quarta-feira, 31 de outubro de 2007

As 95 Teses de Martinho Lutero de 31 de Outubro de 1517

A 490 anos, houve um homem sincero e corajoso entre os demias, levantado pelo Deus Todo-Poderoso, para libertar do jugo da submissão da chamada Igreja Católica romana SUPRESSORA daqueles que não aceitavam sobre suas cabeças o maldito véu das Indulgências.

Deus nunca aceitou pelas Escrituras Sagradas, o modelo de ensino conduzido pela Igreja de Roma depois dos anos 313dC, pois os "Verdadeiros adoradores" nunca foram ligados ao "sistema religioso adotado pelo "Sacerdócio Pagão" do Império, que adora segundo o medelo babilônico recusado pelo Profeta Daniel e seus amigos mais todo o Povo Hebreu, que nem mesmo sob o domínio de Nabudonosor concordaram com tal coisa, a fornalha de fogo mesmo aquecida sete vezes mais, não os intimidou. Essa gente jamais teve alguma comunhão com hábitos que contrarie a Fiel e Verdadeira Palavra de Deus.

Martinho Lutero, foi um homem convertido à Palavra de Deus, espiritualmente, era um remanescente da fidelidade à Palavra da Verdade e de uma conciência que flutuava com a leveza da sinceridade "justificação pela fé" e não pelas obras, por que ele não era remanescenta do Cainismo rejeitado por Deus, mesmo oferecendo sacrifícios, para Deus eles eram completamente inválidos.

"As 95 Teses afixadas por Martinho Lutero na Abadia de Wittenberg a 31 de outubro de 1517, fundamentalmente "Contra o Comércio das Indulgências":



Movido pelo amor e pelo empenho em prol do esclarecimento da verdade, discutir-se-á em Wittemberg, sob a presidência do Rev. Padre Martinho Lutero, o que segue. Aqueles que não puderem estar presentes para tratarem o assunto verbalmente conosco, o poderão fazer por escrito.


Em nome de nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.



1ª Tese
Dizendo nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo: Arrependei-vos... etc., certamente quer que toda a vida dos seus crentes na terra seja contínuo e ininterrupto arrependimento.



2ª Tese
E esta expressão não pode e não deve ser interpretada como referindo-se ao sacramento da penitência, isto é, à confissão e satisfação, a cargo dos sacerdotes.



3ª Tese
Todavia não quer que apenas se entenda o arrependimento interno; o arrependimento interno; o arrependimento interno nem mesmo é arrependimento quando não produz toda sorte de mortificação da carne.



4ª Tese
Assim sendo, o arrependimento e o pesar, isto é, a verdadeira penitência, perdura enquanto o homem se desagradar de si mesmo, a saber, até à entrada para a vida eterna.



5ª Tese
O papa não quer e não pode dispensar de outras penas além das que impôs ao seu alvitre ou nem acordo com os cânones, que são estatutos papais.


6ª Tese
O papa não pode perdoar dívida, senão declarar e confirmar aquilo que já foi perdoado por Deus, ou então o faz nos casos que lhe foram reservados. Nestes casos, se desprezados, a dívida em absoluto deixaria de ser anulada ou perdoada.



7ª Tese
Deus a ninguém perdoa a dívida sem que ao mesmo tempo o subordine, em sincera humildade, ao ministro, seu substituto.



8ª Tese
Cânones poenitentiales, que são as ordenanças de prescrição da maneira em que se deve confessar e expiar, apenas são impostos aos vivos, e, de acordo com as mesmas ordenanças, não dizem respeito aos moribundos.



9ª Tese
Eis por que o Espírito Santo nos faz bem mediante o papa, excluindo este de todos os seus decretos ou direitos o artigo da morte e da necessidade suprema.



10ª Tese
Procedem desajuizadamente e mal os sacerdotes que reservam e impõe aos moribundos penitências canônicas ou para o purgatório a fim de ali serem cumpridas.



11ª Tese
Este joio, que é o de transformar a penitência e satisfação, prevista pelos cânones ou estatutos, em penitência ou penas do purgatório, foi semeado enquanto os bispos dormiam.



12ª Tese
Outrora canônica poenae, ou seja, penitência e satisfação por pecados cometidos, eram impostos, não depois, mas antes da absolvição, com a finalidade de provar a sinceridade do arrependimento e do pesar.



13ª Tese
Os moribundos tudo satisfazem com a sua morte e estão mortos para o direito canônico, sendo, portanto, dispensados, com justiça, de sua imposição.



14ª Tese
Piedade ou amor imperfeitos da parte daquele que se acha às portas da morte, necessariamente resultam em grande temor; logo, quanto menos o amor, tanto maior o temor.



15ª Tese
Este temor e espanto em si tão só, sem nos referirmos a outras coisas, basta para causar o tormento e o horror do purgatório, pois se avizinham da angústia do desespero.



16ª Tese
Inferno, purgatório e céu parecem ser tão diferentes quanto o são um do outro o desespero completo, incompleto ou quase desespero e certeza.



17ª Tese
Parece que assim como no purgatório diminuem a angústia e o espanto das almas, também deve crescer e aumentar o amor.



18ª Tese
Bem assim parece não ter sido provado, nem por boas razões e nem pela Escritura, que as almas do purgatório se encontram fora da possibilidade do mérito ou do crescimento no amor.



19ª Tese
Parece ainda não ter sido provado que todas as almas do purgatório tenham certeza de sua salvação e não receiem mais por ela, não obstante nós termos esta certeza.




20ª Tese
Por isso o papa não quer dizer e nem compreender com as palavras “perdão plenário de todas as penas” o perdão de todo o tormento, mas tão só as penas por ele impostas.



21ª Tese
Eis por que erram os apregoadores de indulgências ao afirmarem ser o homem perdoado de todas as penas e salvo mediante indulgência do papa.



22ª Tese
Com efeito, o papa nenhuma pena dispensa às almas do purgatório das que, segundo os cânones da igreja, deviam ter expiado e pago na presente vida.



23ª Tese
Verdade é que se houver qualquer perdão plenário das penas, este apenas será dado aos mais perfeitos, que são muitos poucos.



24ª Tese
Logo, a maioria do povo é ludibriado com as pomposas promessas do indistinto perdão, impressionando-se o homem singelo com as penas pagas.



25ª Tese
Exatamente o mesmo poder geral que o papa tem sobre o purgatório, qualquer bispo e cura d’almas o tem no seu bispado e na sua paróquia, quer de modo especial e quer para com os seus em particular.



26ª Tese
O papa faz muito bem em não conceder o perdão às almas em virtude do poder das chaves (coisa que não possui), mas pela ajuda ou em forma de intercessão.



27ª Tese
Pregam futilidades humanas quantos alegam que no momento em que a moeda soa ao cair na caixa a alma se vai do purgatório.



28ª Tese
Certo é que, no momento em que a moeda soa na caixa, vem lucro, e o amor ao dinheiro cresce e aumenta; a ajuda, porém, ou a intercessão da igreja tão só correspondem à vontade e ao agrado de Deus.



29ª Tese
E quem sabe, se todas as almas do purgatório querem ser libertadas, quando há quem diga o que sucedeu com S. Severino e Pascoal.



30ª Tese
Ninguém tem certeza da suficiência do arrependimento e pesar verdadeiros, muito menos certeza pode ter de haver alcançado pleno perdão dos seus pecados.




31ª Tese
Tão raro como existe alguém que possui arrependimento e pesar verdadeiros, tão raro também é aquele que verdadeiramente alcança indulgência, sendo bem poucos os que se encontram.



32ª Tese
Irão para o diabo, juntamente com os seus mestres, aqueles que julgam obter certeza de sua salvação mediante breves de indulgência.



33ª Tese
Há que acautelar-se muito e ter cuidado daqueles que dizem: A indulgência do papa é a mais sublime e mais preciosa graça ou dádiva de Deus, pela qual o homem é reconciliado com Deus.



34ª Tese
Tanto assim que a graça da indulgência apenas se refere à pena satisfatória, estipulada por homens.



35ª Tese
Ensinam de maneira ímpia quantos alegam que aqueles que querem livrar almas do purgatório ou adquirir breves de confissão não necessitam de arrependimento e pesar.



36ª Tese
Tudo o cristão que se arrepende verdadeiramente dos seus pecados e sente pesar por ter pecado, tem pleno perdão da pena e da dívida, perdão esse que lhe pertence mesmo sem breve de indulgência.



37ª Tese
Todo e qualquer cristão verdadeiro, vivo ou morto, é participante de todos os bens de Cristo e da Igreja, por dádiva de Deus, mesmo sem breve de indulgência.



38ª Tese
Entretanto se não devem desprezar o perdão e a distribuição deste pelo papa. Pois, conforme declarei, o seu perdão consiste numa declaração do perdão divino.



39ª Tese
Ë extremamente difícil, mesmo para os mais doutos teólogos, exaltar diante do povo ao mesmo tempo a grande riqueza da indulgência e, ao contrário, o verdadeiro arrependimento e pesar.



40ª Tese
O verdadeiro arrependimento e pesar buscam e amam o castigo; mas a profusão da indulgência livra das penas e faz com que se as aborreça, pelo menos quando há oportunidade para tanto.





41ª Tese
É necessário pregar cautelosamente sobre a indulgência papal, para que o homem singelo não julgue erradamente ser a indulgência preferível às demais obras de caridade ou melhor do que elas.



42ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos, não ser pensamento e opinião do papa que a aquisição de indulgências de alguma maneira possa ser comparada com qualquer obra de caridade.



43ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos, proceder melhor quem dá aos pobres ou empresta ao necessitado do que os que compram indulgência.



44ª Tese
É que pela obra de caridade cresce o amor ao próximo e o homem torna-se mais piedoso; pelas indulgências, porém, não se torna melhor senão mais seguro e livre da pena.



45ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que aquele que vê seu próximo padecer necessidade e a despeito disto gasta dinheiro com indulgências, não adquire indulgência do papa, mas desafia a ira de Deus.



46ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem fartura, fiquem com o necessário para a casa e de maneira nenhuma o esbanjem com indulgências.



47ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos ser a compra de indulgência livre e não ordenada.



48ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que se o papa precisa conceder mais indulgências, mais necessita de uma oração fervorosa do que de dinheiro.



49ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos serem muito boas as indulgências do papa enquanto o homem não confiar nelas; mas muito prejudiciais quando, em conseqüência delas, se perde o temor de Deus.



50ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que se o papa tivesse conhecimento da traficância dos apregoadores de indulgência, preferiria ver a basílica de São Pedro ser reduzida a cinzas a ser edificada com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.



51ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que o papa, por um dever seu, preferiria distribuir o seu dinheiro aos que em geral são despojados do dinheiro pelos apregoadores de indulgência, vendendo, se necessário, a própria basílica de São Pedro.



52ª Tese
Esperar ser salvo mediante breves de indulgência é vaidade e mentira, mesmo se o comissário de indulgências e o próprio papa oferecessem sua alma como garantia.



53ª Tese
São inimigos de Cristo e do papa quantos por causa da prédica de indulgências proíbem a palavra de Deus nas demais igrejas.



54ª Tese
Comete-se injustiça contra a palavra de Deus quando, no mesmo sermão, se consagra tanto ou mais tempo à indulgência do que à pregação da palavra do Senhor.



55ª Tese
A intenção do papa não pode ser outra do que celebrar a indulgência, que é a coisa menor, com um toque de sino, uma pompa, uma cerimônia, enquanto o evangelho, que é o essencial, importa ser anunciado mediante cem toques de sino, centenas de pompas e solenidades.



56ª Tese
Os tesouros da igreja, dos quais o papa tira e distribui as indulgências, não são bastante mencionados e nem suficientemente conhecidos na Igreja de Cristo.



57ª Tese
É evidente que não são bens temporais, porquanto muitos pregadores não os distribuem com facilidade, antes os ajuntam.



58ª Tese
Também não são os merecimentos de Cristo e dos santos, porquanto este sempre são suficientes, e, independente do papa, operam graça do homem interior e são a cruz, a morte e o inferno do homem exterior.



59ª Tese
São Lourenço chama aos pobres, os quais são membros da Igreja, tesouros da Igreja, mas no sentido em que a palavra era usada na sua época.



60ª Tese
Afirmamos com boa razão, sem temeridade ou leviandade, que estes tesouros são as chaves da Igreja, que lhe foram dadas pelo merecimento de Cristo.



61ª Tese
Evidente é que, para o perdão das penas e para a absolvição em determinados casos, o poder do papa por si só basta.



62ª Tese
O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo evangelho da glória e da graça de Deus.



63ª Tese
Este tesouro, porém, é muito desprezado e odiado, porquanto faz com que os primeiros sejam os últimos.



64ª Tese
Enquanto isso o tesouro das indulgências é notoriamente o mais apreciado, porque faz com que os últimos sejam os primeiros.



65ª Tese
Por essa razão os tesouros evangélicos foram outrora as redes com que se apanhavam os ricos e abastados.



66ª Tese
Os tesouros das indulgências, porém, são as redes com que hoje se apanham as riquezas dos homens.



67ª Tese
As indulgências, apregoadas pelos seus vendedores como a mais sublime graça, decerto assim são consideradas porque lhes trazem grandes proventos.



68ª Tese
Nem por isso semelhante indulgência é a mais ínfima graça, comparada com a graça de Deus e a piedade da cruz.



69ª Tese
Os bispos e os sacerdotes são obrigados a receber os comissários das indulgências apostólicas com toda reverência.



70ª Tese
Entretanto tem muito maior dever de conservar abertos os olhos e ouvidos, para que estes comissários, em vez de cumprirem as ordens recebidas do papa, não apregoem os seus próprios sonhos.



71ª Tese
Quem levanta a sua voz contra a verdade das indulgências papais é excomungado e maldito.



72ª Tese
Aquele, porém, que se insurgir contra as palavras insolentes e arrogantes dos apregoadores de indulgências, seja abençoado.





73ª Tese
Da mesma maneira em que o papa usa de justiça ao fulminar com a excomunhão aos que em prejuízo do comércio de indulgências procedem astuciosamente.



74ª Tese
Muito mais deseja atingir com o desfavor e a excomunhão àqueles que, sob pretexto de indulgências, prejudicam a santa caridade e a verdade pela sua maneira de agirem.



75ª Tese
Considerar a indulgência do papa tão poderosa, a ponto de absolver alguém dos pecados, mesmo que (coisa impossível de se expressar) tivesse deflorado a mãe de Deus, significa ser demente.


76ª Tese
Bem ao contrário afirmamos que a indulgência do papa nem mesmo pode anular o menor pecado venial no que diz respeito a culpa que representa.



77ª Tese
Afirmar que nem mesmo São Pedro, se no momento fosse papa, poderia dispensar maior indulgência, constitui insulto contra São Pedro e o papa.



78ª Tese
Dizemos, ao contrário, que o atual papa, e todos os que o sucederam, é detentor de muito maior indulgência, isto é, o evangelho, dom de curar, etc., de acordo com o que diz 1 Corinto 12.6-9.



79ª Tese
Alegar ter a cruz de indulgências, erguida e adornada com as armas do papa, tanto valor como a própria cruz de Cristo é blasfêmia.



80ª Tese
Os bispos, padres e teólogos que consentem em semelhante linguagem diante do povo, terão de prestar contas desta atitude.


81ª Tese
Semelhante pregação, a enaltecer atrevida e insolentemente a indulgência, torna difícil até homens doutos defenderem a honra e dignidade do papa contra a calúnia e as perguntas mordazes e astutas dos leigos.



82ª Tese
Haja vista exemplo como este: Por que o papa não livra duma só vez todas as almas do purgatório, movido pela santíssima caridade e considerando a mais premente necessidade das mesmas, havendo santa razão para tanto, quando, em troca de vil dinheiro para a construção da basílica de São Pedro, livra inúmeras delas, logo por motivo bastante infundado?



83ª Tese
Outrossim: Por que continuam as exéquias e missas de ano em sufrágio das almas dos defuntos e não se devolve o dinheiro recebido para esse fim ou não se permite os doadores busquem de novo os benefícios ou prebendas oferecidos em favor dos mortos, quando já não é justo continuar a rezar pelos que se acham remidos?



84ª Tese
E: Que nova santidade de Deus e do papa é esta a consentir a um ímpio e inimigo resgate uma alma piedosa e agradável a Deus por amor ao dinheiro e não livrar esta mesma alma piedosa e amada por Deus do seu tormento por amor espontâneo e sem paga?



85ª Tese
E: Por que os cânones de penitência, isto é, os preceitos de penitência, que faz muito caducaram e morreram de fato pelo desuso, tornam a remir mediante dinheiro, pela concessão de indulgência, como se continuassem em vigor e bem vivos?



86ª Tese
E: Por que o papa, cuja fortuna é maior do que a de qualquer Creso, não prefere construir a basílica de São Pedro de seu próprio bolso em vez de o fazer com o dinheiro de cristãos pobres?


87ª Tese
E: Que perdoa ou concede o papa pela sua indulgência àqueles que pelo arrependimento completo tem direito ao perdão ou indulgência plenária?



88ª Tese
Afinal: Que benefício maior poderia receber a igreja se o papa, que atualmente o faz uma vez ao dia cem vezes ao dia concedesse aos fiéis este perdão a título gratuito?



89ª Tese
Visto o papa visar mais a salvação das almas mediante a indulgência do que o dinheiro, por que razão revoga os breves de indulgência outrora por ele concedidos, quando tem sempre as mesmas virtudes?



90ª Tese
Desfazer estes argumentos muito sutis dos leigos, recorrendo apenas à força e não por razões sólidas apresentadas, significa expor a igreja e o papa ao escárnio dos inimigos e desgraçar os cristãos.


91ª Tese
Se, portanto, a indulgência fosse apregoada no espírito e sentido do papa, estas objeções poderiam ser facilmente respondidas e nem mesmo teriam surgido.



92ª Tese
Fora, pois, com todos este pregadores que dizem à igreja de Cristo: Paz! Paz! Sem que haja paz!



93ª Tese
Abençoados, porém, sejam todos os pregadores que dizem à igreja de Cristo: Cruz! Cruz! Sem que haja cruz!



94ª Tese
Admoeste-se os cristãos a que se empenhem em seguir seu Cabeça, Cristo, através da cruz, da morte e do inferno;



95ª Tese
E desta maneira mais esperem entrar no reino dos céus por muitas aflições do que confiando em promessas de paz infundadas."

Fonte:
Domingos Teixeira Costa.

Polícia apura outra extorsão contra o padre Júlio

da Folha de S.Paulo


A Polícia Civil de São Paulo passou a investigar ontem uma suposta segunda extorsão contra o padre Júlio Lancelotti, 58. O novo suspeito de exigir dinheiro do religioso é Marcos José de Lima, um conhecido do ex-interno da antiga Febem (Fundação Casa) Anderson Marcos Batista, 25, preso na última sexta-feira sob acusação de extorquir grandes quantias do padre, sob ameaças.


Foi o padre quem procurou a polícia, em agosto, para denunciar Batista --que, após ser preso, alegou ter feito sexo com o religioso em troca de dinheiro.


À época da suposta extorsão praticada por Lima, Lancelotti, segundo a Folha apurou, chegou a pedir ajuda da Polícia Civil. Como o padre não quis registrar formalmente a denúncia contra Lima, a investigação não prosseguiu.


Lancelotti procurou então alguns conhecidos na Polícia Militar e eles foram atrás de Lima, que acabou preso.


Ele é suspeito de ter conhecido Batista quando comprava drogas com ele. A Folha não conseguiu localizar Lima.


Agora, a Polícia Civil quer encontrar Lima e descobrir se ele teria sido levado à prisão sob a acusação de injúria por ter xingado uma pessoa.


