sábado, 26 de abril de 2008

A LEITURA DEVOCIONAL DA BÍBLIA

Lição 04, 27 de Abril de 2008


Tema:

A LEITURA DEVOCIONAL DA BÍBLIA


TEXTO ÁUREO:

Toda a Escritura divinamente inspirada, é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra. (2 Tm 3.16,17)


VERDADE PRÁTICA:

A leitura da Bíblia é o nosso alimento cotidiano; não podemos passar sem ler e meditar na Palavra de Deus.


HINOS SUGERIDOS: 259, 505 e 506


LEITURA BÍBLICA: 2 Pe 1. 16 - 21

16 Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas; mas nós mesmos vimos a sua majestade.


17 Porquanto ele recebeu de Deus Pai honra e glória, quando da magnífica glória lhe foi dirigida a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me tenho comprazido.


18 E ouvimos esta voz dirigida do céu, estando nós com ele no monte santo;


19 E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações.


20 Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação.


21 Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.


COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Neste domingo, veremos por que a leitura da Bíblia é-nos tão imprescindível e vital. Aliás, mais imprecindível do que o ar que respiramos e mais vital do que o pão que nos sustenta (Dt 8.3). Tem você a necessária disciplina para ler e estudar a Bíblia? Faz-se a Palavra de Deus de seu cotidiano? (Sl 119.97). Ou ela já se perdeu entre os livros de sua estante?


I. O QUE É A BÍBLIA

1. Definição. A definição mais simples, porém direta e forte, que encontramos nas Escrituras Sagradas é esta: A Bíblia é a inspirada e inerrante Palavra de Deus. Infelizmente, nem todos os teólogos aceitam a ortodoxia deste conceito; alegam que, neste, há um desconcertante simplismo. Todavia, encontra-se esta definição isenta do erro dos liberais e livre das sutilezas dos neo-ortodoxos.


2. A posição liberal. Os liberais sustentam que a Bíblia apenas contem palavras de Deus, mas não é a Palavra de Deus. Outros liberais vão mais longe: asseveram que a Bíblia não é nem contem a Palavra de Deus; não passa de um livro qualquer.


3. A posição neo-ortodoxa. Já os neo-ortodoxos lecionam: a Bíblia torna-se a Palavra de Deus à medida que, alguém ao lê-la, tem um encontro espiritual com o Senhor Jesus. Todavia, quer o leitor da Bíblia se curve quer não se curve ante os arcanjos divinos, continuará a Bíblia a ser a Palavra de Deus.


4. A posição ortodoxa. Os ortodoxos, porém, com base nas Sagradas Escrituras, asseveramos que a Bíblia é, de fato, a Palavra de Deus. Ela não se limita a conter a Palavra de Deus; ela é a Palavra de Deus. Ela também não se torna a Palavra de Deus; ela é e sempre será a Palavra de Deus (2 Tm 3.16).


II. AS GRANDES REIVINDICAÇÕES DA BÍBLIA

É de fundamental importância tenhamos sempre, no coração, as grandes reivindicações da Bíblia Sagrada: sua inspiração, inerrância, infalibilidade, soberania e completude.


1. A inspiração da Bíblia. Já que a Bíblia é a Palavra de Deus, sua inspiração não é comum nem vulgar; é singular, única, porquanto inspirada pelo Espírito Santo. As Escrituras mesmas reconhecem sua divina inspiração (2 Tm 3.16; 2 Pe 1.21).


2. A inerrância da Bíblia. Inspirada divinamente, a que se concluir: a Bíblia acha-se, em ternos absolutos e infinitos, isenta de erros. Nela, não encontramos a mínima inexatidão quer histórica quer geográfica, seja teológica, seja doutrinária (Sl 19.7; 119.140).


3. A infalibilidade da Bíblia. A Bíblia não é apenas inerrante; é também infalível. Tudo o que o Senhor prometeu-nos, em sua palavra, cumpre-se absolutamente. Entretanto, há teológos que alegam defender a infalibilidade da Bíblia, mas lhe rejeitam a inerrância. Ora, como podemos considerar algo infalível se é errante? Sua errância, por acaso, não virar a contraditar-lhe, inevitavelmente, a infalibilidade?


