Lição 4
25 de Janeiro de 2009
LIÇÕES ESPIRITUAIS DO PÓS-JORDÃO
Texto Áureo - “Disse mais o SENHOR a Josué: Hoje, revolvi de sobre vós o opróbrio cio Egito; pelo que o nome daquele lugar se chamou Gilgal, até ao dia de hoje” (is 5.9).
Verdade Prática – O Senhor nos ensina preciosas lições espirituais através das muitas experiências que nos faz passar com Ele.
HINOS SUGERIDOS: 153, 241, 509.
LEITURA BÍBUCA Josué 4.1-3; 5.2,3, 10-12.
Josué 4:
1 — Sucedeu, pois, que, acabando todo o povo de passar o Jordão, falou
O SENHOR a Josué, dizendo:
2 — Tomai do povo doze homens, de cada tribo um homem,
3 — e mandai-lhes, dizendo: tomai daqui, do meio do Jordão, do lugar do assento dos pés dos sacerdotes, doze pedras; e levai-as convosco à outra banda e depositai-as no alojamento em que haveis de passar esta noite.
Josué 5:
2 — Naquele tempo, disse o SENHOR a Josué: Faze facas de pedra e torna a
circuncidar os filhos de Israel.
3 — Então, Josué fez para si facas de pedra e circuncidou aos filhos de Israel em Gibeate-Haralote.
10 — Estando, pois, os filhos de Israel alojados em Gilgal, celebraram a Páscoa no dia catorze do mês, à tarde, nas campinas de Jericó.
11 — E comeram do trigo da terra, do ano antecedente, ao outro dia depois da Páscoa; pães asmos e espigas tostadas comeram no mesmo dia.
12 — E cessou o maná no dia seguinte, depois que comeram do trigo da terra, do ano antecedente, e os filhos de Israel não tiveram mais maná; porém, no mesmo ano, comeram das novidades da terra de Canaã.
NTRODUÇÃO
Mesmo diante da milagrosa experiência da travessia do Jordão, o povo do Senhor precisava entender que a conquista da Terra Prometida estava apenas começando. Novas provações, embates e acontecimentos sobrenaturais marcariam a vida de cada israelita. Deus haveria de conceder-lhes novas e edificantes lições sobre seu caráter, objetivos e soberania.
I - UÇÕES DO MEMORIAL DE PEDRAS (4.1-24)
1. Dois memoriais (Js 4.3-9). Seguindo a orientação divina,Josué ordenou que dois memoriais fossem erguidos com as pedras retiradas do Jordão: um “no alojamento’ (v.3), e outro “no meio do Jordão” (v.9). A ordem do Senhor era a seguinte: doze homens, um de cada tribo, deveriam recolher doze pedras do Jordão, e com elas edificarem um memorial ao Senhor no acampamento. Essas pedras deveriam ser levadas para Gilgal (Js 4.21-23), lugar onde Israel habitara por algum tempo. Para o segundo memorial, Josué levantou também doze pedras no meio do Jordão, exatamente no lugar do assento dos pés dos sacerdotes que levavam a Arca do Concerto (v.9). Esses monumentos serviriam de sinal do poder de Deus entre eles. Toda vez que os israelitas os contemplassem, lembrar-se-iam da extraordinária obra operada pelo Senhor.
2. O propósito dos memoriais (is 4.2 1). Aqueles monumentos tinham o propósito de lembrar às gerações futuras os feitos milagrosos do Senhor no Jordão: “Quando no futuro vossos filhos perguntarem a seus pais, dizendo: Que significam) estas pedras? fareis saber a vossos filhos dizendo: Israel passou em seco este Jordão”. Deus sempre lembrou a Israel seus grandes livramentos (Êx 12.14; 13.9; 17.14; Dt 6.12). O esquecimento é comum ao ser humano. Facilmente esquecemo-nos das bênçãos que Deus bondosamente nos concede. Israel jamais poderia esquecer-se dos feitos sobrenaturais de Deus operados em seu favor. Sempre que aquele povo contemplasse aqueles memoriais de pedra, se lembraria dos poderosos atos do Senhor, libertando-os do Egito e fazendo-os passar a pés enxutos pelo Mar Vermelho e rio Jordão.