De acordo com investigadores, Lima ligou de uma penitenciária de Hortolândia (105 km de SP), onde usava um telefone celular na cela. Ele teria voltado a ameaçar o religioso e a pedir dinheiro para não revelar um suposto relacionamento entre o padre e Batista.


O advogado do religioso, o ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh, foi procurado nos últimos dois dias, mas não atendeu aos recados. O padre também não quis falar.


À polícia, o padre disse que Batista e a mulher, Conceição Eletério, passaram à extorsão após alguns anos de ajuda financeira voluntária.


Lancelotti disse ter entregue dinheiro ao grupo por medo de ser agredido e por ter esperança de conseguir mudá-los.


PMs interrogados


Hoje, os PMs Luiz Carlos Mariano e Umberto da Silva Braga serão interrogados no inquérito que investiga a extorsão contra o padre.


Eles terão de explicar como o ex-interno fugiu do 9º DP (Carandiru) na madrugada do último dia 14, mesmo com a prisão decretada em 9 de outubro.


Batista foi levado para lá depois que a Pajero comprada por ele, com dinheiro de Lancelotti, foi achada numa rua.


O delegado responsável pelo caso, André Luiz Pimentel Queiroz, disse que "os PMs foram induzidos ao erro". "O mandado de prisão contra Batista ainda não constava na central de processamento de dados do governo naquela madrugada do dia 14", afirmou Queiroz.


Com ROGÉRIO PAGNAN, ANDRÉ CARAMANTE e KLEBER TOMAZ

Do Site:

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Romanos 6:

1 Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante?

2 De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?

3 Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte?

4 Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida.

5 Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição,

6 sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos;

7 porquanto quem morreu está justificado do pecado.

8 Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos,

9 sabedores de que, havendo Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte já não tem domínio sobre ele.

10 Pois, quanto a ter morrido, de uma vez para sempre morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus.

11 Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus.

12 Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões;

13 nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniqüidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça.

14 Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça.

15 E daí? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, e sim da graça? De modo nenhum!

16 Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte ou da obediência para a justiça?

17 Mas graças a Deus porque, outrora, escravos do pecado, contudo, viestes a obedecer de coração à forma de doutrina a que fostes entregues;

18 e, uma vez libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça.

19 Falo como homem, por causa da fraqueza da vossa carne. Assim como oferecestes os vossos membros para a escravidão da impureza e da maldade para a maldade, assim oferecei, agora, os vossos membros para servirem à justiça para a santificação.

20 Porque, quando éreis escravos do pecado, estáveis isentos em relação à justiça.

21 Naquele tempo, que resultados colhestes? Somente as coisas de que, agora, vos envergonhais; porque o fim delas é morte.

22 Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna;

23 porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.



Meu mano amado em Cristo: Graça e Paz!



Nenhum de nós vence o pecado. Sim! Ninguém! E esta é a razão de ser da Cruz de Jesus; pois, caso eu pudesse vencer o pecado por mim mesmo, fosse por minha própria força, autocontrole, santidade pessoal, vontade de ferro, e tudo o mais, ainda assim, jamais o venceria para o “lado de dentro”, no meu ser, no meu caminho interior, pois, eu mesmo sou caído, radicalmente caído; e, por tal razão, não há em mim poder algum que seja suficiente para enfrentar o “pecado que habita em mim”; ou seja: em minha própria natureza.



Jesus morreu por mim e levou minhas culpas e iniqüidades, pois, de outra sorte, nada que eu fizesse me tornaria capaz de enfrentar o pecado; posto o pecado só é vencido na Cruz; e, em mim, ele só é vencido pelo poder do amor de Deus, que é o fator que me “constrange”; e isso quando penso que Ele se fez pecado por mim, para que eu seja feito, Nele, justiça de Deus e graça de Deus na terra, entre os homens; e, antes disso, para mim mesmo, como justificação, alegria e paz no Espírito Santo.


Não lute contra o pecado pela via da justiça própria, pois, assim, você apenas o fortalece em você mesmo. Justiça própria e a jactância da Lei são os principais animadores do pecado na alma que almeja o gosto da transgressão.



O pecado já foi vencido. Jesus o venceu. E o bem de tal vitória de Jesus só é meu quando (pela fé) desisto de todos os processos de auto-justificação; e, sem justiça própria, confio por inteiro no que Jesus fez por mim; e que já está consumado para sempre.



Este é o paradoxo da Graça:


Em Cristo sou livre da condenação do pecado a fim de que salvo de todo juízo; e, por essa razão (grato pela salvação recebida pela Graça), vivo uma vida sem culpa; e sem culpa apenas porque ela já foi tirada, embora eu mesmo ainda a conheça como consciência de transgressão; do contrario, a Graça seria o caminho piedoso para a criação de psicopatas (ou seja: de pessoas sem culpa alguma, do ponto de vista do reconhecimento psicológico da transgressão como dor quando ela é real).



Todavia, se creio no que “Está Feito”, então, pela fé, descanso; e, por tal descanso e entrega, os poderes e pulsões do pecado se aquietam em mim; pois, já não existe em mim a disposição de vencê-lo por meios próprios, e, dessa forma, não tendo onde pegar em nós, o pecado vai murchando... Embora, creia, ele nunca desista; até o fim.



Gostaria muito que você lesse meu livro “Sem Barganhas com Deus”, pois, eu sei que ele o ajudará muito.


Agora, descanse na Graça; e ande no amor de Deus, pois, no amor de Deus não há transgressão e nem tampouco se caminha como quem carrega um peso; pois, Jesus disse que “o jugo é suave e o fardo é leve”. E mais: se não for assim, então, também saiba: não será o Evangelho aquilo que você vier a chamar de evangelho.


Fique firme na quietude de espírito!



Receba meu carinho e toda a minha reverencia pelo caminho de Deus com você!
Nele, que já nos livrou da Lei do pecado e da morte,


Pr Caio Fábio

domingo, 28 de outubro de 2007

A GRAÇA É A LEI DO CAMINHO

“... Pela Graça sois salvos, por meio da fé, e isso não vem de vós, é Dom de Deus, não vem de obras, para que ninguém se glorie!” (Efésios 2:8-9):

A Graça e somente a Graça É e sempre será a base do nosso relacionamento com Deus.

Todavia, os cristãos se convertem a Jesus num dia, e no dia seguinte bancam sozinhos as transformações que julgam serem decorrentes dessa conversão. Chamam isso de Santidade pessoal.

Porém, santidade pessoal é fruto da entrega ao Amor Incondicional do Pai, e não uma nova base. Se há Graça, então, também há santidade, que é o fruto do Espírito em nós: “Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne.”

Não há qualquer nova base de crescimento sobre a qual se constrói uma vida espiritual vitoriosa, pois tal esforço produz a obsessão de vencer por conta própria “o pecado que habita em mim”, segundo Paulo. E então a certeza da culpa nos deita nos braços do pecado. E não podendo sair desse ciclo infeliz, o cristão opta pela hipocrisia para aceitação no meio ‘santo’, opta pela performance para se destacar nesse meio, e prefere obedecer uma lista de regulamentos comportamentais para que fique ‘quite’ com sua consciência religiosa, que é pagã, ameninada, orgulhosa e meritória, por ser toda fundamentada em Justiça Própria.

A Lei da Graça inverte os pólos da Ética Religiosa: é o Descanso da Fé que desemboca na Obediência Amorosa, e não a obediência que gera o descanso. Tal obediência a Deus se expressa como resposta de gratidão daquele que recebeu consciência do amor de Deus: “Quem me ama, guarda os meus mandamentos; assim como eu amo o Pai e guardo os Seus mandamentos. E os mandamentos, são um: que vos amais uns aos outros, assim como eu vos amei.”

Uma vez interiorizada, a Conversão remove uma montanha infindável de culpas que foram abolidas em Cristo; não só as culpas decorrentes das ações praticadas, mas a culpa própria da minha essencialidade, porque eu sou pecador por natureza. Sendo assim, o Pecado que está abolido é o que eu sou, e não só o que eu faço, e até aquelas coisas que eu faço quanto mais culpa delas carrego, diminuem seu potencial destrutivo sobre mim, até findarem-se! Porém, essa inclinação do espírito só se inicia quando a pessoa se encontra em paz! Sem o peso da condenação, as compulsões começam a mudar de inclinação, surgindo - pela confiança, que vem da certeza em fé, de que está tudo pago - um outro pendor. Mas só se alcança isto quando se crê que a condenação acabou para sempre, na Cruz de Cristo.

Assim, santidade vem de sentir-se em paz na Graça, quando entendo pela FÉ que o que sou em Cristo, é o que vale; isto para que eu posso ir sendo...à medida em que cresço. Portanto, santificação é o apelido do crescimento da consciência na Graça dentro de nós.

Por que isso parece diferente do que chamamos santidade no meio cristão?

Porque nossa visão de santificação não é bíblica, é pagã e cheia de justiça própria. Sim, o que chamamos de santificação é exatamente aquilo que os fariseus ensinavam: ser zeloso da lei ou da lista, baseada em aparências e esforços próprios. “Santo”, para Jesus, é aquele que não julga o próximo; que anda mais de uma milha com o inimigo; que dá a capa para cobrir o frio do adversário; que não passa ao largo quando vê um homem caído na estrada; que dá água com amor aos irmãos... como se fosse o próprio Jesus quem bebesse; que veste o nu, abriga o órfão, acolhe o desamparado, abre a alma ao faminto, e não se esconde seu semelhante.

Sim, para ele, o santo é quem crê; é quem busca a verdade e a humildade.

Santidade, para Jesus, é simplicidade e gratidão. E, conforme Jesus, o santo é alguém livre para amar... Quanto mais santo se é, mais voltado se fica para o próximo e menos egoísta se torna o Ser. Por quê? Ora, porque aumentando a consciência na Graça, aumenta naquele que recebeu de Graça, a vontade de doar Graça.

