quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

O SACERDÓCIO ETERNO DE CRISTO

Lição 07, 17 de Fevereiro de 2008


O SACERDÓCIO ETERNO DE CRISTO


TEXTO ÁUREO

"Jurou o SENHOR e não se arrependerá: Tu és um sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquesedeque" (Sl 110.4).


VERDADE PRÁTICA

Cristo é sumo sacerdote eterno. Seu sacerdócio e sacrifício são perfeitos, por isso, pode salvar perfeitamente os que por Ele se chegam a Deus.


HINOS SUGERIDOS 45, 56, 72.


LEITURA BÍBLICA Hebreus 7. 11, 20-28.

11 De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico (porque sob ele o povo recebeu a lei), que necessidade havia logo de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquesedeque, e não fosse chamado segundo a ordem de Arão?

20 E visto como não é sem prestar juramento (porque certamente aqueles, sem juramento, foram feitos sacerdotes,

21 Mas este com juramento por aquele que lhe disse: Jurou o Senhor, e não se arrependerá; Tu és sacerdote eternamente, Segundo a ordem de Melquesedeque,

22 De tanto melhor aliança Jesus foi feito fiador.

23 E, na verdade, aqueles foram feitos sacerdotes em grande número, porque pela morte foram impedidos de permanecer,

24 Mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo.

25 Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.

26 Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus;

27 Que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, e depois pelos do povo; porque isto fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo.

28 Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens fracos, mas a palavra do juramento, que veio depois da lei, constitui ao Filho, perfeito para sempre.


INTRODUÇÃO

Nesta lição, veremos Jesus como "sumo sacerdote dos bens futuros". O Antigo Testamento refere-se a Cristo como sacerdote em inúmeras ocasiões; quer pelos "tipos" quer pelas profecias. A presente lição tem por objetivo investigar e comparar o sacerdócio de Arão com o da Ordem de Melquesedeque, da qual o Messias procede.


I. A TRANSITORIEDADE DA ORDEM DE ARÃO

1. O sacerdote nas Escrituras. No Antigo Testamento, o sacerdote o "ministro das coisas sagradas" (Ex 18.12; 28.1; Lv 1.1-8 Nm 3.3). Esta é também a concepção do Novo Testamento, se quando Hebreus 5.1 e 8.2,3. Os romanos chamavam-no de pontifex, isto é, "aquele que estabelece uma ponte".


O sacerdote da ordem de Arão foi estabelecido por Deus para oferecer sacrifícios pelos pecados do povo, e representar o Eterno entre os israelitas.


2. O sacerdócio de Arão (v.11). Este sacerdócio era exercido por Arão e seus filhos e, de uma forma geral, pela tribo de Levi (Nm 3.1-3, 6-10). Todos, porém, eram filhos (Nm 3.4; Hb 7.27,28) e mortais (Hb 7.23). Após o exílio babilônico, os sacerdotes tiveram de atestar sua genealogia; os que não o conseguiram foram expulsos dessa Ordem (Ne 7.64).


De acordo com o historiador Josefo, de Arão até à destruição do Templo de Jerusalém, em 70 d.C., cerca de oitenta sumos sacerdotes exerceram o ministério entre os hebreus. Todos, ao morrerem, eram substituídos, como afirmam as Escrituras: "E, na verdade, aqueles foram feitos sacerdotes em grande número, porque, pela morte, foram impedidos de permanecer" (Hb 7.23). Todavia, o Todo-Poderoso estabelecera, mediante Cristo, um sacerdócio imutável e eterno: "Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquesedeque" (Hb 7.17,21,24 cf. Sl 110.4). A ordem sacerdotal do Messias é única, singular, eterna (Ex 40.12,13; Hb 7.13-21).


3. Sacrifício transitórios. De acordo com Levítico capítulo 4, quando um israelita violava a lei, interrompendo sua comunhão com Deus, tinha de oferecer um sacrifício a fim de expiar sua culpa e reconciliar-se com o Altíssimo. Esse ritual, entretanto, não era capaz de restabelecer plenamente a harmonia perdida e, muito menos, aperfeiçoar o adorador (Is 1.10-17; Hb 7.19; 8.8-13; 9.9). Foi por isso que o sacerdócio de Arão foi demovido "Porque, se aquele primeiro fora repreensível, nunca se teria buscado lugar para o segundo" (Hb 8.7).


Semelhantemente, os sacrifícios de touros e bodes eram incapazes de aperfeiçoar o sacerdote e o adorador (Hb 9.9,10,13; 10.1-4). contudo, o sacrifício único e perfeito de Cristo é poderoso para purificar nossa consciência das obras mortas, para servirmos ao Deus vivo (Hb 9.14,24,26).


