A Igreja Católica está "profunda e irrevogavelmente dedicada a rechaçar todo antissemitismo", afirmou Bento XVI. "O ódio e o desprezo por homens, mulheres e crianças que se manifestou na Shoá (Holocausto) foi um crime contra Deus e a humanidade", continuou. "Isso deveria estar claro para todo o mundo, especialmente para aqueles que representam a tradição das Sagradas Escrituras." Bento XVI concluiu dizendo que "não há dúvida alguma de que qualquer negação ou minimização desse crime terrível é absolutamente inaceitável".
Os líderes judeus presentes aplaudiram os comentários e afirmaram que a crise desatada pelas declarações do bispo ultraconservador Richard Williamson, dadas a uma rede de TV sueca em 21 de janeiro, estava encerrada. Em nota, o presidente do Museu do Holocausto (Yad Vashem), Avner Shalev, saudou as declarações de Bento XVI dizendo ter "certeza de que o papa reforçará essa importante mensagem sem ambiguidades sobre a importância de lembrar do Holocausto."
DIÁLOGO ?IMPRESCINDÍVEL?
Henry I. Sobel, rabino emérito da Congregação Israelita Paulista, declarou ao Estado que aconselha o bispo Williamson a estudar a questão do Holocausto e verificar os registros históricos para seguir fielmente as diretrizes da Igreja Católica. "Quem nega o Holocausto não emite uma opinião, mas compactua com um crime. Como católico, o bispo Williamson deveria conhecer melhor a realidade." Sobel disse que a declaração do bispo integrista, membro da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, "vai contra visita do papa a Auschwitz (Polônia) e à sinagoga de Colônia (Alemanha), onde Bento XVI falou da tragédia do aniquilamento de 6 milhões de judeus inocentes". Na avaliação de Sobel, é "imprescindível" que católicos e judeus não interrompam o diálogo.
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