica mensagem profética da parte do Senhor Deus (At 8.28-35).

2. A mensagem do Senhor. Uma das singularidades do ministério de Nosso Senhor Jesus Cristo foi exatamente o teor de sua mensagem (Jo 7.46). Não obstante, o capítulo 53 inicia já com a pergunta: "Quem deu crédito à nossa pregação?" (v. 1 ), demonstrando que a prédica do Messias seria rejeitada. É contraditório entender o fato de que apesar dos milagres extraordinários operados pelo Filho de Deus e de sua pregação repleta de autoridade e poder, muitos não criam nEle (Jo 12.37,38; Rm 10.16). Até mesmo os de sua casa não compreenderam o seu ministério (Mc 3.21; Jo 7.5).

3. A aparência e a rejeição do Senhor. Não há como saber os traços físicos de Jesus, mas é bem possível que a sua aparência física contrarie a de todos os filmes já produzidos, pois a palavra profética declara que
"nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos" (v.2b). A rejeição do Senhor foi tão grande que se iniciou ainda em seu nascimento! Não havia espaço adequado para o nascimento do Filho de Deus em Belém e, por isso, sua mãe deu-o à luz em uma manjedoura (Lc 2.7). Em Isaías 53, duas vezes o versículo três afirma que Ele era "desprezado" e termina dizendo: "não fizemos dele caso algum". Tal descortesia cumpre-se de forma notória nos Evangelhos (Jo 1.10,11).

II. A PAIXÃO E A MORTE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
1.            O sofrimento sem igual de Jesus. Apesar de todo o desprezo sofrido por Nosso Senhor Jesus Cristo ao longo de sua vida terrena, os seus últimos dias, iniciados no Getsêmani, onde a sua agonia foi de um sofrimento indescritível. E o que Ele padeceu a partir de sua prisão? É exatamente assim que o profeta Isaías descreve o Senhor: Ele era um "homem de dores" (v.3) e que "foi oprimido" (v.7). Isaías apresenta-o também como um homem impecável e perfeito em tudo, "porquanto nunca fez injustiça, nem houve engano na sua boca" (v.9). O apóstolo Pedro, que conviveu com Jesus cerca de três anos, confirma essa profecia (1 Pe 2.22). Sim, Jesus foi "cortado da terra dos viventes" (v.8) como um criminoso e malfeitor.

2. O silêncio de Jesus. O profeta compara o Filho de Deus em seu julgamento e morte ao cordeiro levado ao matadouro e à ovelha muda diante de seus tosquiadores: Ele "não abriu a sua boca" (v.7). Assim agiu o Senhor diante do sumo sacerdote no Sinédrio (Mt 26.63) e perante Pôncio Pilatos (Mt 27.12,14). O profeta, pelo Espírito, certamente via as cenas desses interrogatórios. Portanto, o fato de Jesus não ter cometido nenhum delito e de as acusações sobre Ele não terem sido provadas demonstram a total arbitrariedade do julgamento do Mestre, realçando o fracasso da justiça humana.

3. A crucificação e a sepultura de Jesus (v.9). Isaías anuncia de antemão que o Senhor Jesus Cristo "foi contado com os transgressores", e reafirma a verdade de que Ele carregou nossos pecados. Os Evangelhos relatam que Jesus foi crucificado entre dois salteadores (Mt 27.38; Mc 15.27,28), mostrando, assim, a autenticidade da profecia bíblica. Note que as palavras de Cristo no alto da cruz: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" (Lc 23.34), foram também preditas por Isaías, quando o profeta diz que o Messias
"pelos transgressores intercedeu" (v. 1 2).

A “análise profética fica mais interessante e rica, quando Isaías prediz que a sepultura” de Jesus foi colocada entre a dos "ímpios"  (v.9). Isso significa que os opositores de Jesus queriam dar-lhe um sepultamento vergonhoso e vil como o de um criminoso. Tal coisa era considerada opróbrio em Israel (Is 14.19). Porém, o plano deles falhou, pois o profeta diz que o Mestre Jesus foi contado "com o rico, na sua morte" (v.9). Ou seja: o Filho de Deus foi enterrado honrada e dignamente. Os Evangelhos, confirmando Isaías, revelam que um homem rico, chamado José, da cidade de Arimatéia, cedeu um túmulo novo, cinzelado na rocha, para que neste fosse posto o corpo do Mestre (Mt 27.57,58,60).

III. LIÇÕES DOUTRINÁRIAS DO SACRIFÍCIO DE CRISTO
1. As nossas dores e as nossas enfermidades. O profeta, além de preanunciar detalhes da vida e do sofrimento do Messias, também destacou grandes doutrinas oriundas da morte expiatória de Cristo. Um dos maiores ensinamentos é a vicariedade de seu sacrifício. Isto é, Ele padeceu em nosso lugar, tomando sobre si "as nossas enfermidades e as nossas dores" (v.4). A expiação que o Filho de Deus nos propicia abrange, além da cura física, a espiritual (v.5), conforme atestamos pela leitura do Novo Testamento (Mt 8.17; 1 Pe 2.24).

2. Os nossos pecados. Jesus sofreu não por ter cometido pecado, mas porque agradou a Deus "moê-lo, fazendo-o enfermar", colocando a sua "alma [ ... ] por expiação do pecado" (v. 1 O). Essa foi a vontade de Deus: que o justo sofresse pelo pecador (vv.1 0,1 1 b). O profeta mostra tratar-se, como já foi dito, de uma morte vicária (Rm 3.25; 5.18,19; 2 Co 5.21).

2.            A humildade e o amor de Jesus Cristo. É digno de destaque o fato de o Senhor Jesus Cristo ter se despido de toda a sua glória para tornar-se como um de nós (Fp 2.3-11). Tal humildade e amor benevolente servem-nos de exemplo para que possamos agir da mesma forma em relação aos nossos semelhantes (Jo 3.16; 1 Jo 3.16).

CONCLUSÃO
Há abundantes evidências em o Novo Testamento sobre o fiel cumprimento de Isaías 53. A Teologia Sistemática (CPAD) de Stanley Horton, na página 91, informa que o professor americano Peter W. Stoner examinou oito profecias sobre Jesus, no Antigo Testamento, e concluiu que na vida de uma pessoa, a probabilidade dos oito casos serem coincidências é de 1 em 1017, ou seja, 1 em cem quatrilhões (100.000.000.000.000.000).

A única explicação racional para o fiel cumprimento das profecias da Bíblia é que Deus tudo revelou aos seus profetas. Não se trata, portanto, de manipulações humanas. As profecias messiânicas já cumpridas mostram-nos a autenticidade da Bíblia e advertem-nos de que as profecias escatológicas
também se cumprirão.


Reproduzido e publicado por: 

Pr – Domingos Teixeira Costa

Revista Trimestral, Comentarista: ESEQUIAS SOARES, “Lições Bíblicas”, 3º Trimestre – 2010, Editora CPAD Rio de Janeiro – RJ.






