Lição 03, 20 de Abril de 2008
Tema: ORAÇÃO - O DIÁLOGO DA ALMA COM DEUS
TEXTO ÁUREO
"Orando em todo o tempo com toda oração e súplica no Espírito, e vigiando nisso com toda a perseverança e súplica por todos os santos," ( Ef 6. 18 )
VERDADE PRÁTICA
A oração move o coração de Deus de tal forma, que o leva a operar o impossível na vida do crente
HINOS SUGERIDOS: 296, 356, 427.
LEITURA BÍBLICA Mateus 6. 9-13
9 Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;
10 Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu;
11 O pão nosso de cada dia nos dá hoje;
12 E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores;
13 E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Como está a nossa vida de oração? Cultiva-la diariamente? Ou já nos conformamos com o presente século? O pai da reforma protestante, Martinho Lutero, declarou certa vez que, quanto mais ocupado, mais se dedicava a falar com o Salvador.
I. O QUE É A ORAÇÃO
A oração distingue os discípulos do Nazareno como a mais singular e excelente comunidade de clamor da história (At 1.14). é impossível não divisar, nas Sagradas Escrituras e na prática da igreja, uma teologia da oração. O que vem a ser, porém, esse exercício que nos introduz nos pavilhões do amor divino?
1. Definição. Oração é o ato pelo qual o crente, através da fé em Cristo Jesus e mediante a ação intercessora do Espírito Santo, aproxima-se de Deus com o propósito de adorá-lo, render-lhe ações de graça, interceder pelos salvos e pelos não-salvos, e apresentar-lhe as petições de acordo com a sua suprema e inquestionável vontade (Jo 15.16; Rm 8.26; 1 Ts 5.18; 1 Jo 5.14; 1 Sm 12.23).
2. Fundamentos da oração. A doutrina bíblica da oração tem os seus fundamentos:
a) Nos ensinos da Bíblia;
b) Na necessidade de o homem buscar a Deus;
c) Na experiência dos homens e mulheres que porfiaram em desejar a presença de Deus;
d) Na convicção de que Ele é bom para nos atender as petições.
II. OBJETIVOS DA ORAÇÃO
O pastor e erudito inglês, Mathew Henry, discorre sobre um dos objetivos da oração: "Quando Deus pretende dispensar grandes misericórdias a seu povo, a primeira coisa que faz é inspirá-lo a orar". Como discordar do irmão Henry? Todos já nos sentimos impulsionados a orar com mais intensidade nos momentos de decisão e de angústias; não podemos viver distanciados da presença divina.
1. Buscar a presença de Deus. Quando tu disseste: Buscai o meu rosto, o meu coração te disse a ti: O teu rosto, Senhor, buscarei" (Sl 27.8). Seja nos primeiros alvores do dia seja nas últimas trevas da noite, o salmista jamais deixava de ouvir o chamado de Deus para contemplar-lhe a face. Tem você suspirado pelo Senhor? Ou já não consegue ouvi-lo? Diante da sede pelo eterno, que ia na alma de Davi, exorta-nos o pastor norte-americano Warren W. Wiersbe: "Não se limite a buscar a ajuda de Deus. Almeje a sua face. O sorriso de Deus é tudo o que você precisa para vencer as ciladas humanas".
2. Agradecê-lo pelos imerecidos favores. Se nos limitarmos às petições, nossa oração jamais nos levará ao coração do Pai. Mas se, em tudo, lhe dermos graças, até mesmo pelas tribulações que nos citiam a alma, haveremos de ser, a cada manhã, surpreendidos pelos cuidados divinos.
Egoísta não era o coração do salmista. Num dos mais belos cânticos da Bíblia, manifesta ele toda a sua gratidão ao Senhor: "Que darei eu ao Senhor por todos os benefícios que me tem feito? Tomarei o cálice da salvação e invocarei o nome do Senhor. Pagarei os meus votos ao Senhor, agora, na presença de todo o seu povo" (Sl 116.12-14).
Tem você agradecido a Deus? Ou cada vez que se põe a orar apresenta-lhe uma lista de vaidosa e tolas reivindicações? Atente à exortação de Tiago 4.3.
