sábado, 21 de junho de 2008

ESCOLA DOMINICAL





Escola Dominical


LIÇÃO 12 – 22 de Junho de 2008 2º Semestre


Tema:

A união Cristã, o Vínculo da Perfeição


Texto Áureo:

E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.(Atos 2. 42).


Verdade Prática:

O amor é a característica mais forte do verdadeiro cristão. Identifica-o como discípulo de Jesus, realçando ao mundo o vínculo da nossa perfeição.


Hinos sugeridos: ?


Leitura bíblica: 1 Jo 3. 11- 20.

11 - Porque esta é a mensagem que ouvistes desde o princípio: que nos amemos uns aos outros.


12 - Não como Caim, que era do maligno, e matou a seu irmão. E por que causa o matou? Porque as suas obras eram más e as de seu irmão justas.


13 - Meus irmãos, não vos maravilheis, se o mundo vos odeia.


14 - Nós sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos. Quem não ama a seu irmão permanece na morte.


15 - Qualquer que odeia a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele.


16 - Conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos.


17 - Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele o amor de Deus?


18 - Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade.


19 - E nisto conhecemos que somos da verdade, e diante dele asseguraremos nossos corações;


20 - Sabendo que, se o nosso coração nos condena, maior é Deus do que o nosso coração, e conhece todas as coisas.


INTRODUÇÃO

Ronald J Sider descreve, com vivas cores, a comunhão dos santos: “Para os primeiros cristãos, koinonia não era a “comunhão” enfeitada de passeios quinzenais patrocinados pela Igreja. Não era chá, biscoitos e conservas sofisticadas no salão social depois do sermão. Era um compartilhar incondicional de suas vidas com os outros membros do corpo de Cristo”.


  1. O QUE É A COMUNHÃO DOS SANTOS

Do que acima afirmamos, depreende-se: a comunhão dos santos implica, primacialmente, na aceitação plena, por nossa parte, daqueles por quem Cristo morreu. Definamo-la de conformidade com o Novo Testamento.


  1. Definição. De acordo com o Dicionário Teológico (CPAD), comunhão dos santos é o “vínculo espiritual e social estabelecido pelo Espírito Santo entre os que recebem a Cristo como seu Único e Suficiente Salvador. Tendo como base o amor, tal vínculo faz com que os crentes sintam-se ligados num só corpo, do qual Cristo é a cabeça” (Ef 4. 1-16).


  1. A origem da nomenclatura teológica. Embora tal expressão não se encontre nas páginas do Novo Testamento, sua idéia acha-se permeada em toda a Bíblia Sagrada. Ela foi usada, oficialmente, pela primeira vez, pregado por Nicéias de Remesiana por volta de 400.


  1. A COMUNHÃO DOS SANTOS NA BÍBLIA

    A comunhão dos santos é uma expressão biblicamente forte. Quer na comunidade de Israel, quer na Igreja seu conceito histórico-teológico não é uma mera definição; é uma prática que leva o povo de Deus a sentir-se como um só corpo.

  1. A comunhão dos santos em Israel. Nos momentos de emergência nacional, levantavam-se os hebreus como um só homem ( l Sm 11. 7 ; Ed 3. 1 ). Isto mostra que, se um israelita sofria, os demais também sofriam; se uma tribo via-se em perigo, as outras viam-se ameaçadas. A fim de manter o seu povo unido, suscitava o Senhor líderes carismáticos como, por exemplo, Gideão e Davi.

O amor entre nos israelitas era realçado na Lei e nos Profetas ( Lv 19. 18 ). Os hebreus, por exemplos, não podiam emprestar com usura para seus irmãos ( Lv 25. 36 ). Quando da colheita, eram obrigados a deixar, aos seus pobres, as espigas. Foi o que aconteceu à moabita Rute ( Rt 2. 2 ).