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sábado, 24 de julho de 2010

Assim como Jesus

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Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém





Depois da Sua ressurreição, Jesus apareceu aos discípulos no momento em que se encontravam enclausurados entre quatro paredes, aprisionados pelo medo. Em vez de censurá-los, Ele os saudou com a Paz e acrescentou: “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (Jo 20.21).

Como Jesus poderia fazer uma coisa dessas? Eles todos o haviam negado (não somente Pedro), fugiram quando mais precisava deles, não acreditavam na Sua ressurreição, estavam tão espavoridos que só podiam se esconder! Jesus, porém, os enviou para “mostrarem a cara”, não sem antes lhes dar o modelo.

“Assim como” quer dizer “do mesmo modo”. Ou seja: na mesma dimensão de compromisso, na mesma disposição de ânimo, no mesmo despojamento pessoal e abnegação em prol do reino, na mesma missão, no mesmo poder espiritual.

O apóstolo Pedro aprendeu a lição, de modo que, anos depois, ensinou: “Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos (1 Pe 2.21).

Quando servia à Igreja em Corinto, o apóstolo Paulo encontrou muita resistência ao ensino da imitação de Cristo, pois tudo o que a maioria daqueles irmãos fazia era absurdamente contrário aos ensinamentos do Senhor. De fato, eles tinham dificuldades de encontrar em alguém que não conheceram pessoalmente o exemplo para seguirem os passos. Para eles, Jesus era um mito, alguém distante, no tempo e na cultura.

Ora, Paulo também não convivera com Jesus. Tudo o que ele sabia a respeito do Senhor tinha-lhe sido comunicado por revelação. Nem mesmo convivera com os discípulos. Mas ele imitava ao Senhor, pois sabia que imitar significava, em suma, “trazer o mito à realidade da vida”. Por isso, ele escreveu aos coríntios: “Olhem para mim, vejam o meu exemplo, pois eu sou imitador de Jesus Cristo. Imitem a mim, que estarão imitando ao Senhor” (1 Co 4.16; 11.1 – citação livre).

O apóstolo João também indicou esse caminho: “Aquele que diz que permanece nele [em Jesus], esse deve também andar assim como ele andou” (1 Jo 2.6).

O que esses três apóstolos nos querem dizer é que a imitação de Jesus é algo essencial à vida de quem serve ao Senhor. Isso vale para toda e qualquer época e cultura.

O Senhor Jesus é o nosso exemplo-mor de vida de fé e ministério e, através dos seus passos, nos ensina como Deus quer que andemos. Todos nós somos comissionados e ungidos para seguir os Seus passos como envia­dos ao mundo.

Jesus andou de modo a agradar ao Pai, buscando fazer a vontade do Pai, não a sua própria. Ele buscou também fazer o bem a todos, procurava estar no Templo adorando, buscava em primeiro lugar o Reino de Deus, e esforçava-se para evangelizar a todos: prostitutas, pecadores corruptos, religiosos hipócritas.

Jesus esvaziou-se a Si mesmo, o que também é requerido de nós: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz” (Fp 2.5-8).

Mas como poderia alguém andar “assim como Jesus”?

Devemos começar seguindo o Seu exemplo quanto ao esvaziamento pessoal, o despojamento da vontade própria. Orar e jejuar, em absoluta consagração, eram os ingredientes que Jesus utilizava para expressar o seu esvaziamento e para se habilitar a viver debaixo do poder do Espírito (Lc 4.14). Ora, se Jesus, o Filho de Deus, se humilhava, orando e jejuando, quanto mais nós!

Diante dos imensos desafios de nosso tempo, precisamos orar e jejuar para andarmos no mesmo poder e fazermos a vontade do Pai. E que possamos fazer e dizer como Jesus: “A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra” (Jo 4.34).

É importante que frisemos que a oração e o jejum, tomados isoladamente, nada podem fazer quando o coração está longe da vontade de Deus. Oração e jejum não são a “varinha de condão” da fé. Antes, pelo contrário, oração fala de confiança em Deus; jejum, de despojamento pessoal.

Assim, imitemos ao Senhor Jesus. Oremos e jejuemos, pois a vitória é nossa, rumo ao Centenário!


E-mail: samuelcamara@boasnovas.tv

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Você Estava Lá?





Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém


Dois amigos estavam discutindo sobre Gênesis 1.1, que diz: “No princípio, criou Deus os céus e a terra”. Simeão disse que acreditava na Criação exatamente como estava escrito na Bíblia. Efraim, um agnóstico declarado, divagou longamente sobre suas próprias teorias de como o mundo começou e como a vida desenvolveu-se de uma célula primordial, para répteis, macacos, até chegar ao homem. Quando terminou, Simeão olhou para ele e disse: “Você estava lá?”

Essa foi uma boa pergunta. “Claro que eu não estava”, respondeu Efraim. Então, Simeão disse: “Bem, Deus estava. Ele era o único que estava lá e eu vou ficar com a palavra da testemunha ocular desse evento maravilhoso, pois Ele é Fiel e Verdadeiro, em vez de dar atenção a suposições daqueles que creem apenas nas elucubrações da própria imaginação”.

O que alguém faz da Bíblia e da sua própria história depende do que faz da primeira frase da Bíblia. Se uma pessoa crê de todo o coração nessa Palavra, poderá crer em tudo o que vem depois. Se rejeitar essa afirmativa divina, também irá negar qualquer outra verdade das Escrituras.

Lembremo-nos de que, em um julgamento, a testemunha ocular sempre conta mais que todas as outras. O mesmo vale para juízos a respeito da Criação. O próprio Deus perguntou ao seu servo Jó: “Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra?” Deus estava lá, por isso devemos confiar em sua palavra.

Qualquer pessoa da nossa geração, quando pensa no início da Assembleia de Deus no Brasil, só pode dizer: “Eu não estava lá”. Mas não devemos parar nesse ponto. Precisamos voltar às fontes, ler e ouvir quem esteve, e dar crédito às evidências de suas palavras. Porque nós só podemos saber o que ocorreu nos “humildes começos” em virtude do testemunho daqueles através de quem Deus operou esse grande milagre nas plagas paraenses.

Gunnar Vingren estava lá. Daniel Berg estava lá. Samuel Nyström, Nels Nelson, assim como muitos outros, estavam lá. Todos sofreram para estabelecerem os fundamentos dessa obra, mas não creio que algum deles tenha pensado em que “o penoso trabalho de suas mãos” chegaria a comemorar o Centenário. Talvez porque esperassem a volta de Jesus para breves dias; talvez porque Deus lhes tenha vedado enxergar, para que não se ensoberbecessem; talvez porque estavam simplesmente interessados em cumprir sua missão.

Os fundamentos foram tão bem colocados, tão profundamente fincados, que pôde surgir deles uma obra portentosa e ao mesmo tempo incompreensível aos padrões do pensamento humano!

Podemos parafrasear o primeiro verso da Bíblia desse modo: “No principio do Século XX, criou Deus a Assembleia de Deus”. É tão somente por isso que essa obra chegou até aos nossos dias, pois foi criada por Ele, sempre contou com o poder Dele, o Senhor Deus, que sempre deu o tom e o compasso dessa “composição divina”, a qual só poderia sair do coração do Deus amoroso e bom.

