Senador conquista superdelegados enquanto líderes do partido avaliam danos causados por Wright
The New York Times
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Além de sua liderança entre os votos populares e em número de delegados, agora o senador por Illinois se aproxima na quantidade de superdelegados de sua rival Hillary Clinton, que está a frente no endosso de líderes do partidos que eventualmente podem conseguir votos críticos para decidir a indicação presidencial democrata.
Mas alguns superdelegados e líderes da legenda dizem que a controvérsia de Wright os fizeram hesitar, levantando questões sobre a elegibilidade de Obama nas eleições gerais de novembro.
"Pelo o que eu vejo, isto está criando um retrocesso", disse Bill George, líder da Federação Americana do Trabalho e Congresso da Organização da Indústria (AFL-CIO) na Pensilvânia, que anunciou seu apoio à Hillary nesta quarta-feira. "É lastimável. Se mais dessa situação chegar até novembro, poderá criar um problema."
Alguns delegados entrevistados nesta quarta pareceram divididos quanto aos esforços do candidato para controlar os danos. Alguns apoiadores de Obama o elogiaram por seus comentários na terça-feira, que indicaram um completo afastamento do reverendo Wright e suas crenças incendiárias sobre a disputa presidencial e outros assuntos. Outros dizem que o senador tem que tomar medidas para assegurar que o problema não continuará a encobrir sua campanha.
Chris Redfern, líder do Partido Democrata em Ohio, que ainda não declarou apoio a nenhum candidato, disse que o atraso de Obama em responder aos comentários do ex-pastor pode ter arranhando sua imagem perante muitos eleitores - em particular, para os chamados "democratas de Reagan", que vivem em lugares como Toledo.
"Não é hora de avaliar apoios, se preocupar com o que aconteceu há 10 ou 15 anos ou discutir se Wright era ou não um grande pastor ou conselheiro espiritual". "É preciso voltar a antes (da controvérsia) do reverendo Wright", disse Redfern. Para ele, enquanto muitas pessoas entendem que Obama e o ex-reverendo não compartilham das mesmas visões em muitos aspectos, "a realidade pragmática da campanha" pode levar a culpa pela associação.
Steve Achelpohl, presidente dos democratas em Nebrasca, que recentemente declarou seu apoio a Obama, classificou a controvérsia como "um solavanco no caminho" para o candidato. Segundo Achelpohl, as declarações do senador na terça-feira poderão levar sua campanha para além do problema.
"Eu acho que isso está perdendo as proporções, e as pessoas percebem. É uma coisa da mídia, um candidato presidencial não deve checar cada pessoa com quem se relacionou durante a vida", avaliou Achelpohl.
A campanha de Obama anunciou seis novos endossos na semana passada, em tempo crucial para suceder a derrota na Pensilvânia no dia 22 e focar-se nas próximas prévias de Indiana e Carolina do Norte, que ocorrerão em 6 de maio.
www.estadao.com.br/internacional/not_int165603,0.htm
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