sábado, 8 de março de 2008

Para bispo, lei leva a comércio de embriões

LUIZ CARLOS DA CRUZ





Colaboração para a Agência Folha, em Toledo (PR)




O cardeal dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, disse ontem em Toledo (PR) que se o STF (Supremo Tribunal Federal) ratificar a Lei de Biossegurança, que permite as pesquisas com células-tronco embrionárias humanas, o Brasil poderá estimular um mercado informal de embriões.




"Se nada for feito, será questão de tempo chegar ao caos e nos deparar com o comércio de embriões", afirmou o líder religioso, que equipara a destruição de embriões ao aborto.




No campus da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Toledo, onde recebera o título de cidadão-honorário da cidade, Scherer defendeu a criação de comissões de bioética nas arquidioceses brasileiras. "É preciso uma reflexão sem paixão", disse.




O religioso defendeu ainda a intervenção do Estado para legislar em torno dos embriões congelados que atualmente estão espalhados em clínicas de fertilização in vitro.




Na última quarta-feira, o STF começou a julgar a constitucionalidade das pesquisas com células-tronco. Depois de uma apresentação com os votos dos ministros Carlos Ayres Britto (relator da matéria) e Ellen Gracie (presidente do STF) favoráveis às pesquisas, um pedido de vistas do ministro Carlos Alberto Menezes Direito suspendeu o julgamento por tempo indeterminado.



www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u379913.shtml

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