Lição 12 23/03/2008
A RESSURREIÇÃO DE JESUS (Tema)
TEXTO ÁUREO
"Aos quais também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias, e falando das coisas concernentes ao reino de Deus" (At 1.3).
VERDADE PRÁTICA
A ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo é a principal doutrina a do Novo Testamento. Sem ela o Cristianismo seria impossível.
HINOS SUGERIDOS I83, 197, 258
LEITURA BÍBLICA 1 Coríntios 15.1-9.
1 TAMBÉM vos notifico, irmãos, o evangelho que já vos tenho anunciado; o qual também recebestes, e no qual também permaneceis.
2 Pelo qual também sois salvos se o retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado; se não é que crestes em vão.
3 Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras,
4 E que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.
5 E que foi visto por Cefas, e depois pelos doze.
6 Depois foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem também.
7 Depois foi visto por Tiago, depois por todos os apóstolos.
8 E por derradeiro de todos me apareceu também a mim, como a um abortivo.
9 Porque eu sou o menor dos apóstolos, que não sou digno de ser chamado apóstolo, pois que persegui a igreja de Deus.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Dando continuidade ao nosso estudo sobre Jesus, Verdadeiro homem e Verdadeiro Deus, veremos na lição de hoje a sua ressurreição - a pedra angular do cristianismo, pois se Cristo não tivesse ressuscitado, não seria o que Ele próprio afirmou ser, "Mas agora Cristo ressuscitou dos mortos, e foi feito as primícias dos que dormem" (1 Co 15.20).
I. A DOUTRINA DA RESSURREIÇÃO DOS MORTOS
1. O ensino de Paulo sobre a ressurreição. O capítulo 15 da Primeira Epístola aos Coríntios é uma exposição detalhada sobre a doutrina da ressurreição dos mortos. Paulo começa tratando da ressurreição de Jesus. Muitos da igreja de Corinto diziam não haver ressurreição (1 Co 15.12). Negavam até a ressurreição do próprio Cristo. Eram influenciados pelas idéias do racionalistas dos filósofos gregos. Lembre-se: "as más conversações corrompem os bons costumes" (1 Co 15.33). Por isso, Paulo apresenta aos irmãos de Corinto as provas indestrutíveis da ressurreição de Jesus.
2. A Bíblia e a ressurreição dos mortos. Ressuscitar significa despertar, levantar dentre os mortos. A Bíblia diz que o mesmo corpo, que foi sepultado, será reerguido quando da ressurreição (1 Co 15.35-44). Jesus afirmou que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz ( Jo 5.28-29) assim como Lázaro ouviu a voz de Cristo, estando já quatro dias no sepulcro (Jo 11.39, 43, 44).
II. OS QUE NÃO CRÊEM NA RESSURREIÇÃO
1. Os saduceus. Os saduceus eram intelectuais da época de Cristo. Na sua maioria eram sacerdotes e membros do Sinédrio - o supremo tribunal judaico (At 5.17). Eles aceitavam somente o Pentateuco - a Lei de Moisés. Os três Evangelhos Sinóticos afirmam que eles não criam na ressurreição (Mt 22.23; Mc 12.18; Lc 20.27) e na existência de anjos ( At 23.8). Diziam que a crença da ressurreição dos mortos não podia ser confirmada nos escritos de Moisés. O historiador Flávio Josefo declara que a crença deles era de que a alma morria com o corpo, opondo-se assim aos fariseus que criam nessas doutrinas.
2. Os gregos. Não eram só os saduceus que negavam a ressurreição dos mortos: os gregos também procediam da mesma forma(At 17.32; 1Co 15.12). Na atualidade os céticos, materialistas e até grupos religiosos negam, de igual modo, a doutrina bíblica da ressurreição.
3. A insensatez dos incrédulos. Myer Pearlmam, os judeus poderiam ter refutado o testemunho dos primeiros pregadores se tivessem exibido o corpo de Jesus. Mas não o fizeram - porque Cristo ressuscitara corporalmente (Lc 24.3). Muitos argumentos contrários à ressurreição de Jesus são tão inconsistentes que, por si mesmos, se auto-refutam. Negar a ressurreição de Jesus é tolice. Se a ressurreição de Jesus não fossem fato real. o cristianismo teria morrido em seu nascedouro. A Bíblia, porém, afirma que o túmulo de Jesus foi encontrado vazio (Mt 28.6). Onde, pois, estava o corpo crucificado? O próprio Jesus falou acerca da sua morte e ressurreição ao terceiro dia (Jo 2.19-22).