E assim, a Graça opera a Lei do Amor: quem recebeu perdão, perdoa, quem recebeu graça, derrama graça, quem não foi julgado, porque Jesus foi julgado em seu lugar, esse tal não julga: “Perdoa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos as nossos devedores.

Pr Caio Fábio

Ex-interno afirma que fazia sexo com padre Júlio


KLEBER TOMAZROGÉRIO PAGNAN

Da Folha de S.Paulo


O ex-interno da Febem Anderson Marcos Batista, 25, acusado de extorsão pelo padre Júlio Lancelotti, 58, disse à polícia que manteve um relacionamento homossexual com o religioso por cerca de oito anos em troca de dinheiro e negou ter praticado extorsão.


"Era tudo presente", disse o advogado de Batista, Nelson Bernardo da Costa, 49, que deu detalhes do depoimento. A reportagem não teve acesso aos documentos, mas a polícia confirmou que as declarações do ex-interno foram nessa linha. Procurado ontem, padre Júlio não quis comentar o assunto. Seu advogado, o ex-deputado petista Luiz Eduardo Greenhalgh --ligado à Igreja--, disse que o religioso é uma vítima.


Batista foi detido na noite de sexta no centro de São Paulo, com a sua mulher, Conceição Eletério, 44, e Evandro dos Santos Guimarães, 28 -irmão de Everson dos Santos Guimarães, 26, preso em flagrante em 6 de setembro, sob a mesma acusação. O trio estava foragido desde 9 de outubro.


Em agosto, o padre procurou a polícia para denunciar Batista. Disse que o ex-interno o chantageava e fazia ameaças, entre elas que iria denunciá-lo falsamente por pedofilia.
Na ocasião, padre Júlio disse ter pago R$ 50 mil a Batista, em três anos. Na última terça, ele corrigiu o valor para R$ 80 mil.


Ontem, o advogado do religioso disse estimar em R$ 140 mil a R$ 150 mil a quantia repassada. Lancelotti afirma ter entregue o dinheiro por medo de ser agredido pelo grupo e, ainda, por crer que "poderia mudar as pessoas que o extorquiam". Costa disse que a quantia repassada pelo padre a seu cliente foi de R$ 600 mil a R$ 700 mil em oito anos. Com esse dinheiro, segundo o advogado, o ex-interno comprou carros de luxo e uma casa.


O delegado André Luiz Pimentel disse que todos os detalhes narrados serão investigados, inclusive com o pedido de quebra do sigilo de uma conta bancária citada por Batista e atribuída a Lancelotti.


Batista, segundo o advogado, não tem provas documentais do suposto relacionamento sexual com o padre, mas teria descrito detalhes do corpo do religioso que poderiam ser comprovados.
De acordo com Costa, seu cliente disse que as relações sexuais passaram de um abuso, durante a adolescência, para um consentimento, no início da fase adulta. Por essa versão, Lancelotti teria ficado com ciúmes do casamento do ex-interno, há cerca de um ano. "[Batista] Tinha uma amizade que se tornou um relacionamento sexual [com o padre].


Ele [o ex-interno] disse que aos 16, 17 anos foi abusado sexualmente pelo padre. Ele disse isso taxativamente", relatou Costa. Ainda segundo o advogado, Batista declarou que as relações ocorriam após as missas celebradas pelo padre Júlio.


"Ele afirmou que, muitas vezes, [mantinha relações] nos fundos da igreja, num quartinho. Ele até citou os móveis que lá existem", disse ele. Segundo Costa, seu cliente relatou ter conhecimento de que o padre tinha relações sexuais com outros adolescentes, também da antiga Febem.


O advogado afirmou que o dinheiro que Batista recebia do padre era "de bom grado". "No começo, ele [padre] fornecia roupas, algumas coisas", disse Costa. O ex-interno, segundo seu advogado, disse no depoimento não saber informar de onde vinha o dinheiro que recebia do religioso -que ganha cerca de R$ 3.000 por mês. Costa afirmou que, em 2001, teve os honorários (no valor de R$ 6.000) pagos pelo padre Júlio para defender Anderson em um processo por homicídio -ainda em andamento.

Do Site:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u340487.shtml

sábado, 27 de outubro de 2007

Arquidiocese divulga nota de apoio ao padre Júlio


Dom Odilo Scherer lamenta o fato de o religioso, de vítima, estar se tornando réu. Padre, vítima de extorsão, pode ter o sigilo quebrado pela polícia.




Do G1, em São Paulo




A Arquidiocese de São Paulo divulgou nota, na tarde deste sábado (27), manifestando apoio ao padre Júlio Lancelotti. Assinada por dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, a nota diz que são levianas as acusações feitas contra o religioso. Neste sábado, o advogado de um ex-interno da Febem acusado de extorquir dinheiro do padre disse que os dois tinham um "relacionamento sexual".





Dom Odilo diz que o trabalho de Lancelotti é valioso e que, lamentavelmente, de vítima ele está se transformando em réu.





Na tarde deste sábado, a polícia afirmou que estuda a possibilidade de quebrar o sigilo bancário do Padre Júlio Lancelotti para apurar os depoimentos dados pelos presos acusados de extorquir dinheiro dele. O homem acusado de comandar o esquema, o ex-interno da Febem Anderson Marcos Batista, disse que recebeu R$ 700 mil do padre nos últimos anos.





O advogado do suspeito, Nelson Bernardo da Costa, disse que nunca houve extorsão. “Nunca houve extorsão. Ele [Batista] tinha uma amizade que se tornou relacionamento sexual.” O delegado André Pimentel, do Setor de Investigações Gerais (SIG) da 5ª Seccional, disse que não há comprovação das acusações feitas pelo advogado de Batista. "Até agora o padre é vítima", afirmou Pimentel.





Leia a íntegra da nota de dom Odilo Scherer:





"A Arquidiocese de São Paulo manifesta sua satisfação pelo trabalho de investigação da polícia que resultou na prisão de várias pessoas acusadas de atos de chantagem e extorsão contra o padre Júlio Lancelotti. Esse era um passo muito esperado e necessário para o prosseguimento das investigações e para que a verdade sobre as suspeitas levantadas contra o Padre possa aparecer.




Por outro lado, causam grande perplexidade as acusações levianas feitas contra o padre Júlio, que é bem conhecido, há muito tempo, e sempre esteve em evidência na cidade de São Paulo; seu trabalho social foi sempre devidamente monitorado por quem de direito. Com seu valioso trabalho social em benefício de numerosas pessoas que vivem em condições de total exclusão social e, muitas vezes, em situações de marginalidade, e com seu trabalho religioso, ele sempre buscou ajudar essas pessoas a recuperarem sua dignidade, para uma adequada re-inserção social. Para isso, ele teve e tem o incentivo e o apoio da Igreja e também de grande parte da sociedade.





É bom recordar que foi o próprio Padre Júlio quem apresentou a denúncia à polícia de ele que estava sendo vítima de extorsão e, para isso, era chantageado, mediante a ameaça da acusação de pedofilia. Sobre isso foi recolhido farto material comprobatório. Lamentavelmente, de vítima, agora ele está sendo transformado em réu.





Toda pessoa deve ser considerada inocente, até provas em contrário. Aos acusadores cabe a responsabilidade de apresentar provas convincentes para suas acusações. E ninguém pode ser condenado, mesmo na opinião pública, antes do processo formal e sem ter tido a possibilidade ampla de defesa.





Padre Júlio tem a solidariedade da Arquidiocese de São Paulo, que confia no trabalho da justiça e estará acompanhando as investigações. São Paulo, 27 de outubro de 2007 D.Odilo Pedro Scherer Arcebispo de São Paulo"

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

A MÁSCARA DO ECUMENISMO CAIU

Este Texto, é uma cópia em sua íntegra, que tem como fonte o Site: http://www.cpr.org.br/bn-mascara-ecumenismo.htm

Pr. José Barbosa de Sena Neto
E-mail: pastorbarbosaneto@yahoo.com.br - Na internet: http://cpr.org.br/prbarbosaneto.htm



Este movimento começou no século XIX, entre os protestantes liberais. O Papa João XXIII (1958-1963) afirmou que um dos seus objetivos seria o ecumenismo com as igrejas protestantes, e nos anos 1962/1963, em pleno andamento do Concílio Vaticano II, ele propôs que aquele conclave fizesse uma profunda revisão de sua postura, mas diametralmente oposta ao ecumenismo protestante como estava até então sendo praticado, no entanto, favorável ao unionismo das Igrejas Cristãs sob “o báculo de Pedro”.



Está mais do que claro que o objetivo do ecumenismo é tentar a qualquer custo barrar o crescimento das igrejas evangélicas, destacando este alvo direcionado às igrejas pentecostais e, agora por último, contra o assustador crescimento das assim chamadas ‘igrejas neo-pentecostais’. Com este propósito, nas últimas décadas, a Igreja de Roma tem aparentemente favorecido em alguns de seus setores o avanço do movimento ecumenista, com medo deste quadro existente.



Não se enganem e nem se deixem ser enganados, mas o Catolicismo Romano tem agido durante 16/17 séculos escravizando, corrompendo, enganando e destruindo as pessoas que se atravessam no seu caminho e atrapalham os seus objetivos. O Catolicismo Romano se faz passar pela verdadeira Igreja fundada e estabelecida por Cristo, mas a história registra que ela teve sua fundação por Constantino, o Grande, no século IV da era cristã, quando se tornou um poder temporal através da falsa “Doação de Constantino”, de Roma e da Itália Central, quando a Igreja atravessou um dos mais negros períodos de sua história.



Aos ingênuos defensores do ecumenismo tenho a afirmar que a Igreja Católica Romana não mudou e não mudará nunca jamais, mas está silenciosamente preparando uma conspiração de âmbito mundial, a fim de se apossar do mundo inteiro, desde que perdeu o controle total da humanidade, a partir do século XVI, quando a Reforma Protestante trouxe a luz da infalível Palavra de Deus aos que precisavam e ainda precisam conhecer a liberdade que existe no Evangelho de Jesus (João 8.32).



