O governo iraniano, que enfrenta a maior onda de protestos desde a revolução islâmica de 1979, criticou as «armadilhas» dos inimigos da nação e acusou certos meios de comunicação estrangeiros de ser «porta-vozes dos agitadores».
Parte da comunidade internacional manifestou inquietação com a situação em Teerão, cenário de manifestações e distúrbios, alguns violentos, desde o anúncio no sábado da reeleição do ultraconservador Mahmud Ahmadinejad.
Após a manifestação pacífica de terça-feira, os partidários de Moussavi, que acusa o regime de fraude eleitoral, convocaram hoje outra concentração na praça Haft-é-Teherán, apesar da proibição por parte do governo.
Um e-mail que circula entre os internautas indica que o protesto decorrerá «em silêncio e sem lema».
«Moussavi pede ao povo iraniano que se reúna nas mesquitas e realize marchas pacíficas para consolar as famílias dos mártires e feridos nos recentes acontecimentos», lê-se numa nota publicada no site do candidato.
Desde sábado, que os protestos são diários. A manifestação mais importante eralizou-se na segunda-feira, com a presença de quase um milhão de pessoas.
A esmagadora vitória de Ahmadinejad (com 63% dos votos na primeira volta) sobre Moussavi (34%) foi denunciada por este e pelos outros dois candidatos, o reformista Mehdi Karubi e o conservador Mohsen Rezai, que apresentaram uma queixa ao Conselho dos Guardiães por irregularidades.
Moussavi voltou hoje a pedir a anulação dos resultados da eleição presidencial.
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