terça-feira, 8 de abril de 2008

A MINHA ALMA, TE AMA Ó SENHOR

Lição 02, 13 de Abril de 2008

TEMA:

A MINHA ALMA, TE AMA Ó SENHOR


TEXTO ÁUREO:

"A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?" ( Sl 42. 2 )


VERDADE PRÁTICA:

O verdadeiro crente ama a Deus acima de tudo, porque Deus o amou com um amor eterno, concedendo-lhe a graça divina em seu Filho.


HINOS SUGERIDOS 83, 145, 341


LEITURA BÍBLICA Salmos 42. 1-5.

1 ASSIM como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus!


2 A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?


3 As minhas lágrimas servem-me de mantimento de dia e de noite, enquanto me dizem constantemente: Onde está o teu Deus?


4 Quando me lembro disto, dentro de mim derramo a minha alma; pois eu havia ido com a multidão. Fui com eles à casa de Deus, com voz de alegria e louvor, com a multidão que festejava.


5 Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei pela salvação da sua face.


COMENTÁRIO


INTRODUÇÃO

Norman Snaith, comentando o Salmo 42, realça quão inefável é a comunhão que desfrutamos com o Senhor: "O homem que já experimentou a alegria da comunhão com Deus, não estará apático quanto às oportunidades de renovar, com Ele, a sua intimidade, quer em suas devoções particulares, quer nas adorações públicas. Esse homem simplesmente não consegue ficar longe de Deus. Uma alma sedenta haverá de o impelir sempre à presença do Pai Celeste".


Assim também diria William Bates, escritor puritano do século XVII, ao discorrer sobre a intimidade entre a nossa alma e o Supremo Ser, descreve ele a alegria que lhe ia na alma: "A comunhão com Deus é o princípio do céu".


I. O QUE É COMUNHÃO COM DEUS

Tem você sede de Deus? Anela por sua presença? Suspira por seus átrios? Anseia aprofundar com Ele a sua comunhão? Aliás, sabe você o que é, realmente, a comunhão com Deus?


1. Definição. A comunhão com Deus é a intimidade que o crente, mediante a obra redentora de Cristo e por intermédio da ação do Espírito Santo, desfruta com o Pai Celeste, e que o leva a usufruir de uma vida espiritual plena e abundante ( Rm 5.1; 2 Co 13.13 ).


Andar com Deus é o mais perfeito sinônimo de comunhão com o Pai Celeste. Tão profundamente a comunhão de Enoque com o Senhor, que o mesmo Senhor, um dia, o tomou para si ( Gn 5.24 ). Andar com Deus significa, ainda, ter uma vida como a de Eliseu que, por onde quer que fosse, era de imediato reconhecido como homem de Deus ( 2 Rs 4.9 ). Comunhão com Deus é ser chamado de amigo pelo próprio Deus ( Sl 41.8 ).


2. A comunhão com Deus é uma disciplina consoladora. Apesar de seus grandes e lancinantes sofrimentos, Jó sempre refugiava-se na comunhão com o seu Deus ( Jó 19.25 ). Suas perdas eram grandes; aos olhos dos humanos, irreparáveis. Todavia, confiava ele nas providências de um Deus de quem era íntimo. Até parece que Willard Cantelon, autor de imortais devoções, inspirou-se na experiência de Jó, quando escreveu: "Posso suportar a perda de todas as coisas, exceto do toque de Deus na minha vida".


II. A ALMA HUMANA ANSEIA PELOS ÁTRIOS DE DEUS

O ser humano não é o resultado de um processo evolutivo: é a plenitude do ato criativo de Deus ( Gn 1.26 ). Se fomos criados por Deus, nossa alma, logicamente, aflige-se por Deus; anseia por seus átrios. E só haveremos de descansar, quando em Deus repousarmos ( Sl 42.11 ). E se nos alongarmos do Criador? O vazio passa a ser a única realidade de nosso ser.


1. Vazio humano. Billy Grham visitava, carta vez, uma universidade norte-americana, quando perguntou ao reitor: "Qual o maior problema que o senhor enfrenta com os seus alunos". O educador respondeu-lhe: "Vazio. Há um vazio muito grande de Deus em seus corações". Como preencher o vazio?


Buscando preencher o vazio de sua alma, vagueia o homem pelo álcool, transita pelas drogas e erra pelos devaneios da carne. Depois de toda essa busca, conclui: "Não tenho neles prazer" ( Ec 12.1 - ARA ). Mas o que aceita a Cristo, experimenta uma vida abundante e inefável ( Jo 4.14 ).


2. A plenitude da comunhão divina. Sabia o salmista que somente em Deus encontramos a razão de nossa existência e a satisfação plena de nossa alma. Eis por que deixa emanar de seus lábios este lamento: "Por que estais abatida, ó minha alma? E por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei. Ele é a salvação da minha face e Deus meu" ( Sl 43.5 ).


John Bunyan, em O Peregrino, descreve a angústia da alma em sua jornada à Jerusalém Celeste. Quanto mais caminha, mais falta do Senhor vai sentindo até que, ao longe, avista a ditosa cidade, onde se encontra o amante de sua alma - Jesus Cristo.