Por causa dessa ação de Deus na História, multidões foram salvas, milhões foram abençoados, curados, batizados no Espírito Santo, resultando também no maior movimento de inclusão social que este País já teve notícia. É só ver os testemunhos dos incontáveis pecadores e ex-tudo-que-não-presta, os quais foram transformados em santos e amados do Senhor!

Deus criou a Assembleia de Deus, mas eu não estava lá. Você não estava lá. Ninguém na nossa geração estava. Nem podíamos. Podemos lamentar, mas sem culpa alguma.

Agora, a boa notícia é que Deus quer fazer o Centenário da Assembleia de Deus. Eu estou aqui. Você está aqui. A nossa geração pode ser usada nas mãos de Deus para realizar essa obra que também é fruto do coração de Deus. O que cada um de nós tem de responder é isto: o que farei com o Centenário?

Alguém pode se esquivar e dizer: “Isso não é comigo”. E, como Efraim, tecer mil teorias de sua inação e incredulidade.

Outro pode dizer como o profeta Isaías: “Eis-me aqui, envia-me a mim”. E, como Simeão, crer no testemunho dos antigos, de quem estava lá no princípio, cujo exemplo de fé mostrou à nossa geração que Deus fez do nada algo que ajudou a mudar a face deste País.

Se você não tiver outros meios, ore, ore muito por nós. Se puder orar e contribuir financeiramente, ore e contribua generosamente. Se puder orar, contribuir e participar da Festa do Centenário, melhor ainda.

O Centenário é uma tarefa da nossa geração. A geração do princípio fez a sua parte. Agora é a nossa vez. Faça a sua parte. Creia em Deus e coloque a sua fé em ação.

E então, cada irmã e irmão que, em gratidão a Deus, se empenhou pela celebração do Centenário, poderá dizer: “Eu estava lá!”


E-mail: samuelcamara@boasnovas.tv








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quinta-feira, 22 de julho de 2010

Escola Bíblica Dominical

A publicação da Lição da Escola Bíblica Dominical neste Site, é fruto da obediência a Deus. Ele pôs em minha mente o propósito de fazer a divulgação do conteúdo espiritual que recebemos em nossas Igrejas a cada manhã de domingo, é para que semanalmente nossos irmãos que se encontram espalhados pelo mundo a fora, possam igualmente participar do mesmo pão.



No cumprimento a esta missão de divulgar o Evangelho por lugares desfavorecidos do acesso a este conteúdo diretamente da Revista, os Missionários possam igualmente compartilhar deste pão com os filhos de Deus sob suas orientações, do mesmo ensino recebidos da Palavra de Deus no Brasil, publicado na Revista; Lições Bíblicas da Escola Dominical veiculado através deste Site.


Tenho a certeza de que estou cumprindo como servo do Senhor meu Deus, mais uma vez, o dever de servo, junto a evangelização internacional, nacional e Igrejas que não desfrutam de acesso favorável e de um conteúdo organizado especificamente para o ensino pessoal e em grupo como igrejas e etc.


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À Missão Nacional, Internacional e Igrejas de difícil acesso.



LIÇÃO 04 de 13, 25 de julho de 2010


TEMA – PROFECIA E MISTICISMO


TEXTO ÁUREO – "Porque assim diz o SENHOR dos Exércitos, Deus de Israel: Não vos enganem os vossos profetas que estão no meio de vós, nem os vossos adivinhos, nem deis ouvidos aos vossos sonhos que sonhais" (Jr 29.8).


VERDADE PRÁTICA – Embora o sobre natural fascine o ser humano, muito do que ocorre, nesse âmbito, não procede de Deus.


HINOS SUGERIDOS – 002, 004, 198.


LEITURA BÍBLICA – Deuteronômio 13.1-5; 18.10-12


Deuteronômio 1 3


1 - Quando profeta ou sonhador de sonhos se levantar no meio de ti e te der um sinal ou prodígio,


2 - e suceder o tal sinal ou prodígio, de que te houver falado, dizendo: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los,


3 - não ouvirás as palavras daquele profeta ou sonhador de sonhos, por quanto o SENHOR, vosso Deus, vos prova, para saber se amais o SENHOR, vosso Deus, com todo o vosso coração e com toda a vossa alma.


4 - Após o SENHOR, vosso Deus, andareis, e a ele temereis, e os seus mandamentos guardareis, e a sua voz ouvireis, e a ele servireis, e a ele vos achegareis.


5 - E aquele profeta ou sonhador de sonhos morrerá, pois falou rebeldia contra o SENHOR, vosso Deus, que vos tirou da terra do Egito e vos resgatou da casa da servidão, para vos apartar do caminho que vos ordenou o SENHOR, vosso Deus, para andardes nele; assim, tirarás o mal do meio de ti.


Deuteronômio 18


10 - Entre ti se não achará quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro,


11 - nem encantador de encantamentos, nem quem consulte um espírito adivinhante, nem mágico, nem quem consulte os mortos,


12 - pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR, teu Deus, as lança fora de diante de ti.


INTRODUÇÃO

Devido à popularidade que os meios de comunicação dão às questões espirituais, algumas expressões que antes eram restritas a grupos específicos, acabaram tornando-se comuns. Um bom exemplo são os termos "profecia" e "misticismo". Mas o que de fato significam? Profecia é a mensagem ou palavra do profeta. Já o misticismo, no sentido em que vamos enfocar, é a tendência para a união espiritual íntima com seres espirituais tenebrosos (Ef 6.12). Nessa lição, trataremos das manifestações ocultistas e esotéricas dos místicos no Antigo Testamento, os quais tentaram imitar a autêntica experiência dos verdadeiros profetas de Israel. O mesmo acontece hoje em relação à mensagem do evangelho de Jesus Cristo. Há pessoas que desejam imitá-Io, sem necessariamente ter conhecimento e compromisso algum com a fé cristã.


I. AVALIAÇÃO DA PROFECIA


1. Os embusteiros (13.1). Quando o texto de Deuteronômio 1 3.1 fala sobre "profeta" ou "sonhador", na realidade está referindo-se a alguém que se apresenta como tal, e é possível que ele realize perante o povo "um sinal ou prodígio". Contudo, tal milagre em si não é garantia de que o seu ministério seja de origem divina. O reformador alemão, Martinho Lutero, dizia com razão que o Diabo é o maior imitador de Deus. Jesus afirmou que tais impostores "farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até
os escolhidos" (Mt 24.24). E o apóstolo Paulo nos adverte dizendo que "até "Satanás se transfigura em anjo de , luz" (2 Co 11.14). Assim, à luz do texto sagrado, é possível alguém manifestar tais sinais e maravilhas sem necessariamente ser um servo de Deus.


