quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

JESUS, O PROFETA DAS NAÇÕES

Lição 06, 10 de Fevereiro de 2008


JESUS, O PROFETA DAS NAÇÕES


TEXTO ÁUREO

E a multidão dizia: Este é Jesus, o profeta de Nazaré da Galiléia.(Mt 21. 11)


VERDADE PRÁTICA

Jesus é o Cristo-Profeta que ilumina e salva as nações.


HINOS SUGERIDOS 127, 147 , 151.


LEITURA BÍBLICA; Atos 3. 18-26

18 Mas Deus assim cumpriu o que já dantes pela boca de todos os seus profetas havia anunciado; que o Cristo havia de padecer.

19 Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor,

20 E envie ele a Jesus Cristo, que já dantes vos foi pregado.

21 O qual convém que o céu contenha até aos tempos da restauração de tudo, dos quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas, desde o princípio.

22 Porque Moisés disse aos pais: O Senhor vosso Deus levantará de entre vossos irmãos um profeta semelhante a mim; a ele ouvireis em tudo quanto vos disser.

23 E acontecerá que toda a alma que não escutar esse profeta será exterminada dentre o povo.

24 Sim, e todos os profetas, desde Samuel, todos quantos depois falaram, também predisseram estes dias.

25 Vós sois os filhos dos profetas e da aliança que Deus fez com nossos pais, dizendo a Abraão: Na tua descendência serão benditas todas as famílias da terra.

26 Ressuscitando Deus a seu Filho Jesus, primeiro o enviou a vós, para que nisso vos abençoasse, no apartar, a cada um de vós, das vossas maldades.


INTRODUÇÃO

A Bíblia ensina que Jesus exerceu, entre outras funções, a de profeta, como pode ser conferido na leitura diária desta semana. A função do profeta é revelar a vontade de Deus e instruir o povo; isto Jesus fez como nenhum outro poderia fazer. Nesta lição, estudaremos tanto o conceito bíblico de profeta, como o ministério e o ofício profético de Jesus.

I. PROFETAS NA BÍBLIA

Os profetas no Antigo Testamento. No Antigo Testamento, havia três classes de mediadores entre Deus e seu povo: o profeta, o sacerdote e o rei. Jesus, como o nosso perfeito Mediador (I Tm 2.5), reuniu em si os três ofícios. Ele é o Cristo-Profeta que ilumina as nações através de sua doutrina e palavra de autoridade. O profeta era o "porta-voz" de Deus (Ex 7.1; 4.10-16). Era alguém que falava em nome do Senhor: Serás como a minha boca" (Jr 15.19). O testemunho dos profetas revelava que o Messias seria um profeta para ser a luz do mundo, tanto para Israel como para os gentios (Is 42.1; Rm 15.8).


2. O fundador da ordem dos profetas. Por ser o primeiro profeta nacional (Nm 11.29; Dt 18.18), Moisés tornou-se um modelo para os demais profetas. Foi certamente sob a sua influência que Samuel, mais tarde, viria a estabelecer as conhecidas escolas de profetas (I Sm 19.18, 20; II Rs 2.3,5; 4.38; 6.1).


À semelhança de Moisés, Jesus, o Filho de Deus, proclamou a palavra de Deus com coragem e veemência (Dt 18.15,18; Jo 1.45; 4.19,29; At 3.22,23; 7.37).


3. Os profetas no Novo Testamento. Jesus disse que "a Lei e os profetas duraram até João (Lc 16.16). Teve este um papel especial como profeta. Aliás, ele foi o cumprimento de Malaquias 4.5, o "Elias do Novo Testamento", o precursor do Messias.


Quanto ao Senhor Jesus, foi ele reconhecido nos Evangelhos como profeta que havia de vir (Mc 1.27; 6.4,15; Jo 4.19; 5.14; 9.17). No passado, o instrumento principal para a revelação divina era os profetas, mas agora, Deus tem se revelado aos homens através de seu Filho (Hb 1.1,2).


