sábado, 26 de janeiro de 2008

A INFÂNCIA DE JESUS

A INFÂNCIA DE JESUS


TEXTO ÁUREO

E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens. Lc 2.52


VERDADE PRÁTICA

Jesus em sua vida terrena desenvolveu-se física, social e mentalmente como toda criança, agradando a Deus e aos homens.


Hinos sugeridos 21, 89, 154.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

(Lc 2. 40-51)

40 E o menino crescia, e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele.

41 Ora, todos os anos iam seus pais a Jerusalém à festa da páscoa;

42 E, tendo ele já doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume do dia da festa.

43 E, regressando eles, terminados aqueles dias, ficou o menino Jesus em Jerusalém, e não o soube José, nem sua mãe.

44 Pensando, porém, eles que viria de companhia pelo caminho, andaram caminho de um dia, e procuravam-no entre os parentes e conhecidos;

45 E, como o não encontrassem, voltaram a Jerusalém em busca dele.

46 E aconteceu que, passados três dias, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os, e interrogando-os.

47 E todos os que o ouviam admiravam a sua inteligência e respostas.

48 E quando o viram, maravilharam-se, e disse-lhe sua mãe: Filho, por que fizeste assim para conosco? Eis que teu pai e eu ansiosos te procurávamos.

49 E ele lhes disse: Por que é que me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?

50 E eles não compreenderam as palavras que lhes dizia.

51 E desceu com eles, e foi para Nazaré, e era-lhes sujeito. E sua mãe guardava no seu coração todas estas coisas.


INTRODUÇÃO

O texto bíblico da lição desta semana trata da infância de Jesus o Filho de Deus. ( Jo 1. 49; Mc 15. 39 ).


São poucos os relatos inspirados da infância de Cristo, por isso devemos extrair deles tudo o que pudermos para uma melhor compreensão da mais bela e incomparável história da humanidade.


I. A INFÂNCIA DE JESUS


1. Jesus também foi criança.

Mutos se esquecem de que Jesus, como homem, já foi criança. Ele cresceu junto a seus pais terrenos. Como toda criança, teve que aprender a falar, escrever e etc. Somente Lucas registrou, ainda que de forma bem resumida, a primeira fase da vida terrena de Jesus.


A expressão “e o menino crescia”, (v 40) afirma que ele viveu entre nós e passou por todas as etapas do desenvolvimento humano até chegar á idade adulta.


Como verdadeiro homem Jesus experimentou o crescimento físico e mental. Ele crescia em sabedoria na graça divina. Era perfeito quanto à natureza humana, e prosseguia para a maturidade, segundo o desígnio do Pai.


a) O crescimento físico de Jesus ( v.40 ).

O texto nos diz claramente: “e o menino crescia”. Tudo indica que Jesus teve um crescimento normal, fora de qualquer anomalia. Era uma preparação para o cumprimento do seu ministério.


b) O crescimento dspiritual ( v.40 ).

O menino Jesus não fora levado pelas paixões juvenis e carnais do seu tempo. Ele estava no mundo, porém não era do mundo ( Jo 1. 10 ). “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há”, adverte-nos a Palavra ( Jo 2. 15 ). O infante Jesus viveu dentros desses preceitos, tornando-se forte espiritualmente. Por isso o apóstolo adverte-nos: “Fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus” ( II Tm 2.1 ).


c) Crescimento intelectual ( v.40 ).

Jesus também cresceu em toda sabedoria a ponto de confundir os doutores da lei. Pedro nos ensinou: “Crescei na graça e no conhecimento”( II Pe 3.16 ). Jesus cresceu em toda a extensão, embora fosse tudo em todos. Ele é a graça de Deus manifestada ( Tt 2.11 ).


2. Fonte de informação sobre a infância de Jesus.

Os Evangelhos são as fontes básicas de informaçao sobre Jesus como homem. Os escritores dos Evangelhos tinham como objetivo mostrar a redenção da humanidade por nosso Senhor Jesus Cristo: “Esta é uma palavra fiel e digna de toda aceitação: Que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecedores” ( I Tm 1.15 ).