2. Como identificar a fonte do milagre? (13.2). A primeira e mais segura regra de autenticação dos prodígios realizados por alguns a sua coerência bíblica. É impossível alguém operar milagres da parte do Senhor e, ao mesmo tempo, adotar uma teologia contrária à Bíblia, ou seja, quem ensina ao povo a seguir a um deus estranho está incitando a rebelião contra Deus, (Dt 13.5). Jesus disse: "[ ... ] por seus frutos os conhecereis" (Mt 7.16). O termo "frutos" não diz respeito apenas ao testemunho pessoal, pois há ateus e praticantes de doutrinas ocultistas que têm um excelente testemunho junto à família e diante da sociedade. Ao falar dos "frutos", o Senhor Jesus Cristo referiu-se mais ao conteúdo teológico do pregador milagreiro e enganador.


3. Deus usa o falso profeta para provar os seus servos (13.3). Como já foi dito, uma das formas mais simples de avaliação de um falso profeta é o conteúdo de sua mensagem. Se a cosmovisão religiosa e filosófica do profeta, ou sonhador, acerca de Deus, do ser humano e do mundo afasta-se das Escrituras, contrariando a doutrina bíblica, ainda que ele faça descer fogo do céu à nossa vista e impressione o povo, devemos continuar firmes em nosso lugar, pois tais manifestações são de fonte estranha. Conforme vimos na leitura bíblica, Deus permite que essas coisas aconteçam para nos provar (13.3). Isso é ainda mais válido para os dias atuais com tantos inovadores milagreiros, falsos cristos e pregadores de "outro Jesus, outro espírito e outro evangelho" (2 Co 11.4).


II. PRÁTICAS DIVINATÓRIAS

1. As abomináveis práticas divinatórias (18.9). Moisés enumerou algumas práticas divinatórias comuns entre os cananeus (Dt 18.14), e o profeta Isaías preveniu o povo sobre algo semelhante observado pelos egípcios (Is 19.3); todas essas coisas Israel devia rejeitar. Isso vale também para os cristãos, pois tais práticas existem ainda hoje na sociedade. Elas abrangem direta ou indiretamente. magia, astrologia, alquimia, clarividência, tarô, búzios, quiromancia, necromancia, numerologia, levitação, transe etc. São práticas repulsivas aos olhos de Deus porque representam uma forma infame de idolatria e demonismo.


2. Adivinhador, prognosticador, agoureiro, feiticeiro, encantador, necromante e mágico (18.10,11). O "adivinhador" ou "adivinho" é quem pratica a adivinhação. Como parte da magia, essa prática é uma antiga arte de predizer o futuro por meios diversificados: intuição, explicação de sonhos, cartas, leitura de mão etc. O termo "prognosticador" é uma das possíveis traduções do hebraico no em e literalmente significa "fazer agouros pela nuvem". É aquele que pratica mágica, vaticínio, presságio, prognóstico e tenta prever o futuro por meio de sortilégios.


O agoureiro é o que pratica agouros, uma forma de magia especializada em tentar predizer males e desgraças (2 Rs 17.17). A palavra hebraica empregada para "feiticeiro" é usada também para "bruxo"; os tais faziam parte do grupo de conselheiros de Faraó, com os seus sábios e magos (ֺx 7.11). O termo hebraico traduzido em nossas versões por "encantador de encantamentos" denota "amarrar" alguém por meio de mágica. É o praticante de macumba, de despacho etc. A palavra hebraica usada para "espírito adivinhante" ou "necromante", na ARA, tem sentido abrangente: médium, espírito, espírito de mortos, necromante e também mágico (Lv 19.31; 20.6; Is 8.19; 29.4).


3. Bruxo e bruxaria. Bruxo é o praticante da magia negra que visa fazer o mal (qualquer forma de adivinhação em si mesma já é um mal). A bruxaria chegou ao seu apogeu na Idade Média. Hoje, as bruxas são apresentadas, pela mídia, como heroínas belas para as crianças e adolescentes. Tenha cuidado!


III. A NECESSIDADE DA PROFECIA BםBLICA

1. A voz de Deus na terra. A profecia bíblica é a voz de Deus na terra para nortear homens e mulheres no caminho seguro para o céu; é também chamada de a "profecia da Escritura" (2 Pe 1.20). Mesmo com a queda do homem no Éden, o Senhor nunca deixou de se comunicar com as suas criaturas racionais. Através dos patriarcas, reis, sacerdotes e profetas, Ele revelou a si mesmo e se propôs a habitar no meio do seu povo (Eֺx 25.8; 29.45,46). Na atualidade, a voz do Senhor pode ser ouvida através da Palavra de Deus, que é pregada ao mundo inteiro por meio da "igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade" (1 Tm 3.15).


2. Revelação dos arcanos divinos. Ao falar sobre o fato de Jesus ser o cumprimento da mensagem dos profetas, o apóstolo Pedro disse que "agora", ou seja, para nós que estamos presenciando a materialização dos vaticínios e arcanos divinos, precisamos atentar ainda mais para a importância de tais mensagens, pois cumprem o propósito de servirem como um norte, "até que o dia esclareça, e a estrela da alva apareça em vosso coração" (2 Pe 1 .19).


3. O contraste entre a verdadeira profecia e as práticas pagãs. A Leitura Bíblica em Classe e as demais referências citadas nesta lição revelam a gravidade das práticas ocultistas e esotéricas, as quais tentam imitar a profecia bíblica. Elas são demoníacas, portanto, condenadas pela Palavra de Deus. O objetivo dos adivinhadores, magos, prognosticadores, agoureiros, necromantes etc., é o mesmo dos tempos bíblicos: fazer frente à vontade de Deus e ao evangelho de Jesus Cristo, levando o povo ao desvio do único caminho certo, à semelhança de Janes e Jambres que "resistiram a Moisés, assim também estes resistem .à verdade" (2 Tm 3.8).


CONCLUSÃO

Cada crente em Jesus deve ser sóbrio e vigilante diante da atual avalanche de crenças e práticas disseminadas no mundo atual. Tal popularidade ocorre principalmente por causa dos meios de comunicação (livros, revistas, internet, televisão, esta última principalmente através de novelas, programas de auditórios, filmes e seriados), os quais fazem a sociedade encarar tudo como se tais práticas fossem naturais, comuns e inofensivas. Os formadores de opinião apresentam tais coisas como modismo,mas aos olhos de Deus são uma abominação (Dt 18.9-12;Ap 9.21; 21.8). Nós temos a Bíblia, o Senhor Jesus Cristo e o Espírito Santo, portanto, deixemo-nos ser guiados e ensinados pelo Consolador (Jo 14.16).





Reproduzido e publicado por:


Pr – Domingos Teixeira Costa


Revista Trimestral, Comentarista: ESEQUIAS SOARES, “Lições Bíblicas”, 3º Trimestre – 2010, Editora CPAD Rio de Janeiro – RJ.














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sexta-feira, 16 de julho de 2010

Escola Bíblica Dominical

A publicação da Lição da Escola Bíblica Dominical neste Site, é fruto da obediência a Deus. Ele pôs em minha mente o propósito de fazer a divulgação do conteúdo espiritual que recebemos em nossas Igrejas a cada manhã de domingo, é para que semanalmente nossos irmãos que se encontram  espalhados pelo mundo a fora, possam igualmente participar do mesmo pão. 







