Lição 8
22 de Fevereiro de 2009
Tema - O PERIGO DO ARDIL GIBEONITA
Texto Áureo - “Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos e sejamos
sóbrios”(1 Ts 5.6).
sóbrios”(1 Ts 5.6).
Verdade Prática - Precisamos estar vigilantes quanto àqueles que, com artifícios ardilosos, infiltram-se na igreja visando impedir a concretização das promessas de Deus na vida de seu povo.
Hinos sugeridos 369, 388, 485.
LEITURA BÍBLICA Josué 9.1-6, 15,16.
1 — E sucedeu que, ouvindo isso todos os reis que estavam daquém do Jordão, nas montanhas, e nas campinas, e em toda a costa do grande mar, e em frente do Líbano, os heteus, e os amorreus, e os cana neus, e os ferezeus, e os heveus, e os jebuseus,
2 — se ajuntaram eles de comum acordo, para pelejar contra Josué e contra Israel.
3 — E os moradores de Gibeão, ouvindo o que josué fizera com jericó e com Ai,
4 — usaram também de astúcia, e foram, e se fingiram embaixadores, e tomaram sacos velhos sobre os seus jumentos e odres de vinho velhos, e rotos, e remendados;
5 — e nos pés sapatos velhos e remendados e vestes velhas sobre si; e todo o pão que traziam para o caminho era seco e bolorento.
6 — E vieram a josué, ao arraial, a Gilgal e lhe disseram, a ele e aos homens de Israel: Vimos de uma terra distante; fazei, pois, agora concerto conosco.
1 5 — E josué fez paz com eles e fez um concerto com eles, que lhes daria a vida; e os príncipes da congregação lhes prestaram juramento.
16 — E sucedeu que, ao fim de três dias, depois de fazerem concerto com eles, ouviram que eram seus visinhos e que moravam no meio deles.
INTRODUÇÃO
Ao tomarem conhecimento das vitórias de Israel sobre jericó e Ai, os reis que estavam daquém do jordão ficaram apavorados e inseguros com o que lhes poderia acontecer. Foi então que decidiram formar uma espécie de confederação para pelejar contra Israel (vv. 1,2). Todavia, os moradores de Gibeão, com medo e grande astúcia, anteciparam-se, propondo a Israel uma aliança que lhes preservasse a vida.
Nesta lição falaremos sobre o perigo do engano e da falsa aparência no meio do povo de Deus.
I- A CONFEDERAÇÃO DOS REIS DE CANAÃ (9.1,2)
1. O pavor e a reação dos reis cananeus. Até aqui, nas batalhas de Israel, os reis de Canaã estavam apenas na defensiva. Mas agora resolveram fazer uma coligação a fim de passarem ao ataque ante ao avanço dos israelitas: “Se ajuntaram eles de comum acordo, para pelejar...” (v.2). Esses inimigos do povo de Deus estavam prontos para superar suas diferenças pessoais e unirem- se para resistir ao avanço do povo de Deus. Contudo, não houve por parte de josué qualquer temor, pois ele estava convicto de que o Senhor o livraria das mãos daqueles ímpios:
“Toda ferramenta preparada contra ti não prosperará; e toda língua que se levantar contra ti em juízo, tu a condenarás” (Is 54.1 7).
“Toda ferramenta preparada contra ti não prosperará; e toda língua que se levantar contra ti em juízo, tu a condenarás” (Is 54.1 7).
2. O respeito pelo nome de josué. Quando ouviram falar das conquistas de Israel sob a liderança dejosué, e da devoção dos israelitas a um Deus pessoal e poderoso, e invencível, aqueles pequenos monarcas somente viam sua esmagadora derrota. josué tornara-se um líder e estrategista, reconhecido com temor em toda a terra de Canaã. josué sabia, e disso não poderia esquecer de que quem estava à sua frente era o grande Deus de Israel, o Senhor dos Exércitos.
II- O ARDIL DOS GIBEONITAS (9.31 5)
1 O perigo da astúcia do inimigo. Usar de ardil é o mesmo que seduzir, ludibriar ou enganar alguém. É uma manobra ardilosa com o intuito de induzir alguém ao erro. Entre aqueles que se ajuntaram para pelejar contra Israel, encontravam-se os gibeonitas, conhecidos como heveus (9.1,7), um dos povos mencionados pelo Senhor para ser lançado fora da terra prometida (Dt 7.1-6). Esta foi uma ordem divina que deveria ser cumprida cabalmente. Entretanto, enganado, Israel fez um acordo com os inimigos. A Palavra de Deus adverte-nos enfaticamente: “Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; ao qual resisti firmes na fé” (1 Pe 5.8,9). Nosso cam po de batalha é invisível e espiritual. Portanto, devemos estar vigilantes quanto às sutis investidas de Satanás
contra a nossa vida cristã.
contra a nossa vida cristã.
2. Os ardis ocultam males destruidores (9.3,4). Embora a cidade dos gibeonitas fosse maior do que Ai e seu exército ter grandes guerreiros (1 0.2), sabiam perfeitamente que jamais derrotariam Israel. Então, a única alternativa era dolorosamente esconderem sua identidade e tentar um concerto com os israelitas.