Muita gente julga que o Index foi extinto depois do Concílio Vaticano II, porém a verdade é que tudo o que foi dogmatizado no Concílio de Trento (século XVI) ainda continua em pleno vigor nessa igreja, sob o disfarce do ecumenismo, inclusive o dogma de que todos os hereges (agora “irmãos separados”) devem ser sumariamente liquidados, pois assim foi escrito e continua em pleno vigor: “Os católicos romanos não têm apenas o direito, mas também o dever de matar todos os hereges... Excomungamos e anematizamos toda heresia que se levanta contra a santa fé católica, condenando todos os hereges conhecidos como tal, qualquer que seja o seu nome. Pois embora os seus rostos sejam diferentes, todos são coniventes entre si. Assim como são condenados, devem ser entregues nas mãos dos poderes seculares existentes, a fim de que receberem o merecido castigo”.



Leiam o que escreveu Avro Manhattan, jornalista e escritor, que nasceu na Inglaterra, em 1914, e que foi um dos homens mais destemidos deste século, o qual enfrentou o Catolicismo Romano de frente, escrevendo mais de 20 livros analisando as entranhas da Igreja de Roma, sendo o mais conhecido “O Vaticano na Política Mundial”: “O movimento ecumênico embora aparentemente fascinante, tem se demonstrado apenas como um outro “cavalo de Tróia”, através do qual o poder católico, disfarçado em trajes contemporâneos, continua a provar que a Igreja Católica Romana está mais ativa do que nunca. Os exemplos chocantes do terrorismo católico contemporâneo, ocorrido em Malta e no Vietnã, muitos dos quais tiveram lugar durante o reinado do “bondoso” Papa João XXIII e, também, sob o pontificado do Papa Paulo VI, não precisam de elucidações. Elas são as provas mais condenatórias de sua alegada liberalização, fraternidade e atualização, basicamente não mudou sequer um til”. Pensem sobre estas palavras...



Nunca devemos nos esquecer do que a História registrou. Nos idos de 1792, um pastor protestante foi condenado à morte, na França. Por quê? Porque era simplesmente protestante! Por quem? Pela Igreja de Roma, a “santa madre Igreja”!! Sim, pela mesma Igreja que agora finge amar os seus queridos “irmãos separados”!



De fato, a tortura ainda estava vigorando em todos os tribunais da chamada “Santa Inquisição”, quando o papa de então foi forçado a abolir a mesma, em 1816. Foi Napoleão, ao entrar em Madri em 1808, quem aboliu a Inquisição. Quando o parlamento espanhol, em 1813, declarou-a incompatível com a Constituição, o Vaticano protestou. O supercatólico rei Frederico VIII a restaurou em 1814, com o aval de Roma, mas foi suprimida, finalmente, em julho de 1834. O Vaticano protestou porque estava convencido, como no passado, de que tinha o direito de impor a sua verdade. Os apologistas da Igreja de Roma asseguram ao mundo contemporâneo que os horrores da Inquisição jamais se repetirá. Mas o Estado católico da Croácia provou que eles estavam mentindo! O golpe tentado na Hungria, quando o Vaticano tentou estabelecer um Estado católico totalitário, provou que estavam mentindo! O terrorismo católico no Vietnã provou que estavam mentindo! O terrorismo católico, na Irlanda católica, tem provado que estavam mentindo!



O fato de a Igreja de Roma desposar tão repentinamente o ecumenismo foi e é um método enganoso de fazer o povo do mundo inteiro esquecer que o seu espírito básico de intolerância ainda permanece dentro dela. Devemos nos lembrar de que, se a Inquisição foi abolida, e contra a vontade dela, somente em séculos recentes, o “Santo Ofício”, seu inspirador e instrumento, foi “abolido” somente há alguns anos... Na realidade, o “Santo Ofício” ainda está operando a todo vapor, disfarçado sob o nome falacioso de “Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé” dentro das paredes silenciosas do Vaticano até os dias de hoje, cujo seu prefeito por longos anos foi o todo-poderoso cardeal alemão Joseph Ratzinger, o qual no reinado do falecido João Paulo II, foi sempre o homem-forte da cúria romana, hoje Papa Bento XVI. Não se esqueçam disto jamais!



Foi este então cardeal que escreveu e assinou o documento “Dominus Iesus”- Senhor Jesus – há mais de quatro anos, com a devida chancela do já decrépito e recém falecido João Paulo II, o qual a mídia o retratou como “o cúmulo do desprezo pelos demais cristãos”, cujo este documento veio tirar a verdadeira máscara do ecumenismo praticado pela Igreja de Roma. Gostaria de contemplar o rosto dos baluartes do ecumenismo! Pois naquele documento, a assim chamada “santa madre Igreja” se diz “a única detentora do caminho que leva à salvação” e diz com todas as letras, que grupos como protestantes e ortodoxos sequer devem ser chamados de ‘cristãos’!



Finalmente, não vamos nos enganar com o ecumenismo! O conhecidíssimo teólogo católico beneditino, dom Estevão Bittencourt, um dos mais respeitados pensadores católicos do Brasil de nossos dias, declarou em seu recente livro publicado (“Igreja Católica, denominações cristãs e correntes religiosas”) que “a Igreja de Cristo compreende todas as denominações, mas só subsiste plenamente na Igreja Católica Apostólica Romana. As denominações não-católicas estão em comunhão imperfeita com a Igreja de Cristo. O Espírito Santo fará com que descubram o caminho de volta à comunhão integral”, isto é, o caminho da subserviência do báculo papal! Os evangélicos ingênuos, têm sido enganados com o tolo pensamento de que a Igreja de Roma mudou para melhor e agora ama todos os “irmãos separados”, mas ledo engano! Roma não muda! Roma locuta, causa finita!




* Foi sacerdote católico romano durante 22 anos consecutivos e é autor do livro “Confissões Surpreendentes de um ex-Padre”

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Documentos do Vaticano

Na Integra:


Congregação para a Doutrina da Fé: Respostas a questões relativas a alguns aspectos da doutrina sobre a Igreja

(10/7/2007) É de todos conhecida a importância que teve o Concílio Vaticano II para um conhecimento mais profundo da eclesiologia católica, quer com a Constituição dogmática Lumen gentium quer com os Decretos sobre o Ecumenismo (Unitatis redintegratio) e sobre as Igrejas Orientais (Orientalium Ecclesiarum). Muito oportunamente, também os Sumos Pontífices acharam por bem aprofundar a questão, atendendo sobretudo à sua aplicação concreta: assim, Paulo VI com a Carta encíclica Ecclesiam suam (1964) e João Paulo II com a Carta encíclica Ut unum sint (1995).

O sucessivo trabalho dos teólogos, tendente a ilustrar com maior profundidade os múltiplos aspectos da eclesiosologia, levou à produção de uma vasta literatura na matéria. Mas, se o tema se revelou deveras fecundo, foi também necessário proceder a algumas chamadas de atenção e esclarecimentos, como aconteceu com a Declaração Mysterium Ecclesiae (1973), a Carta aos Bispos da Igreja Católica Communionis notio (1992) e a Declaração Dominus Iesus (2000), todas elas promulgadas pela Congregação para a Doutrina da Fé.

A complexidade estrutural do tema, bem como a novidade de muitas afirmações, continuam a alimentar a reflexão teológica, nem sempre imune de desvios geradores de dúvidas, a que esta Congregação tem prestado solícita atenção. Daí que, tendo presente a doutrina íntegra e global sobre a Igreja, entendeu ela dar com clareza a genuína interpretação de algumas afirmações eclesiológicas do Magistério, por forma a que o correcto debate teológico não seja induzido em erro, por motivos de ambiguidade.

Respostas às questões

Primeira questão: Terá o Concílio Ecuménico Vaticano II modificado a precedente doutrina sobre a Igreja?

Resposta: O Concílio Ecuménico Vaticano II não quis modificar essa doutrina nem se deve afirmar que a tenha mudado; apenas quis desenvolvê-la, aprofundá-la e expô-la com maior fecundidade.

Foi quanto João XXIII claramente afirmou no início do Concílio. Paulo VI repetiu-o e assim se exprimiu no acto de promulgação da Constituição Lumen gentium: “Não pode haver melhor comentário para esta promulgação do que afirmar que, com ela, a doutrina transmitida não se modifica minimamente. O que Cristo quer, também nós o queremos. O que era, manteve-se. O que a Igreja ensinou durante séculos, também nós o ensinamos. Só que o que antes era perceptível apenas a nível de vida, agora também se exprime claramente a nível de doutrina; o que até agora era objecto de reflexão, de debate e, em parte, até de controvérsia, agora tem uma formulação doutrinal segura”. Também os Bispos repetidamente manifestaram e seguiram essa mesma intenção.

Segunda questão: Como deve entender-se a afirmação de que a Igreja de Cristo subsiste na Igreja católica?

Resposta: Cristo “constituiu sobre a terra” uma única Igreja e instituiu-a como “grupo visível e comunidade espiritual”, que desde a sua origem e no curso da história sempre existe e existirá, e na qual só permaneceram e permanecerão todos os elementos por Ele instituídos. “Esta é a única Igreja de Cristo, que no Símbolo professamos como sendo una, santa, católica e apostólica […]. Esta Igreja, como sociedade constituída e organizada neste mundo, subsiste na Igreja Católica, governada pelo Sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele”.

Na Constituição dogmática Lumen gentium 8, subsistência é esta perene continuidade histórica e a permanência de todos os elementos instituídos por Cristo na Igreja católica, na qual concretamente se encontra a Igreja de Cristo sobre esta terra.

Enquanto, segundo a doutrina católica, é correcto afirmar que, nas Igrejas e nas comunidades eclesiais ainda não em plena comunhão com a Igreja católica, a Igreja de Cristo é presente e operante através dos elementos de santificação e de verdade nelas existentes, já a palavra “subsiste” só pode ser atribuída exclusivamente à única Igreja católica, uma vez que precisamente se refere à nota da unidade professada nos símbolos da fé (Creio… na Igreja “una”), subsistindo esta Igreja “una” na Igreja católica.

