domingo, 23 de setembro de 2007

Papa ordenou alterações em texto de Aparecida

Consultados, consultores jurídicos do Vaticano teriam mandado retirar artigo sobre comunidades de base


Jamil Chade


Os consultores jurídicos do Vaticano, que respondem diretamente ao papa Bento XVI, impediram que modificações propostas por alguns bispos no texto da Conferência do Episcopado da América Latina, que ocorreu em Aparecida em maio, fizessem parte do documento final. As informações foram reveladas ao Estado por um entrevistado em Roma que não quis se identificar e confirmadas pela embaixada do Brasil na Santa Sé.

O texto de Aparecida, que marca um novo esforço da Igreja na América Latina, foi aprovado pela conferência em 31 de maio e enviado ao papa em 11 de junho. Em menos de dois meses, Bento XVI deu sinal verde para a publicação - tempo recorde para aprovação de documento oficial da Igreja, que, em geral, leva até um ano.

Segundo revelou o Estado, mais de 200 mudanças no texto teriam sido feitas exclusivamente pelo cardeal chileno Francisco Javier Errázuriz Ossa e pelo bispo argentino Andrés Stanovnik, presidente e secretário-geral do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam), antes de ser entregue ao papa. As mudanças revoltaram alguns bispos, que chegaram a sugerir que o texto fosse devolvido para ser revisto.

Ocorre que o Vaticano teria tido participação direta na mudança. O centro do debate foi a inclusão ou não de um artigo no documento sobre as comunidades eclesiais de base (CEBs). Em uma primeira votação, o artigo foi reprovado. No debate final, o artigo voltou à votação e, então, foi aprovado.

Antes de qualquer alteração, o cardeal chileno teria consultado o órgão jurídico do Vaticano sobre a legalidade das votações antes de enviar o texto ao papa. Os consultores tinham duas opções: considerar a última votação e permitir que o artigo fosse adicionado ou considerar que ele já havia sido recusado em votação anterior.

A versão que vingou foi a de que o que valeria era a primeira votação e o artigo não poderia entrar. O cardeal Giovanni Battista Ré, presidente da Pontifica Comissão para a América Latina, mandou uma carta confidencial aos bispos explicando a modificação.

As demais mudanças teriam sido feitas pelo próprio cardeal Errázuriz, numa suposta tentativa de adequar a linguagem do texto aos objetivos de Bento XVI. “Ele se antecipou ao que o papa provavelmente faria”, explicou uma fonte no Vaticano. Só que o cardeal não comunicou as mudanças a seus pares. Não por acaso, o texto entregue ao papa foi aprovado quase que imediatamente. “A assinatura dele significa que o texto não mais será debatido. O assunto foi encerrado”, concluiu o entrevistado.

Do Site:


http://txt.estado.com.br/editorias/2007/09/21/ger-1.93.7.20070921.1.1.xml

Papa diz que bispos são homens de fé, não executivos


O Papa Bento XVI disse neste sábado que os bispos não são executivos, que estão sempre ocupados organizando coisas, mas homens de fé que precisam colocar a prece em primeiro lugar em suas vidas.

A afirmação foi feita pelo Pontífice diante de cerca de cem bispos nomeados nos últimos meses e que foram recebidos neste sábado pelo líder da Igreja Católica na residência de verão de Castelgandolfo, 30 quilômetros ao sul de Roma.

"Hoje, no Ministério de um bispo, os aspectos organizacionais tomam muito tempo, os compromissos são vários e as necessidades, muitas, mas o primeiro lugar da vida de um sucessor dos Apóstolos deve estar reservado a Deus, com a prece e a contemplação", ressaltou Bento XVI.

O Papa disse que, através da prece, o bispo se tornará "sensível e misericordioso" a todos. Além disso, incentivou-os a terem sacerdotes sempre presentes em suas orações, "para que sejam sempre perseverantes na vocação e fiéis à missão eclesial atribuída".

Bento XVI também pediu aos bispos que, nas cidades nas quais vivem, "muitas vezes agitadas e barulhentas, onde o homem corre e se perde, onde se vive como se Deus não existisse", encontrem lugares e momentos para a prece, "para que o homem possa encontrar Deus".

O Pontífice também pediu para que os bispos não esqueçam de pedir a Deus novas vocações religiosas nem deixem de ser "persistentes".
Fonte: UOL / EFE

sábado, 22 de setembro de 2007

III Assembleia Ecuménica Europeia, em Sibiu ( Roménia): cristãos procuram superar desentendimentos

(8/9/2007) A III Assembleia Ecuménica Europeia (AEE), que decorre desde o passado dia 5 na Roménia, tem procurado enfrentar dificuldades – novas e históricas – nas relações entre Igrejas e comunidades cristãs.

O clima de festa que se vive na cidade de Sibiu não apaga as marcas dos desentendimentos que se arrastam no diálogo entre cristãos, apesar dos compromissos que, ciclicamente, se vão assumindo no sentido da unidade entre os seguidores de Jesus.

Sem a presença de Bento XVI, em peregrinação à Áustria, foi ao Patriarca Ecuménico de Constantinopla, Bartolomeu I, que coube assumir as honras da casa – é a primeira vez que a AEE decorre num país de maioria ortodoxa -, reiterando "a convicção irremovível do mundo ortodoxo de fazer tudo o que for possível para restaurar a comunhão entre as Igrejas".

O presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos (CPPUC), o Cardeal Walter Kasper, admitiu as dificuldades presentes, afirmando que “não podemos esconder as feridas. Um ecumenismo de afagos e carícias não facilita o progresso, somente um diálogo verdadeiro e claro pode sustentar um avanço”.

Não fugiu à problemática levantada pelo último documento da Congregação para a Doutrina da Fé, intitulado "Respostas a dúvidas sobre alguns aspectos relativos à doutrina sobre a Igreja".

O Cardeal Kasper assegurou que nunca foi intenção da Igreja Católica “ferir ninguém”. O documento afirma, por exemplo, que às "comunidades cristãs nascidas da Reforma" é rejeitada a denominação de Igreja, dado que "não têm a sucessão apostólica no sacramento da Ordem e, por isso, estão privadas de um elemento essencial constitutivo da Igreja".

“O sofrimento e a dor dos meus amigos é também a minha dor. Não era nossa intenção ferir ou diminuir quem quer que seja”, explicou.

Perante cerca de 2500 delegados de todas as Igrejas da Europa, o presidente do CPPUC indicou que este documento colocou em evidência “todas as diferenças que ainda subsistem”.

“Sei que muitos, em particular os irmãos e irmãs evangélicas, se sentiram feridos por isto. Esta situação não me deixa indiferente e representa um peso, também para mim”, acrescenta.

Falando do “método da convergência” que tem sido utilizado, até agora, o presidente do CPPUC considera que o mesmo se encontra “esgotado”, convidando todos a avançar para além do “mínimo denominador comum”.

Este responsável deixa claro, contudo, que “não há nenhuma alternativa responsável ao ecumenismo: qualquer outra posição contradiz a nossa responsabilidade perante Deus e perante o mundo”.

Já o secretário-geral do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), explica que os principais temas desta iniciativa são “o encontro entre o Leste e o Ocidente; o impacto da secularização na Europa; a autocompreensão das Igrejas perante o escândalo da divisão dos cristãos”.

“Por vezes, aquilo que chamamos Cristianismo na Europa é muito superficial, meramente cultural. Em Sibiu, testemunhamos uma dimensão mais profunda da nossa fé”, explica.

A cidade romena de Sibiu, no centro da Transilvânia, é a Capital Europeia da Cultura do ano 2007 e é, por estes dias, a “capital” de todos os cristãos da Europa.

A III AEE foi convocada conjuntamente pela Conferência das Igrejas Europeias (KEK) e pelo Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE). Metade dos delegados foi nomeada pelas 34 Conferências Episcopais católicas que fazem parte do CCEE; a outra metade representa as cerca de 120 igrejas membros da KEK, de tradição anglicana, ortodoxa e protestante.

A Assembleia articula-se em sessões plenárias e em nove “fóruns” sobre temas específicos: unidade, espiritualidade, testemunho comum, integração europeia, diálogo inter-religioso, migrações, respeito da criação (ecologia) e justiça e paz, para além dos momentos de oração comum.

Milhares de participantes das Igrejas e confissões cristãs da Europa, incluindo uma representação portuguesa, promovem até ao próximo dia 9 uma grande festa do ecumenismo, à volta do tema "A Luz de Cristo ilumina todos. Esperança de renovação e unidade na Europa".

Do Site:

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Israel celebra Yom Kippur sob tensão e Jerusalém é fechada aos palestinos












Israel celebra Yom Kippur sob tensão e Jerusalém é fechada aos palestinos


O Exército israelense ordenou o bloqueio total da Cisjordânia em ocasião da festa durante a qual a vida econômica do país é totalmente paralisada, incluindo o tráfego aéreo.






JERUSALÉM (AFP) — O Exército israelense foi colocado em alerta nesta sexta-feira na fronteira síria e a Polícia está maciçamente mobilizada pelo temor de atentados durante o feriado nacional do Yom Kippur (Dia do Perdão), a festa mais importante do calendário judaico.
O Exército israelense ordenou o bloqueio total da Cisjordânia em ocasião da festa durante a qual a vida econômica do país é totalmente paralisada, incluindo o tráfego aéreo.






"O bloqueio total entrou em vigor na noite de quinta-feira e permanecerá até domingo de manhã, a menos que seja prolongado", declarou um porta-voz militar.