III. A RESSURREIÇÃO DE CRISTO
1. "Segundo as Escrituras" (V.4). A ressurreição de Jesus fazia parte do plano divino da redenção. As evidências da ressurreição do Mestre já se encontravam nas "Escrituras" desde o Antigo Testamento (Sl 16.8-10; Os 6.2). O primeiro argumento para fundamentar a doutrina do Cristo ressuscitado tem sua base na Palavra de Deus. Depois temos a provas factuais, pois a ressurreição de Jesus é um fato incontestável. A Bíblia afirma que Jesus "... se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias" (At 1.3). A expressão "infalíveis provas", no original grego só aparece aqui, em todo o Novo Testamento, e distingue-se do vocábulo "testemunho" e de outros termos similares. É uma palavra técnica para "prova incontestável"; refere-se, por conseguinte, à prova baseada em fatos que, por si só, suscitam credibilidade. Essas palavras infalíveis e incontestáveis jamais poderam ser refutadas. As autoridades religiosas de Jerusalém lutaram muito para neutralizá-las, mas não o conseguiram (Mt 28.11-15).
2. Evidências das testemunhas pessoais (v.5). Paulo afirmou que Jesus se apresentou vivo a Pedro (Lc 24.34), depois aos demais apóstolos durante 40 dias (At 1.3). Eles pagaram um preço muito alto pelo que viram e testemunharam. Foram perseguidos, presos, torturados e mortos porque afirmaram que Jesus estava vivo (At 12.1-3). Isso está também na história, e não apenas no Novo Testamento. Quem estaria disposto a morrer por uma mentira? Talvez algum insensato, mas não tanta gente. De fato, Cristo ressuscitou. Aleluia!
3. Quinhentas testemunhas (v.6). Paulo afirma que caso os coríntios dividissem de Pedro e dos outros apóstolos, eles poderiam apresentar um grupo maior, pois o Senhor Jesus foi visto, certa vez, por mais de quinhentos irmãos. É interessante ressaltar que o apóstolo escreveu a Primeira Epístola aos coríntios cerca de trinta anos depois de o fato ter acontecido, afirmando que muitas destas testemunhas ainda estavam vivas. Em outras palavras, estava colocando as provas à disposição de qualquer interessado.
4. Foi visto até pelos que não criam. Paulo menciona o fato de Tiago Irmão (irmão do Senhor, que durante a vida de Jesus na Terra não cria nEle) ter sido uma testemunha da ressurreição (Mc 6.3; Jo 7.5). Aparentemente, a ressurreição de Jesus o havia convencido da verdade a respeito de Cristo, pois ele estava entre o grupo que compareceu ao cenáculo depois da ascensão (At 1.13). Paulo, o maior perseguidor da fé cristã, também teve um encontro com o Cristo ressurreto. Ele mesmo conta como foi esse encontro (At 22.5-8). Jesus provou a Paulo que Ele estava vivo. Com isso, tornou-se Paulo o maior defensor dessa doutrina. Trata-se, pois, de um doutor da lei, líder da religião dos judeus e perseguidor dos cristãos que se converteram a Jesus.
IV. O SIGNIFICADO DA RESSURREIÇÃO DE JESUS
1. A ressurreição do corpo. Deus garantiu que o corpo do Senhor Jesus Cristo não veria a corrupção, não se deterioraria (Sl 16.10); essa profecia cumpriu-se em sua ressurreição (At 2.24-30). O corpo que foi crucificado, não pôde ficar na sepultura. Jesus apresentou-se aos seus discípulos, dizendo ser Ele mesmo, e não uma aparição fantasmagórica. Isso prova que a sua ressurreição não foi em espírito. Ele ressuscitou em carne e osso (Lc 24.39,40).
2. Seu significado. A ressurreição de Cristo não consistiu apenas no fato de Ele tornar a viver, pois, se assim fosse, não haveria diferença das ressurreições registradas no Antigo Testamento, nem Jesus poderia ser considerado "as primícias dos que dormem" 1 Co 15.20); nem o "primogênito dentre os mortos" (Cl 1.18). A ressurreição de Cristo significa a sua glorificação e exaltação (Jo 7.39; Rm 6.4; Fp 3.20,21); a vitória esmagadora sobre Satanás, o pecado, a morte e o inferno (1Co 15.54-56; Ap 1.17,18). É a viga mestra e o pilar do cristianismo. Cristo foi o primeiro a ressuscitar para jamais voltar a morrer (1Co 15.20). Ele é o nosso precursor, a garantia de que, no final, ressuscitaremos para a vida eterna. Jesus determinou que sua morte e ressurreição fossem o centro da pregação do Evangelho (Lc 24.44-47).
CONCLUSÃO
A morte expiatória de Jesus foi uma realidade divina; mostra que o homem pode encontrar o perdão dos seus pecados, e assim ter paz com Deus (Rm 4.25). A ressurreição de Jesus prova que a sua morte expiatória foi aceita pelo Pai. Ele ressuscitou e os que já dormem no Senhor, quando do arrebatamento da Igreja, também ressuscitarão para a vida eterna juntamente com Ele.
Cópia do Comentário das:
Lições Bíblicas, Jovens e Adultos
1º Trimestre de 2008.
C P A D
Costa
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