No cumprimento a esta missão de
divulgar o Evangelho por lugares desfavorecidos do acesso a este conteúdo
diretamente da Revista, os Missionários possam igualmente compartilhar deste pão
com os filhos de Deus sob suas orientações, do mesmo ensino recebidos da
Palavra de Deus no Brasil, publicado na Revista; Lições Bíblicas da
Escola Dominical veiculado através deste Site.
Tenho a certeza de que estou cumprindo
como servo do Senhor meu Deus, mais uma vez, o dever de servo, junto a
evangelização internacional, nacional e Igrejas que não desfrutam de acesso
favorável e de um conteúdo organizado especificamente para o ensino pessoal e
em grupo como igrejas e etc.
Em virtude da cobertura do Blog ser a
nível internacional, utilizamo-lo como o veículo adequado para o cumprimento
dessa tarefa de levar esta Mensagem a todos os continentes de nosso planeta,o
mais belo de todos no Universo, que só foi criado por causa do homem.
À Missão Nacional, Internacional e
Igrejas de difícil acesso.
LIÇÃO 02 de
13, 11 de Julho de 2010
TEMA – A
NATUREZA DA ATIVIDADE PROFÉTICA
TEXTO ÁUREO – “HAVENDO
Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos
profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho”, (Hb
1.1)
VERDADE PRÁTICA – A autêntica comunicação profética, nos tempos bíblicos, era feita por
meio de palavra e de figuras, a fim de que o povo compreendesse claramente a
mensagem divina.
HINOS SUGERIDOS – 107, 330, 459.
LEITURA BIBLICA – Jeremias 1.4-6, 9-14
4 - Assim veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:
5 - Antes que eu te formasse no ventre, eu te conheci; e, antes que
saísses da madre, te santifiquei e às nações te dei por profeta.
6 - Então, disse eu: Ah! Senhor JEOVÁ!
Eis que não sei falar; porque sou uma criança.
9 - E estendeu o SENHOR a mão, tocou-me na boca e disse-me o SENHOR: Eis
que ponho as minhas palavras na tua boca.
10 - Olha, ponho-te neste dia sobre as nações e sobre os reinos, para
arrancares, e para derribares, e para destruíres, e para arruinares; e também
para edificares e para plantares.
11 - Ainda veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Que é que vês, Jeremias?
E eu disse: Vejo uma vara de amendoeira.
12 - E disse-me o SENHOR: Viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra
para a cumprir.
13 - E veio a mim a palavra do SENHOR, segunda vez, dizendo: Que é que,
vês? E eu disse: Vejo uma panela a ferver, cuja face está para a banda do
Norte.
14 - E disse-me o SENHOR: Do Norte se descobrirá o mal sobre todos os
habitantes da terra.
INTRODUÇÃO
Sabemos que Deus falou muitas vezes e
de muitas maneiras através dos. seus mensageiros (Hb 1 .1). Entretanto, pouco
se estuda acerca da forma como os profetas de Deus recebiam a revelação divina
e como essa mensagem era transmitida ao povo. Assim, o propósito desta lição é
estudar a natureza da atividade profética, ou seja, o modus operandi da transmissão dos oráculos divinos aos profetas e,
por conseguinte, desses ao povo.
I. AS FORMAS DE COMUNICAÇÃO DE DEUS
AOS PROFETAS
1. "[ ... ] Veio a mim a palavra. do SENHOR" (v.4). A expressão "veio a mim a
palavra do Senhor" geralmente serve para introduzir um diálogo (ou uma
visão) entre Deus e o profeta (w4,11,13). Essa era a forma usual de o profeta
do Senhor demonstrar que a sua mensagem veio do Todo-Poderoso. Algumas vezes, o
homem de Deus recebia o oráculo divino de maneira íntima e repentina, ocasião
em que somente ele ouvia a voz divina e ninguém mais. São exemplos dessa forma
de comunicação entre o Senhor e o seu mensageiro: o que aconteceu com Samuel
quando foi ungir Davi (1 Sm 16.6,7), e o que sucedeu ao profeta Isaías ao se
encontrar com o rei Acaz (ls 7.3,4).