A Bíblia conta-nos que os heveus fizeram parte de algumas nações que viveram entre os israelitas para, com a permissão divina, provarem a fidelidade de Israel diante do Senhor (Jz 3.1-3). A Igreja de Cristo está no mundo, e vive entre os que não pertencem ao povo de Deus. Estes, às vezes, costumam se instalar no seio da igreja, com fingimento e hipocrisia (1 Jo 1.5-7).
3. A estratégia dolosa dos gibeonitas (9.4,5). “Tomaram sacos velhos sobre os seus jumentos e odres de vinho velhos, e rotos, e remendados; e nos pés sapatos velhos e remendados e vestes velhas sobre si; e todo o pão que traziam para o caminho era seco e bolorento”. Eles queriam dar a impressão de estarem vindo de uma terra distante, quando, na verdade, moravam em Gibeão, cidade bem próxima do acampamento de Israel.
É óbvio que os gibeonitas assim fizeram por medo, pois sabiam que todos os povos cananeus seriam expulsos daquelas terras, ou totalmente destruídos (Êx 23.31-33).
É bem verdade que eles queriam estar em paz com o povo de Deus (Js 9.4-6, 8,11), fazendo uma aliança que lhes garantisse a terra e a liberdade. Todavia, para alcançarem esse objetivo, usaram de artimanha e trapaça.
Josué e os príncipes de Israel só descobriram que haviam sido enganados, três dias depois de feito o pacto (v. 1 6).
4. O perigo da convivência com o engano. Após ter feito um acordo de paz com os gibeonitas, Israel teve de aceitar o “fermento que já estava na massa”. Paulo exortou a igreja de Corinto dizendo: “Não sabeis que um pouco de fermento faz levedar toda a massa?” (1 Co 5.6). Josué, como líder, falhou por não pedir conselho à boca do Senhor (Js 9.14). Os que dirigem a obra do Senhor jamais devem agir por conta própria nos assuntos e trabalhos da igreja, como é ocaso da Escola Dominical. Agir por livre-vontade é deixar de “andar no Espírito” para seguir os ditames da carne (Cl 5.16,25).
III - A FARSA DESCOBERTA (9. 16-22)
1. Israel descobre o erro cometido (9.16). As artimanhas e o engano têm vida curta. Ao fim de três dias, a verdade foi conhecida. Aquele povo, que dizia ter vindo de terras distantes, era vizinho de Israel e morava em três cidades conhecidas como Cefira, Beerote, e Quiriatejearim (v.1 7). Eles também aprenderam que a paz que se fundamenta na desonestidade não tem qualquer firmeza nem continuidade.
Os israelitas ficaram grande- mente perturbados, a tal ponto que toda a congregação murmurava contra os príncipes (v.1 8). Sem dúvida, agora eles teriam de arcar com as conseqüências desse terrível erro: haviam feito um acordo com os cananeus, e não podiam feri-los em função do juramento que fizeram ao Senhor, Deus de Israel.
2. Josué teve de honrar o acordo com os enganadores (9.18-20). Não havia como recuar! Ele não podia invalidar o pacto feito em nome do Senhor (v.1 5), pois a quebra de um juramento constituía uma grave transgressão. Por isso, fez o que parecia “bom e reto” (v.25). Primeiramente, libertou-os da morte (v.26). Depois, fez com que os gibeonitas se tornassem seus servidores. Eles seriam “rachadores de lenha e tiradores de água para a congregação e para o altar do Senhor” (v.27), uma atividade que estava ligada a adoração do Tabernáculo. Isso nos encoraja a não negligenciarmos as nossas promessas.
3. Os gibeonitas atuais na igreja. Estamos atravessando dias difíceis e trabalhosos em que “espíritos enganadores” têm entrado no seio da igreja (1 Tm 4.1) para difundir o erro, confundindo e distraindo o povo de Deus para estacionarem no caminho da fé e, por fim, se desviarem. Precisamos vigiar! Muitos se apresentam como líderes, pregadores e ensinadores, mas, na verdade, não passam de falsários, promotores do engano, da confusão e da discórdia. Estes têm trazido para a Igreja toda sorte de contaminação, por meio de ensinos heréticos, falsa unção, pseudo-espiritualidade e costumes mundanos. Utilizam-se de todo tipo de trapaça a fim de ludibriar o povo de Deus (Tt 1.16).
CONCLUSÃO
A grande lição desta história bíblica dos gibeonitas é que precisamos estar atentos, vigilantes e dependentes da direção divina, para evitarmos erros e males como os que Josué e Israel cometeram. Satanás sempre usará de artifícios para enganar o povo de Deus, com o intuito de impedi-lo de chegar à “Terra Prometida”. Vigiemos, pois, em todo o tempo, na dependência do Senhor.
Lições Bíblicas, 1º Trimestre, CPAD Rio de Janeiro - 2009
Transcrição / Costa
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