II. O SACERDÓCIO DE MELQUESEDEQUE

1. Significado bíblico (Hb 7.1-3). Melquesedeque é um dos mais fortes tipos de Cristo no Antigo Testamento. O relato de sua vida é o mais curto das histórias do Gênesis (Gn 14.18-20). Entretanto, seu nome é mencionado na profecia mesiânica registrada no Salmo110.4 e no capítulo 5.6-10 e 6.20; 7.28 da Epístola aos Hebreus.


Melquesedeque é apresentado na Bíblia como rei de Salém, que significa "paz", antiga designação de Jerusalém (Sl 76.2; Hb 7.1). Seu nome provem do hebraico: Melek, "rei" e tsedeq, "justiça, retidão". Isto é, este homem de Deus era um Rei de justiça que governava a Cidade de Paz (Hb 7.2). Assim, desde o limiar da História, Deus já havia escolhido Jerusalém para ser o palco da redenção da humanidade.


2. A misteriosa origem de Melquesedeque. A informação de que Melquesedeque era "sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias e nem fim de vida" (Hb 7.3) vem suscitando, ao longo dos anos, calorosos debates. Alguns tem sugerido que se tratava de um ser celeste. outros, de uma manifestação pré-encarnada de Cristo. Todavia, a Bíblia limita-se a descrevê-lo como um personagem histórico; era um dos mais perfeitos tipos de Cristo.


3. Abraão e Melquesedeque. De acordo com Genesis, capítulo 14, Melquesedeque entra em cena imediatamente após o grande conflito entre os reis babilônico e palestínicos. Os confederados reis da Babilônia venceram a guerra, e prenderam a Ló, sobrinho de Abraão que, ao saber do ocorrido, logo interveio. O patriarca e seus aliados (Gn 14.13) surpreenderam os caldeus, e libertaram a Ló e os demais cativos. Após a vitória, Abraão encontrou-se com Melquesedeque, sacerdote do Altíssimo e rei de Salém (Gn 14.18). Ato contínuo, o patriarca entregou-lhe os dízimos, sendo por Melquesedeque abençado (Gn 14.19,20; Hb 7.6). O modo como este se apresenta na História Sagrada revela que ele era conhecido e não precisava ser apresentado.


4. Implicações teológicas. Os judeus cristãos certamente ficaram surpresos ao serem informados, através da carta aos hebreus, que Melquesedeque era superior ao patriarca. para prová-lo, o autor destaca duas verdades. Em primeiro lugar, Abraão deu os dízimos a Melquesedeque (Gn 14.20; Hb7.2-5). Este fato, por si só, prova que o sacerdócio de Melquesedeque é superior ao de Arão, pois até Levi, por meio de Abraão, "pagou dízimos" ao secerdote e rei de Salém (Hb 7.6-10). Em segundo, porque Melquesedeque abençoou "o que tinha as promessas". "Ora sem contradição alguma, o menor é abençoado pelo maior" (Gn 14.19; Hb 7.6,7).


III. O SACERDÓCIO PERPÉTUO DE CRISTO

1. O sacerdócio perpétuo (v.24). Nesse vercículo, o vocábulo "perpétuo" significa "imutável", "imperecível", "inalterável" e "intransferível". Portanto, como afirmou certo teólogo: "Deus pôs a Cristo neste sacerdócio, e ninguém mais pode introduzir-se nele". Jesus não era descendente de Arão ou Levi, não podendo, por conseguinte, exercer o sacerdócio terreno (Hb 5.4; 7.5; 8.4). Mas, pertencendo a "Ordem de Melqusedeque" (Hb 5.6,10; 7.11,12), o seu sacerdócio é perpétuo e superior ao de Arão (Hb 7.15-22). Melquesedeque é tipo do sacerdócio eterno de Cristo (Hb 7.3,28).


2. O sacerdócio perfeito (v.27). Os descendetes de Arão ofereciam sacrifícios diários por si e pelos pecados do povo (Hb 7.37). Porém, o Senhor Jesus ofereceu a si mesmo a Deus como perfeito e perpétuo sacrifício (Hb 7.26,27). Ele era ao mesmo tempo o sumo sacerdote e o sacrifício "santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e feito mais sublime do que os céus" (v.26; Hb 9.11-15; I Jo 2.1,2). Seu sacerdócio e sacrifício são perfeitos; por isso, "pode também salvar perfeitamente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles" (v.25).


CONCLUSÃO

Jesus é o nosso único sumo sacerdote e mediador diante de Deus. Ofereceu a si mesmo, uma só vez, pelos nossos pecados (v.27), tornando-se fiador de um melhor concerto (Hb 7.22). Israel tinha um sacerdócio humano, mas a Igreja, além de ser um sacerdócio (Ap 1.6; 5.10), possui um sumo sacerdote eterno nos céus (Hb 9.24).


Lições Bíblicas da EBD da CPAD 1º Trimestre 2008. (Cópia Comentário)



Costa

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