Terceira questão: Porque se usa a expressão “subsiste na”, e não simplesmente a forma verbal “é”?

Resposta: O uso desta expressão, que indica a plena identidade da Igreja de Cristo com a Igreja católica, não altera a doutrina sobre Igreja; encontra, todavia, a sua razão de verdade no facto de exprimir mais claramente como, fora do seu corpo, se encontram “diversos elementos de santificação e de verdade”, “que, sendo dons próprios da Igreja de Cristo, impelem para a unidade católica”.

“Por isso, as próprias Igrejas e Comunidades separadas, embora pensemos que têm faltas, não se pode dizer que não tenham peso ou sejam vazias de significado no mistério da salvação, já que o Espírito se não recusa a servir-se delas como de instrumentos de salvação, cujo valor deriva da mesma plenitude da graça e da verdade que foi confiada à Igreja católica”.

Quarta questão: Porque é que o Concílio Ecuménico Vaticano II dá o nome de “Igrejas” às Igrejas orientais separadas da plena comunhão com a Igreja católica?

Resposta: O Concílio quis aceitar o uso tradicional do nome. “Como estas Igrejas, embora separadas, têm verdadeiros sacramentos e sobretudo, em virtude da sucessão apostólica, o Sacerdócio e a Eucaristia, por meio dos quais continuam ainda unidas a nós por estreitíssimos vínculos”, merecem o título de “Igrejas particulares ou locais” , e são chamadas Igrejas irmãs das Igrejas particulares católicas.

“Por isso, pela celebração da Eucaristia do Senhor em cada uma destas Igrejas, a Igreja de Deus é edificada e cresce”. Como porém a comunhão com a Igreja católica, cuja Cabeça visível é o Bispo de Roma e Sucessor de Pedro, não é um complemento extrínseco qualquer da Igreja particular, mas um dos seus princípios constitutivos internos, a condição de Igreja particular, de que gozam essas venerandas Comunidades cristãs, é de certo modo lacunosa.

Por outro lado, a plenitude da catolicidade própria da Igreja, governada pelo Sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele, encontra na divisão dos cristãos um obstáculo à sua realização plena na história.

Quinta questão: Por que razão os textos do Concílio e do subsequente Magistério não atribuem o título de “Igreja” às comunidades cristãs nascidas da Reforma do século XVI?

Resposta: Porque, segundo a doutrina católica, tais comunidades não têm a sucessão apostólica no sacramento da Ordem e, por isso, estão privadas de um elemento essencial constitutivo da Igreja. Ditas comunidades eclesiais que, sobretudo pela falta do sacerdócio sacramental, não conservam a genuína e íntegra substância do Mistério eucarístico, não podem, segundo a doutrina católica, ser chamadas “Igrejas” em sentido próprio.

O Santo Padre Bento XVI, na Audiência concedida ao abaixo-assinado Cardeal Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, ratificou e confirmou estas Respostas, decididas na Sessão ordinária desta Congregação, mandando que sejam publicadas.

Roma, Sede da Congregação para a Doutrina da Fé, 29 de Junho de 2007, Solenidade dos Apóstolos São Pedro e São Paulo.

William Cardeal Levada

Prefeito

+ Ângelo Amato, SDB,

Arcebispo tit. de Sila

Secretário

COMENTÁRIO

àsRespostas a questões relativas a alguns aspectos da doutrina

sobre a Igreja

As diversas questões, a que a Congregação para a Doutrina da Fé procura dar resposta, incidem sobre a visão geral da Igreja come emerge dos documentos de carácter dogmático e ecuménico do Concílio Vaticano II, o Concílio “da Igreja sobre a Igreja”, que, para usar as palavras de Paulo VI, marcou uma “nova época para a Igreja”, pelo mérito que teve de “ter traçado e mostrado melhor o vulto genuíno da Esposa de Cristo”. Não faltam, por outro lado, referências aos principais documentos dos Papas Paulo VI e João Paulo II e às intervenções da Congregação para a Doutrina da Fé, todos inspirados numa visão cada vez mais profunda da própria Igreja e, muitas vezes, com o objectivo de ajudar a esclarecer a notável produção teológica post-conciliar, não sempre isenta de desvios e inexactidões.A mesma finalidade reflecte-se no presente documento, com que a Congregação entende recordar o significado autêntico de algumas intervenções do Magistério em matéria de eclesiologia, para que a sã investigação teológica não venha a ser vítima de erros ou de ambiguidades. A esse respeito, tenha-se presente o género literário das “Responsa ad quaestiones”, que, por sua natureza, não contêm argumentações destinadas a comprovar a doutrina exposta, mas apenas recordam o precedente Magistério e, portanto, entendem dizer uma palavra certa e segura em matéria.

A primeira questão é se o Vaticano II modificou a precedente doutrina sobre a Igreja.A pergunta tem a ver com o significado do “novo vulto” da Igreja que, segundo as citadas palavras de Paulo VI, o Vaticano II ofereceu. A resposta, baseada no ensinamento de João XXIII e Paulo VI, é muito explícita: o Vaticano II não entendeu modificar, e de facto não modificou, a precedente doutrina sobre a Igreja; o que fez foi aprofundá-la e expô-la de forma mais orgânica. Nesse sentido devem tomar-se as palavras de Paulo VI na sua alocução de promulgação da Constituição Dogmática conciliar Lumen gentium, onde afirma que a doutrina tradicional não foi minimamente modificada, mas simplesmente “o que antes era perceptível apenas a nível de vida, agora também se exprime claramente a nível de doutrina; o que até agora era objecto de reflexão, de debate e, em parte, até de controvérsia, agora tem uma formulação doutrinal segura”.Da mesma maneira, há continuidade entre a doutrina exposta pelo Concílio e a recordada nas sucessivas intervenções do Magistério, que retomaram e aprofundaram a mesma doutrina, contribuindo ao mesmo tempo para o seu progresso. Neste sentido e por exemplo, a Declaração da Congregação para a Doutrina da Fé Dominus Iesus mais não fez que retomar os textos conciliares e os documentos post-conciliares, sem nada lhes acrescentar ou tirar. Não obstantes estas claras afirmações, no período post-conciliar a doutrina do Vaticano II foi objecto, e continua a sê-lo, de interpretações desviantes e em descontinuidade com a doutrina católica tradicional sobre a natureza da Igreja: se, por um lado, ela era vista como “mudança coperniciana”, por outro, deu-se uma concentração sobre alguns aspectos considerados quase contrapostos a outros. Na realidade, a clara e profunda intenção do Concílio Vaticano II era de inserir e subordinar o tema da Igreja ao tema de Deus, propondo uma eclesiologia no sentido propriamente teo-lógico, mas o acolhimento do Concílio muitas vezes esqueceu esta característica qualificante em favor de afirmações eclesiológicas isoladas e concentrou-se sobre palavras isoladas de fácil compreensão, favorecendo leituras unilaterais e parciais da própria doutrina conciliar. Por quanto diz respeito à eclesiologia da Lumen gentium, mantiveram-se na consciência eclesial algumas palavras-chave: a ideia de povo de Deus, a colegialidade dos Bispos como reavaliação do ministério dos bispos juntamente com o primado do Papa, a reavaliação das Igrejas particulares dentro da Igreja universal, a abertura ecuménica do conceito de Igreja e a abertura às outras religiões; enfim, a questão do estatuto específico da Igreja Católica, que se exprime na fórmula, segundo a qual, a Igreja una, santa, católica e apostólica, de que fala o Credo, subsistit in Ecclesia catholica.Algumas destas afirmações, especialmente a do estatuto específico da Igreja católica com os seus reflexos no campo ecuménico, constituem as principais temáticas enfrentadas pelo documento nas questões sucessivas.

A segunda questão é como se deve entender que a Igreja de Cristo subsiste na Igreja católica.Quando G. Philips escreveu que a expressão “subsistit in” faria “correr rios de tinta”, provavelmente não previa que a discussão haveria de continuar por tanto tempo e com tal intensidade, a ponto de levar a Congregação para a Doutrina da Fé a publicar o presente documento.Uma tamanha insistência, aliás fundada em textos conciliares e do Magistério successivo citados, reflecte a preocupação de salvaguardar a unidade e unicidade da Igreja, que viriam a faltar, se se admitisse que possam existir mais subsistências da Igreja fundada por Cristo. De facto, como se diz na Declaração Mysterium Ecclesiae, se assim fosse, chegar-se-ia a imaginar “a Igreja de Cristo como a soma – diferenciada e, de algum modo, unitária ao mesmo tempo – das Igrejas e Comunidades eclesiais” ou a “pensar que a Igreja de Cristo hoje já não existe em parte alguma e que, portanto, deva ser só objecto de procura da parte de todas as Igrejas e comunidades”. A única Igreja de Cristo já não existiria como una na história ou existiria apenas de forma ideal, ou seja in fieri, numa futura convergência ou reunificação das diversas Igrejas irmãs, desejada e promovida pelo diálogo.Mais explícita ainda é a Notificação da Congregação para a Doutrina da Fé sobre os escritos de Leonardo Boff, segundo o qual, a única Igreja de Cristo “pode também subsistir noutras Igrejas cristãs”. Invés – observa a Notificação –, “o Concílio adoptou a palavra ‘subsistit’, precisamente para esclarecer que existe uma só ‘subsistência’ da verdadeira Igreja, ao passo que, fora da sua composição visível, existem apenas “elementa Ecclesiae”, que – por serem elementos da própria Igreja – tendem e conduzem para Igreja católica”.