Quanto a nós, reafirmamos: tanto a inerrância quanto a infalibilidade da Bíblia são incontáveis (Dt 18.22; I Sm 3.19; Mc 13.31; Ata 1.3).


4. A soberania da Bíblia. Evangélicos e herdeiros da Reforma Protestante, confessamos ser a Bíblia a autoridade suprema em matéria de fé e prática (Is 8.20; 3021; I Co 14.37). Isto significa que encontra se a Bíblia acima das tradições e primados humanos; ela é a inquestionável e absoluta Palavra de Deus.


5. Completude da Bíblia. O Apocalipse encerrou, definitiva e irrecorrivelmente, o cânon da Bíblia Sagrada; nenhuma subtração ou adição, está autorizada à Palavra de Deus (Ap 22.18-210. Portanto, não se admite quaisquer escrituras, profecias, sonhos ou visões que, arrogando-se palavra de Deus, reivindique autoridade semelhante ou superior a Bíblia.


III. COMO LER A BÍBLIA

Afirmou com muita precisão o teólogo Martins Anstey: "A qualificação mais importante exigida do leitor da Bíblia não é a erudição, mais sim a rendição; não a perícia, mas a disposição de ser guiado pelo Espírito de Deus". Estudamos, pois, a Palavra de Deus, conscientes de que o Senhor continua a falar-nos hoje como outrora falava a Israel e à Igreja Primitiva. Devemos, por conseguinte:


1. Amar a Bíblia. Nossa primeira atitude em relação a Bíblia é amá-la como a inspirada Palavra de Deus. Declara o salmista todo o seu amor às Escrituras: "Oh! quanto amo a tua lei! ela É a minha meditação em todo o dia" (Sl 119.97).


2. Ter fome da Bíblia. Se tivermor fome da Bíblia, haveremos de lê-la todos os dias. Se é penoso passar sem o pão de cada dia, como privar-se do alimento que nos vem diretamente do Espírito de Deus - as Sagradas Escrituras? O profeta Ezequiel, tão logo encontra a Palavra de Deus, come-a (Ez 3.3).


3. Guardar a Bíblia no coração. Ao cantar as belezas da Palavra de Deus, o salmista confessa ternamente: "Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti" (Sl 119.11). Os leitores periféricos da Bíblia lêem-na, mas dela se esquecem. Não assim o suave cantor de Israel; mesmo fechando-a depois de seu devocional.


4. Falar continuamente das grandezas singulares da Bíblia. Eis o que Moisés prescreve aos filhos de Israel, a fim de que estes jamais venham a se esquecer dos mandamentos do Senhor: "Estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração; e as intimarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te. Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por testeira entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais da tua casa de tua casa e nas tuas portas" (Dt 6.6-9).


IV. OS EFEITOS DA BÍBLIA EM NOSSA VIDA

Quanto mais lemos a Bíblia, mais sábios nos tornaremos. Ela orienta-nos em todos os nossos caminhos; consola-nos quando nenhum consolo humano é possível; mostra-nos a estrada do Calvário e leva-nos ao lar celestial.


1. A bíblia dá-nos sabedoria. "Os teus mandamentos me fazem-me mais sábio que meus inimigos; porque, aqueles, eu os tenho sempre comigo" (Sl 119.98 - ARA).


2. A Bíblia dá-nos a orientação segura. "Tú és minha rocha e minha fortaleza; [...] guia-me e encaminha-me" (Sl 31.3).


3. A Bíblia dá-nos o necessário consolo. "Isto é a minha consolação na minha angustia, porque a tua palavra me vivificou (Sl 119.50).


4. A Bíblia dá-nos a provisão de Salvação. "Desfalece-me a alma, aguardando a tua salvação, porém espero na tua palavra" (Sl 119.81 - ARA).


5. A Bíblia leva-nos ao lar celeste. No encerramento do cânon Sagrado, somos revigorados com a viva esperança de, um dia, virmos a tomar posse da Cidade santa (Ap 22.18-20).


CONCLUSÃO

Tem você lido regularmente a Bíblia? Ela é o seu consolo? Ou não passa a Palavra de Deus de um simples acessório em sua estante? É hora de nos voltarmos, com mais empenho e amorosa dedicação, ao Livro de Deus.




Cópia do Comentário para o dia 27 de Abril de 2008

LIÇÕES BÍBLICAS, CPAD RJ.




Costa





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