O silêncio que precedeu o início da apresentação pública de Jesus não de surpreender-nos. Mateus, Marcos, Lucas e João deram profundo enfoque à última semana da vida terrena de Jesus, quando a tão aguardada redenção do pecador foi consumada.


II. MENINO JESUS ENTRE OS DOUTORES


1. Uma família piedosa ( v.41 ).

A páscoa era a mais importante festa religiosa de Israel. Todo homem adulto tinha o compromisso, segundo o preceito divino, de ir anualmente a Jerusalém, à Festa da Páscoa ( Dt 16.16 ). As mulheres não tinham esse compromisso isso mostra quanto Maria era devotada.


Zelosos do cumprimento da Lei de Deus, José e Maria iam todos os anos à Festa da Páscoa ( v.41 ). Não dispunham de muitas posses, mas, mesmo assim, não deixavam de ir a Jerusalém para a adoração. Eles são exemplos de dedicação e amor a Deus.


2. O menino Jesus em Jerusalém ( vv.43-46 ).

Jesus foi levado, por seus pais, a Jerusalém pela primeira vez para a cerimônia de purificação de acordo os preceitos da lei ( Lc 2.22 ). Segundo o costume judaico, Ele foi circuncidado, recebendo seu nome pessoal no oitavo dia ( Lc 2.21-24 ). A festa durava sete dias ( Ex 12.15 ). Aos doze anos, foi o menino Jesus outra vez a Jerusalém. Nessa ocasião, seus pais o perderam na multidão. É provável que, na viagem de regresso, Maria tivesse pensado que Jesus estava com José e vice-versa. Descobriram então, que Ele não estava entre os que retornavam. E assim, decidiram voltar para Jerusalém.


Passado três dias, os pais de Jesus o encontraram “no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os” ( v.46 ). O que chamou a atenção dos doutores e dos que presenciaram a cena era o conhecimento e interesse de Jesus, ainda um adolescente, pelas coisas de Deus. Ele não só fazia perguntas, mas também as respondia.


III. O DESPERTAR DA CONSCIÊNCIA DIVINA EM JESUS


1. Consciente de sua identidade e filiação divina ( v.49 ).

José e Maria estavam conscientes da origem divina de Jesus, bem como de sua missão redentora ( Lc 1. 30-38; 2. 8-19, 25-35 ). Então, Maria perguntou a Jesus: “Filho, por que dizestes assim conosco ( v.48 )?” Jesus lhe respondeu com outra pergunta: “Por que é que me procuraveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai” ( v.49 ). O menino demonstrou ter plena consciência de que era, de fato, o Filho de Deus e o Messias de Israel.


2. Um exemplo de obediência ( v.51 ).

Mesmo plenamente cnsciente de que era o Filho de Deus, Jeus era ao mesmo tempo submisso a José e Maria: “e era-lhes sujeito” ( v.51 ). A obediencia é um ato de rendição voluntária, do contrário se torna escravidão, o que é contrário ao Espírito Santo ( Mt 14. 36; Gl 5.1 ). Jesus foi obediente em tudo: “embora fosse Filho aprendeu a obediência” ( Hb 5. 8 ). Neste versículo encontramos a última referência a José no Novo Testamento. Nas bodas de Caná da Galiléia, ele não estava presente ( Jo 2.1 ). Talvez já houvesse falecido.


CONCLUSÃO

O limitado relato bíblico que temos a respeito da infância de Jesus, é plenamente suficiente para a compreensão da sua vida. O compromisso do cristão só tem a ver com o que está escrito na Bíblia; não com especulações.



Cópia do Comentário da Lição nº 4 de 27/01/2008 da Revista Lições Bíblicas da Escola Dominical das Assembléias de Deus, 1º Trimestre.




Costa

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