A terceira questão é porque se empregou a expressão “subsistit in” e não o verbo “est”.Foi precisamente esta mudança de terminologia, na descrião da relação entre a Igreja de Cristo e a Igreja católica, que deu ocasião às mais diversas ilações, sobretudo no campo ecuménico. Na realidade, os Padres conciliares simplesmente entenderam reconhecer a presença, nas Comunidades cristãs não católicas enquanto tais, de elementos eclesiais próprios da Igreja de Cristo. Daí resulta que a identificação da Igreja de Cristo com a Igreja católica não se deve entender come se, fora da Igreja católica, exista um “vazio eclesial”. Ao mesmo tempo, significa que, se se considera o contexto em que se situa a expressão subsistit in, ou seja, a referência à única Igreja de Cristo “neste mundo constituída e organizada como uma sociedade… governada pelo sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele”, a passagem do est ao subsistit in não assume especial significado teológico de descontinuidade com a doutrina católica precedente.Ora, porque a Igreja assim querida por Cristo continua de facto a existir (subsistit in) na Igreja Católica, a continuidade de subsistência comporta uma substancial identidade de essência entre Igreja de Cristo e Igreja católica. O Concílio quis ensinar que a Igreja de Jesus Cristo, como sujeito concreto neste mundo, pode ser encontrada na Igreja católica. Isso só se pode realizar uma vez, pelo que a concepção, segundo a qual o “subsistit” deveria multiplicar-se, não traduz propriamente o que se entendia dizer. Com a palavra “subsistit”, o Concílio queria exprimir a singularidade e a não multiplicabilidade da Igreja de Cristo: a Igreja existe como único sujeito na realidade histórica.Portanto, a substituição de “est” com “subsistit in”, contrariamente a tantas interpretações sem fundamento, não significa que a Igreja católica abandone a convicção de ser a única verdadeira Igreja de Cristo, mas simplesmente significa uma sua maior abertura à particular exigência do ecumenismo de reconhecer o carácter e dimensão realmente eclesiais das Comunidades cristãs não em plena comunhão com a Igreja católica, graças aos “plura elementa sanctificationis et veritatis” nelas presentes. Por conseguinte, embora a Igreja seja só uma e “subsista” num único sujeito histórico, também fora deste sujeito visível existem verdadeiras realidades eclesiais.

A quarta questão é porque o Concílio Vaticano II atribuiu o termo “Igrejas” às Igrejas orientais não em plena comunhão com a Igreja católica.Não obstante a explícita afirmação de que a Igreja de Cristo “subsiste” na Igreja católica, o reconhecer que também fora do seu organismo vital se encontram “vários elementos de santificação e de verdade”, comporta um carácter eclesial, embora diversificado, das Igrejas ou Comunidades eclesiais não católicas. Elas, com efeito, “não são absolutamente vazias de peso e de significado”, no sentido que “o Espírito de Cristo não se recusa a servir-se delas como de instrumentos de salvação” .O texto toma em consideração, antes de mais, a realidade das Igrejas Orientais não em plena comunhão com a Igreja Católica, e, recorrendo a diversos textos conciliares, reconhece-lhes o título de “Igrejas particulares ou locais” e chama-as Igrejas irmãs das Igrejas particulares católicas, porque mantêm-se unidas à Igreja católica por meio da sucessão apostólica e da válida Eucaristia, “pelo que nelas a Igreja de Deus é edificada e cresce” (UR 15.1). Antes, a Declaração Dominus Iesus chama-as expressamente “verdadeiras Igrejas particulares”.Embora com este explícito reconhecimento do seu “ser Igreja particular” e do incluído valor salvífico, o documento não podia deixar de sublinhar a carência (defectus), de que as mesmas se ressentem, precisamente no seu ser Igreja particular. De facto, pela sua visão eucarística da Igreja, que põe o acento na realidade da Igreja particular reunida em nome de Cristo na celebração da Eucaristia e sob a guia do bispo, elas consideram as Igrejas particulares completas na sua particularidade. Daí que, salva a fundamental igualdade entre todas as Igrejas particulares e entre todos os bispos que as presidem, cada uma delas tem uma própria autonomia interna, com evidentes reflexos na doutrina do primado, que segundo a fé católica é um “elemento constitutivo interno” para a própria existência de uma Igreja particular. Naturalmente será sempre necessário sublinhar que o primado do Sucessor de Pedro, Bispo de Roma, não deve ser entendido de forma estranha ou concorrente em relação aos Bispos das Igrejas particulares. Deve ser exercido como serviço à unidade da fé e da comunhão, dentro dos limites que procedem da lei divina e da inviolável constituição divina da Igreja contida na Revelação.

A quinta questão é porque não se reconhece o título de Igrejas às Comunidades eclesiais nascidas da Reforma.A tal respeito, deve dizer-se que “a ferida é ainda mais profunda nas comunidades eclesiais que não conservaram a sucessão apostólica e a Eucaristia válida”; portanto, elas “não são Igrejas em sentido próprio”, mas “Comunidades eclesiais”, como atesta o ensinamento conciliar e post-conciliar .Embora estas claras afirmações tenham criado mal-estar nas Comunidades interessadas e também no campo católico, não se vê, por outro lado, como se possa atribuir a essas Comunidades o título de “Igreja”, uma vez que não aceitam o conceito teológico de Igreja no sentido católico e faltam-lhes elementos considerados essenciais pela Igreja católica.Há que ter presente, em todo o caso, que ditas Comunidades, como tais, pelos diversos elementos de santificação e de verdade nelas realmente presentes, têm indubitavelmente um carácter eclesial e um consequente valor salvífico.

Retomando substancialmente o ensinamento conciliar e o Magistério post-conciliar, o novo documento promulgado pela Congregação para a Doutrina da Fé constitui uma clara chamada de atenção para a doutrina católica sobre a Igreja. Para além de arredar visões inaceitáveis, ainda presentes no próprio âmbito católico, o documento oferece preciosas indicações até para se prosseguir no diálogo ecuménico, que continua a ser uma das prioridades da Igreja católica, como confirmou também Bento XVI, já na sua mensagem à Igreja (20 de Abril de 2005) e em tantas outras ocasiões, nomeadamente na sua viagem apostólica à Turquia (28 de Novembro – 1 de Dezembro de 2006). Mas para que o diálogo possa ser verdadeiramente construtivo, além da abertura aos interlocutores, é necessária a fidelidade à identidade da fé católica. Só assim se poderá chegar à unidade de todos os cristãos em “um só rebanho e um só pastor” (Jo 10, 16) e, assim, sarar a ferida que ainda impede a Igreja católica de realizar plenamente a sua universalidade na história.

O ecumenismo católico pode parecer à primeira vista paradoxal. Com a expressão “subsistit in”, o Concílio Vaticano II quis harmonizar duas afirmações doutrinais: por um lado, a de que a Igreja de Cristo, apesar das divisões dos cristãos, continua a existir plenamente só na Igreja católica, e, por outro, a existência de numerosos elementos de santificação e de verdade fora da sua composição, ou seja, nas Igrejas e Comunidades eclesiais que ainda não estão em plena comunhão com a Igreja católica. A tal propósito, o próprio Decreto do Concílio Vaticano II sobre o ecumenismo Unitatis redintegratio tinha introduzido o termo plenitudo (unitatis/catholicitatis), precisamente para ajudar a compreender melhor essa situação de certo modo paradoxal. Embora a Igreja católica tenha a plenitude dos meios de salvação, “contudo, as divisões dos cristãos impedem que a própria Igreja actue a plenitude da catolicidade que lhe é própria naqueles filhos, que embora lhe estejam unidos com o Baptismo, estão separados da plena comunhão com ela”. Trata-se, portanto, da plenitude da Igreja católica, que é já actual e que deve crescer nos fiéis não em plena comunhão com ela, ma também nos próprios filhos que são pecadores, “até que o povo de Deus, na alegria, alcance toda a plenitude da glória eterna, na Jerusalém celeste”. O progresso na plenitude radica-se no dinamismo da união com Cristo: “A união com Cristo é, ao mesmo tempo, união com todos os outros aos quais Ele Se entrega. Eu não posso ter Cristo só para mim; posso pertencer-Lhe somente unido a todos aqueles que se tornaram ou tornarão Seus. A comunhão tira-me fora de mim mesmo projectando-me para Ele e, deste modo, também para a união com todos os cristãos”.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Existe mesmo um céu?

P: "Existe realmente um céu? Como ele se parece? Lá eu poderei ver toda a minha família e amigos que já se foram?"


Nossa R: Sim, existe mesmo um céu de acordo com a Bíblia. O atual céu está numa dimensão diferente e não pode ser visto pelos homens ao menos que Deus lhes revele, o que Ele fez em algumas ocasiões para os Seus profetas (Isaias 6; Ezequiel 1; Daniel 7:9-10; 2Corintios 12:1-4; Apocalipse 1, 4-5). Lá no céu, Deus se encontra no trono e a Bíblia declara que Jesus, o Cordeiro de Deus, está sentado à direita do Pai nesse trono, até que Ele retorne para julgar a Terra e construir Seu reino aqui.


O que muitas pessoas chamam de "céu" é, na verdade, uma cidade eterna que a Bíblia chama de "Nova Jerusalém" (Apocalipse 21:2). "E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já se foram o primeiro céu e a primeira terra, e o mar já não existe" (Apocalipse 21:1). A cidade eterna é descrita assim:


"Eis que o tabernáculo de Deus está com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles. Ele enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas. E o que estava assentado sobre o trono disse, 'Eis que faço novas todas as coisas!'" (Apocalipse 21:3-5)


"A cidade não necessita nem do sol, nem da lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem alumiado, e o Cordeiro é a sua lâmpada." (Apocalipse 21:23)


A nova Jerusalém será a eterna morada do povo de Deus. Sobre esse lugar, a Bíblia fala que "não entrará nela coisa alguma impura, nem o que pratica abominação ou mentira; mas somente os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro" (Apocalipse 21:27).