Em outras ocasiões o Yom Kippur chegou a ser prolongado por duas semanas, até depois da festa de Sukkot (Tabernáculos).






Mas a paralisação das atividades e o enorme esquema de segurança não afetarão apenas os israelenses. Milhares de palestinos não poderão viajar para Jerusalém para as orações na Esplanada das Mesquitas da segunda sexta-feira do mês de jejum do Ramadã. A permissão só será concedida para "casos humanitários", informou o porta-voz da Polícia, Micky Rosenfeld.







A partir das primeiras horas da manhã, milhares de fiéis irão até a passagem de Qalandya, entre Ramallah e Jerusalém, esperando atravessá-la para se dirigirem rumo à Esplanada das Mesquitas, na Cidade Sagrada.







Mas esta barreira, onde em períodos normais só é permitida a passagem de palestinos que possuem uma permissão especial, estava totalmente fechada.









Um porta-voz da Agência das Nações Unidas para a Ajuda aos Refugiados (UNRWA) protestou porque 200 funcionários não conseguiram entrar em Jerusalém.







Milhares de policiais, auxiliados por voluntários, foram mobilizados nesta sexta-feira ao redor de mercados e outros lugares públicos, enquanto a guarda das sinagogas era reforçada devido ao temor de atentados.








Quanto à Síria, o chefe do Estado Maior israelense assegurou que o Exército fazia o que estava ao seu alcance para evitar uma surpresa do inimigo, em um momento de tensão entre os dois países após um suposto ataque israelense a instalações nucleares sírias. Os israelenses temem um ataque surpresa sírio como o que desencadeou a Guerra de Yom Kippur, em outubro de 1973.







AFP






Do Sate:






quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Papa humilha Rice

Santa Sé: Audiência recusada em Agosto



Goran Tomasevic, Reuters





Rice teve de resignar-se a falar com o assessor de Bento XVI





O Papa Bento XVI recusou receber a secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, em Agosto, revelou ontem o jornal italiano ‘Corriere de la Sera’. O Sumo Pontífice não recebe habitualmente visitas oficiais durante as férias em Castel Gandolfo, mas o jornal considera que o gesto foi uma rejeição clara da administração do presidente George W. Bush e um desagravo por desacordos passados.





Rice fez saber “que precisava absolutamente encontrar-se com o Papa” para fortalecer a sua posição diplomática antes de um périplo pelo Médio Oriente, refere ainda o mesmo jornal, sem dar conta das suas fontes de informação. A resposta oficial ao pedido terá sido, apenas: “O Papa está de férias”.




Perante a recusa, Rice foi forçada a manter apenas contacto telefónico com o ‘Número Dois’ do Vaticano, cardeal Tarcísio Bertone, então de visita aos EUA por outros motivos.




Há pelo menos duas razões para explicar uma ‘retaliação’ da Santa Sé à administração Bush. Primeiro, foi a própria Rice quem, em Março de 2003, aquando da invasão do Iraque, fez saber ao enviado especial do Papa (então João Paulo II) que os EUA não estavam interessados na opinião do Vaticano sobre a guerra. Segundo, Washington respondeu de forma brusca a um pedido para que os direitos dos cristãos iraquianos fossem protegidos após a invasão.
F. J. Gonçalves com agências





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20-09-2007 - 00:00:00 Vaticano





Do Site:





http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=258624&idselect=91&idCanal=91&p=200



terça-feira, 18 de setembro de 2007

Madonna recebe críticas de judeus por interesse em cabala


Da Folha Online





Madonna foi alvo de críticas de alguns judeus após sua recente passagem por Israel, onde assistiu à conferência sobre cabala.





Matt Dunham/AP





Madonna recebe críticas por não ser judia e ser iniciada em cabala





A cantora participou do evento ao lado de famosos como Demi Moore, Ashton Kutcher e Rosie O'Donnell.





Durante a viagem, Madonna, que se encontrou com o presidente israelense Shimon Perez e também celebrou o ano novo judaico, comentou em tom de brincadeira ser a embaixadora do judaísmo.





Este envolvimento de Madonna com assuntos ligados à religião gerou descontentamento entre judeus, segundo reportagem publicada no site da revista "Rolling Stone".





Líderes religiosos entrevistados pela revista consideraram faltar à cantora conhecimentos sobre o judaísmo, para que ela possa ser instruída em cabala. David Batzri, da Shalom Yeshiva, acredita que muitos dos próprios judeus precisam conhecer melhor os preceitos religiosos para compreender os segredos da religião. Ele também disse ser contra uma não-judia ter acesso ao conhecimento.





Outro estudioso da cabala, o qual pediu para não ter seu nome divulgado, disse à publicação que "na cabala é reconhecido que a impureza e a maldade são atraídas pela santidade. É por isso que as pessoas de Hollywood, um lugar de imoralidades, são naturalmente atraídas à santidade da cabala".





O interesse de Madonna por cabala ficou conhecido em 1998. Nesse ano, ela lançou o disco "Ray of Light", repleto de referências à mística judaica e temas orientais.





Em 2004, ela esteve em Israel para celebrar a chegada do Ano Novo judaico e conhecer mais sobre a cabala. Na época, a visita gerou protestos entre grupos de judeus fundamentalistas. Eles afirmaram ser a cabala um conhecimento complexo o qual deve ser proibido às mulheres. Para os religiosos, elas podem "enlouquecer".



Do Site:



domingo, 16 de setembro de 2007

Trazendo a Cruz de Volta

João 3:14 “E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado; para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.b>

Faz um tempo e muitas viagens pelo nosso país, que eu tenho descoberto algo que é meio assustador e triste. Tantas igrejas lindas cheias de tantas visões e métodos, mas percebo que algo está quase sempre faltando. Sabe do que é? A cruz, uma simples cruz.

Eu acho incrível que a maioria das igrejas evangélicas hoje em dia não têm nenhuma cruz dentro delas. Isto para mim é algo muito estranho. Cadê a cruz? Será que ela não é algo importante para nós? Será que não tem mais significado? Se você parar para estudar a Bíblia você vai ver que desde Adão e passando para Abraão, Moisés, Davi e os profetas, todos apontaram para uma pessoa: Jesus, e todos apontaram para uma coisa: a sua morte.

Sem discussão, Jesus é a figura mais importante na história do mundo e a cruz é a peça mais importante. A cruz é a razão pela qual Jesus veio.

Jesus sem a cruz é igual o mar sem água. Não tem como. Os dois andam juntos. Sem a cruz... sem salvação. Sem a cruz... sem esperança. Sem a cruz... não há Cristianismo.

A cruz é tudo o que a humanidade precisava e precisa. Não era somente de um homem perfeito, mais; a sua morte, o seu sangue.

Hebreus 9.22; De fato, de acordo com a lei, quase tudo é purificado com sangue. E, não havendo derramamento de sangue, não há perdão de pecados.

Foi o sangue Dele que nos comprou. Foi a morte Dele que Deus o Pai requisitou. Tudo é sobre Ele e tudo tem a ver com a Sua cruz. Então, eu preciso saber, como que é que nós não temos mais as cruz em nossas igrejas? Temos vergonha de nos identificar com a morte Dele?

A coisa mais louca é que nós temos tirado a cruz das nossas igrejas de propósito. Foi algo pensado e decidido. Pense bem nisso.

Imagine líderes sentados juntos, discutindo sobre deixar a cruz na igreja ou retirá-la. E pior, muitos decidiram pela retirada! Que doideira! Como alguém pode pensar que é melhor sem a cruz? Será que eles oraram e Deus falou para tirar a cruz mesmo?

E agora nós colocamos qualquer coisa na igreja que não a cruz. Bandeiras bem grandes e caras, declarando “nossa visão”, estrelas de Davi, bandeiras de Israel, púlpitos de vidro, flores, desenhos, etc., mas não colocamos a cruz.

A maior alegria de satanás nos últimos tempos é ver como ele convenceu a igreja a tirar a cruz.

Uma igreja sem a cruz é igual um barzinho sem cerveja. Não faz sentido.

Imagine um visitante entrando e vendo tudo, mas não uma cruz. Que coisa esquisita. Nós temos que trazer de volta a cruz! E não somente uma cruz física, mas mensagens sobre a cruz.

Nós pregamos sobre muitas coisas, como prosperidade, bençãos, restituição. Tudo o que queremos ouvir. E se você não é próspero ou abençoado “por todo lado”, e daí? Por isto é que você serve a Jesus? Desde quando Cristianismo e a morte de Jesus representavam estas coisas?

A igreja primitiva entendeu bem o sacrifício e sofrimento que a cruz representava. Talvez por isso a tenhamos retirado. Nós também entendemos o que ela representa e nós não queremos sofrer. Só queremos nossa “benção” e pronto. Mas, isso não é Cristianismo! Isso é egoísmo. Por favor, me responda: “Cadê a cruz?”.

Fico triste, quando entro numa igreja toda decorada com faixas sobre as estruturas humanas. Mas, “uma visão” que acaba se tornando em nada mais do que idolatria.

“Você está na visão?”, dizem alguns... que pobreza. É mais um bezerro de ouro que vai acabar em pó.

Dá uma vontade de gritar: “Não é por isso que Jesus morreu!”. Jesus não morreu para nenhuma visão além daquela que é alcançar os pecadores deste mundo.

