sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL








Lição 4








25 de Janeiro de 2009








LIÇÕES ESPIRITUAIS DO PÓS-JORDÃO








Texto Áureo - “Disse mais o SENHOR a Josué: Hoje, revolvi de sobre vós o opróbrio cio Egito; pelo que o nome daquele lugar se chamou Gilgal, até ao dia de hoje” (is 5.9).








Verdade Prática – O Senhor nos ensina preciosas lições espirituais através das muitas experiências que nos faz passar com Ele.








HINOS SUGERIDOS: 153, 241, 509.








LEITURA BÍBUCA Josué 4.1-3; 5.2,3, 10-12.








Josué 4:








1 — Sucedeu, pois, que, acabando todo o povo de passar o Jordão, falou

O SENHOR a Josué, dizendo:








2 — Tomai do povo doze homens, de cada tribo um homem,








3 — e mandai-lhes, dizendo: tomai daqui, do meio do Jordão, do lugar do assento dos pés dos sacerdotes, doze pedras; e levai-as convosco à outra banda e depositai-as no alojamento em que haveis de passar esta noite.








Josué 5:








2 — Naquele tempo, disse o SENHOR a Josué: Faze facas de pedra e torna a

circuncidar os filhos de Israel.








3 — Então, Josué fez para si facas de pedra e circuncidou aos filhos de Israel em Gibeate-Haralote.








10 — Estando, pois, os filhos de Israel alojados em Gilgal, celebraram a Páscoa no dia catorze do mês, à tarde, nas campinas de Jericó.








11 — E comeram do trigo da terra, do ano antecedente, ao outro dia depois da Páscoa; pães asmos e espigas tostadas comeram no mesmo dia.








12 — E cessou o maná no dia seguinte, depois que comeram do trigo da terra, do ano antecedente, e os filhos de Israel não tiveram mais maná; porém, no mesmo ano, comeram das novidades da terra de Canaã.








NTRODUÇÃO








Mesmo diante da milagrosa experiência da travessia do Jordão, o povo do Senhor precisava entender que a conquista da Terra Prometida estava apenas começando. Novas provações, embates e acontecimentos sobrenaturais marcariam a vida de cada israelita. Deus haveria de conceder-lhes novas e edificantes lições sobre seu caráter, objetivos e soberania.








I - UÇÕES DO MEMORIAL DE PEDRAS (4.1-24)








1. Dois memoriais (Js 4.3-9). Seguindo a orientação divina,Josué ordenou que dois memoriais fossem erguidos com as pedras retiradas do Jordão: um “no alojamento’ (v.3), e outro “no meio do Jordão” (v.9). A ordem do Senhor era a seguinte: doze homens, um de cada tribo, deveriam recolher doze pedras do Jordão, e com elas edificarem um memorial ao Senhor no acampamento. Essas pedras deveriam ser levadas para Gilgal (Js 4.21-23), lugar onde Israel habitara por algum tempo. Para o segundo memorial, Josué levantou também doze pedras no meio do Jordão, exatamente no lugar do assento dos pés dos sacerdotes que levavam a Arca do Concerto (v.9). Esses monumentos serviriam de sinal do poder de Deus entre eles. Toda vez que os israelitas os contemplassem, lembrar-se-iam da extraordinária obra operada pelo Senhor.








2. O propósito dos memoriais (is 4.2 1). Aqueles monumentos tinham o propósito de lembrar às gerações futuras os feitos milagrosos do Senhor no Jordão: “Quando no futuro vossos filhos perguntarem a seus pais, dizendo: Que significam) estas pedras? fareis saber a vossos filhos dizendo: Israel passou em seco este Jordão”. Deus sempre lembrou a Israel seus grandes livramentos (Êx 12.14; 13.9; 17.14; Dt 6.12). O esquecimento é comum ao ser humano. Facilmente esquecemo-nos das bênçãos que Deus bondosamente nos concede. Israel jamais poderia esquecer-se dos feitos sobrenaturais de Deus operados em seu favor. Sempre que aquele povo contemplasse aqueles memoriais de pedra, se lembraria dos poderosos atos do Senhor, libertando-os do Egito e fazendo-os passar a pés enxutos pelo Mar Vermelho e rio Jordão.








Com esta história aprendemos a lição do nosso dever de relatar às gerações futuras nossas valiosas experiências com Deus. Tudo que o Senhor tem feito em nossas vidas deve ser partilhado com os novos crentes. Devemos erigir nossos “monumentos espirituais”. Se não ensinarmos hoje a Palavra de Deus aos nossos jovens, amanhã assistiremos à degeneração da sociedade (vv. 2 1-23). Precisamos conhecer bem e corretamente as doutrinas da Bíblia e ensiná-las por toda parte, a partir das crianças.