A Bíblia nos diz que todas as pessoas experimentarão uma ressurreição corpórea da morte, e todos aparecerão diante do banco dos réus para juízo, e Cristo o Juiz, naquele dia os julgará (Apocalipse 20:11-13). Apesar de Jesus no passado ter vindo a Terra como um Salvador, Ele irá agora agir como um Juiz. E todo aquele que não for achado inscrito no livro da vida, será lançado no lago de fogo (Apocalipse 20:14-15).


A idéia de que todos irão para o céu, e de se reencontrar com seus parentes não é uma idéia de maneira alguma bíblica. Pois lá não haverá homem e nem mulher, todos serão como os anjos, disse Jesus; "Porque na ressurreição nem casam nem são dados em casamento; mas serão como os anjos de Deus no céu." (Mateus 22 : 30) Isaias diz: "Porque, eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá mais lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão." (Isaías 65 : 17) Particularmente, Jesus diz que aqueles que acreditarem nele encontrão vida, disse Jesus, "ninguém vem ao Pai senão por Mim" (João 14:6). Apocalipse 7:9 nos conta que, no céu, existirá uma multidão de pessoas de todas as tribos, línguas, povos e nações que herdarão a vida eterna por causa de sua fé em Jesus. É provável que apenas aqueles que se humilharam perante Deus e responderam positivamente a qualquer revelação que Ele tenha lhes dado, permanecerão com Deus por toda a eternidade. Aqueles que rejeitaram a Deus não estarão com Ele.



http://www.suaescolha.com/prforum/ceu2.html?gclid=CLyv1p-r8Y4CFQ9QgAodAwcjMA


Atualizado por:
Domingos Teixeira Costa

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Fé e devoção mobilizam fiéis no Círio de Nazaré




Nossa Senhora de Nazaré recebeu homenagens no trajeto até a Basílica do Santuário. Ruas da capital paraense ficaram tomadas por dois milhões de fiéis.








Do G1, com informações do Bom Dia Brasil









Do G1, com informações do Bom Dia Brasil







Saiba mais








» Círio de Nazaré - 2007
» Círio de Nazaré reúne dois milhões de fiéis neste domingo, estima PM
» Maior procissão do Círio de Nazaré acontece hoje em Belém
» Círio de Nazaré é comemorado desde 1793
» Círio de Nazaré reúne dois milhões de fiéis no Pará
» Sábado é dia de quatro romarias do Círio de Nazaré
» Círio de Nazaré faz primeira romaria nesta sexta
» Círio de Nazaré deve levar 2 milhões de pessoas a Belém
» Círio deve aumentar em 15% movimento no aeroporto de Belém
» Corda do Círio de Nazaré é exposta no Senado
» Corda do Círio de Nazaré faz 'romaria' até Belém








Em Belém, uma tradicional demonstração de fé, com dois milhões de pessoas na ruas da capital paraense. Muitos fiéis foram pedir; outros, apenas agradecer no Círio de Nazaré, uma das maiores festas religiosas do Brasil. Quem viu o Círio pela primeira vez ficou impressionado com a demonstração de fé e a devoção do povo paraense por Nossa Senhora.









Veja o site do Bom Dia Brasil








“Todo mundo assim venerando a Nossa Mãe e pedindo a sua proteção e a sua benção, isso está me comovendo muito”, comentou um senhor. Depois de uma missa celebrada em frente à catedral metropolitana de Belém, a multidão saiu em procissão acompanhando a imagem de Nossa Senhora de Nazaré, padroeira do Pará. Durante o trajeto de quatro quilômetros até a Basílica, a santa recebeu homenagens.







As ruas da capital ficaram tomadas por dois milhões de fiéis. Muitos devotos de Nossa Senhora pagaram promessas e foram agarrados a uma corda. “Vale tudo, qualquer sacrifício por ela”, disse um romeiro.







Mas nem todos resistiram ao calor amazônico. Seu Francisco foi agradecer à santa. Depois que se apegou à Nossa Senhora de Nazaré, diz que nunca mais adoeceu. “Fiquei curado até hoje”, afirmou.







É tanta crença na santa que alguns promesseiros vão ao extremo. Outros só querem agradecer as graças alcançadas. “Vim agradecer à mãe de Jesus pela saúde e também pela vida”, contou um senhor.







Depois de sete horas de procissão, a imagem de Nossa Senhora de Nazaré chega à praça da Basílica, que leva o nome da santa. Está mantida assim uma tradição de 215 anos do Círio de Nazaré. A imagem foi saudada pelos devotos.







Dos Sites:





http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL150240-5598,00-FE+E+DEVOCAO+MOBILIZAM+FIEIS+NO+CIRIO+DE+NAZARE.html



http://news.google.com.br/news?num=30&hl=pt-BR&ned=&ie=utf-8&q=Nossa-Senhora




domingo, 14 de outubro de 2007

O pecado é a "lepra" que desfigura a humanidade, alerta o Papa

Bento XVI

Da Redação


O Papa disse, no Ângelus desta manhã, na praça São Pedro, que "orgulho e egoísmo são a lepra que deturpa as sociedades contemporâneas, gerando ódio e violência". Bento XVI citou a passagem bíblica em que Cristo cura dez leprosos, doença considerada impura e contagiosa e que exigia um ritual de purificação. E completou que "na verdade, a lepra que realmente deturpa o homem e a sociedade é o pecado; o orgulho e o egoísmo, que geram no homem a indiferença, o ódio e a violência".

"Esta lepra do espírito, que desfigura o rosto da humanidade só pode ser curada por Deus" – disse. "Existem dois níveis de cura: um superficial, que cura o corpo; e outro, mais profundo, que toca o íntimo da pessoa, aquilo que a Bíblia chama de 'coração', e dali se irradia para toda a existência" – explicou o pontífice.

"A cura completa e radical é a salvação – disse, destacando que a própria linguagem comum, que distingue saúde de salvação, nos ajuda a entender que a salvação é muito mais do que a saúde: é, com efeito, uma vida nova, plena e definitiva" - explicou aos cerca de 80 mil fiéis presentes esta manhã na grande praça.

Na narração evangélica da cura dos dez leprosos, dos quais apenas um retorna para agradecê-lo (o estrangeiro de Samaria), Jesus pronuncia a frase 'a tua fé te salvou'. E realmente – continuou o Papa explicando a sua reflexão – é a fé que salva o homem, reabilitando-o em sua relação profunda com Deus, com si mesmo e com os outros; e a fé se expressa com a gratidão. Aquele que, assim como o samaritano curado, sabe agradecer, demonstra que sabe que nem tudo é devido: provém de Deus, mesmo quando nos chega através dos homens ou da natureza. A fé comporta a abertura do homem à graça do Senhor; comporta reconhecer que tudo é dom, tudo é graça. Que tesouro enorme se esconde numa só palavra: obrigado!".

Por ocasião dos 90 anos das aparições marianas em Fátima, onde o pontífice enviou o cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado, para presidir as celebrações em seu nome, houve uma conexão televisiva com a nova basílica da Santíssima Trindade. Assim, Bento XVI se dirigiu, ao vivo, aos peregrinos e a todos os presentes reunidos no Santuário português:

"Esta minha Bênção para quantos rezam comigo a oração do Ângelus – fisicamente presentes ou unidos pelos meios de comunicação social – de bom grado a estendo aos peregrinos congregados no Santuário de Fátima, em Portugal. Lá, desde há noventa anos, continuam a ecoar os apelos da Virgem Mãe que chama os seus filhos a viverem a própria consagração batismal em todos os momentos da existência. Tudo se torna possível e mais fácil, vivendo aquela entrega a Maria feita pelo próprio Jesus na cruz, quando disse: "Mulher, eis o teu filho!". Ela é o refúgio e o caminho que conduz a Deus. Sinal palpável desta entrega é a reza diária do terço. Enquanto saúdo o Senhor Cardeal Legado Tarcisio Bertone, o Senhor Bispo de Leiria-Fátima e todo o Episcopado Português, bem como os demais Bispos presentes e cada um dos peregrinos de Fátima, a todos exorto a renovarem pessoalmente a própria consagração ao Imaculado Coração de Maria e a viverem este ato de culto com uma vida cada vez mais conforme à Vontade divina e em espírito de serviço filial e devota imitação da sua celeste Rainha. Nunca esqueçais o Papa!"

A nova igreja estava completamente lotada e milhares de pessoas tiveram que acompanhar a cerimônia fora do edifício. Na homilia da missa, o cardeal Tarcisio Bertone destacou a atualidade de Fátima, "lugar escolhido por Nossa Senhora para oferecer, através dos três Pastorinhos, uma mensagem maternal à Igreja e ao mundo inteiro".

O enviado do Papa mostrou a sua alegria pela profunda veneração pelo Sucessor de Pedro que se respira em Portugal. E disse que, completados noventa anos das aparições, Fátima continua a ser um farol de consoladora esperança, mas também um forte apelo à conversão" - indicou.

Mais de 350 mil pessoas passaram, nestes últimos dias, pelo Santuário de Fátima.

Após sua mensagem aos portugueses, o Papa fez saudações em outras línguas, como o faz todos os domingos. Hoje, o pontífice falou em espanhol, francês, alemão, eslovaco, inglês, polonês, e italiano.

Em polonês, Bento XVI recordou que hoje, a Igreja na Polônia celebra o 'Dia do Papa', uma ocasião para rezar pela beatificação do Servo de Deus João Paulo II, de reflexão sobre seus ensinamentos e de gestos de caridade, como ele amava solicitar. Bento XVI disse aos poloneses que ele se associa a esta iniciativa e abençoa a todos, de coração.

Em italiano, o pontífice voltou a lançar um apelo para que cesse a violência no Iraque, e em particular, para que sejam libertados dois sacerdotes católicos da arquidiocese sírio-católica de Mossul, seqüestrados e ameaçados de morte.

"Apelo aos seqüestradores para que libertem rapidamente os dois padres, e afirmo mais uma vez que a violência não leva a nada" – disse Bento XVI, unindo-se a todos aqueles que têm no coração o futuro da região.

Do Site:

http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=242812