Pode falar o que quiser sobre “sua visão”, mas na hora em que você começa a falar mais da “sua visão” do que da cruz, você tem um ídolo. E isso é que nós vemos hoje em dia: muitos bezerros de ouro. É algo tão comum que quase ninguém percebe mais. Temos confundido visões humanas com o evangelho. Mas os dois não são sinônimos. De novo eu te pergunto: “Cadê a cruz?”.

Nós precisamos pregar mais sobre a cruz, além da época da páscoa, ou da celebração da ceia, ou no fim de um culto evangelístico. É a cruz que transforma. É a mensagem da cruz que salva. Nós temos que trazer a cruz de volta para nossas igrejas!

Deixando a igreja por enquanto, vamos olhar para nossas vidas pessoais e o resultado de tirar a cruz das nossas igrejas e púlpitos. Deixe-me te perguntar: Quantas vezes por semana você tem parado para meditar na cruz de Cristo? Quantas vezes por semana você agradece a Jesus por ter morrido lá?

Meu amigo, é algo triste quando encaramos a verdade. A maioria de nós em nossas vidas dia a dia temos basicamente esquecido disso. Tô falando sério. Nós vivemos nossas vidas “normais” correndo atrás de confortos temporários, e esquecemos da coisa mais importante: Cristo e Sua Cruz. Não pode ser assim. Mas, por que devemos lembrar da cruz?

- A cruz nos lembra da morte de Jesus.

- A cruz nos lembra que fomos perdoados.

- A cruz nos lembra que fomos comprados.

- A cruz nos lembra que fomos libertos do poder do pecado.

- A cruz nos lembra que Ele nos ama.

- A cruz nos lembra da razão da nossa vida: ganhar almas.

- A cruz nos lembra de quem nós somos e de como nós devemos nos comportar.

- A cruz nos lembra que Ele é invencível e Ele vai voltar.

Nós precisamos da cruz constantemente diante de nós. Há necessidade de ver e lembrar da cruz cada dia. Nós temos que trazer a cruz de volta para nossas vidas. Sem a cruz, sem santidade. Sem a cruz, sem propósito de vida. Sem a cruz, sem relacionamento com Deus.

A cruz de Cristo é muito mais do que um símbolo antigo. É o preço que Cristo pagou para nos salvar, e isso é algo que nós não podemos arriscar de perder.

A cruz significa nossa salvação, nosso perdão, nossa libertação, a cura, e uma nova vida. Nós não podemos jogá-la fora, por medo de alguém vir a idolatrá-la.

É ridículo como os evangélicos hoje em dia têm uma mania de não usar a cruz num cordão. Mas a gente coloca a estrela de Davi como se fosse algo mágico. A estrela de Davi nunca salvou, nem vai salvar ninguém. Ninguém morreu na estrela. Encare a verdade, a estrela de Davi é moda que não tem muito a ver com sua vida cristã. Mas a cruz é tudo que somos. Como o povo de Deus é irônico.

Eu sei, muitas pessoas não usam a cruz por medo de ser achado católico. Vamos crescer um pouco. Se um católico se identifica com a cruz como eu devo, beleza. Qual é o problema? Fale o que você quizer, mas eu conheço uns católicos que são bem mais crentes do que muitos “evangélicos”. Nós temos que entender que não é sua igreja que vai te salvar, nem sua visão, mas Jesus Cristo que morreu lá na CRUZ.

E esta cruz nós precisamos colocar sempre diante de nós. É a nossa salvação e comissão.

“Tome a sua cruz e siga-me.” b>

Temos que trazer de volta a cruz.

Pr Jeff Fromholz

sábado, 15 de setembro de 2007

DEFINIÇÃO DE SEITA


A palavra seita vem do latim, "secta", de "sequi", "seguir", que por sua vez vem do termo grego "hairesis", de onde traduzimos nosso vocábulo português, "heresias". A etimologia da palavra per si, não tem semelhança alguma com a definição moderna que lhe damos dentro do contexto religioso cristão atual. Primariamente, "hairesis" na literatura antiga significava "o ato de tomar", no caso de uma cidade. Posteriormente, tomou o significado de "escolha", no sentido de preferência de pensamento, escola filosófica etc. É progressiva a mutação desta palavra dentro das escrituras neotestamentaria, ela aparece como: "partido", em Atos 5.17 para tomar o caráter de erro doutrinário, apostasia deliberada em II Pedro 2.1 e Tito 3.10, este é o significado que revalece atualmente no contexto apologético, ou seja, é a negação e/ou a pregação de um outro evangelho (Gálatas 1.6,9). Dentro dos parâmetros cristãos, sobretudo partindo da ótica evangélica/protestante, uma seita é identificada sobre o que ela crê e ensina em relação à palavra de Deus, principalmente nos seguintes assuntos: Paracletologia, Soterologia, Hamarteologia, Bibliologia e Cristologia.


Toscamente podemos dizer que seita é um grupo de pessoas organizadas ou não, que se formaram à parte da religião original e que não comunga com ela em sentido doutrinário vivendo à margem da mesma, com sua própria cosmovisão, fechados em si, podendo ser ela cristã ou não cristã. O nome carrega consigo um ar pejorativo na área apologética, apresenta uma imagem extravagante, sectária e fanática que desperta a curiosidade e preocupação da opinião pública e governamental. Contudo, entre os pesquisadores de religiões, sociólogos e estudiosos liberais deste fenômeno, há uma certa tendência (por influência do ecumenismo) de neutralidade, preferindo usa-la não como polêmica mas apenas para designar determinados grupos religiosos no contexto social. Assim, atualmente, inventaram novas terminologias a fim de evitarem uma abordagem pejorativa, sendo a mais comum:


"Novos Movimentos Religiosos".


O termo "seita" é sem dúvida, como o era na época de Agostinho, bastante complexo, por isso não podemos dogmatizar uma definição exata. Qual a relação entre seita e heresia? Podemos dizer que seita é o grupo de pessoas enquanto que heresias são as idéias que este grupo professa e defende.


ALGUMAS DEFINIÇÕES DE SEITA


Neste termo encontramos as mais variadas associações tais como: corrente de pensamento, separação, facção, dissidência, partido, heterodoxia entre outras.O que venha a ser seita na opinião de alguns especialistas ?"Uma seita é alguma perversão religiosa. É a crença e a prática, dentro do mundo religioso, que requer a devoção das pessoas a algum ponto de vista religioso ou para algum líder, estribados em alguma doutrina falsa. Uma seita é uma heresia organizada." Dave Breese. "Uma seita, pois, é um grupo de pessoas que se popularizou em torno de alguma interpretação particular da Bíblia, caracterizando-se por grandes desvios do cristianismo ortodoxo no que tange às doutrinas cardeais da fé cristã, particularmente o fato de que Deus se fez homem em Jesus Cristo." Walter Martin "Uma seita é uma perversão, uma distorção do cristianismo bíblico e/ ou a rejeição dos ensinos históricos da Igreja Cristã." Josh McDowell e Don Stewart


"Qualquer religião tida por heterodoxa ou mesmo espúria." Van Baalen

Texto extraido do Site:

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Missas em latim voltam a poder ser realizadas a partir de 14/9

Os fiéis que desejarem participar desse ritual poderão solicitá-lo ao sacerdote de sua paróquia ou ao bispo Ansa


VATICANO - As missas realizadas em latim, autorizadas pelo papa Bento XVI, entrarão em vigor nesta sexta-feira na Igreja Católica.



O cardeal colombiano Dario Castrillón Hoyos, presidente da comissão Ecclesia Dei, celebrará uma missa em latim, dia 14 de setembro em Loreto, na Itália.



A missa marcará a entrada em vigor, nesse mesmo dia, da decisão de Bento XVI, que libera a missa em latim segundo os livros litúrgicos anteriores ao Segundo Concílio do Vaticano.



Castrillón Hoyos - um dos religiosos responsável pela autorização, publicada pelo papa em 7 de julho - celebrará a missa em Loreto a pedido da Una Voce, uma associação que quer promover "a proteção e a manutenção da missa em latim, do canto gregoriano e da arte sacra na igreja católica romana".



Os grupos de fiéis que desejarem participar desse ritual poderão solicitá-lo ao sacerdote de sua paróquia ou ao bispo, que terão de encontrar uma forma para a celebração regular da missa em latim segundo o rito tridentino, em referência ao Concílio de Trento do século XVI.



O decreto de Joseph Ratzinger foi publicado em 7 de julho, mas o papa concedeu prazo até 14 de setembro para os padres se organizarem e poderem realizar missas em latim.

Veja no Site: http://www.estadao.com.br/vidae/not_vid50600,0.htm Tags: religião, catolicismo, igreja católica,

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Neandertal pode ter usado 'escova de dente'

Pesquisador espanhol achou marcas de madeira em molares com mais de 60 mil anos. Ranhuras indicam que hominídeos usavam graveto para limpar boca após refeições.





Da Reuters





Mais um arranhão acaba de atingir a imagem troglodita dos neandertais (Homo neanderthalensis), os parentes extintos mais próximos do homem moderno. Um pesquisador espanhol afirma que eles tinham até o cuidado de "escovar os dentes".





Os dentes foram encontrados na região de Madri e têm mais de 60 mil anos (Foto: Divulgação/Reuters)






A evidência vem do par de molares acima, descobertos pela equipe do antropólogo Juan Luis Arsuaga em Pinilla del Valle, na região de Madri. Os dentes têm pouco mais de 60 mil anos, estimam os pesquisadores.