Com esta história aprendemos a lição do nosso dever de relatar às gerações futuras nossas valiosas experiências com Deus. Tudo que o Senhor tem feito em nossas vidas deve ser partilhado com os novos crentes. Devemos erigir nossos “monumentos espirituais”. Se não ensinarmos hoje a Palavra de Deus aos nossos jovens, amanhã assistiremos à degeneração da sociedade (vv. 2 1-23). Precisamos conhecer bem e corretamente as doutrinas da Bíblia e ensiná-las por toda parte, a partir das crianças.
II — LIÇÕES DE GILGAL (5.1-9)
A cidade de Gilgal ficava entre o Jordão e a cidade-fortaleza de Jericó. Foi ali que o povo de Israel acampou depois de cruzar o Jordão, e dali iniciou suas operações militares de conquista da Terra Prometida (Dt 3.18).
1. Gilgal, lugar da renovação do pacto (is 5.1-9). Também foi nesta cidade que Josué renovara o pacto divino estabelecido com Abraão (Gn 17.23-27). Deus ordenara: “torna a circuncidar os filhos de Israel” (v.2). Como podemos ver, a conquista de Canaã estava intrinsecamente vinculada à obediência do povo a Josué. Deus já havia estabelecido com Abraão e seus descendentes um pacto de vitórias nas conquistas na Terra Prometida (Gn 15.17-21).
A circuncisão era uma cirurgia rude, que se fazia com todo homem israelita. Este pacto, além de cumprir certos propósitos higiênicos, éticos e morais, servia também para distinguir o povo de Israel das demais nações. Através da circuncisão, o israelita era separado exclusivamente para Deus. Semelhante a Israel, a Igreja de Cristo também é separada deste mundo, não pela circuncisão física, mas do coração, no espírito humano (Rm 2.29). Conforme Filipenses 3.3, a Igreja de Cristo traz a verdadeira circuncisão, pois serve a Deus no Espírito, gloria-se em Jesus e não confia na carne.
2. Gilgal, lugar de celebração (Js 5.1O-12). A passagem pelo Jordão e a renovação do pacto abraâmico prepararam Israel para a celebração da Páscoa
É por meio da Santa Ceia do Senhor que a Igreja também celebra a morte do Cordeiro de Deus Go 1 .29). Neste ritual, o pão e o vinho são símbolos do corpo e do sangue de nosso Senhor Jesus Cristo. Ele é a nossa Páscoa (1 Co 5.7; 11 .23-34).
3 Gilgal, um lugar de provisão (is 5.11,12). Depois da circuncisão da nova geração israelita e da celebração da Páscoa, o povo comeu “do fruto da terra”. O maná diário, concedido pela bondade e misericórdia de Deus, agora não era mais necessário, pois Israel poderia comer do produto da fértil terra de Canaã, conforme a promessa de Deus (Ex 13.5). O Senhor sempre cumpre suas promessas! Ele concede a todo o crente submisso, toda provisão material e espiritual.
III - AS LIÇÕES DA VISÃO DE JOSUÉ (5.13-15)
Deus tem revelado sua vontade aos homens de “muitas maneiras” (Hb 1 .1). No Antigo Testamento, os sonhos e as visões foram as formas mais comuns de sua manifestação. O Eterno manifestou-se a Josué na figura de um comandante dos exércitos do Senhor (v.14).
Estas manifestações divinas são denominadas “teofanias”. O termo procede do grego e significa “manifestação divina”.
1. Deus ainda fala por meio de visões. As manifestações teofânicas do Antigo Testamento não são modelos para a Igreja de hoje, pois temos a revelação da pessoa de Cristo nas Escrituras. Embora os anjos sejam “espíritos ministradores enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação” (Hb 1 .1 4), o cristão não deve viver à procura ou à espera de manifestações angélicas, mas pautar sua vida e chamada ministeriais na Palavra de Deus.
CONCLUSÃO
Nesta lição, aprendemos que a vitória dos israelitas estava condicionada à obediência ao Senhor e à sua Palavra. Deus não apenas cumpriu as promessas que lhes fez no passado, mas assegurou-lhes novas vitórias no futuro. Se formos submissos ao Senhor e a sua Palavra, teremos as mesmas garantias, promessas e vitórias.
Lições Bíblicas, 1° Trimestre, CPAD Rio de Janeiro – 2009.
Transcrição
Costa
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