2. Revelação divina em forma de diálogo (vv.6,9, 10). Como vimos na leitura bíblica, o
fato de Jeremias recusar a chamada não era desobediência, mas temor, por causa
de sua tenra idade. Entretanto, a situação possibilitou um diálogo, onde Deus
tocou a boca do profeta e disse-lhe: "Eis que ponho minhas palavras na tua
boca" (v. 9). Isso simbolizava a comunicação da mensagem divina. Desde
então, Jeremias se tornou um porta-voz de Deus, que conferiu-lhe autoridade
sobre nações e reinos (v. 1 0). Investido dessa autoridade, o profeta cumpriu a
sua missão de extirpar o pecado e a corrupção generalizada do povo e de
anunciar a nova aliança com a vinda futura do Messias (v.16; 23.5,6; 31.31-34;
Lc 22.20; Hb 9.14,15).
3. Visão ou sonho. Duas outras principais formas de Deus comunicar sua mensagem ao profeta
são visões e sonhos (Dn 7.1). A visão transmitida pelo Senhor é algo visto fora
da contemplação ou percepção humana comum e natural. Já o sonho, sem ser
necessariamente uma revelação de Deus, é apenas uma série de imagens
acompanhadas de pensamentos e emoções, que a pessoa vê enquanto dorme.
Diferentemente, o sonho profético era outra maneira de Deus se revelar aos
profetas (Nm 12.6), tal como fez com Daniel: "I ... ] teve Daniel, na sua
cama, um sonho e visões da sua cabeça" (Dn 7.1).
A comunicação da mensagem divina
através das visões que o profeta Jeremias teve é um exemplo que ilustra essa
forma de o Eterno transmitir seus oráculos:
a) A visão da vara de amendoeira (vv;
77,72). A primeira visão do profeta das lágrimas é significativa, pois a
amendoeira é uma árvore que se renova mais cedo para a primavera, ou seja,
primeira a florir. A palavra hebraica para "amendoeira" ou
"amêndoa" é shaqed, significa "o despertador", uma vez que
o povo a via como o "arauto da primavera", Assim, visto que o verbo shãqad
significa "vigiar, estar de vigília", havendo apenas uma sutil
diferença entre "amendoeira" e "vigiar", o nome dessa
planta representa o lembrete de que Deus está atento ao cumprimento de sua
palavra (cf. Jr 31.28; 44.27).
b) A visão da panela fervendo (Vv.
73-75). Já a segunda visão dada pelo Senhor a Jeremias veio algum tempo depois
e mostra uma panela fervendo, virada do norte para a região da Palestina. O
"conteúdo" desse caldeirão (algo sinistro e assustador, pois anunciava
o trágico destino da nação judaica devido aos seus pecados) seria derramado
sobre Judá e Jerusalém. Isso era algo assegurado pelo próprio Deus, que se
encarregou de dar a interpretação da visão: "Do Norte se descobrirá o mal
sobre todos os habitantes da terra" (v.14). Qual o real significado dessa
mensagem? Ao norte de Israel estavam a Fenícia, Síria, Assíria e Babilônia.
Porém, ao longo do livro, fica claro que a palavra profética refere-se
especificamente ao reino da Babilônia que dominaria outros povos.
II. AS FORMAS DE TRANSMISSÃO DA
MENSAGEM DOS PROFETAS AO POVO
2. Figuras e símbolos proféticos. Outras formas de os arautos proclamarem a mensagem profética
são as figuras e símbolos. Tratam-se de ilustrações pictóricas utilizadas pelo
profeta, cujo objetivo é chamar a atenção do seu interlocutor para a mensagem,
assim como aconteceu com o profeta Aías, que rasgou um manto em doze pedaços e
ofereceu dez deles a Jeroboão I, comunicando-lhe acerca da divisão do reino de Salomão
(1 Rs 11.29-32). O profeta Jeremias, orientado por Deus, enterrou próximo ao
rio Eufrates um cinto de linho (13.1-11). semelhantemente, sua ida à casa do
oleiro (18.2-6) e o uso da canga de madeira sobre o seu pescoço (27.2; 28.12),
são exemplos dessa forma de comunicar a mensagem profética.