Arsuaga, que trabalha na Universidade Complutense de Madri, encontrou ranhuras nos molares neandertais que comprovam o uso sistemático de um graveto nos dentes. Ele diz acreditar que o pedaço de madeira era usado como forma de higiene pós-alimentação pelos hominídeos.





mais, neste Site: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL102875-5603,00-NEANDERTAL+PODE+TER+USADO+ESCOVA+DE+DENTE.html





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segunda-feira, 10 de setembro de 2007

América do Sul assiste a eclipse solar parcial nesta terça-feira

Fenômeno

Nesta terça-feira, parte da América do Sul poderá assistir a um eclipse parcial do Sol. No Brasil, os moradores da maioria dos estados, com exceção dos localizados ao norte do Acre e da maior parte da região Nordeste, poderão assistir o fenômeno.

Em São Paulo, o eclipse terá início às 7h39. A sombra da Lua, vista da Terra, não deve encobrir totalmente o Sol, deixando apenas uma marca escura sobre o astro. O fenômeno deve ter duração média de duas horas, terminando por volta das 9h29.

Para aqueles que pretendem assistir o eclipse, o método mais seguro é não olhar diretamente para o Sol, e em vez disso projetar a imagem do astro sobre uma superfície branca. Radiografias e filtros não são aconselháveis, e o melhor método é utilizar uma máscara de soldador número 14.

Fonte: Diário do Grande ABC

domingo, 9 de setembro de 2007

Papa critica 'teologia obcecada com ciência'

'Ânsia em ter rigorosidade científica' pode 'abalar a fé', diz Papa. Ele também disse que todos os cristãos devem ao menos tentar rezar.





Da EFE





Papa cumprimenta crianças no caminho para a missa na Catedral de São Estevão, em Viena (Foto: Heinz-Peter Bader/Reuters)





O Papa Bento XVI visitou neste domingo (9) o mosteiro cisterciense de Heiligenkreuz, nos arredores de Viena, no último dia de sua viagem à Áustria. Durante a visita de hoje, o Pontífice aproveitou para ressaltar a importância da prece, e disse que todos os cristãos devem rezar, "ou pelo menos tentar fazê-lo". Bento XVI alertou ainda que "quando a teologia tem obsessão em ser reconhecida como uma atividade científica rigorosa, pode perder o sentido da fé".






O mosteiro, situado a 30 quilômetros da capital austríaca, foi fundado em 1135 por Leopoldo III, a pedido de seu filho Ottone que tinha entrado na ordem. Atualmente, Heiligenkreuz acolhe 80 monges, além de uma faculdade de teologia com 100 alunos.






Assistiram ao encontro com o Papa, entre outros, os professores e alunos da faculdade, diante dos quais Bento XVI manifestou "que com a ânsia em ter uma rigorosidade científica reconhecida no sentido moderno, a teologia pode perder o sentido da fé".






"Como uma liturgia que esquece o olhar em direção a Deus, uma teologia que perde o sentido da fé deixa de ser teologia e acaba reduzindo-se a uma série de disciplinas mais ou menos relacionadas entre elas", disse o Papa, que também é teólogo.






Bento XVI disse também que, para uma chamada ao sacerdócio ser mantida durante toda a vida, é necessário haver uma formação que integre "fé e razão, coração e mente, vida e pensamento".





O Pontífice explicou que, onde a dimensão intelectual se descuida, "surge muito facilmente uma forma de obsessão que vive quase exclusivamente de emoções e estados de espírito que não são mantidos durante toda a vida".






"E onde a dimensão espiritual se descuida, é criado um racionalismo rarefeito, frio, que jamais pode levar a uma entusiasmada entrega a Deus", acrescentou o Papa. Bento XVI destacou o trabalho monástico ao longo da história, que disse "ter como base a adoração". Antes disso, falou ainda que Deus merece ser adorado, e que um mosteiro é um lugar de força espiritual.






O mosteiro de Heiligenkreuz é considerado o berço da ordem cisterciense na região da Baixa Áustria (nordeste do país). Em 1683, o mosteiro foi destruído pelos ataques otomanos à Viena, e sua biblioteca foi queimada. Depois de reconstruído, ele ganhou algumas partes em estilo barroco. Durante o nazismo, entre 1938 e 1945, o local foi desapropriado, e muitos monges foram presos.






Após esta visita, o Papa se reuniu com representantes do voluntariado, muito ativo na Áustria, no último ato de sua viagem de três dias ao país. O Pontífice agradeceu aos voluntários pelo seu trabalho, e disse que o amor ao próximo é intransferível, e que o Estado e a política não podem substituí-lo.






"Por isso, vocês, voluntários, não são um 'remendo' na rede social, mas pessoas que contribuem para a face mais humana e cristã de nossa sociedade", declarou o Papa. Bento XVI reafirmou as exigências pela justiça, pela defesa da vida e pela preservação da natureza.






O Papa disse que o amor é gratuito e que não é exercido tendo outros objetivos em vista. Além disso, falou que o bem comum e a sociedade "não poderiam, não podem e não poderão" perdurar sem o compromisso dos voluntários.






O Pontífice afirmou também que o homem é muito mais que um simples fator para ser avaliado segundo critérios econômicos. Neste domingo, antes da visita ao mosteiro de Heiligenkreuz, o Papa celebrou uma missa na Catedral de São Estevão, em Viena, que foi acompanhada por 15 mil pessoas. A maioria delas estava fora do templo, sob uma incessante chuva.






Durante a homilia, Bento XVI reivindicou o domingo como o "dia do Senhor", e denunciou que este dia se transformou em um mero "fim de semana" na sociedade ocidental. Acrescentou ainda que, embora o tempo livre seja necessário, "se não tiver um foco, que é o encontro com Deus, acaba sendo um tempo perdido".


sábado, 8 de setembro de 2007

Papa afirma que um mundo sem Deus e sem crianças estaria perdido


MARIAZELL, Áustria (AFP) — O Papa Bento XVI lamentou a falta de crianças na Europa e culpou o egoísmo e a falta de confiança no futuro de seus habitantes, no segundo dia de sua visita à Áustria que o levou a Mariazell, um lugar de devoção para os católicos de toda a Europa Central.





Pope Benedict XVI holds a candle during the Vesper ceremony in the shrine of Mariazell 08 September 2007, on the second day of his three-day visit to Austria. Pope Benedict XVI blasted Europeans for being selfish and not having enough children, in a sermon on Saturday at the 850-year-old pilgrimage site of Mariazell in Austria. AFP PHOTO / VINCENZO PINTO





"A Europa se tornou pobre em crianças. Queremos tudo para nós mesmos, e talvez não confiemos o suficiente no futuro", declarou o líder da Igreja católica durante uma missa ao ar livre celebrada diante de mais de 30.000 fiéis por ocasião do 850º aniversário do santuário dedicado à Virgem.





Na véspera, diante dos dirigentes políticos e diplomatas em Viena, o Papa havia qualificado o aborto de "ato contrário aos direitos humanos".





O ministro austríaco da Defesa, Norbert Darabos, reagiu às declarações do Papa sobre o aborto. "Há desacordos" entre a Igreja e o governo, afirmou, destacando que a Áustria não pretende modificar a lei que permite o aborto sob condições.





Bento XVI também considerou que um mundo sem Deus que "não sabe mais fazer a diferença entre o bem e o mal" enfrenta a "terrível ameaça da destruição".





Chuva, vento e frio se uniram para transformar esta etapa em Mariazell, perto dos Alpes, num calvário para os peregrinos que vieram assistir à missa do Papa de 80 anos.





O Papa estava protegido da chuva por uma tenda instalada em cima do altar.





As condições climáticas adversas são provavelmente as responsáveis pela morte, anunciada pela polícia, de dois idosos de cerca de 80 anos. Um teve parada cardíaca e o outro problemas de circulação. O Papa rezou por eles ao término da missa. "Estou seguro de que a mãe de Deus os levou diretamente para o Senhor", disse ele.





Bento XVI, cujo primeiro dia de sua visita à Áustria também havia sido perturbado pela chuva, teve que ir de carro a Mariazell, a 110 km de Viena, abrindo mão do helicóptero que havia sido previsto.





Esta visita do santuário mariano constitui a etapa principal da viagem do Papa alemão a este país do coração da Europa que ele apresentou como "uma peregrinação" no caminho de Maria, a mãe de Jesus.





Em sua homilia, ele convidou os cristãos a expressarem a verdade de sua fé, tendo em mente a fraqueza de "Jesus nos braços de sua mãe" representada na estátua da virgem de Mariazell, e a do Cristo crucificado.





Ele também afirmou que os cristãos rejeitam qualquer atitude "arrogante" com as outras religiões, mas disse que eles não devem duvidar em ostentar sua fé publicamente.





Ao término da missa, o Papa cumprimentou, em seus idiomas respectivos, os peregrinos húngaros, eslovenos, croatas, tchecos, eslovacos e poloneses. Mais de um milhão de peregrinos da Europa Central vêm rezar todos os anos no santuário de Mariazell.





Em seguida, Bento XVI dirigiu-se aos padres, religiosas e religiosos austríacos para confortá-los em sua fé num momento em que sua Igreja, outrora toda-poderosa, passa por uma crise.





O Sumo Pontífice recordou o caráter obrigatório da castidade para os sacerdotes e religiosos católicos da Áustria, onde algumas correntes eclesiásticas questionam o celibato do clero e onde a reputação da Igreja vem sendo manchada por vários escândalos sexuais em seminários.





O Papa deu Cristo como exemplo aos sacerdotes e religiosos reunidos em Mariazell, afirmando que Jesus consagrou sua vida "aos homens e mulheres plenamente e com uma pureza absoluta".