    Quando a comunhão dos santos em Israel ere quebrantada, instalava-se a injustiça social, a opressão e a violência (Jr 6. 6). Para conter todas essas misérias, erguia Deus os seus profetas que, madrugando, repreendiam os injustos, buscando reconduzi-los aos princípios da Lei de Moisés (Jr 25. 3). No tempo de Neemias, a tensão social a tal ponto chegou, que os israelitas vendiam-se, a fim de resgatar suas vidas. Alguns acabaram por entregar suas filhas como escravas a povos estrangeiros (Ne 5. 1-7). A comunidade hebréia do Antigo Testamento foi destruída por não mais cultivar a comunhão dos santos.

  1. A comunhão dos santos em o Novo Testamento. Sem a comunhão dos santos não pode haver cristianismo. Todos os escritores do Novo Testamento, a exemplo do Salvador, realçaram a comunhão dos santos.


No sermão do monte Jesus, ensinou a seus discípulos a se amarem uns aos outros; doutra forma: não seriam contados entre seus seguidores. Lucas ilustra, vivamente, como era o cotidiano da comunidade dos discípulos do Nazareno. Aliás, um casal morreu fulminado pelo Senhor por haver infligido o princípio básico da comunhão cristã (At 5. 1-10). Saulo discorre sobre a unidade dos fiéis, descrevendo-a como o vinculo da perfeição (Cl 3. 14). Tiago critica os cristãos que, a pesar de se apresentarem como tais, eram movidos pelo desamor e inspirados por um preconceito social (Tg 2. 1-13).


lll. A COMUNIDADE DOS BENS

A Igreja de Cristo mostra que o que pode fazer o amor de Deus em nossos corações. Um amor, aliás, que se traduz em prática e não em meros conceitos. O que dizer, por exemplo, da comunidade de bens?


  1. Comunidade de bens. Prática observada nos primeiros dias da Igreja, quando os crentes, premidos pelo amor de Deus, “vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade” (At 2. 45).

  1. A história da comunidade de bens. Segundo alguns historiadores, a comunidade de bens nasceu entre os essênicos-seita judaica que floresceu durante o período interbíblico. Todavia, não levaram eles seu projeto adiante, por causa de seu legalismo e falta de amor.

No entanto, a comunidade de bens não somente floresceu entre os cristãos, como também espirou-se por todos os continentes onde o cristianismo é verdadeiramente observado. Hoje a comunidade de bens dos cristãos traduz-se em hospitais, asilos, creches, leprosários etc. Nenhuma outra religião, em toda a história da humanidade, mantém laços tão firmes de amor como o Cristianismo.


  1. VIVER A COMUNHÃO DOS SANTOS

    Observemos, pois, como poderemos viver, em sua plenitude, a comunhão dos santos.


  1. Amando-nos uns aos outros. “Tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente” (1 Pe 1. 22 – ARA).


    2. Empatizando-nos uns com os outros. Significa comungar, sincera e amorosamente, dos sentimentos de nossos irmãos, conforme enfatiza o apóstolo Paulo: “Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram” (Rm 12. 15).

    3.Socorrendo os domésticos na fé. Quem são os domésticos na fé? Se bem atentarmos à epístola que enviou Paulo aos gálatas, verificaremos que são aqueles que fazem parte da família de Deus. Por conseguinte, devem eles ser a nossa prioridade máxima: “Então, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé” (Gl 6. 10).


    4. Orando uns pelos outros. “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados, muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (Tg 5. 16-ARA).


CONCLUSÃO

Não pode haver cristianismo sem a comunhão dos santos; esta, além de ser o vinculo da perfeição, torna visível a unidade da fé. Levemos em conta, também, ser a comunhão dos santos a recomendação que nos faz o Senhor Jesus: Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis” (Jo 13. 34).


Atentemos também a esta declaração do pastor e teólogo inglês Mathew Henry: “Não devemos impor nenhuma condição para a aceitação de nossos irmãos, a não ser as que Deus impôs para aceitá-los”.


Tem você mantido comunhão com os santos? Cultive-a, a fim de tornar-se, verdadeiramente, cristão.




Transcrição do Comentário da Lição 12, para o dia 22 de Junho de 2008



LIÇÕES BÍBLICAS, PARA A ESCOLA DOMINICAL CPAD RJ.



Costa











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