terça-feira, 23 de agosto de 2011

Guerra Geométrica ou a Geometria da Guerra


por Herman Glanz


– Novas formas de guerra se apresentam, mas que continuam sendo guerra, porque a finalidade é matar gente e um grupo se impor sobre os outros – guerra simétrica, guerra assimétrica, e ainda há a guerra da informação, com a guerra do cinismo e a guerra da realidade. Estamos falando dos recentes ataques a Israel.

Na quinta-feira, aproveitando a situação de descuido da fronteira do Egito, no Sinai, com Gaza e com Israel, terroristas de Gaza foram para o Egito e de lá entraram em Eilat, Israel e mataram 8 israelenses e feriram 40. Era uma fronteira calma, com o Egito de Mubarak controlando o local.

Caiu Mubarak, a Junta governante deixou a fronteira frouxa e Israel não dava a devida proteção ao local devido à tradicional calmaria. E lembremos que no Sinai está estacionada uma Força de Paz da ONU. Israel reagiu, saiu atrás dos terroristas, entrou no Sinai, matou alguns terroristas, entrou em Gaza e matou outros, todos fazendo parte de células terroristas que promovem os ataques a Israel.

Na entrada no Sinai acabaram mortos policiais egípcios, estando em curso uma investigação se as mortes decorreram da ação israelense ou dos terroristas. Evidentemente as Forças de ONU condenaram Israel pela violação da fronteira, mas nada é dito sobre a passagem livre dos terroristas pelo Sinai, que deveria ser impedida tanto pelos egípcios como pelas Forças da ONU.

A entrada de forças egípcias no Sinai não é impedida pela ONU, pois se diz para combater terroristas da al-Keida. Mas já se negocia alterar o tratado com Israel, para permitir certas tropas egípcias no Sinai. A condenação também é assimétrica. Tudo para que Israel não se defenda.

Vejamos como saem as notícias na guerra da informação:

Na primeira página, os jornais apresentam um cabeçalho: ‘Israel invade Gaza e mata palestinos’. No interior dos jornais, no final do caderno, nas páginas de noticias do exterior, se lê que, em reação aos ataques de ‘militantes’, não se fala em terroristas, Israel entra na Faixa de Gaza e mata grupo de células terroristas. Falam, também, na morte de policiais egípcios, da declaração de Israel lamentando as mortes egípcias e do inquérito para apurar responsabilidades. O New York Times coloca que existem vítimas quando ambos os lados trocam fogo, ninguém sabendo do que se passa realmente. Mas fica a notícia da primeira página: ‘Israel ataca a Faixa de Gaza e mata palestinos’. Portanto, o grande público, que só lê as manchetes, fica sabendo que Israel ataca e mata palestinos.

Depois vem o cinismo do Hamas – de Gaza: declara O Hamas considera que, devido ao ataque israelense, fica rompida a trégua com Israel! Que cinismo! Os foguetes caíam permanentemente em Israel, atirados de Gaza, então, que trégua era essa? Perpetraram os ataque no sul de Israel, então tal ataque constituía trégua? Só ontem e hoje já foram mais de 100 foguetes, que mataram um israelense. Mas a notícia sai nos jornais culpando Israel por romper a trégua. No fundo, tanto a ONU como os terroristas querem que Israel não se defenda. O Hamas quer expulsar Abbas, para que não saia em vantagem com a decisão da Assembléia da ONU em setembro próximo. O Conselho de Segurança da ONU ainda não tomou medidas contra essa ofensiva, se é que as tomará. Eis uma nova assimetria, a da mídia. Eis a geometria da guerra. Tudo igual – morram os judeus!

Na Líbia, fala-se que Kadafi está acuado, os rebeldes ganhando terreno e que deve sair em 1º de setembro. O que está ocorrendo mesmo? Kadafi tem de sair, e os rebeldes, quem são? Quem dá armas e munições e garante suprimentos aos rebeldes? Virá mesmo a democracia? É verdade que alguma coisa de democracia deverá vir, algo marchará para uma melhoria, muito embora possa vir outro ditador. O mesmo se deve dizer da Síria, onde as sanções ao ditador Bashir Assad estão sendo tomadas pela ONU, depois de uma grande demora para adotá-las, mas não se sabe quem virá, quem são os que se rebelam. Fala-se que já foi deposto Assad. Por enquanto, esqueceram do Bahrein e do Yemen e de outras rebeliões da Primavera Árabe.

Enquanto Ahmadinejad vocifera no Irã, ameaçando Israel, Hizbollah diz se preparar para atacar Israel com uma corrente de distúrbios e mártires, numa onda de ataques sem precedentes. Mas isto é outra história e aguardemos para quando setembro vier. E lembrando dos dez anos do 11 de setembro de 2001.

Interceptações

Somente no sábado 8 interceptações pelo sistema Escudo de Ferro neutralizou:
13h em direção a Ashkelon (Grad),
14h em direção de Nahal Oz (Qassam),
14h40 em direção de Saad (Qassam),
17h25 em direção de Nirim (Qassam),
18h40 em direção de Kissoufim (Qassam),
19h15 em direção de Erez (Qassam),
19h45 em direção de Nirim (Qassam),
19h50 em direção de Béersheva et Ofakim (Grad ).
De sexta à noite à sábado à noite 53 tiros terroristas da Faixa de Gaza (Grad,Qassam e obuses de morteirod) dirigidos a Israel.





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