"Com o celibato, oferecéis um testemunho importante. Entre tanta avareza, egoísmo, consumismo e culto ao individualismo nos esforçamos por mostrar o amor desinteressado por homens e mulheres", afirmou.





O cardeal Hans Hermann Groer, ex-arcebispo de Viena, falecido em 2003, se afastou da Igreja em 1995 depois de ter sido acusado de abusos sexuais por antigos seminaristas.





Outro prelado, o ex-bispo ultraconservador de Sankt-Polten, monsenhor Kurt Krenn, também também teve de renunciar em 2004 por decisão do Vaticano depois de ter ocultado práticas sexuais que misturavam homossexualidade e zoofilia no seminário de sua diocese.





Em uma carta a Bento XVI, o movimento progressista "Wir sind Kirche" ("Nós somos a Igreja"), com grande representação entre os fiéis, exigiu uma abertura maior da instituição aos laicos e o fim da obrigação do celibato sacerdotal.





O chefe da Igreja católica também recordou ao clero os outros dois votos que pronunciam quando entram para as ordens religiosas, os de pobreza e obediência, e convidou seus membros a fazer um "profundo exame de consciência" sobre como os cumprem.





Bento XVI fechou a porta para uma possível evolução da doutrina da Igreja católica sobre o celibato de seus sacerdotes em um texto publicado em 13 de março.


sexta-feira, 7 de setembro de 2007

A crença das Religiões afasta o Homem de Deus

No Princípio não houve dificuldade para que homem conhecesse a Deus, você que é Cristão sabe porquê. Gen 1:26 - "E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra." Era impossível que Adão tivesse problemas para conhecer sue Criador.

Na atualidade escreve-se assim; A idéia ou compreensão de Deus assumiu, ao longo dos séculos, várias concepções, desde as formas pré-clássicas provenientes das tribos da antiguidade até os dogmas das modernas religiões, encontram-se definitivamente divididas e sub-divididas como resultado da fertilidade da mente humana.

Podemos observar com muita facilidade o fracionalismo religioso, citando apenas as Religiões chamadas de Monoteistas mais antigas, aqui relacionadas pela Enciclopédia Online "Wikipédia":

"Nas modernas religiões monoteístas Judaísmo, Zoroastrismo, Cristianismo, Islamismo, Sikhismo e Bahaismo, o termo “Deus” refere-se à idéia de um ser supremo, infinito, perfeito, criador do universo, que seria a causa primária e o fim de todas as coisas. Os povos da mesopotâmia o chamavam pelo Nome escrito em hebraico como ( יהוה ) o tetragrama YHVH. Mas com o tempo deixaram de pronunciar o seu nome diretamente, apenas se referindo a "Ele" como "O" Salvador ou "El" Salvador, "O" Criador ou "El" Criador e "O" Supremo, etc. e assim por diante."

Continua a Enciclopédia: "Um bom exemplo desse tipo de associação, ainda estão presentes em alguns nomes e expressões árabes, por exemplo Abdallah que quer dizer servo (abd) de Deus (Allah).


As principais características deste Deus-Supremo seriam:
a Onipotência: poder absoluto sobre todas as coisas;
a Onipresença: poder de estar presente em todo lugar; e,
a Onisciência: poder de saber tudo."

SOBRE A EXISTÊNCIA DE DEUS cita-se o seguinte Texto Online: "Há milênios, a questão da existência de Deus foi levantada dentro do pensamento do homem, e os principais conceitos filosóficos que investigam e procuram respostas sobre esse assunto, são:


Deísmo - Doutrina que considera a razão como a única via capaz de nos assegurar da existência de Deus, rejeitando, para tal fim, o ensinamento ou a prática de qualquer religião organizada. O deísmo é uma postura filosófica-religiosa que admite a existência de um Deus criador, mas rejeita a idéia de revelação divina.


Teísmo - Teísmo é um conceito surgido no século XVII (R. Cudworth, 1678) contrapondo-se ao moderno ateísmo, deísmo e panteísmo. O teísmo sustenta a existência de um deus (contra o ateísmo), ser absoluto transcendental (contra o panteísmo), pessoal, vivo, que atua no mundo através de sua providência e o mantém (contra o deísmo). No teísmo a existência de um deus pode ser provada pela razão, prescindindo da revelação; mas não a nega. Seu ramo principal é o teísmo Cristão, que fundamenta sua crença em Deus na Sua revelação sobrenatural através da Bíblia. Existe ainda o teísmo agnóstico, que é a filosofia que engloba tanto o teísmo quanto o

agnosticismo. Um teísta agnóstico é alguém que admite não poder ter conhecimento algum acerca de Deus, mas decide acreditar em Deus mesmo assim. A partir do teísmo se desenvolve a Teologia, que é encarada principalmente, mas não exclusivamente, do ponto de vista da . Embora tenha suas raízes no teísmo, pode ser aplicada e desenvolvida no âmbito de todas as religiões. Não deve ser confundida com o estudo e codificação dos rituais e legislação de cada credo.


Ateísmo – O ateísmo engloba tanto a negação da existência de divindades quanto a simples ausência da crença em sua existência.


Agnosticismo – Dentro da visão agnóstica, não é possível provar racional e cientificamente a existência de Deus, como também é igualmente impossível provar a sua inexistência. O agnóstico pode ser teísta ou ateísta, dependendo da posição pessoal de acreditar (sem certeza) na existência ou não de divindades."

Estas são algumas Variantes Conceituais existente no meios da Massa Humana


" Doutrina espírita- Considera Deus a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas, eterno, imutável, imaterial, único, onipotente e soberanamente justo e bom. Todas as leis da natureza são leis divinas, pois Deus é seu autor.


Martinismo - Nesta doutrina, podemos encontrar no livro Corpus Hermeticum a seguinte citação: "vejo o Todo, vejo-me na mente... No céu eu estou, na terra, nas águas, no ar; estou nos animais, nas plantas. Estou no útero, antes do útero, após o útero -estou em todos os lugares."


Teosofia, baseada numa interpretação não-ortodoxa das doutrinas místicas orientais e ocidentais, afirma que o Universo é, em sua essência, espiritual e o homem é um ser espiritual em progresso evolutivo cujo ápice é conhecer e integrar a Realidade Fundamental, que é Deus.


Algumas pessoas especulam que Deus ou os deuses são seres extra-terrestres. Muitas dessas teorias sustentam que seres inteligentes provenientes de outros planetas visitaram a Terra no passado e influenciaram no desenvolvimento das religiões. Alguns livros, como o livro "Eram os Deuses Astronautas?" de Erich von Däniken, propõem que tanto os profetas como também os messias foram enviados ao nosso mundo com o objetivo exclusivo de ensinar conceitos morais e encorajar o desenvolvimento da civilização. Especula-se também que toda a religiosidade do homem criará no futuro uma entidade chamada Deus, a qual emergirá de uma inteligência artificial. Arthur Charles Clarke, um escritor de ficção científica, disse em uma entrevista que: “Pode ser que nosso destino nesse planeta não seja adorar a Deus, mas sim criá-Lo [1]”.


Outros especulam que as religiões e mitos são derivados do medo. Medo da morte, medo das doenças, medo das calamidades, medo dos predadores, medo do desconhecido. Com o passar do tempo, essas religiões foram subjugadas sob a tutela das autoridades dominantes, as quais se transformaram em governantes divinos ou enviados pelos deuses. Dessa forma, a religião é simplesmente um meio para se dominar a massa. Napoleão Bonaparte disse que: “o povo não precisa de Deus, mas precisa de religião”, o que quer dizer que a massa necessita de uma doutrina que lhe discipline e lhe estabeleça um rumo, sendo que deus é um detalhe meramente secundário.


Cientologia Moderna - Baseia-se não só na ciência explicando cada fato descrito em todas religiões mostrando que possivelmente todas as religiões estão interligadas, sendo que cada uma possui um Deus , um seguidor , um principio e um fim. O Deus da cientologia é considerada a natureza pois ela é mais forte que os demais. Na cientologia só existe um suposto Diabo quando há ausência de Deus ou seja, quando a natureza corresponde de forma negativa causando distúrbios aos seres da terra.


Especula-se o que significa na Bíblia a palavra "Deus":
"no céu e na terra há alguns que se chamam deuses. Todavia para nós há um só Deus, o Pai." I Coríntios 8:5 e 6


"Aquele que tem, ele só, a imortalidade e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver; ao qual seja honra, poder sempiterno. Amem." Timóteo 6:16


"Eu Sou o Primeiro e Eu Sou o Último. Fora de mim não há Deus." Isaías 44:6


"Não terás outros deuses diante de Mim" (singular) Êxodo 20:3


"Jesus disse: E a vida eterna é está: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste." João 17:3


"E o Senhor será Rei sobre toda a terra; naquele dia um será o Senhor, e um será o seu nome." Zacarias 14:9 ".