3. Interceder pelo avanço do Reino de Deus. Na Oração Dominical, insta-nos o Senhor Jesus a orar: "Venha o teu Reino" (Mt 6.10). No Antigo Testamento, os judeus rogavam a Deus jamais permitisse que suas possessões viessem a cair em mãos gentias. Basta ler o Salmo 136 para se enternecer com o cuidado dos israelitas por sua herança espiritual e territorial.
Já no Testamento Novo, os apóstolos, mesmo às voltas com as perseguições, quer dos gentios quer dos judeus rebeldes, oravam a fim de que, em momento algum, a igreja de Cristo acabasse por ser detida em seu avanço rumo aos confins da terra. Os Atos do Apóstolos podem ser considerados uma oração, constante e fervorosa, pela expansão do Reino de Deus sem impedimento algum (At 28.30, 31).
Se orássemos como John Knox, Todo o nosso país já estaria aos pés do Salvador. Diante da miséria de sua gente, rogou: "Cristo, Dar-me a Escócia se não morrerei". Como resultado do seu clamor, um avivamento varreu aquele país, levando milhares de impenitentes ao pé da cruz.
4. Apresentar a Deus nossas necessidades. Não temos de preocupar-nos com as nossas carências; em glória, o Pai Celeste no-las supre (Fl 4.19). Aleluia! Além disso, Ele "é poderoso para fazer [...] além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera" (Ef 3.20).
Ao invés de nos fixarmos em nossas necessidades, intercedamos. Enquanto estivermos rogando por nossos amigos e irmãos, estará Ele suprindo cada uma de nossas necessidades. Não foi isso que se deu com o nosso patriarca Jó? "E o Senhor virou o cativeiro de Jó, quando orava por seus amigos; e o Senhor acrescentou a Jó outro tanto em dobro a tudo quanto dantes possuía" (Jó 42.10).
5. Confessar a Deus nossos pecados e faltas (Dn 9.3-6). Não se limitava Daniel a confessar os pecados do seu povo; nessa confissão, sentida e repassada por um pranto incontido, também se incluía. Se lermos o capítulo nove do livro que lhe leva o nome, ver-nos-emos constrangidos a confessar cada uma de nossas iniqüidades. Alguém disse, certa vez, que Daniel não confessou os pecados do seu povo por atacado; especificou cada um deles.
Tem você confessado a Deus pecados? Saiba que Ele, em seu Filho Jesus, é fiel e justo para não somente perdoar-nos as faltas, como também restaurar a comunhão consigo (Jo 1.7).
III. CULTIVANDO O HÁBITO DA ORAÇÃO
John Bunyan. Autor de O Peregrino, um dos maiores clássicos da literatura evangélica, faz-nos uma séria observação: "Jamais serás um cristão, se não fores uma pessoa de oração". Todavia, de que forma poderemos nós cultivar a prática da oração?
1. Orar cotidianamente. Quantas vezes devemos nós orar por dia? Fizéssemos a pergunta a Bunyan, responder-nos-ia: "Ore continuamente". Aliás, esta é a recomendação das Sagradas Escrituras aos que desejam vencer o mundo, e chegar ao regaço do Salvador amado (1 Ts 5.17). Daniel, orava três vezes ao dia (Dn 6.10).
2. Sem interferências. Procurava Daniel falar com o Senhor livremente, longe do atribulado cotidiano de Babilônia: "Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa ( ora, havia no seu quarto janelas abertas da banda de Jerusalém), e três vezes ao dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como também antes costumava fazer" (Dn 6.10).
Aliás, esta é a recomendação que nos faz o Senhor Jesus: "Mas tu quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que estar oculto, te recompensará" (Mt 6.6). Tem você um lugar e uma hora para oração? Quando estiver falando com o Pai Celeste, não admita interferências: desligue o telefone, o Celular, o computador; enfiem, desligue o mundo à sua volta. Nada é mais importante do que a audiência que você marcou com o Pai Celeste.
CONCLUSÃO
Sem oração, jamais haveremos de mover a mão de Deus para que haja sobrenaturalmente, no mundo, por intermédio do seu povo. Tem você cultivado a oração? É chegado o momento de buscarmos, ainda mais, a presença de Deus (Is 55.6).
Cópia do Comentário para o dia 20 de Abril de 2008
LIÇÕES BÍBLICAS, CPAD RJ.
Costa
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