Lição 02, 13 de Abril de 2008
TEMA:
A MINHA ALMA, TE AMA Ó SENHOR
TEXTO ÁUREO:
"A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?" ( Sl 42. 2 )
VERDADE PRÁTICA:
O verdadeiro crente ama a Deus acima de tudo, porque Deus o amou com um amor eterno, concedendo-lhe a graça divina em seu Filho.
HINOS SUGERIDOS 83, 145, 341
LEITURA BÍBLICA Salmos 42. 1-5.
1 ASSIM como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus!
2 A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?
3 As minhas lágrimas servem-me de mantimento de dia e de noite, enquanto me dizem constantemente: Onde está o teu Deus?
4 Quando me lembro disto, dentro de mim derramo a minha alma; pois eu havia ido com a multidão. Fui com eles à casa de Deus, com voz de alegria e louvor, com a multidão que festejava.
5 Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei pela salvação da sua face.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Norman Snaith, comentando o Salmo 42, realça quão inefável é a comunhão que desfrutamos com o Senhor: "O homem que já experimentou a alegria da comunhão com Deus, não estará apático quanto às oportunidades de renovar, com Ele, a sua intimidade, quer em suas devoções particulares, quer nas adorações públicas. Esse homem simplesmente não consegue ficar longe de Deus. Uma alma sedenta haverá de o impelir sempre à presença do Pai Celeste".
Assim também diria William Bates, escritor puritano do século XVII, ao discorrer sobre a intimidade entre a nossa alma e o Supremo Ser, descreve ele a alegria que lhe ia na alma: "A comunhão com Deus é o princípio do céu".
I. O QUE É COMUNHÃO COM DEUS
Tem você sede de Deus? Anela por sua presença? Suspira por seus átrios? Anseia aprofundar com Ele a sua comunhão? Aliás, sabe você o que é, realmente, a comunhão com Deus?
1. Definição. A comunhão com Deus é a intimidade que o crente, mediante a obra redentora de Cristo e por intermédio da ação do Espírito Santo, desfruta com o Pai Celeste, e que o leva a usufruir de uma vida espiritual plena e abundante ( Rm 5.1; 2 Co 13.13 ).
Andar com Deus é o mais perfeito sinônimo de comunhão com o Pai Celeste. Tão profundamente a comunhão de Enoque com o Senhor, que o mesmo Senhor, um dia, o tomou para si ( Gn 5.24 ). Andar com Deus significa, ainda, ter uma vida como a de Eliseu que, por onde quer que fosse, era de imediato reconhecido como homem de Deus ( 2 Rs 4.9 ). Comunhão com Deus é ser chamado de amigo pelo próprio Deus ( Sl 41.8 ).
2. A comunhão com Deus é uma disciplina consoladora. Apesar de seus grandes e lancinantes sofrimentos, Jó sempre refugiava-se na comunhão com o seu Deus ( Jó 19.25 ). Suas perdas eram grandes; aos olhos dos humanos, irreparáveis. Todavia, confiava ele nas providências de um Deus de quem era íntimo. Até parece que Willard Cantelon, autor de imortais devoções, inspirou-se na experiência de Jó, quando escreveu: "Posso suportar a perda de todas as coisas, exceto do toque de Deus na minha vida".
II. A ALMA HUMANA ANSEIA PELOS ÁTRIOS DE DEUS
1. Vazio humano. Billy Grham visitava, carta vez, uma universidade norte-americana, quando perguntou ao reitor: "Qual o maior problema que o senhor enfrenta com os seus alunos". O educador respondeu-lhe: "Vazio. Há um vazio muito grande de Deus em seus corações". Como preencher o vazio?
Buscando preencher o vazio de sua alma, vagueia o homem pelo álcool, transita pelas drogas e erra pelos devaneios da carne. Depois de toda essa busca, conclui: "Não tenho neles prazer" ( Ec 12.1 - ARA ). Mas o que aceita a Cristo, experimenta uma vida abundante e inefável ( Jo 4.14 ).