Qual é a causa de tudo isto? Diz a Bíblia que a atuação começado no Jardim de Deus, conforme
Eze 28:13 - "Estiveste no Éden, jardim de Deus; de toda a pedra preciosa era a tua cobertura: sardônia, topázio, diamante, turquesa, ônix, jaspe, safira, carbúnculo, esmeralda e ouro; em ti se faziam os teus tambores e os teus pífaros; no dia em que foste criado foram preparados." e Gen 2:16 - "E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, Gen 3:3 - Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais. Gen 3:6 - E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela. Gen 3:7 - Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais. Gen 3:23 - O Senhor Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra de que fora tomado." Está claro que a ação da antiga serpente e a escolha do casal, ( Apo 12:9 - E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele. ); Adão e Eva os levou à sua expulsão por Deus do Jardim do Éden. O homem se fez imundo; Sal 53:3 - Desviaram-se todos, e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não, nem sequer um. Por isso veio a pluralidade de Conceitos mentalizados (mente diabólica) fora da realidade Bíblica, a fim de enganar aos que não se deixam instruí-se pelo Criador do Universo.

Por Costa,

Transformando.

TRANSFORMANDO

TRANSFORMANDO

Teologia no sentido da lingua original, o grego

" Teologia, em seu sentido literal, é o estudo sobre Deus (do grego θεóς, theos, "Deus"; + λóγος, logos, "palavra", por extensão, "estudo"). Como ciência tem um objeto de estudo: Deus.

Entretanto como não é possível estudar diretamente um objeto que não vemos e não tocamos, estuda-se Deus a partir da sua revelação. No Cristianismo isto se dá a partir da revelação de Deus na Bíblia. Por isso, também se define "teologia" como um falar "a partir de Deus" (Karl Barth).



Este termo foi usado pela primeira vez por Platão, no diálogo A República, para referir-se à compreensão da natureza divina por meio da razão, em oposição à compreensão literária própria da poesia feita por seus conterrâneos. Mais tarde, Aristóteles empregou o termo em numerosas ocasiões, com dois significados:



teologia como o ramo fundamental da ciência filosófica, também chamada filosofia primeira ou ciência dos primeiros princípios, mais tarde chamada de metafísica por seus seguidores.


teologia como denominação do pensamento mitológico imediadamente anterior à Filosofia, com uma conotação pejorativa, e sobretudo utilizado para referir-se aos pensadores antigos não filósofos (como Hesíodo e Ferécides de Siro).


Santo Agostinho tomou o conceito "teologia natural" da obra Antiquitates rerum humanarum et divinarum, de M. Terêncio Varrão, como única teologia verdadeira dentre as três apresentadas por Varrão: a mítica, a política e a natural. Acima desta, situou a teologia sobrenatural (theologia supernaturalis), baseada nos dados da revelação e, portanto, considerada superior. A teologia sobrenatural, situada fora do campo de ação da Filosofia, não estava subordinada, mas sim acima da última, considerada como uma serva (ancilla theologiae) que ajudaria a primeira na compreensão de Deus.



Teodicéia, termo empregado atualmente como sinônimo de teologia natural, foi criado no século XVIII por Leibniz, como título de uma de suas obras (chamada "Ensaio de Teodicéia. Sobre a bondade de Deus, a liberdade do ser humano e a origem do mal"), embora Leibniz utilize tal termo para referir-se a qualquer investigação cujo fim seja explicar a existência do mal e justificar a bondade de Deus.



Na tradição cristã (de matriz agostiniana), a teologia é organizada segundo os dados da revelação e da experiência humana. Estes dados são organizados no que se conhece como Teologia Sistemática ou Teologia Dogmática. "

Origem do Texto: Wikipédia, a enciclopédia livre.









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quarta-feira, 5 de setembro de 2007

A tentativa pífia do imperialismo americano de imitar a História de Roma

Por Jorge Almeida [*]

Muitos membros da classe dominante estadunidense gostam de estudar a História do Império Romano, sobretudo no seu período do apogeu. Comprazem-se com a ideia de o império americano vir a ser tão sólido e duradouro quanto o romano. No entanto, há um equívoco nas suas comparações: ela gosta de comparar-se com o período do apogeu romano, quando a comparação mais adequada a ser efectuada deveria ser a do período da decadência. No texto que se segue procuram-se estabelecer algumas analogias e diferenças com os tempos de hoje. Para distinguir os factos do antigo império com os do actual, os deste último são grafados em verde.


I – A GUERRA COM A MACEDÓNIA

No Verão de 201 antes da era [1] , quando Roma vence Aníbal Barca e Cartago na segunda guerra púnica, a Itália estava exangue, a sua população havia diminuído, a dívida pública, sob a forma de empréstimo obrigatório (tributum), atingia uma cifra colossal e o povo almejava a paz.

Roma era agora a potência "unipolar" no Mediterrâneo, com Cartago reduzida a um Estado de terceiro plano.

O senado romano decide-se então, contra a vontade do povo, por uma política de guerra. Não havia qualquer novo inimigo a ameaçar a Itália ou as possessões ultramarinas romanas. Destruído o poderio militar cartaginês, nenhum dos Estados helenísticos do Mediterrâneo Oriental, por si só, seria capaz de fazer frente a Roma.

Os senadores romanos pensaram que era chegada a hora de a potência "unipolar" romana partir à conquista da hegemonia no Mediterrâneo. Tal como a Sra. Madeleine Albright no século XX, quando formulou a pergunta: "de que é que nos serve ter o melhor exército do mundo se não o usarmos?". Ela estava implicitamente a propor que, após a implosão da URSS, os EUA partissem para uma nova etapa no seu pretenso "destino manifesto" de conquistar o mundo. [2] Após a guerra do Golfo de Bush pai, a nova etapa defendida pela Sra. Albright manifestou-se no ataque à Jugoslávia.

Ao olhos do senado, com Antíoco III da Síria ocupado na Palestina a fazer a guerra ao Egipto e tendo Filipe V da Macedónia sofrido uma derrota na Ásia Menor, a ocasião era particularmente propícia para Roma. Nos círculos dirigentes romanos, com a última guerra, tornara-se predominante a facção que defendia uma política internacional de agressão permanente. No século XX, Saddam, ao invadir o Kuwait, deu aos EUA um pretexto para a primeira guerra de agressão ao Iraque. Para isso os EUA induziram-no em erro: antes de iniciar as operações militares, Saddam perguntara à embaixadora norte-americana no Iraque qual seria a resposta do seu país à invasão do Kuwait. Esta enganou-o: respondeu-lhe que os EUA não interviriam militarmente.

A economia esclavagista progredira consideravelmente, existindo agora um bem maior número de grandes propriedades. O mesmo se passara ao nível das operações financeiras e do comércio por grosso. Difundira-se a circulação do dinheiro. A nobreza e a classe rica em geral começavam a apreciar o modo de vida refinado. Tudo isso vinha reforçar a influência da facção agressiva.

Na Primavera de 200, Roma envia três embaixadores à península balcânica com a missão de atrair os Estados gregos a uma grande coligação antimacedónia. Deviam também apresentar a Filipe uma série de exigências provocatórias, impossíveis de aceitar — tal como a Sra. Albright e o Sr. Javier Solana fizeram a Slobodan Milosevic na conferência de Rambouillet, antes dos bombardeamentos da NATO sobre a Jugoslávia.

O primeiro objectivo diplomático falhou, recusando-se as comunidades gregas (há excepção de Atenas) a qualquer compromisso com os romanos. Mas a missão prosseguiu. Um dos embaixadores apresenta-se perante Filipe, que então assediava Abydus (nos Dardanelos), e faz-lhe o ultimato. Filipe, como esperavam, recusou, e Roma, por decisão dos comícios, declara-lhe a guerra.

Para se justificarem perante o povo, os senadores romanos tecem o enredo da ameaça macedónia e da necessidade de levar a cabo, contra ela, uma guerra preventiva. Para se justificarem perante os povos do mundo, os congressistas dos EUA urdiram o enredo de uma nebulosa ameaça terrorista (vinda de criaturas género Bin Laden, que eles próprios fabricaram) e da necessidade de efectuar uma longa guerra contra a mesma.

Na primeira votação as centúrias recusaram a rogatio proposta. Só após a insistência do cônsul, numa segunda votação, a declaração de guerra foi aprovada (Lívio, XXXI, 6-8).

Vale a pena "ouvir" Tito Lívio:


"O cônsul convocou os comícios (pela segunda vez) para o Campo de Marte; mas antes de chamar as centúrias ao sufrágio, dirigiu-lhes estas palavras: "Vós ignorais, a meu aviso, ó romanos, que não é sobre a escolha entre a guerra ou a paz que haveis a deliberar; Filipe não vos deixou de modo algum essa alternativa, dado que procede a imensos preparativos para vos combater sobre a terra e sobre o mar [mentira descarada do cônsul]. Trata-se, sim, de saber se ireis levar as vossas legiões até à Macedónia ou se aguardareis que o inimigo venha a Itália [outra mentira]..."

[3] Enquanto isso a embaixada romana prosseguia a sua acção diplomática, tratando agora de garantir a neutralidade de Antíoco da Síria no conflito. Antíoco, não suspeitando que era o seguinte na lista do senado romano, manter-se-á de facto neutral em todo o decurso da guerra. Deixou Filipe entregue à sua sorte, preferindo aproveitar a situação para se apoderar das possessões egípcias na Síria.

Chega então ao teatro de guerra o cônsul do ano de 198, Tito Quíncio Flamínio, enérgico, hábil e extremamente ambicioso. Admirador ardente da cultura grega, Flamínio resolvera "enfiar-se na pele" de libertador da Grécia do jugo macedónio. Imediatamente após a sua chegada propõe a realização de conversações de paz, apresentando como condição principal a evacuação pelos macedónios de todos os territórios gregos ocupados. Filipe recusa a proposta.

Filipe V da Macedónia acabará por perder a guerra.

