sábado, 19 de julho de 2008

Pecado pode chegar a R$ 700 milhões











Os promotores que apuram desvios de recursos nos contratos de ONGs com a secretária de Saúde no governo de Rosinha Matheus (PMDB), e que originaram na Operação Pecado Capital, suspeitam que centenas de outros contratos podem envolver muito mais que os R$ 234,4 milhões até agora investigados. O Ministério Público Estadual (MPE) e o Tribunal de Contas do Estado (TCE) colocam sob suspeição centenas de outros contratos com diferentes ONGs, no valor de R$ 466 milhões, totalizando mais de R$ 700 milhões. De acordo com o MPE, as investigações revelaram apenas um contrato entre a secretaria e a Fundação Pró-Cefet, no valor de R$ 234 milhões, no qual os promotores estimam que cerca de R$ 70 milhões tenham sido desviados. Eles também querem saber onde foram empregados o restante dos recursos, destinados ao Programa Saúde em Movimento, gerido pela fundação e que teriam sido usados para pagar prestadores de serviço da secretaria.







Os promotores alertam que existem mais de 100 contratos, envolvendo vultosas quantias, entre várias secretarias estaduais com mais de uma dezena de ONGs. Firmados sem licitação, esses contratos estão sendo analisados em inquéritos nas promotorias de Cidadania e Tutela Coletiva e Criminal. Por sua vez, o TCE abriu o mesmo procedimento e já apontou ilegalidade em praticamente em todos os contratos.







A Pecado Capital, deflagrada quinta-feira, resultou na prisão de 12 pessoas e no bloqueio dos bens do casal Garotinho. Entre os que tiveram a prisão decretada, estão o ex-secretarios Gilson Cantarino (Saúde), Alcione Athayde (ex-sub de Saúde), prima de Garotinho e Marco Antônio Lucidi (Trabalho e Renda).






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