domingo, 7 de outubro de 2007

Bispos católicos consagram Europa a Nossa Senhora de Fátima

Os bispos e cardeais presidentes das Conferências Episcopais Europeias consagraram este fim-de-semana a Europa a Nossa Senhora de Fátima, numa cerimónia que decorreu no santuário mariano português.


A consagração teve lugar no sábado à noite, no final da Procissão das Velas, e marcou o encerramento da reunião magna do Conselho das Conferências Episcopais Europeias (CCEE) que terminou hoje em Fátima, com uma celebração de D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga.


Para o prelado, que é também presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), esta consagração constitui um «momento de comunhão» da hierarquia católica europeia com a devoção mariana de Fátima.


D. Jorge Ortiga recordou que a reunião magna dos episcopados visou debater «as realidades das nossas igrejas da Europa» e das suas «várias dinâmicas».


Durante a cerimónia de consagração, os 36 prelados rezaram a Maria para que olhe pela Igreja na Europa, procurando «viver em paz e em harmonia».


«Dai-nos a graça de acolher os estrangeiros, de seremos generosos com os pobres, os sem casa e os desempregados», rezaram ainda os bispos e cardeais.


Antes da consagração, os bispos assinaram o Livro de Honra do Santuário onde prometeram confiar o «continente à intercessão da Virgem de Fátima», como escreveu o presidente do CCEE, o cardeal Peter Erdö, primaz da Hungria.


Hoje na eucaristia, D. Jorge Ortiga apelou aos católicos para «não terem vergonha» da sua fé e das suas crenças, exortando-os a lutar contra o secularismo da sociedade actual.
«Não nos podemos envergonhar» apesar da «situação difícil da Igreja», explicou o arcebispo de Braga.


Durante a reunião magna, os responsáveis pela Igreja Católica nos vários países europeus mostraram-se preocupados com a crise do casamento tradicional, apesar deste modelo ser considerado o que representa melhor os valores do continente.


O diálogo ecuménico e inter-religioso foi outro dos temas fortes da reunião e os bispos reforçaram o apelo à abertura na relação com outras crenças e confissões religiosas mas sem abdicar de valores que compõem a identidade de cada religião.
Diário Digital / Lusa

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