II – A "LIBERTAÇÃO" DA GRÉCIA

O primeiro artigo do tratado de paz proclamava a liberdade dos gregos. "Todos os helenos, tanto os asiáticos como os europeus, serão livres e submeter-se-ão às suas próprias leis" (Políbio, XVIII, 44). Todos os kosovares, croatas, bósnios, sérvios, afegãos, iraquianos, libaneses serão livres, proclamarão Madeleine Albright & Condoleezza Rice.

Nos jogos ístmicos do Verão de 196, perante uma grande multidão, o arauto anunciara solenemente: "O senado romano e o comandante com poder consular Tito Quíncio, que hão vencido em guerra a Filipe e aos macedónios, dão a liberdade aos coríntios, aos fócios, aos locros, aos egeus, aos aqueus ftiotas, aos magnetes, aos tessálicos, aos fereus, permitindo-lhes não manter guarnições, não pagar impostos e viver segundo a lei dos seus pais" (Políbio, XVIII, 46). A explosão de alegria da multidão foi ensurdecedora...não sabiam o que lhes reservava o futuro da expansão romana.

Mas uma comissão de dez senadores romanos, com a participação de Flamínio, já então redesenhará o mapa político grego a favor dos seus aliados, sem qualquer consideração pela vontade daqueles que foram integrados à força nas ligas aqueia e etólia ou sujeitos às dinastias da Grécia e da Ásia Menor.

As guarnições romanas também não abandonaram o território grego, pelo contrário, ocuparam os centros estratégicos, Corinto, Cálcis, Erétria, etc. Sete guarnições serão evacuadas em 194 a insistência de Flamínio, devido ao descontentamento entre os gregos que a sua presença suscitava.

III – A GUERRA COM ANTÍOCO DA SÍRIA

No Outono de 196 enviam a Antíoco, ainda na Trácia, uma embaixada. As queixas de algumas cidades livres da Ásia Menor, Lâmpsaco, Alexandria da Tróade, Esmirna, forneceram o pretexto. Os embaixadores fazem saber ao sírio que Roma de modo algum iria aceitar a sua política agressiva.

Antíoco respondeu-lhes que as pretensões romanas sobre as cidades da Ásia Menor não tinham qualquer fundamento e pediu aos romanos que não se intrometessem nos assuntos da Ásia, tal como ele se abstinha de intervir nos de Itália. Quanto à sua vinda à Europa, explicou que ela apenas se devia ao seu desejo de retomar as possessões dos seus antepassados, o Quersoneso da Trácia e as cidades da costa trácia (actual costa oriental da Grécia).

Os romanos eram apoiados pela Liga Aqueia e por Atenas. Filipe também se lhes juntara. Os romanos haviam-lhe devolvido os reféns, tinham-no libertado do pagamento do tributo e prometeram-lhe ganhos territoriais. Os norte-americanos também já perspectivam propostas deste género e falam num novo mapa do Médio Oriente .

Perdida a guerra, Antíoco teve de aceitar todas as condições que os romanos lhe impuseram. O senado elaborou o tratado de paz no Verão de 189, tendo participado todos os aliados. O texto final foi aprovado no Verão de 188, na cidade de Apameia (na Frígia), por uma comissão senatorial plenipotenciária de dez membros.

Os aliados foram generosamente premiados, Êumenes do Pérgamo em particular. Pérgamo obteve o Quersoneso da Trácia, a Lídia, a Frígia, partes da Cária e da Panfília (estas quatro regiões, bem como a Lícia, hoje fazem parte da Turquia) e algumas cidades gregas marítimas da Ásia Menor, entre as quais Éfeso, tornando-se assim o Estado mais importante da Ásia Menor (Pérgamo acabará, em 133 antes da era, por se tornar província romana). Rodes recebe partes da Cária e da Lícia. Algumas das cidades gregas da Ásia Menor são declaradas livres. Instaurara-se, pois, a hegemonia romana no Oriente grego...

JOHN BOLTON A SONHAR COM A CANA DE POPÍLIO: [4] I – OS ALIADOS QUE SE CUIDEM!

Os actuais dirigentes europeus — e não só — deveriam meditar nos factos históricos que se seguem. Metternich, se fosse vivo, não teria dúvidas em apodá-los de cretinos. Se o imperialismo norte-americano só pode sonhar com o que se vai relatar não é certamente graças à política dos seus aquiescentes aliados europeus e do Médio Oriente. Se as tentativas de intelectuais reaccionários norte-americanos de se compararem com a época da fundamental expansão de Roma são pífias, isto se deve à resistência dos povos, norte-americano incluído, e não ao bando de submissos que desgoverna boa parte da Europa e do Médio Oriente.

O Egipto, que pedira a tutela de Roma, no fim das guerras macedónica e síria, havia perdido quase todos os domínios que possuía para lá do vale do Nilo, com as excepções da Cyrenaica e de Chipre.

A monarquia selêucida nunca mais pôde recuperar-se do golpe sofrido. As suas finanças foram exauridas pelo gigantesco tributo e, à notícia da derrota de Antíoco, estalam uma série de revoltas que lhe fizeram perder o domínio de facto sobre as províncias orientais. Antíoco morreu em 187 na luta contra a rebelião. Durante o reinado do seu sucessor a monarquia síria vai paulatinamente entrando no ocaso. Os romanos fizeram tudo o que lhes foi possível para a debilitar, desde a pressão diplomático-militar, no respeitante à política exterior síria, até ao apoio dado a um usurpador e à ingerência directa nos assuntos familiares da casa reinante.

Intervieram também na política exterior e interna dos pequenos Estados helénicos, não lhes permitindo tomar nenhuma medida importante sem a sua aprovação.

Procuraram sobretudo impedir a formação de alianças.

A) A TERCEIRA GUERRA MACEDÓNICA

Em 179 Filipe V da Macedónia (partes das actuais Grécia, Bulgária e do sul da antiga Jugoslávia, grosso modo) morre, deixando a seu filho Perseus um Estado militarmente forte e bem organizado.

Em 172 Êumenes do Pérgamo vai a Roma apresentar as suas queixas contra Perseu. O senado decide-se então pela guerra com a Macedónia. Na viagem de regresso a Pérgamo, Êumenes é vítima de um atentado em Delfos, que logo foi atribuído a Perseu.

Quase 2200 anos depois o embaixador americano na ONU, John Bolton, considerou que o assassinato do político libanês Pierre Gemayel pode ser a "primeira jogada" em um golpe contra o governo do Líbano. Ele sugeriu, sem provas, o envolvimento da Síria no assassinato.

Os romanos prepararam cuidadosamente a guerra a nível militar e diplomático. Quando a iniciam, em 171, Perseu estava completamente isolado. A Liga Aqueia, como sempre, apoiava os romanos — já iremos ver o que colheu passados que foram 25 anos. Os etólios, que pouco tempo antes solicitavam a ajuda de Perseu, haviam mudado bruscamente de opinião. Na Tessália o partido pró-romano detinha o poder. Mesmo a Beócia, durante muito tempo aliada da Macedónia, se afastou de Perseu. O mesmo acontecera entre os amigos não gregos do rei macedónio. Roma contava com o apoio das cidades livres da Ásia Menor, de uma parte dos ilírios (no território que veio a corresponder à maior parte da defunta Jugoslávia), de Rodes, Bizâncio, etc. Prúsias II da Bitínia permaneceu neutral e Antíoco IV da Síria, seguindo a "tradição", aproveitou a ocasião para atacar o Egipto.

Depois da derrota de Perseu, Roma destrói a monarquia macedónia e divide o país em quatro repúblicas "independentes", completamente isoladas umas das outras. Os habitantes de cada república não podiam contrair matrimónio nem estabelecer comércio com os das restantes. Todas as relações entre elas eram interditas. Em cada uma Roma colocou no poder a parte da aristocracia que lhe era fiel. A metade dos impostos pagos anteriormente aos reis passa agora a ser arrecadada pelos romanos. Foi proibido aos macedónios trabalhar o ouro e a prata, exportar madeira e importar sal. A população foi desarmada e as fortalezas desmanteladas. Segundo este mesmo modelo são constituídas outras três repúblicas na Ilíria. Como se vê, o desmembramento da Jugoslávia não foi o primeiro na história dos Balcãs.

O Epiro (actual Albânia), que apoiara Perseu, teve "direito" a um tratamento particular. Por ordem do senado, em 167, setenta distritos são saqueados e 150 mil habitantes reduzidos à escravatura. O saque foi tal que em Roma será abolido o imposto directo sobre os cidadãos (esta isenção irá manter-se por muito tempo, graças à conquista de novas províncias).

Destruída a Macedónia, Roma já não necessitava, de facto, de amigos e aliados no mundo grego. E já os EUA de Bush & Cheney imaginaram que não necessitavam de negociar com os seus amigos e aliados no mundo, tratando-os com uma sobranceria que se transmuta em arrogância (veja-se o comportamento do presidente dos EUA na última cimeira da NATO, em Riga, na Letónia).

Se bem que a Grécia haja continuado a ser nominalmente "livre", perdeu os últimos restos da sua independência. A Liga Etólia foi reduzida ao território da própria Etólia e os partidários dos macedónios foram em parte entregues aos seus inimigos políticos, em parte levados para Roma. Em todos os Estados gregos os elementos suspeitos foram feitos reféns e enviados para a Itália. Nem a Liga Aqueia (aliada de sempre dos romanos) escapou, 1.000 nobres aqueus, entre os quais Políbio, são internados em diferentes cidades italianas.