II. O MINISTÉRIO DOS PROFETAS NO VELHO TESTAMENTO

1. Instruir o povo de Israel. Deus escolheu, preparou e inspirou seus servos, os profetas para admoestar seu povo. Eles se utilizavam de métodos variados para ensinar (Os 12.10; Hb 1.1). Eram educadores ungidos pelo Senhor para ensinar ao povo a viver em santidade, tornando-lhe conhecida sua revelação e desvendando-lhe as coisas futuras (Nm 12.6; I Rs 19.16; Jr 18.18). Eles não hesitavam em enfrentar reis desobedientes, governadores, sacerdotes ou qualquer tipo de liderança que não seguisse a Palavra de Deus (I Sm 1 Rs 18.18).Tinham, ainda, como missão: lutar contra a idolatria, zelar pela pureza religiosa, justiça social e fidelidade a Deus. Suas mensagens deveriam ser recebidas integralmente por toda a nação como Palavra de Deus (II Cr 20.20).


2. Anunciar a vinda do Messias (vv. 18,21,24). Os profetas do Antigo Testamento vaticinaram a vinda do Profeta por Excelência. Sua Obra Redentora pode ser encontrada, tipológica e profeticamente, na Lei de Moisés e nos Profetas: "E todos os profetas, desde Samuel, todos quantos depois falaram, também anunciaram estes dias" (v. 24). No texto em apreço, o apóstolo Pedro apresenta o perfil de Cristo no Antigo Testamento, provando, assim, que os últimos episódios eram o cumprimento das Escrituras.


III. O OFÍCIO PROFÉTICO DE CRISTO

1. Muito mais que profeta. Em o Novo Testamento, Jesus foi aclamado profeta em diversas ocasiões (Mt 21.11; Mc 6.15; Lc 7.16); Aliás, Ele mesmo assim se considerava (Nt 13.57; Lc 4.54; 13.33).Certa feita, afirmou, categoricamente, ser Ele mesmo o cumprimento das profecias (Lc 24.44), uma vez que estas nEle se convergem (Lc 24.27). Todavia, Jesus não é apenas um profeta, como ensinam os muçulmanos. Ele é Deus em forma humana, o amado Emanuel - Deus conosco e Unigênito de Deus (Mt 1.23).


2. O Profeta semelhante a Moisés (v. 22). A promessa de um grande Profeta feita a Israel cumpriu-se em Jesus (v. 22). Ele reunia todas as condições necessárias ao exercício do ministério profético. Ou seja, o Mestre estava apto para exercer, de modo singular, todas as funções proféticas do Antigo Testamento.


Jesus não era apenas mais um profeta, mas o Legislador do Reino de Deus, cuja missão era estabelecer os "tempos do refrigério". Um dos assuntos principais da prédica de Jesus era: "Arrependei-vos, porque é chegado o Reino de Deus" (Mt 4.17).


3. "Toda alma que não escutar esse profeta será exterminada dentre o povo" (v. 23). A ameaça de se cortar alguém dentre o povo, conforme o discurso de Moisés, mencionado pelo apóstolo Pedro, pode ser interpretado como o julgamento escatológico. Isso porque, mostra que os incrédulos serão cortados do convívio do povo de Deus; trata-se de uma expressão que designa a perdição eterna dos que rejeitam a Cristo. Como profeta, Jesus desvenda-nos o futuro, revelando o triunfo de sua causa e de seu reino na consumação de todas as coisas (Mt 24 e 25).


CONCLUSÃO

O ministério profético de Jesus continua através de seu corpo, a Igreja, a qual prometeu inspiração (Jo 14.26), e concedeu o dom de profecia (I Co 12.19). Por intermédio da inspiração do Espírito Santo, os crentes de hoje recebem mensagens de edificação, exortação e consolação (I Co 14.3), tendo sempre como alicerce a Palavra de Deus.




Cópia do Comentário da lição acima citada, "Lições Bíblicas" da CPAD

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