sexta-feira, 25 de abril de 2008

Calendario Judaico

By Amadeus - Posted on April 7th, 2008





Ao longo dos séculos, a humanidade desenvolveu diversos calendários. O objetivo inicial era prever as estações, determinar épocas ideais para o plantio e colheitas ou mesmo estabelecer quando deveriam ser comemorados feitos militares ou realizadas atividades religiosas.






O primeiro calendário baseava-se na lua. Para muitos povos antigos, como o de Atenas, Jerusalém ou Babilônia, um novo mês era anunciado quando ao anoitecer surgia nos céus a lua crescente, celebrada com tochas e fogueiras. Seguindo essa tradição até hoje, o dia começa ao pôr-do-sol para os judeus, não a meia-noite.






Para medir os ciclos, muitos povos valeram-se da lua, outros do sol. Em ambos os casos defrontaram-se com dificuldades. O Ano Trópico, intervalo de tempo em que a Terra leva para completar seu trajeto orbital completo em torno do sol, corresponde a 365,242199 dias.






Como nos calendários o ano é estabelecido em anos inteiros, surge uma diferença (0,242199 dias se o calendário for de 365 dias), que vai se acumulando ao longo do tempo, transformando-se em erro de dias inteiros ou semanas.






Para corrigi-los, são incluídos de tempos em tempos, dias extras (29 de fevereiro, em anos bissextos) ou mesmo meses, caso do calendário judaico.






O calendário Judaico parte de uma perspectiva universal: O nascimento da espécie humana. Os judeus estão agora no oitavo século do sexto milênio( por exemplo o ano 2008 corresponde ao ano 5768).






O calendário judaico, sem duvida alguma, é um dos sistemas de mensuração do tempo mais antigo e de maior precisão existente. Todos os eventos e comemorações de festividades são sempre comemorados na mesma data em todos os anos no calendário judaico.






Os anos estão relacionados com o movimento da Terra em torno do sol e os meses com o movimento da lua em torno da Terra.






O calendário judaico possui uma seqüência de meses baseada nas fases da lua (meses lunares), com os anos solares (são levadas em conta as estações do ano). É composto de 12 ou 13 meses. Para se ajustar os meses ao ano solar; intercala-se um mês aos anos 3,6,8,11,14,17 e 19 de um ciclo de 19 anos. Os meses são fixados alternadamente contendo 29 e 30 dias, nunca mais ou menos.





O mês lunar medido com precisão tem 29,53059dias. Isto significa um ano de 354,36708 dias menor, portanto onze dias, que o ano solar (calendário Gregoriano) de 365,242199 dias.






Simplificando, o padrão para todas as fórmulas de calendários judaicos estrutura-se em seis tipos:
Três para os chamados anos comuns (normais), com 353,354 e 355 dias; três para os chamados embolísmicos, com 383,384 e 385 dias.






O ano do calendário judaico compõe-se de 354 dias dividido em 12 meses de 29 e 30 dias alternadamente, denominado “regular”. Mas como já foi explicado acima, em alguns anos deve-se acrescentar ou subtrair um dia de um dos meses. Este dia é adicionado ao mês de Cheshvan (30 no lugar dos costumeiros 29)- o ano é chamado de “completo”.






Quando o dia é subtraído, é retirado do mês Kislev (29 dias no lugar do normal 30) o ano é chamado “incompleto” .






Assim, o ano normal de 12 meses poderá ter 353, 354, ou 355 dias, enquanto o ano embolísmico terá 383, 384 ou 385 dias.






O primeiro mês do calendário judaico é o mês de Nissan, quando temos a comemoração da Festa de Pessach, mas observe que o Ano Novo Judaico (Rosh Hashanah) ocorre no mês chamado Tishrei (sétimo mês do calendário judaico).






Rosh Hashanah começa sempre ao pôr-do-sol, (18H00min, para efeito do calendário), assinalando também no Talmud, e nos Pirkei Vot (relatos dos sábios).






O referencial usado por Daud foi o profeta Abraão, que teria vivido há mais de 3.200 anos. Somam-se todos os anos mencionados na B´blia antes de Abraão, até o primeiro capítulo do livro de Gênesis, onde se lê: “E D´us disse: Era noite, era dia”. Aliás, é com base nesta frase que o Rosh Hashanah começa ao entardecer.






O calendário forma ciclos de 19 anos, aos quais se acrescenta o 13º mês de Adar II. O mês suplementar é intercalado nos anos 3,6,8,11,14,17 e 19 de cada ciclo. A partir de 1250d.c o início do ano acontece nos primeiros dias de Tishrei.






A TORAH exige a comemoração das festas em suas datas fixas, nas suas respectivas estações, estipuladas por D´us. Como o calendário judaico é o lunar, com onze dias a menos que o calendário solar, as festividadesestariam atrasadas cerca de onze dias a cada ano. A Festa de Pessach, que por mandamento deve ser celebrada na Primavera (considerando as estações de Israel), cairia no meio do inverno; Sucot que é no Outono, seria celebrada em pleno Verão e assim por diante. Por isso, o calendário judaico não ignora o sistema solar que determina as 4 estações do ano, não deixando os onze dias e as frações para trás.






A solução é fazer com que estes se acumulem até inteirar um mês, quando, então, são adicionados ao ano lunar. Assim é que nestes referidos anos temos dois meses de ASdar I e Adar II. Este ano é denominado embolísmico, reorganizado em pequenos ciclos de dezenove anos, cujas datas se coincidem com o calendário gregoriano. Os anos embolísmicos são formados no terceiro, sexto, oitavo, décimo-primeiro, decimo0-quarto, décimo-setimo e décimo-nono anos desse ciclo.






Revisando: o calendário judaico é reorganizado em pequenos ciclos de dezenove anos, cujas datas se coincidem com as do calendário gregoriano. Os anos embolísmicos são formados no 3º, 6º, 8º, 11º,14º,17º e 19º anos desse ciclo.






Há mais de 1600 anos, os sábios judeus do Talmud, que não contavam com o auxilio de computadores, calculadoras ou outros aparelhos sofisticados, deixaram por escrito o cálculo das datas do calendário judaico até o ano 6000 da Criação do Mundo, que corresponde a 30 de setembro de 2239.




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