quinta-feira, 13 de março de 2008

A MORTE VICÁRIA DE JESUS

A MORTE VICÁRIA DE JESUS ( Tema )


TEXTO ÁUREO

Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, ( I Co 15.3 )


VERDADE PRÁTICA

Jesus morreu por nossas culpas, libertando-nos do castigo do pecado, que é a morte.


HINOS SUGERIDOS 89, 182, 465.


LEITURA BÍBLICA Lucas 23.33, 44-53

33 E, quando chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali o crucificaram, e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda.

44 E era já quase a hora sexta, e houve trevas em toda a terra até à hora nona, escurecendo-se o sol;

45 E rasgou-se ao meio o véu do templo.

46 E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou.

47 E o centurião, vendo o que tinha acontecido, deu glória a Deus, dizendo: Na verdade, este homem era justo.

48 E toda a multidão que se ajuntara a este espetáculo, vendo o que havia acontecido, voltava batendo nos peitos.

49 E todos os seus conhecidos, e as mulheres que juntamente o haviam seguido desde a Galiléia, estavam de longe vendo estas coisas.

50 E eis que um homem por nome José, senador, homem de bem e justo,

51 Que não tinha consentido no conselho e nos atos dos outros, de Arimatéia, cidade dos judeus, e que também esperava o reino de Deus;

52 Esse, chegando a Pilatos, pediu o corpo de Jesus.

53 E, havendo-o tirado, envolveu-o num lençol, e pô-lo num sepulcro escavado numa penha, onde ninguém ainda havia sido posto.


INTRODUÇÃO

A morte vicária de Jesus não foi um mero incidente histórico, pois já havia sido predita no jardim do Éden (Gn 3.15). Por tanto, não se tratava apenas da morte de um justo, mas de um sacrifício vivo e perfeito, como oblação pelos nossos pecados, recebido por Deus como propiciação pelas nossas ofensas (Rm 3.25).


COMENTÁRIO


I. A MORTE DE JESUS FOI PREDITA NO ANTIGO TESTAMENTO

1. A promessa do sacrifício de Jesus. A primeira referencia ao anúncio da vinda do Messias já estava vinculada à sua morte: "E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar". (Gn 3.15). Com o passar dos tempos, Deus escolheu o patriarca Abraão e prometeu-lhe suscitar, dentre os seus descendentes, o Redentor (Gn 12.1-7; Gl 3.16). Dentre os filhos de Jacó, Deus escolheu Judá para ser um dos progenitores legais do Messias (Gn 49.10).


2. "Segundo as Escrituras". A morte física de Jesus aconteceu "segundo as Escrituras" (l Co 15.3). Ela já estava prevista no Antigo Testamento. Salmo 22 e Isaias 53 descrevem os pormenores dessa morte. Jesus afirmou que a Lei de Moisés e os Profetas se convergem nEle, sendo sua paixão e morte o cumprimento das Escrituras Sagradas (Lc 24.26,27;44-46). Os quatro Evangelhos apontam essa morte como cumprimento dos profetas (Mt 27.35; Mc 15.24; Lc 23.34; Jo 19.24,36,37). O sacrifício de Jesus é a conclusão dos ensinamentos do Antigo Testamento.


II. O DIA DA CRUCIFICAÇÃO

1. O dia se tornou em trevas (v. 44). Até a natureza foi afetada com a morte do Filho de Deus. O Sol negou a sua luz em pleno dia. Houve trevas em toda a Terra desde o meio-dia até às três horas da tarde. Isso aconteceu em todo o planeta e não foi um eclipse solar; tratava-se de uma escuridão sobrenatural.


2. O véu rasgado (v. 45). Quando Jesus morreu, o véu do templo se rasgou em duas partes, de alto a baixo. O "Véu do templo" era a cortina que separava o lugar Santo do lugar Santíssimo, onde somente o sumo sacerdote entrava uma só vez por ano, no dia da expiação (Ex 26.33; 30.10; Lv 16.15). O véu rasgado revela que a morte de Jesus abriu a todos os seres humanos o caminho para Deus (Hb 6.19,20; 10.19,20). O significado espiritual desse acontecimento se afirma claramente em Hebreus 9.1-14; 10.19-22.