II — LIÇÕES DE GILGAL (5.1-9)








A cidade de Gilgal ficava entre o Jordão e a cidade-fortaleza de Jericó. Foi ali que o povo de Israel acampou depois de cruzar o Jordão, e dali iniciou suas operações militares de conquista da Terra Prometida (Dt 3.18).








1. Gilgal, lugar da renovação do pacto (is 5.1-9). Também foi nesta cidade que Josué renovara o pacto divino estabelecido com Abraão (Gn 17.23-27). Deus ordenara: “torna a circuncidar os filhos de Israel” (v.2). Como podemos ver, a conquista de Canaã estava intrinsecamente vinculada à obediência do povo a Josué. Deus já havia estabelecido com Abraão e seus descendentes um pacto de vitórias nas conquistas na Terra Prometida (Gn 15.17-21).








A circuncisão era uma cirurgia rude, que se fazia com todo homem israelita. Este pacto, além de cumprir certos propósitos higiênicos, éticos e morais, servia também para distinguir o povo de Israel das demais nações. Através da circuncisão, o israelita era separado exclusivamente para Deus. Semelhante a Israel, a Igreja de Cristo também é separada deste mundo, não pela circuncisão física, mas do coração, no espírito humano (Rm 2.29). Conforme Filipenses 3.3, a Igreja de Cristo traz a verdadeira circuncisão, pois serve a Deus no Espírito, gloria-se em Jesus e não confia na carne.








2. Gilgal, lugar de celebração (Js 5.1O-12). A passagem pelo Jordão e a renovação do pacto abraâmico prepararam Israel para a celebração da Páscoa em Gilgal. Desde o êxodo, a Páscoa fora celebrada apenas duas vezes. A primeira ocorreu à noite no Egito, momentos antes da libertação de Israel (Êx 12.1-12), e a segunda, realizou-se no deserto do Sinai (Nm 9.1-5). A celebração da Páscoa em Gilgal se deu antes da conquista de Jericó. Esta festa era comemorada com uma solene ceia familiar, na qual o prato principal era um cordeiro assado (separado e morto para esta ocasião) com ervas amargas e pães asmos. Nesta ocasião, nas campinas de Jericó, Josué contou à nova geração os portentosos atos do Senhor ao libertar o seu povo do Egito, e inaugurou uma nova fase na vida e história de Israel através de uma nova comemoração pascal.








É por meio da Santa Ceia do Senhor que a Igreja também celebra a morte do Cordeiro de Deus Go 1 .29). Neste ritual, o pão e o vinho são símbolos do corpo e do sangue de nosso Senhor Jesus Cristo. Ele é a nossa Páscoa (1 Co 5.7; 11 .23-34).








3 Gilgal, um lugar de provisão (is 5.11,12). Depois da circuncisão da nova geração israelita e da celebração da Páscoa, o povo comeu “do fruto da terra”. O maná diário, concedido pela bondade e misericórdia de Deus, agora não era mais necessário, pois Israel poderia comer do produto da fértil terra de Canaã, conforme a promessa de Deus (Ex 13.5). O Senhor sempre cumpre suas promessas! Ele concede a todo o crente submisso, toda provisão material e espiritual.








III - AS LIÇÕES DA VISÃO DE JOSUÉ (5.13-15)








Deus tem revelado sua vontade aos homens de “muitas maneiras” (Hb 1 .1). No Antigo Testamento, os sonhos e as visões foram as formas mais comuns de sua manifestação. O Eterno manifestou-se a Josué na figura de um comandante dos exércitos do Senhor (v.14).








Estas manifestações divinas são denominadas “teofanias”. O termo procede do grego e significa “manifestação divina”.








1. Deus ainda fala por meio de visões. As manifestações teofânicas do Antigo Testamento não são modelos para a Igreja de hoje, pois temos a revelação da pessoa de Cristo nas Escrituras. Embora os anjos sejam “espíritos ministradores enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação” (Hb 1 .1 4), o cristão não deve viver à procura ou à espera de manifestações angélicas, mas pautar sua vida e chamada ministeriais na Palavra de Deus.








2 A importância da visão para Josué (Js 5.14,1 5). Foi por meio desta visão que o Senhor confirmou mais uma vez a liderança de Josué. A vitória contra os cananeus estava garantida, uma vez que o próprio Deus fazia-se presente entre as tropas israelitas por meio do “príncipe do exército de Israel”. Não eram as estratégias bélicas, ou a força dos valentes que garantiriam a vitória, mas aquEle que é forte e “poderoso na guerra” (SI 2 4.8).








CONCLUSÃO








Nesta lição, aprendemos que a vitória dos israelitas estava condicionada à obediência ao Senhor e à sua Palavra. Deus não apenas cumpriu as promessas que lhes fez no passado, mas assegurou-lhes novas vitórias no futuro. Se formos submissos ao Senhor e a sua Palavra, teremos as mesmas garantias, promessas e vitórias.

Lições Bíblicas, 1° Trimestre, CPAD Rio de Janeiro – 2009.








Transcrição






Costa











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