No cumprimento a esta missão de divulgar o Evangelho por lugares desfavorecidos do acesso a este conteúdo diretamente da Revista, os Missionários possam igualmente compartilhar deste pão com os filhos de Deus sob suas orientações, do mesmo ensino recebidos da Palavra de Deus no Brasil, publicado na Revista; Lições Bíblicas da Escola Dominical veiculado através deste Site.






Tenho a certeza de que estou cumprindo como servo do Senhor meu Deus, mais uma vez, o dever de servo, junto a evangelização internacional, nacional e Igrejas que não desfrutam de acesso favorável e de um conteúdo organizado especificamente para o ensino pessoal e em grupo como igrejas  e etc.






Em virtude da cobertura do Blog ser a nível internacional, utilizamo-lo como o veículo adequado para o cumprimento dessa tarefa de levar esta Mensagem a todos os continentes de nosso planeta,o mais belo de todos no Universo, que só foi criado por causa do homem.






À Missão Nacional, Internacional e Igrejas de difícil acesso.  










LIÇÃO 03 de 13, 18 de Julho de 2010






TEMA - AS FUNÇÕES SOCIAIS E POLÍTICAS DA PROFECIA






TEXTO ÁUREO - "Não havendo profecia, o povo corrompe; mas o que guarda a lei, esse é bem-aventurado" (Pv 29.18).






VERDADE PRÁTICA - O objetivo principal da profecia bíblica é levar o homem a amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, a fim de que haja ordem e bem estar social.






HINOS SUGERIDOS - 306, 508, 557.






LEITURA BÍBLICA - Jeremias 34.8-11,16,1 7


8 - A palavra que do SENHOR veio a Jeremias, depois que o rei Zedequias fez concerto com todo o povo que havia em Jerusalém, para Ihes apregoar a liberdade:






9 - que cada um despedisse forro o seu servo e cada um, a sua serva, hebreu ou hebreia, de maneira que ninguém se fizesse servir deles, sendo judeus, seus irmãos.






10 - E ouviram todos os príncipes e todo o povo que entrou no concerto que cada um despedisse forro o seu servo e cada um, a sua serva, de maneira que não se fizessem mais servir deles; ouviram, pois, e os soltaram.






11 - Mas, depois, se arrependeram, e fizeram voltar os servos e as servas que tinham libertado, e os sujeitaram por servos e por servas.






16 - Mudastes, porém, e profanastes o meu nome, e fizestes voltar cada um ao seu servo, e cada um, à sua serva, os quais já tínheis despedido forros, conforme a sua vontade; e os sujeitastes, para que se vos fizessem servos e servas.






17 - Portanto, assim diz o SENHOR: Vós não me ouvistes a mim, para apreqoardes a liberdade, cada um ao seu irmão e cada um ao seu próximo; pois eis que eu vos apreqoo a liberdade, diz o SENHOR, para a espada, para a pestilência e para a fome; e dar-vos-ei por espanto a todos os reinos da terra.






INTRODUÇÃO


A Bíblia mostra clara e constantemente o interesse divino pelo bem-estar social dos seres humanos. Ajustiça social está presente na Lei e nos Profetas, abrangendo o aspecto político e religioso. Os profetas de Israel combatiam a injustiça social com o mesmo ímpeto com que atacavam a idolatria. Ainda que muitos deles não foram ouvidos em sua geração, contudo, preconizaram um modelo ético de alto nível para a sociedade


de Israel e para todos os povos.






I. O PAPEL POLíTICO E SOCIAL DA PROFECIA NAS ESCRITURAS


1. O profeta e o povo. Antes da instauração da monarquia em Israel, os profetas eram vistos como Figuras centrais pela sociedade, pois eram os únicos canais humanos e legítimos de comunicação entre Deus e o povo. Os arautos de Deus eram líderes não apenas religiosos, mas também políticos, cujas atividades proféticas cumpriam importantes funções de ordem política e social. Isso pode ser percebido claramente em Moisés (Dt 34.10-12) e Samuel que, inclusive, iniciou o seu ministério num período em que a profecia era escassa (I Sm 3.1,20,21; 7.15-17).


2. O profeta e o rei. A partir do reinado de Davi, os profetas passaram a fazer parte do grupo de conselheiros do rei. Natã e Gade são exemplos desse período (2 Sm 7.1 7; 24.18,19). Suas profecias tinham não somente uma função política, mas também eram importantes para a manutenção da ordem social.






3. O profeta marginalizado. No período dos reis de Israel e judá, os profetas de Deus Ficaram fora dos círculos reais, com exceção de Isaías (39.3). O ministério do profeta messiânico se estendeu até os dias do rei Manassés que, segundo a tradição rabínica, mandou serrar Isaías ao meio (Hb 11.37). Com a decadência espiritual dos monarcas de Israel, os profetas desenvolveram seu ministério distante do culto central. Dessa forma, se empenharam em mudar a estrutura social tanto em Samaria como em Jerusalém, diante de tanta corrupção e injustiça generalizada.






II. O PROFETA É ENVIADO AO REI


1. O princípio do fim do reino de Judá. Como vimos na leitura bíblica, embora tenha jurado lealdade e obediência aos babilônios (2 Cr 36.11-14) e, por isso, reinado onze anos em Jerusalém, o rei Joaquim (que teve o seu nome mudado pelo rei da Babilônia, o qual passou a chamá-Io de Zedequias) rebelou-se contra o rei dos caldeus no oitavo ano de seu reinado (2 Rs 24.8-17). Mesmo já estando judá sob o domínio babilônio, tal postura ocasionou a destituição do rei Joaquim por Nabucodonosor em 598 a.c., que mandou levá-Io para a capital do Império e colocou seu tio, Matanias, em seu lugar.






2. Profecia dirigida ao rei (v.2). O exército dos caldeus, liderando as demais tropas dos povos conquistados, estava à volta de jerusalém esperando o assédio Final. jeremias já vinha anunciando durante décadas o trágico Fim do reinado de judá (1.15; 5.IS; 6.22; 10.22; 2S.9). Mesmo assim, em seus oráculos havia esperança de livramento da parte de Deus se o povo se arrependesse de seus pecados e renunciasse às injustiças sociais (7.S-7; 22.3,4). O rei juntamente com os seus príncipes e a maior parte do povo rejeitaram a mensagem de jeremias e a dos demais profetas (2 Cr 36.12, IS, 16). Agora, cerca de 40 anos depois de proferir esse discurso, Deus encarrega o próprio Jeremias de comunicar ao rei que a destruição de Jerusalém é irrevogável: "Eis que eu entrego esta cidade nas mãos do rei da Babilônia, o qual a queimará" (v.2).






3. O destino do rei Zedequias é anunciado (v.3). Se quisesse ter paz, o povo deveria se submeter ao rei da Babilônia, pois jeremias afirmava em sua mensagem que o cativeiro haveria de durar 70 anos (25.11-14; 29.4-10). Além disso, segundo a profecia divina proferida por jeremias contra o rei Zedequias: este seria entregue nas mãos do rei de Babilônia (v.3).