A Rodes é arrebatada grande parte das suas possessões no continente e o seu comércio sofre um duro golpe com a proibição do comércio da madeira e do sal macedónios. A catástrofe chega quando Delos é declarada porto livre. Os romanos expulsaram os habitantes desta ilha e entregaram o porto aos atenienses, sendo o seu comércio isento de todos os impostos e taxas. O comércio do Mediterrâneo oriental passou a fazer-se através de Delos. No decurso de um só ano, as receitas aduaneiras de Rodes diminuíram de um milhão para cento e cinquenta mil dracmas.

O próprio Êumenes de Pérgamo, o fiel amigo de Roma, cai em desgraça, nada tendo recebido no final da guerra. Roma apoiará contra Êumenes o seu irmão Átalo e chegou até a instigar-lhe os súbditos a sublevarem-se. Quando Êumenes se desloca a Roma para tentar esclarecer os mal-entendidos (acusavam-no de ter mantido contactos secretos com Perseu) dão-lhe a perceber que a sua presença não era grata.

Mas, após a eliminação dos rivais do império, para alguns o pior ainda estava para vir.

B) - A SUJEIÇÃO DA MACEDÓNIA E DA GRÉCIA

Em 148 é deslocado para a península balcânica um grande exército sob o comando do pretor Quinto Cecílio Metelo. Este, executando as decisões de uma comissão senatorial ali enviada (em 148/147), transformou a Macedónia em província romana, incluindo nela o Epiro e a Ilíria meridional, com as cidades de Apolónia e Epidamno.

Na Grécia, a única força político-militar importante que restava era a Liga Aqueia. Na Primavera de 146 começa a guerra contra a Liga (que sempre apoiara os romanos), com o senado a confiar o comando ao cônsul Lúcio Múmio. Ainda antes da chegada de Múmio à Grécia, já Metelo, vindo da Macedónia, derrotara na Lócrida o exército da Liga comandado por Critolau. Os romanos esmagaram rapidamente a rebelião na Grécia central. A derradeira batalha travou-se sobre o Istmo de Corinto. A infantaria aqueia combateu com valentia, mas não pôde resistir à avassaladora superioridade numérica dos romanos. As cidades da Liga Aqueia rendem-se sem qualquer resistência e Múmio entra em Corinto.

"Assistido" pela habitual comissão senatorial, o cônsul tratou de redesenhar a Grécia. Todas as Ligas inimigas foram dissolvidas (a Aqueia e as da Beócia, Eubeia, Fócida e Lócrida). As comunidades citadinas são isoladas (a título de exemplo, era interdito possuir simultaneamente propriedades em mais de uma cidade). As constituições foram abolidas, sendo instituído o censo. Os que haviam participado na rebelião foram obrigados a pagar tributo a Roma e ficaram na dependência do legado da Macedónia, que lhes tutelava a administração e a justiça. Assim, uma grande parte da Grécia é unida à província da Macedónia. Os que não haviam aderido à rebelião (Acarnânia, Etólia, Tessália, Atenas, Esparta) mantiveram as relações de aliança com Roma, mas, de facto, a sua independência será agora muito menor. A repressão foi terrível nas grandes cidades rebeldes: Tebas, Cálcis e Corinto. As muralhas de Tebas e de Corinto são destruídas. Os habitantes sobreviventes são reduzidos à escravatura. As obras de arte levadas para Roma e Itália. A cidade de Corinto, o principal centro da rebelião, foi completamente arrasada.

II – QUE SE CUIDEM TAMBÉM OS CONCORRENTES!

Mas Corinto não foi destruída apenas para servir como exemplo, a sua destruição não foi apenas uma medida preventiva contra futuras rebeliões. Vinte e dois anos antes Delos fora declarado porto livre, arruinando o comércio de Rodes. Nesse mesmo ano de 146 é arrasada Cartago. Nos territórios onde se erguiam Corinto e Cartago foi proibido a quem quer que fosse habitar. Corinto era o único centro comercial de importância que restara na península balcânica. Podemos deduzir que a sua destruição se deveu sobretudo à influência dos mercadores e financeiros romanos. Em duas décadas eles conseguiram eliminar os seus três mais fortes competidores: Rodes, Corinto e Cartago. O tráfico comercial que passava por Corinto transferiu-se para Delos, que se converteu no centro do comércio romano no Oriente.

Com tais medidas, o senado demonstrava já haver-se convertido num instrumento da política exterior do capital comercial e usurário romano, capital que irá reduzir à escravatura por dívidas populações inteiras e viver parasitariamente à custa das províncias. As formas capitalistas romanas ir-se-ão esvanecendo na época imperial, com o aparelho burocrático a substitui-las na pilhagem, mas Roma conseguirá o prodígio de manter com as províncias uma balança comercial passiva durante 400 anos. Quem pagava o passivo da compra das mercadorias provinciais...eram os tributos dessas mesmíssimas províncias.

Hoje, a escravidão pelo endividamento é tão opressiva como a da máquina tributária imposta por Roma. Os défices tríplices da economia estadunidense — da balança de transacções correntes, do orçamento do Estado e energético — transformaram os EUA num país parasitário que vive à custa da espoliação do resto do mundo. Alguns, como Paul Volcker, ex-presidente da Fed (1979-1987), já manifestaram preocupações quanto à durabilidade de tal situação, contudo o imperialismo norte-americano ainda acredita que os povos o continuarão a sustentar.

III – QUANTO AO POVO...

Os resultados da expansão romana no Mediterrâneo, no que respeita ao povo romano, foram relatados num discurso do tribuno da plebe Tibério Graco, em palavras que, apesar de haverem sido proferidas no ano de 133 antes da era, sempre se manterão actuais enquanto houver imperialismo (Plutarco, "Tibério Graco", IX):


"Até as feras da selva têm o seu covil e as cavernas aonde se podem abrigar; mas os homens que lutam e morrem pela Itália nada possuem além do ar e da luz do dia. Privados de um tecto, erram de terra em terra com a mulher e os filhos. Os comandantes enganam os soldados quando nos campos de batalha os incitam ao combate para defender dos inimigos os seus sepulcros e os seus lares; mentem, porque a maioria dos romanos não tem nem altar paterno nem sepulcro dos antepassados. Só têm o nome de amos do mundo, mas para morrer pelo luxo dos outros sem poder chamar seu a um pedaço de terra".


EPÍLOGO EM ABERTO

O império de Roma no Ocidente durou, contando a partir da II guerra púnica até ao ano de 476, cerca de 7 séculos. Para isso muito contribuiu a habilidade e inteligência da classe dominante de Roma, que através das vicissitudes históricas soube conduzir e expandir o seu império por todos os meios, desde os diplomáticos aos políticos e aos militares.

Não é provável, entretanto, que a actual classe dirigente dos Estados Unidos tenha a mesma habilidade e inteligência dos romanos. Este império americano tem pés de barro e já está em decadência económica acelerada. Ele já está condenado devido às suas contradições insanáveis, mas com o seu poderio militar ameaça o mundo com o extermínio. A libertação em relação ao império moribundo — mas militarmente poderoso — é a tarefa mais urgente com que se confronta a humanidade.


21/ Dezembro/2006


Fontes:


www.historia.azpmedia.com , capítulos XVI, XVIII e XX;
Textos gregos e latinos por autores

Notas

[1] Dionísio o Pequeno, o monge do século VI que fez os cálculos da nossa era guiando-se sobretudo pelo Evangelho de Lucas, não sabia que Herodes o Grande falecera em 75O da era de Roma. Pelas suas contas, o Ungido (que é o que quer dizer Cristos em grego; é o particípio passado do verbo ungir) teria nascido em 25 de Dezembro do ano de 754 da era de Roma, 4 ou 5 anos depois de ter nascido segundo o que resulta do próprio texto de Lucas. Como este milagre de nascer depois de ter nascido não consta dos cânones de nenhuma das igrejas cristãs, há quem tenha resolvido laicizar a era. Eu sigo o exemplo dos autores que datam "antes da (nossa) era"; Georges Duby, por exemplo, já prefere o – e o + para datar os anos. Os cristãos não têm de ficar ofendidos: o ano 1 da nossa era não é o do nascimento do Ungido segundo o Evangelho de Lucas. Uma outra questão: como sabemos que os anos dos acontecimentos narrados são quase todos ao século II antes da (nossa) era, achei escusado estar sempre a repetir a lenga-lenga do "antes da era" a cada menção de data.

[2] As bases da doutrina do "destino manifesto" foram concebidas nos finais do século XIX por um oficial da marinha de guerra dos EUA, Alfred T. Mahan.

[3] Esta peça clássica de demagogia e mentira encontra-se no item 7 do livro XXXI de Tito Lívio.

[4] Exemplo da atitude que Roma tomou no Oriente, "no após 168", foi a sua intervenção na guerra entre a Síria e o Egipto. Antíoco IV chegara em 168 ante as muralhas de Alexandria e os egípcios pediram a ajuda de Roma, que envia de imediato um embaixador, Caio Popílio. Este apresenta-se perante o sírio e transmite-lhe a ordem do senado: restituir tudo quanto havia conquistado e retirar-se do Egipto. Havendo Antíoco IV pedido algum tempo para reflectir, Popílio traça com uma cana um círculo à volta do monarca sírio e exige-lhe que desse a resposta sem dali sair... e Antíoco terá obedecido. [*]

Estudioso da História, 47 anos, colaborador do sítio www.historia.azpmedia.com . Elabora actualmente uma História Geral de Roma.

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