sábado, 24 de julho de 2010

Assim como Jesus

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Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém





Depois da Sua ressurreição, Jesus apareceu aos discípulos no momento em que se encontravam enclausurados entre quatro paredes, aprisionados pelo medo. Em vez de censurá-los, Ele os saudou com a Paz e acrescentou: “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (Jo 20.21).

Como Jesus poderia fazer uma coisa dessas? Eles todos o haviam negado (não somente Pedro), fugiram quando mais precisava deles, não acreditavam na Sua ressurreição, estavam tão espavoridos que só podiam se esconder! Jesus, porém, os enviou para “mostrarem a cara”, não sem antes lhes dar o modelo.

“Assim como” quer dizer “do mesmo modo”. Ou seja: na mesma dimensão de compromisso, na mesma disposição de ânimo, no mesmo despojamento pessoal e abnegação em prol do reino, na mesma missão, no mesmo poder espiritual.

O apóstolo Pedro aprendeu a lição, de modo que, anos depois, ensinou: “Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos (1 Pe 2.21).

Quando servia à Igreja em Corinto, o apóstolo Paulo encontrou muita resistência ao ensino da imitação de Cristo, pois tudo o que a maioria daqueles irmãos fazia era absurdamente contrário aos ensinamentos do Senhor. De fato, eles tinham dificuldades de encontrar em alguém que não conheceram pessoalmente o exemplo para seguirem os passos. Para eles, Jesus era um mito, alguém distante, no tempo e na cultura.

Ora, Paulo também não convivera com Jesus. Tudo o que ele sabia a respeito do Senhor tinha-lhe sido comunicado por revelação. Nem mesmo convivera com os discípulos. Mas ele imitava ao Senhor, pois sabia que imitar significava, em suma, “trazer o mito à realidade da vida”. Por isso, ele escreveu aos coríntios: “Olhem para mim, vejam o meu exemplo, pois eu sou imitador de Jesus Cristo. Imitem a mim, que estarão imitando ao Senhor” (1 Co 4.16; 11.1 – citação livre).

O apóstolo João também indicou esse caminho: “Aquele que diz que permanece nele [em Jesus], esse deve também andar assim como ele andou” (1 Jo 2.6).

O que esses três apóstolos nos querem dizer é que a imitação de Jesus é algo essencial à vida de quem serve ao Senhor. Isso vale para toda e qualquer época e cultura.

O Senhor Jesus é o nosso exemplo-mor de vida de fé e ministério e, através dos seus passos, nos ensina como Deus quer que andemos. Todos nós somos comissionados e ungidos para seguir os Seus passos como envia­dos ao mundo.

Jesus andou de modo a agradar ao Pai, buscando fazer a vontade do Pai, não a sua própria. Ele buscou também fazer o bem a todos, procurava estar no Templo adorando, buscava em primeiro lugar o Reino de Deus, e esforçava-se para evangelizar a todos: prostitutas, pecadores corruptos, religiosos hipócritas.

Jesus esvaziou-se a Si mesmo, o que também é requerido de nós: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz” (Fp 2.5-8).

Mas como poderia alguém andar “assim como Jesus”?

Devemos começar seguindo o Seu exemplo quanto ao esvaziamento pessoal, o despojamento da vontade própria. Orar e jejuar, em absoluta consagração, eram os ingredientes que Jesus utilizava para expressar o seu esvaziamento e para se habilitar a viver debaixo do poder do Espírito (Lc 4.14). Ora, se Jesus, o Filho de Deus, se humilhava, orando e jejuando, quanto mais nós!

Diante dos imensos desafios de nosso tempo, precisamos orar e jejuar para andarmos no mesmo poder e fazermos a vontade do Pai. E que possamos fazer e dizer como Jesus: “A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra” (Jo 4.34).

É importante que frisemos que a oração e o jejum, tomados isoladamente, nada podem fazer quando o coração está longe da vontade de Deus. Oração e jejum não são a “varinha de condão” da fé. Antes, pelo contrário, oração fala de confiança em Deus; jejum, de despojamento pessoal.

Assim, imitemos ao Senhor Jesus. Oremos e jejuemos, pois a vitória é nossa, rumo ao Centenário!


E-mail: samuelcamara@boasnovas.tv

Um comentário:

Anônimo disse...

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