Infelizmente, os contemporâne os deste profeta acreditavam mais na mensagem de um falso profeta chamado Hananias, que incitava o povo a se levantar contra o rei de Babilônia, dizendo - mentirosamente - que em dois anos seria quebrado o jugo dos caldeus (28.11). Por isso, esse profeta era visto com desconfiança, como um espião em favor dos inimigos, e tido como traidor (37.13).






III. A QUESTÃO DE ORDEM SOCIAL


I. A liberdade dos escravos hebreus (vv.8-10). A legislação hebraica sobre o escravo hebreu era diferente da do escravo estrangeiro. Por razões de falência econômica, o israelita se vendia como escravo ao seu irmão, porém, Moisés limitou a escravidão de hebreus ao período máximo de seis anos, quando este devia ser liberto (Êx 21 .2; Dt 15.1-18). Esse preceito, porém, não era observado (v.14). Quando Jerusalém estava sitiada pelos caldeus, Zedequias resolveu libertar os escravos, esperando com isso o livramento divino. Era, infelizmente, tarde demais e, acima de tudo, tratava-se de uma reação artificial e interesseira.






2. A alforria dos escravos é cancelada (v. 11). O profeta Jeremias anunciou que o rei do Egito retornaria a sua terra e o cerco da Cidade Santa pelos caldeus recomeçaria (Jr 37.5-8 - Convém salientar que os capítulos do livro de Jeremias não estão em ordem cronológica). Entretanto, os fatos de Faraó ter vindo em socorro de seu aliado judá, o cerco de Jerusalém ter sido suspenso e os caldeus se retirado, fizeram com que o rei Zedequias e os seus príncipes não acreditassem no profeta de Deus. Assim, pensando estarem salvos do perigo, revogaram a lei da libertação dos escravos (v. 11).






O pecado maior deles consistiu em desfazer um concerto religioso feito em nome de Deus e no Templo: "[ ... ] e tínheis feito diante de mim um concerto, na casa que se chama pelo meu nome" (v. 1 5). A cerimônia de libertação dos escravos foi um pacto feito no Templo, quando eles sacrificaram um bezerro, dividindo-o ao meio, passando em seguida entre as metades (v. 18). Esse, aliás, era um método dos povos antigos de ratificar um tratado (Gn 15.10,17). Esse ritual significa que a parte que violar o pacto terá o mesmo destino do animal sacrificado. Assim, este era um ato ignominioso de traição e de deslealdade, acrescido do perjúrio (Êx 34.18,20).






3. A indignação divina (vv.16,1 7). Em vez dos babilônios, foi o próprio Deus quem liberou a espada para a destruição de judá, A reação divina contra a atitude indigna e vergonhosa de Zedequias, de seus príncipes e dos grandes de judá, tinha a sua razão de ser. A parte final do capítulo 34 descreve o duro juízo do Senhor sobre o povo escolhido.






CONCLUSÃO


A palavra dos profetas não foi vã, eles lutaram por uma causa nobre, ainda que, como foi dito, não foram ouvidos em sua geração. Não obstante, seus ideais atravessaram os séculos e até hoje impressionam políticos, filósofos, economistas, intelectuais, religiosos etc. Em frente ao edifício das Nações Unidas, em Nova lorque, encontra-se um monumento chamado "Parede de lsaias", no Parque Ralph Bunche, onde está escrita a seguinte profecia: "[ ... ] uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra" (Is 2.4 - ARA). Há somente um que tem poder para transformar essa expectauva profética em realidade, EIe se chama Senhor Jesus Cristo, o Príncipe da Paz (Is 9.6).










Reproduzido e publicado por: 










Pr – Domingos Teixeira Costa










Revista Trimestral, Comentarista: ESEQUIAS SOARES, “Lições Bíblicas”, 3º Trimestre – 2010, Editora CPAD Rio de Janeiro – RJ.












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segunda-feira, 12 de julho de 2010

A Copa do Mundo




Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém




Antes do início de cada partida da Copa do Mundo, um pouco antes da execução dos hinos nacionais das equipes, uma bandeira amarela desfila logo à frente com uma expressão bem vistosa: Fair-Play. Esta é uma expressão inglesa que quer dizer literalmente “jogo limpo”.  A mensagem é que não bastam as dezessete regras do futebol (a letra da lei fria e impessoal), é preciso o “espírito da lei”, ou digamos, os princípios que lhe dão vida e coerência.

A FIFA explora o “Fair-Play” como ninguém. Os exemplos práticos vão desde um pedido de desculpa por uma falta cometida, a reverência à marcação plenipotenciária do árbitro, ou o respeito por um jogador do time adversário, quando alguém cai machucado e a bola é chutada para fora do campo para que o mesmo seja atendido. Depois que tudo volta ao normal, a posse da bola é devolvida ao adversário, e o jogo continua. Assim, não basta saber que no futebol “a regra é clara”, é preciso o espírito da lei que torna a disputa ferrenha em algo digno de pessoas civilizadas.

            Assim é também na vida. Ela tem regras, tem leis; mas é necessário espírito de “Fair-Play”. Isso fica muito mais evidente quando vemos que, a despeito de sermos tidos como um país repleto de leis para tudo, elas são sistematicamente desobedecidas e vilipendiadas, ou são pouco funcionais.
Jesus estabeleceu o princípio do “Fair-Play” da vida, quando disse: “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles” (Mt 7.12). Na visão de Jesus, não bastaria cumprir a lei, nem deixar de fazer o mal ao próximo; era necessário fazer aos outros o próprio bem que desejássemos a nós mesmos.
Paulo disse: “O atleta não é coroado se não lutar segundo as normas” (2 Tm 2.5). Isso quer dizer que, em última instância, alguém tem a capacidade de julgar se a pessoa infligiu ou não a regra. Quem julga a lei é o juiz. E quando se trata de esportes e juízes humanos falíveis, erros acontecem.

Isso ficou patente nesta Copa, marcada por péssimas arbitragens de juízes despreparados. Isso pode acontecer também na vida, pois juízes humanos podem proferir sentenças injustas. Mas quando partimos do princípio de que Deus, o Justo Juiz, um dia irá pesar todos os nossos atos na Sua “balança” aferida pela verdade e retidão, cumprir normas e jogar limpo não é sequer uma questão de preferência; é mera obrigação.

Todavia, é preciso agregar ao dever de justiça o amor que lhe dá consistência. Se quisermos, pois, pautar a nossa vida no “Fair-Play”, é imprescindível que não deixemos aos outros a determinação da nossa atitude. Essa é uma faceta prática do amor. Por isso Paulo ensinou: “O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal, apegando-vos ao bem. Não torneis a ninguém mal por mal; esforçai-vos por fazer o bem perante todos os homens. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem” (Rm 12.9,21).

Tal qual ilustra o conto do filósofo que viu um escorpião sendo arrastado pelas águas do rio. O filósofo meteu-se na água e tomou o bichinho na mão. Quando o trazia para fora, o escorpião o picou e, devido à dor, o homem deixou-o cair novamente. Foi então à margem, pegou um galho e salvou o escorpião.

