quarta-feira, 11 de junho de 2008

Polícia quer quebrar sigilo telefônico e de MSN de adolescentes desaparecidas

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Polícia quer quebrar sigilo telefônico e de MSN de adolescentes desaparecidas

Ana Lívia Destefani e Giovanna Maresti sumiram na quinta-feira (5) de SP.
Polícia acredita que adolescentes de 15 e 16 anos não foram vítimas de crime.
Luisa Brito Do G1, em São Paulo

Foto: Divulgação
Divulgação
Ana Lívia Destefani Luciano, de 16 anos, e Giovanna Maresti Santana Silva, de 15 anos, desapareceram na quinta-feira (5) (Foto: Divulgação)

A Polícia Civil de São Paulo pediu a quebra do sigilo telefônico e do MSN das jovens Ana Lívia Destefani Luciano, de 16 anos, e Giovanna Maresti Santana Silva, de 15 anos, que desapareceram na quinta-feira (5) após irem a uma sessão de cinema na Rua Augusta, no Centro da capital paulista.

Para a polícia, as jovens não foram vítimas de um crime. Elas fugiram para viver uma aventura de adolescente. “Não houve desaparecimento, é um caso de fuga, uma bravata das meninas”, afirmou o delegado Francisco Magano, da Delegacia de Pessoas Desaparecidas do DHPP.

Segundo a polícia, colegas do colégio Equipe, onde as meninas estudavam, contaram que elas já planejavam fazer uma viagem e inclusive venderam alguns aparelhos eletrônicos, como Ipod e filmadora, para juntar dinheiro.

A família de Giovanna, segundo a polícia, contou que a menina pediu autorização à mãe para viajar com Ana Lívia dias antes de as duas fugirem. Quando a mãe questionou sobre o lugar onde elas ficariam e pediu para telefonar para a família de Ana Lívia, Giovana teria se irritado, brigado com a mãe e dito que não viajaria mais.

De acordo com a polícia, Ana Lívia tinha o costume de viajar sozinha e já havia desaparecido de casa em 2005, quando passou dois dias fora. Já Giovanna, segundo as investigações, tem uma identidade falsificada com a idade alterada como se ela fosse maior de 18 anos.

Uma equipe de policiais está procurando as adolescentes na região da cidade de Gonçalves, em Minas Gerais, lugar que Ana Lívia gostava de ir. A polícia também recebeu relatos de pessoas que viram as garotas na cidade de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, pedindo carona para seguir até Buenos Aires, na Argentina. Nesta quarta, um advogado de Bagé disse ter dado carona às meninas, de Cachoeira do Sul até o trevo de Caçapava do Sul. Ao SPTV, outra pessoal, a biomédica Suzete Carbonel disse ter visto as meninas na cidade de Alegrete (RS), já próximo à fronteira com a Argentina.

Arte G1

Segundo uma mulher que disse ter visto as meninas na tarde da terça-feira (10), elas usavam camiseta e estavam apenas com uma câmera fotográfica, sem mochilas.

De acordo com Magano, o caso não se enquadra no perfil de jovens que são aliciadas para prostituição, pois elas são de classe média alta e teriam esclarecimentos para não se envolver com esse tipo de golpe.

Magano afirmou ainda que a polícia investigou listas de cadáveres e não encontrou nenhum que coincide com as características das jovens. Ele acredita que se elas tivessem sido mortas, a polícia já teria localizado os corpos. “É provável que elas apareçam logo”, disse.

Segundo a investigadora Mara Silvia Moscatelli, a mãe de Giovanna comentou que o rendimento escolar da adolescente havia caído nos últimos quatro meses.

Desaparecimentos
A Polícia Civil de São Paulo registra uma média de 2 mil desaparecimentos por mês em todo o estado. Segundo o delegado Magano, em cerca de 83% dos casos as vítimas são localizadas de imediato, dois ou três dias após a ocorrência. Ainda de acordo com ele, 42% dos desaparecidos têm até 18 anos. São registrados mais casos de desaparecimento de meninas adolescentes, 23,8% do total até 18 anos, do que de garotos.




http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL597669-5605,00-POLICIA+QUER+QUEBRAR+SIGILO+TELEFONICO+E+DE
+MSN+DE+ADOLESCENTES+DESAPARECID.html

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