2. A plenitude da comunhão divina. Sabia o salmista que somente em Deus encontramos a razão de nossa existência e a satisfação plena de nossa alma. Eis por que deixa emanar de seus lábios este lamento: "Por que estais abatida, ó minha alma? E por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei. Ele é a salvação da minha face e Deus meu" ( Sl 43.5 ).
John Bunyan, em O Peregrino, descreve a angústia da alma em sua jornada à Jerusalém Celeste. Quanto mais caminha, mais falta do Senhor vai sentindo até que, ao longe, avista a ditosa cidade, onde se encontra o amante de sua alma - Jesus Cristo.
III. DEUS DE NOSSA COMUNHÃO
Afinal, por qual Deus anseia a nossa alma? Pelo Deus teologicamente correto que se acomoda a todas as religiões e credos? Ou pelo Deus único e verdadeiro que se revelou a si mesmo por intermédio de nosso Senhor?
1. O Deus onipotente. O Deus pelo qual suspira a nossa alma pode todas as coisas; para Ele inexiste o impossível ( Gn 17.1; Lc 1.37 ). Entretanto há um grupo de teólogos modernos que, menosprezando as Sagradas Escrituras, ensinam: Deus na verdade é poderoso, mas não pode ser considerado Todo-Poderoso. Assim eles argumentam: "Fora Ele realmente poderoso e tudo soubesse, certamente evitaria as tragédias que tanto infelicitam a humanidade". Será que esses falsos doutores (falsos teólogos, ou falsa teologia, destaque de publicação) desconhecem a soberania de Deus? Se Ele permite determinados males, não nos cabe questionar-lhes as razões. De uma coisa, porém, estou certo: todos os seus atos são movidos pelo mais puro, elevado e sublime amor.
2. O Deus onisciente. O Deus, a quem tanto amamos, sabe todas as coisas; tudo lhe é patente. No Salmo 139, o salmista canta-lhe a onisciência, declarando que Ele nos conhece profundamente; esquadrinha nossos mais íntimos pensamentos, e não se surpreende com nenhuma de nossas ações.
Lecionam, porém, alguns dos sectários do Ateísmo Aberto: "Deus, às vezes, é incapaz de penetrar nos recônditos de nosso livre-arbítrio, por ser-lhe este um mistério". Ora, se por um lado aceitamos o livre-arbítrio; por outro, cremos na soberania divina; esta é inquestionável. E não será nenhum "liberdade libertária" que haverá de impedir o nosso Deus de sondar as mentes e corações ( Ap 2.23 ).
3. O Deus de amor. Se Deus é amor, por que nos sobrevém aflições, dores e perdas? Ainda que não tivéssemos resposta alguma a essa pergunta, de uma coisa teríamos convicção: Ele é amor; somente um Deus que é mesmo amor, poderia enviar o seu Unigênito para redimir-nos de nossos pecados ( Jo 3.16; 1 Jo 4.8 ). É por esse Deus que almejamos.
Quando aceitamos a Cristo, cientifica-nos Ele: a jornada ser-nos-á pontilhada de lutas e aflições, mas conosco estará até à consumação dos séculos ( Jo 19.33 ). O Filho de Deus é bem claro quanto às aflições que nos aguardam: "Se alguém quer vir após mim, negue se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me" ( Lc 9.23 ). Se Ele nos amou com um amor eterno e sacrifical, (sacrificial) por que deixaríamos de amá-lo? Oremos: "Cristo, tu sabes que, apesar de nossas imperfeições e falhas, nós te amamos". Leia o Salmo 34, e repouse em cada promessa que você encontrar.
Cante, agora, com toda a sua alma, o hino 145 da Harpa Cristã.
CONCLUSÃO
Em suas Confissões, demonstra Agostinho um profundo e incontido anseio por Deus. Abrindo o coração, suspira: "Quem me dera descansar em ti! Quem me dera viesses ao meu coração e que o embriagasses, para que eu me esqueça de minhas maldades e me abraces contigo, meu único bem". O que evidencia esse anelo? Fomos criados por Deus, e por Deus ansiamos.
Cópia do Comentário para o dia 13 de Abril de 2008
LIÇÕES BÍBLICAS, CPAD RJ.
Costa
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