III. DEUS DE NOSSA COMUNHÃO

Afinal, por qual Deus anseia a nossa alma? Pelo Deus teologicamente correto que se acomoda a todas as religiões e credos? Ou pelo Deus único e verdadeiro que se revelou a si mesmo por intermédio de nosso Senhor?


1. O Deus onipotente. O Deus pelo qual suspira a nossa alma pode todas as coisas; para Ele inexiste o impossível ( Gn 17.1; Lc 1.37 ). Entretanto há um grupo de teólogos modernos que, menosprezando as Sagradas Escrituras, ensinam: Deus na verdade é poderoso, mas não pode ser considerado Todo-Poderoso. Assim eles argumentam: "Fora Ele realmente poderoso e tudo soubesse, certamente evitaria as tragédias que tanto infelicitam a humanidade". Será que esses falsos doutores (falsos teólogos, ou falsa teologia, destaque de publicação) desconhecem a soberania de Deus? Se Ele permite determinados males, não nos cabe questionar-lhes as razões. De uma coisa, porém, estou certo: todos os seus atos são movidos pelo mais puro, elevado e sublime amor.


2. O Deus onisciente. O Deus, a quem tanto amamos, sabe todas as coisas; tudo lhe é patente. No Salmo 139, o salmista canta-lhe a onisciência, declarando que Ele nos conhece profundamente; esquadrinha nossos mais íntimos pensamentos, e não se surpreende com nenhuma de nossas ações.


Lecionam, porém, alguns dos sectários do Ateísmo Aberto: "Deus, às vezes, é incapaz de penetrar nos recônditos de nosso livre-arbítrio, por ser-lhe este um mistério". Ora, se por um lado aceitamos o livre-arbítrio; por outro, cremos na soberania divina; esta é inquestionável. E não será nenhum "liberdade libertária" que haverá de impedir o nosso Deus de sondar as mentes e corações ( Ap 2.23 ).


3. O Deus de amor. Se Deus é amor, por que nos sobrevém aflições, dores e perdas? Ainda que não tivéssemos resposta alguma a essa pergunta, de uma coisa teríamos convicção: Ele é amor; somente um Deus que é mesmo amor, poderia enviar o seu Unigênito para redimir-nos de nossos pecados ( Jo 3.16; 1 Jo 4.8 ). É por esse Deus que almejamos.


Quando aceitamos a Cristo, cientifica-nos Ele: a jornada ser-nos-á pontilhada de lutas e aflições, mas conosco estará até à consumação dos séculos ( Jo 19.33 ). O Filho de Deus é bem claro quanto às aflições que nos aguardam: "Se alguém quer vir após mim, negue se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me" ( Lc 9.23 ). Se Ele nos amou com um amor eterno e sacrifical, (sacrificial) por que deixaríamos de amá-lo? Oremos: "Cristo, tu sabes que, apesar de nossas imperfeições e falhas, nós te amamos". Leia o Salmo 34, e repouse em cada promessa que você encontrar.


4. O Deus soberano. No epílogo de suas provações, confessa Jó: "Bem sei eu que tudo podes, e nenhum dos teus pensamentos pode ser impedidos" ( Jo 42.2 ). Implicitamente, estava ele almejando aprofundar a sua comunhão com um Deus, cuja soberania é inquestionável. Este é o nosso Deus; por Ele nos desfalece a alma.


Por conseguinte, não podemos aceitar os falsos mestres e teólogos que torcendo as Escrituras Sagradas, emprestam a Satanás uma soberania que pertence exclusivamente a Deus. Refiro-me àqueles que dizem, por exemplo, que, para Cristo salvar um pecador, é lhe necessária a permissão do Diabo. Ora, Cristo jamais foi constrangido a negociar com Satanás; sua missão é clara. Veio Ele para destruir as obras do maligno, e foi exatamente isso que fez na cruz do Calvário ( 1 Jo 3.8 ). Nada devemos ao Adversário. Adoremos, pois a Cristo. Mantenhamos com Ele a mais doce e meiga das comunhões. Por esse Deus maravilhoso, anseia a nossa alma.


Cante, agora, com toda a sua alma, o hino 145 da Harpa Cristã.


CONCLUSÃO

Em suas Confissões, demonstra Agostinho um profundo e incontido anseio por Deus. Abrindo o coração, suspira: "Quem me dera descansar em ti! Quem me dera viesses ao meu coração e que o embriagasses, para que eu me esqueça de minhas maldades e me abraces contigo, meu único bem". O que evidencia esse anelo? Fomos criados por Deus, e por Deus ansiamos.


Sua alma tem sede de Deus? Se não o amarmos de todo o coração, jamais poderemos ser contados entre os seus filhos. Amar a Deus é a essência de nossa vida devocional.



Cópia do Comentário para o dia 13 de Abril de 2008

LIÇÕES BÍBLICAS, CPAD RJ.



Costa










Nenhum comentário: