da Folha Online
Israel mantém fechados nesta terça-feira três pontos de passagem de mercadorias para a faixa de Gaza após o disparo de um foguete Qassam (de fabricação caseira) realizado ontem, que não provocou vítimas, contra o sul do território israelense.
A decisão de manter fechadas as passagens foi adotada no fim da noite desta segunda-feira pelo ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, apesar do cessar-fogo existente entre o governo israelense e o grupo extremista islâmico Hamas na região.
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"Os pontos de passagem de Sufa, Karni e Nahal Oz permaneceram fechados nesta terça-feira de manhã até nova ordem, em reação ao disparo de um foguete na noite de segunda-feira", afirmou o porta-voz do Exército, Peter Lerner. Segundo o jornal israelense "Haaretz", apenas o trânsito de pedestres seria permitido por enquanto.
A trégua em vigor entre Israel e o Hamas inclui o fim de todos os ataques procedentes da faixa contra território israelense e das operações do Exército de Israel no território palestino, além de prever a suspensão progressiva do bloqueio israelense contra Gaza e o fim da violência.
Funcionários palestinos citados pela imprensa local disseram que o novo fechamento das fronteiras para produtos e mercadorias de hoje impedirá que entre em Gaza uma carga de cimento esperada há muito tempo.
Segundo o "Haaretz", nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque com foguete realizado ontem, que foi considerado o quarto deste tipo desde o início da trégua mediada pelo Egito e que entrou em vigor no último dia 19.
No domingo, Israel reabriu três das passagens fronteiriças com a faixa de Gaza após o disparo de foguetes ter cessado. Israel havia fechado as passagens no dia 25 de junho, depois do disparo de um foguete feito pelo Jihad Islâmico proveniente da faixa de Gaza. O grupo radical islâmico disse que o ataque era uma retaliação contra a morte de um de seus membros na Cisjordânia --apesar de este território não fazer parte da trégua.
Rafah
Já a passagem fronteiriça de Rafah, entre a faixa de Gaza e o Egito, fechada de modo quase permanente, foi parcialmente reaberta nesta terça-feira pelo governo egípcio por dois dias para permitir a passagem de centenas de pessoas, a maioria estudantes e doentes.
Segundo estas fontes egípcias citadas pela agência de notícias Efe, um primeiro ônibus no qual viajavam cerca de 50 pessoas cruzou a fronteira imediatamente depois de ela ser reaberta, às 10h (4h de Brasília).
A passagem fronteiriça de Rafah foi fechada em junho do ano passado, quando o Hamas assumiu o controle da faixa de Gaza após derrotar os membros do Fatah.
No entanto, membros do Hamas derrubaram parte da fronteira em janeiro, o que permitiu a passagem de dezenas de milhares de palestinos ao Egito em busca por mantimentos e bens de primeira necessidade, em função do bloqueio israelense contra a faixa.
Onze dias depois, Hamas e Egito entraram em acordo para fechar a fronteira, o que significou devolver Gaza ao isolamento imposto por Israel.
www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u418120.shtml
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