3. Casos reais que servem de representação para comunicar a mensagem. Uma forma rara de comunicação da
mensagem divina é a que envolve casos reais, utilizados para exemplificar a
situação entre Deus e o povo. Chamada em hermenêutica de "oráculo por ação",
essa forma pode ser exemplificada mediante a experiência do casamento do
profeta Oséias com a prostituta Gomer (Os 1.2,3).
III. A QUESTÃO EXTÁTICA DO PROFETA
1. Interpretação naturalista. Os intérpretes naturalistas consideram o estado de êxtase
como um dos aspectos mais característicos da atividade dos profetas hebreus,
mas negam a origem divina de seus oráculos. Eles afirmam que o fenômeno do
êxtase era apenas um estado emocional da pessoa. Tal linha de pensamento pretende
igualar os profetas de Deus aos adivinhos, falsos profetas hebreus e aos
profetas dos deuses das nações vizinhas de Israel. Por conseguinte, é uma
"explicação" que deve ser rejeitada pelos crentes em Cristo Jesus.
2. Falácia dos naturalistas. A interpretação naturalista é antibíblica, porque as Escrituras
Sagradas declaram que a fonte dos oráculos proféticos é o próprio Deus (Os 1
2.10; 2 Pe 1 .21). Há na Bíblia inúmeras evidências irrefutáveis e
indestrutíveis que provam serem os profetas de Israel embaixadores de Deus
enviados ao povo (Ag 1.13). Um embaixador ou mensageiro não fala em seu próprio
nome e nem diz o que quer; ele transmite a mensagem em nome de quem o enviou,
por isso, é muito comum o profeta se expressar empregando a primeira pessoa nos
seus discursos, pois está falando em nome do Senhor, as palavras que Ele mesmo
mandou (Jr 1.9).
3. A base dos naturalistas e uma refutação. Alguns relatos bíblicos parecem
mostrar alguém profetizando em estado de êxtase como Balaão: "[ ... ] caindo
em êxtase e de olhos abertos" (Nm 24.4,16). Entretanto, antes de mencionar
um desses casos e sua respectiva ressalva, é importante destacar que o termo
"êxtase" sequer aparece no Antigo Testamento com esse sentido. A ARC
emprega o termo, em itálico, para descrever o estado emocional de Balaão
enquanto alçava a sua parábola (Nm 24.4,16). O emprego de palavras em itálico no
texto bíblico traduzido indica que não constam explicitamente do texto nas
línguas originais. Além do mais, Balaão pode ter sido inicialmente um profeta,
mas depois se desviou. Em nenhum lugar do Antigo Testamento, ele é chamado de
profeta, antes é reconhecido como "adivinho" (Jr 13.22). Deus o usou
assim como usou a sua jumenta; bem como usou a Caifás (Jo 11.49-52). Quanto ao
caso que alguns afirmam ter paralelo com o "êxtase" de Balaão,
trata-se de Saul: "[... ] e ele também profetizou diante de Samuel, e
esteve nu por terra todo aquele dia e toda aquela noite" (1 Sm 19.24). Contudo,
é bom lembrar que Saul, à época dessa experiência, estava distanciado de Deus
(1 Sm 16.14).
CONCLUSÃO
A Bíblia revela que é propósito de
Deus, desde Adão, comunicar-se com as suas criaturas racionais para comunhão,
direção, ensino, revelação, exortação e para que possamos entendê-lo. O Senhor
usou várias formas para se comunicar com os profetas, e esses, com o povo, de
modo que a mensagem se tornasse compreensível. Por isso, é de fundamental
importância que os seres humanos também se interessem pelo conhecimento da vontade
de Deus, lendo a sua Palavra e sendo instruídos pelos verdadeiros servos do
Senhor.
Reproduzido e publicado por:
Pr – Domingos Teixeira Costa
Revista Trimestral, Comentarista: ESEQUIAS
SOARES, “Lições Bíblicas”, 3º Trimestre – 2010, Editora CPAD Rio de Janeiro –
RJ.
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