Ao juntar-se aos seus discípulos, um destes, perplexo e penalizado, lhe perguntou: “Mestre, por que foi salvar esse bicho ruim e venenoso? Veja como ele respondeu à sua ajuda e picou a sua mão!” O filósofo ouviu tranquilamente e respondeu: “Ele agiu conforme sua natureza e eu de acordo com a minha”.

Mais do que de normas, portanto, é preciso aprender a jogar limpo. Do contrário, podemos nos transformar em meros fariseus, ortodoxos de letra e de doutrina, mas libertinos na prática e nas atitudes. Jesus disse: “Se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus” (Mt 5.20).

Essa atitude de exceder o farisaísmo latente em nossas vidas tem a ver com a atitude espiritual do “Fair-Play”.

No jogo da vida é bom querer ganhar. Mas ganhar não é tudo. “Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” (Mt 16.26).

E como estamos tratando de Fair-Play, parabéns à Holanda!








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sábado, 10 de julho de 2010

Escola Bíblica Dominical


A publicação da Lição da Escola Bíblica Dominical neste Site, é fruto da obediência a Deus. Ele pôs em minha mente o propósito de fazer a divulgação do conteúdo espiritual que recebemos em nossas Igrejas a cada manhã de domingo, é para que semanalmente nossos irmãos que se encontram  espalhados pelo mundo a fora, possam igualmente participar do mesmo pão. 
                               
No cumprimento a esta missão de divulgar o Evangelho por lugares desfavorecidos do acesso a este conteúdo diretamente da Revista, os Missionários possam igualmente compartilhar deste pão com os filhos de Deus sob suas orientações, do mesmo ensino recebidos da Palavra de Deus no Brasil, publicado na Revista; Lições Bíblicas da Escola Dominical veiculado através deste Site.

Tenho a certeza de que estou cumprindo como servo do Senhor meu Deus, mais uma vez, o dever de servo, junto a evangelização internacional, nacional e Igrejas que não desfrutam de acesso favorável e de um conteúdo organizado especificamente para o ensino pessoal e em grupo como igrejas  e etc.

Em virtude da cobertura do Blog ser a nível internacional, utilizamo-lo como o veículo adequado para o cumprimento dessa tarefa de levar esta Mensagem a todos os continentes de nosso planeta,o mais belo de todos no Universo, que só foi criado por causa do homem.


À Missão Nacional, Internacional e Igrejas de difícil acesso.  

LIÇÃO 02 de 13, 11 de  Julho de 2010

TEMA – A NATUREZA DA ATIVIDADE PROFÉTICA

TEXTO ÁUREO – HAVENDO Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho”, (Hb 1.1)

VERDADE PRÁTICA – A autêntica comunicação profética, nos tempos bíblicos, era feita por meio de palavra e de figuras, a fim de que o povo compreendesse claramente a mensagem divina.

HINOS SUGERIDOS –  107, 330, 459.

LEITURA BIBLICA – Jeremias 1.4-6, 9-14

4 - Assim veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:

5 - Antes que eu te formasse no ventre, eu te conheci; e, antes que saísses da madre, te santifiquei e às nações te dei por profeta.

6 - Então, disse eu: Ah! Senhor  JEOVÁ! Eis que não sei falar; porque sou uma criança.

9 - E estendeu o SENHOR a mão, tocou-me na boca e disse-me o SENHOR: Eis que ponho as minhas palavras na tua boca.

10 - Olha, ponho-te neste dia sobre as nações e sobre os reinos, para arrancares, e para derribares, e para destruíres, e para arruinares; e também para edificares e para plantares.

11 - Ainda veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Que é que vês, Jeremias? E eu disse: Vejo uma vara de amendoeira.

12 - E disse-me o SENHOR: Viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra para a cumprir.

13 - E veio a mim a palavra do SENHOR, segunda vez, dizendo: Que é que, vês? E eu disse: Vejo uma panela a ferver, cuja face está para a banda do Norte.

14 - E disse-me o SENHOR: Do Norte se descobrirá o mal sobre todos os habitantes da terra.

INTRODUÇÃO
Sabemos que Deus falou muitas vezes e de muitas maneiras através dos. seus mensageiros (Hb 1 .1). Entretanto, pouco se estuda acerca da forma como os profetas de Deus recebiam a revelação divina e como essa mensagem era transmitida ao povo. Assim, o propósito desta lição é estudar a natureza da atividade profética, ou seja, o modus operandi da transmissão dos oráculos divinos aos profetas e, por conseguinte, desses ao povo.

I. AS FORMAS DE COMUNICAÇÃO DE DEUS AOS PROFETAS
1. "[ ... ] Veio a mim a palavra. do SENHOR" (v.4). A expressão "veio a mim a palavra do Senhor" geralmente serve para introduzir um diálogo (ou uma visão) entre Deus e o profeta (w4,11,13). Essa era a forma usual de o profeta do Senhor demonstrar que a sua mensagem veio do Todo-Poderoso. Algumas vezes, o homem de Deus recebia o oráculo divino de maneira íntima e repentina, ocasião em que somente ele ouvia a voz divina e ninguém mais. São exemplos dessa forma de comunicação entre o Senhor e o seu mensageiro: o que aconteceu com Samuel quando foi ungir Davi (1 Sm 16.6,7), e o que sucedeu ao profeta Isaías ao se encontrar com o rei Acaz (ls 7.3,4).

2. Revelação divina em forma de diálogo (vv.6,9, 10). Como vimos na leitura bíblica, o fato de Jeremias recusar a chamada não era desobediência, mas temor, por causa de sua tenra idade. Entretanto, a situação possibilitou um diálogo, onde Deus tocou a boca do profeta e disse-lhe: "Eis que ponho minhas palavras na tua boca" (v. 9). Isso simbolizava a comunicação da mensagem divina. Desde então, Jeremias se tornou um porta-voz de Deus, que conferiu-lhe autoridade sobre nações e reinos (v. 1 0). Investido dessa autoridade, o profeta cumpriu a sua missão de extirpar o pecado e a corrupção generalizada do povo e de anunciar a nova aliança com a vinda futura do Messias (v.16; 23.5,6; 31.31-34; Lc 22.20; Hb 9.14,15).

3. Visão ou sonho. Duas outras principais formas de Deus comunicar sua mensagem ao profeta são visões e sonhos (Dn 7.1). A visão transmitida pelo Senhor é algo visto fora da contemplação ou percepção humana comum e natural. Já o sonho, sem ser necessariamente uma revelação de Deus, é apenas uma série de imagens acompanhadas de pensamentos e emoções, que a pessoa vê enquanto dorme. Diferentemente, o sonho profético era outra maneira de Deus se revelar aos profetas (Nm 12.6), tal como fez com Daniel: "I ... ] teve Daniel, na sua cama, um sonho e visões da sua cabeça" (Dn 7.1).