3. O brado de Jesus (v. 46). Lucas foi o único escritor que registrou as últimas palavras de Jesus citadas antes de entregar o espírito ao Pai. O relato de Lucas mostra de maneira inconfundível que Jesus entregou-se por nós. Ele deu sua vida pelos pecadores, como havia prometido. A minha vida, disse, "ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou" (Jo 10.18). Jesus entregou o espírito com "grande brado" (Mc 15.37) ou com "grande voz" (Lc 23.46; Mt 27.50). O termo "está consumado" (Jo 19.30), tanto em grego como em aramaico, é uma só palavra. O brado de Jesus na cruz, declarando haver concluído a obra da redenção e entregando ao Pai o espírito, indica triunfo. Ele foi crucificado, mas vitorioso, cumpriu a sua missão gloriosamente.


4. A reação do centurião e da multidão (vv. 47,48). A morte de Jesus foi um acontecimento ímpar. O centurião reconheceu haver crucificado um homem justo, e a multidão "voltava batendo nos peitos" (v.48) como gesto de aturdimento. Estavam ali participando de um espetáculo de zombaria, mas de repente, as palavras de Jesus e os miraculosos sinais da natureza, que acompanharam a morte de nosso Senhor na cruz, despertaram as consciências daquelas pessôas, levando-as a um profunda lamentação por aquele crime sem precedentes na História. Era uma manifestação coletiva de culpa e vergonha; a reação foi um preparativo para o povo receber a mensagem de Pedro no dia de pentecostes (At 2.23).


5. Evidências externas. Historiadores judeus e romanos atestaram o sacrifício de Jesus. O fato foi registrado por Flávio Josefo, historiador judeu do primeiro século da Era Cristã. A literatura judaica antiga também menciona a morte de Jesus.


III. O SACRIFÍCIO VICÁRIO

1. A morte vicária. O termo "vicário" significa "o que faz a vez de outro; substituto". A morte vicária significa morte substitutiva, pois Jesus morreu, derramando seu sangue, em nosso lugar. Os apóstolos entenderam o significado teológico da morte de Jesus. O apóstolo Paulo ensinava que Cristo morreu em nosso lugar (l Co 15.3; Gl 2.20), e, que Deus propôs o sangue de seu Filho como propiciação pelos nossos pecados (Rm 3.25). Esse era também o ensino dos demais apóstolos (l Pe 3.18; l Jo 2.1,2).


2. A reconciliação pelo sangue. O Antigo Testamento ensinava a vinda de Jesus, sua paixão e morte, apresentando também a importância do sangue, no sacrifício do Calvário: "... é o sangue que fará expiação pela alma" (Lv 17.11). Isto é confirmado no Novo Testamento: "... sem derramamento de sangue não há remissão de pecados" (Hb 9.22). Expiação significa "remir a culpa", e, por extensão, "reconciliação". É a restauração de uma relação quebrada. Na cruz fomos reconciliados com Deus (ll Co 5.19; Ef 2.11-19).


3. A provisão de Deus para a salvação. A Bíblia ensina que "todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Rm 3.23) e que o homem é incapaz de salvar-se (Is 64.6; Ef 2.8,9) e de ir para o céu pela sua própria força, justiça e bondade. Deus proveu a salvação de maneira que a paz e a justiça se encontrassem (Sl 85.10). O sacrifício de Jesus satisfaz toda a justiça da Lei e dos profetas.


4. Os opositores da cruz de Cristo. Os muçulmanos negam terminantemente a morte de Jesus. O Corão ensina que Jesus não morreu. Essa é a mais grotesca negação do cristianismo. Rechaçar a História, afrmando que Jesus não morreu, é um disparate. A confirmação bíblica e histórica da morte de Jesus incontestável. A verdade é que a cruz de Cristo sempre foi escândalo para os que perecem (l Co 1.23).


CONCLUSÃO

Jesus morreu por toda a humanidade, a fim de expiar, diante de Deus, todos os nossos pecados. O nascimento, a morte e ressurreição de Jesus foram os acontecimentos mais importantes da história da humanidade. Então, curve-nos diante da cruz para recebermos o perdão de Cristo e adoremos aquEle que morreu e ressucitou para nos dar vida eterna.



Cópia do Comentário da Lição 11 da Revista da Escola Dominical.

Lições Bíblicas da Escola Dominical das Assembléias de Deus CPAD.




Costa

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