A comunicação da mensagem divina através das visões que o profeta Jeremias teve é um exemplo que ilustra essa forma de o Eterno transmitir seus oráculos:

a) A visão da vara de amendoeira (vv; 77,72). A primeira visão do profeta das lágrimas é significativa, pois a amendoeira é uma árvore que se renova mais cedo para a primavera, ou seja, primeira a florir. A palavra hebraica para "amendoeira" ou "amêndoa" é shaqed, significa "o despertador", uma vez que o povo a via como o "arauto da primavera", Assim, visto que o verbo shãqad significa "vigiar, estar de vigília", havendo apenas uma sutil diferença entre "amendoeira" e "vigiar", o nome dessa planta representa o lembrete de que Deus está atento ao cumprimento de sua palavra (cf. Jr 31.28; 44.27).

b) A visão da panela fervendo (Vv. 73-75). Já a segunda visão dada pelo Senhor a Jeremias veio algum tempo depois e mostra uma panela fervendo, virada do norte para a região da Palestina. O "conteúdo" desse caldeirão (algo sinistro e assustador, pois anunciava o trágico destino da nação judaica devido aos seus pecados) seria derramado sobre Judá e Jerusalém. Isso era algo assegurado pelo próprio Deus, que se encarregou de dar a interpretação da visão: "Do Norte se descobrirá o mal sobre todos os habitantes da terra" (v.14). Qual o real significado dessa mensagem? Ao norte de Israel estavam a Fenícia, Síria, Assíria e Babilônia. Porém, ao longo do livro, fica claro que a palavra profética refere-se especificamente ao reino da Babilônia que dominaria outros povos.

II. AS FORMAS DE TRANSMISSÃO DA MENSAGEM DOS PROFETAS AO POVO
 1. Declaração oral e direta. A forma mais usual e conhecida de transmissão profética acontece quando o porta-voz divino leva diretamente a alguém a mensagem. É algo muito comum os profetas pré-clássicos, por exemplo, profetas e videntes Samuel (1 Sm 15.16,17), Natã (2 Sm 7.8-17; 12.7-10), Gade (1 Sm 22.5), Hanani (2 Cr 16.7) e Elias (1 Rs 21.19-27). Essa forma de comunicação ocorre também nos clássicos, mas a sua quantidade de ocorrências é menor (Jr 38.17). A respeito do conteúdo dos oráculos divinos, sabemos que podem ser de repreensão, advertência, conforto ou ensino. Quanto ao seu cumprimento, pode ser imediato, no tocante a sua geração, num futuro distante ou escatológico.

2. Figuras e símbolos proféticos. Outras formas de os arautos proclamarem a mensagem profética são as figuras e símbolos. Tratam-se de ilustrações pictóricas utilizadas pelo profeta, cujo objetivo é chamar a atenção do seu interlocutor para a mensagem, assim como aconteceu com o profeta Aías, que rasgou um manto em doze pedaços e ofereceu dez deles a Jeroboão I, comunicando-lhe acerca da divisão do reino de Salomão (1 Rs 11.29-32). O profeta Jeremias, orientado por Deus, enterrou próximo ao rio Eufrates um cinto de linho (13.1-11). semelhantemente, sua ida à casa do oleiro (18.2-6) e o uso da canga de madeira sobre o seu pescoço (27.2; 28.12), são exemplos dessa forma de comunicar a mensagem profética.

3. Casos reais que servem de representação para comunicar a mensagem. Uma forma rara de comunicação da mensagem divina é a que envolve casos reais, utilizados para exemplificar a situação entre Deus e o povo. Chamada em hermenêutica de "oráculo por ação", essa forma pode ser exemplificada mediante a experiência do casamento do profeta Oséias com a prostituta Gomer (Os 1.2,3).

III. A QUESTÃO EXTÁTICA DO PROFETA
1. Interpretação naturalista. Os intérpretes naturalistas consideram o estado de êxtase como um dos aspectos mais característicos da atividade dos profetas hebreus, mas negam a origem divina de seus oráculos. Eles afirmam que o fenômeno do êxtase era apenas um estado emocional da pessoa. Tal linha de pensamento pretende igualar os profetas de Deus aos adivinhos, falsos profetas hebreus e aos profetas dos deuses das nações vizinhas de Israel. Por conseguinte, é uma "explicação" que deve ser rejeitada pelos crentes em Cristo Jesus.

2. Falácia dos naturalistas. A interpretação naturalista é antibíblica, porque as Escrituras Sagradas declaram que a fonte dos oráculos proféticos é o próprio Deus (Os 1 2.10; 2 Pe 1 .21). Há na Bíblia inúmeras evidências irrefutáveis e indestrutíveis que provam serem os profetas de Israel embaixadores de Deus enviados ao povo (Ag 1.13). Um embaixador ou mensageiro não fala em seu próprio nome e nem diz o que quer; ele transmite a mensagem em nome de quem o enviou, por isso, é muito comum o profeta se expressar empregando a primeira pessoa nos seus discursos, pois está falando em nome do Senhor, as palavras que Ele mesmo mandou (Jr 1.9).

3. A base dos naturalistas e uma refutação. Alguns relatos bíblicos parecem mostrar alguém profetizando em estado de êxtase como Balaão: "[ ... ] caindo em êxtase e de olhos abertos" (Nm 24.4,16). Entretanto, antes de mencionar um desses casos e sua respectiva ressalva, é importante destacar que o termo "êxtase" sequer aparece no Antigo Testamento com esse sentido. A ARC emprega o termo, em itálico, para descrever o estado emocional de Balaão enquanto alçava a sua parábola (Nm 24.4,16). O emprego de palavras em itálico no texto bíblico traduzido indica que não constam explicitamente do texto nas línguas originais. Além do mais, Balaão pode ter sido inicialmente um profeta, mas depois se desviou. Em nenhum lugar do Antigo Testamento, ele é chamado de profeta, antes é reconhecido como "adivinho" (Jr 13.22). Deus o usou assim como usou a sua jumenta; bem como usou a Caifás (Jo 11.49-52). Quanto ao caso que alguns afirmam ter paralelo com o "êxtase" de Balaão, trata-se de Saul: "[... ] e ele também profetizou diante de Samuel, e esteve nu por terra todo aquele dia e toda aquela noite" (1 Sm 19.24). Contudo, é bom lembrar que Saul, à época dessa experiência, estava distanciado de Deus (1 Sm 16.14).

CONCLUSÃO 
A Bíblia revela que é propósito de Deus, desde Adão, comunicar-se com as suas criaturas racionais para comunhão, direção, ensino, revelação, exortação e para que possamos entendê-lo. O Senhor usou várias formas para se comunicar com os profetas, e esses, com o povo, de modo que a mensagem se tornasse compreensível. Por isso, é de fundamental importância que os seres humanos também se interessem pelo conhecimento da vontade de Deus, lendo a sua Palavra e sendo instruídos pelos verdadeiros servos do Senhor.


Reproduzido e publicado por: 
               

Pr – Domingos Teixeira Costa


Revista Trimestral, Comentarista: ESEQUIAS SOARES, “Lições Bíblicas”, 3º Trimestre – 2010, Editora CPAD Rio de Janeiro – RJ.













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