quinta-feira, 23 de abril de 2009

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL




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A publicação da Lição da Escola Bíblica Dominical neste Site, vem de Deus, Ele pôs em minha mente o propósito de fazer a divulgação do alimento espiritual que recebemos em nossas Igrejas semanalmente para que nossos irmãos que encontram-se espalhados pelo mundo a fora, cumprindo a missão também recebida de Deus; anunciando o Evangelho por lugares desfavorecidos do acesso a este conteúdo, possam compartilhar deste pão com os filhos de Deus sob suas orientações.

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Tenho a certeza de que estou cumprindo como servo do Senhor meu Deus, mais uma vez o dever de servo, junto a evangelização internacional, nacional e Igrejas que não desfrutam de acesso favorável para conseguir a revista.

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Em virtude da cobertura do Blog ser a nível internacional, utilizamo-lo como o veículo adequado para o cumprimento dessa tarefa de levar esta Mensagem a todos os continentes de nosso mais belo planeta.

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À Missão Nacional, Internacional e Igrejas.

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Lição 04

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26 de Abril de 2009

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Tema: DESPENSEIROS DOS MISTÉRIOS DE DEUS

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Texto Áureo: “Que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus” (1 Co 4.1).

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Verdade Prática: Deus não precisa da ajuda humana, mas permite que seus ministros participem da realização de seus eternos propósitos.

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Hinos sugeridos: 409, 602, 605.

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Leitura Bíblica: 1 Coríntios 4.1-5, 14-16.

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1 — Que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus

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2 — Além disso, requer-se nos despenseiros que cada um se ache fiel.

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3— Todavia, a mim mui pouco se me dó de ser julgado por vós ou por algum juízo humano; nem eu tampouco a mim mesmo me julgo.

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4— Porque em nada me sinto culpado; mas nem por isso me considero justificado, pois quem me julga é o Senhor.

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5 — Portanto, nada julgueis antes de tempo, até que o

Senhor venha, o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas e manifestará os desígnios dos corações; e, então, cada um receberá de Deus o louvor.

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14— Não escrevo essas coisas para vos envergonhar; mas admoesto-vos como meus filhos amados.

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15— Porque, ainda que tivésseis dez mil aios em Cristo, não teríeis, contudo, muitos pais; porque eu, pelo evangelho, vos gerei em Jesus Cristo.

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16—Admoesto-vos, portanto, a que sejais meus imitadores.

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INTRODUÇÃO

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Quem são os verdadeiros ministros de Cristo segundo a Bíblia? Como identificá-los? Quais são suas qualidades? Qual é a sua missão? No versículo 1 da Leitura Bíblica em Classe, Paulo ao destacar o papel do obreiro cristão, emprega dois vocábulos traduzidos por “ministro” (hypêretés) e “despenseiro” (oikonomos). O primeiro refere-se ao remador de um navio da época, que remava abaixo da linha da superfície. Seu trabalho era volumoso, pesado e sempre sob as ordens de um chefe. A lição aqui comunicada é de subordinação aos superiores, trabalho e humildade, O segundo diz respeito a um servo administrador de uma casa ou propriedade. É a lição da fidelidade, capacidade e responsabilidade.

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I. OS VERDADEIROS MINISTROS DE CRISTO

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1. São chamados pela vontade de Deus. Só os autenticamente chamados por Deus devem, de fato, exercer o ministério evangélico (Hb 5.4). Paulo tinha plena convicção de que fora separado por Deus para pregar sua Palavra: At 13.2; Rm 1.1;Gll.15. “Fomos aprovados de Deus para que o evangelho nos fosse confiado” (1 Ts 2.4). Quem exerce o santo ministério sem a direta convocação do Senhor—o dono da obra — é um intruso, e quanto mais cedo desistir, melhor, pois está profanando as coisas santas.

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2. Têm senso de responsabilidade ministerial. Um genuíno obreiro de Cristo tem acurado discernimento espiritual. Ele sempre age com o objetivo de obter um bom testemunho (1 Tm 3.7). A vida do ministro de Deus precisa ser observada, respeitada e aprovada não só pelos descrentes, mas, especialmente, pelos irmãos em Cristo (3 Jo v.1 2).

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3. São piedosos e íntegros. O verdadeiro ministro de Cristo vive uma vida digna, não só diante de Deus, mas também dos homens (2 Co 8.21; 1 Tm 6.11,12). Comporta-se de modo honroso no trabalho, na vizinhança e na família, sem escândalos. Assim como o profeta Elizeu, pode ouvir dos que o cercavam: “Este que passa sempre por nós é um santo homem de Deus” (2 Rs 4.9). A santidade é um imperativo na vida do obreiro.

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Um bom ministro de Cristo não apenas ordena, mas, em tudo é o exemplo para o rebanho, no seu comportamento, nas orações, nos dízimos e ofertas etc. (Hb

7.8,9; Ml 3.10).

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4. São comprometidos com a Palavra de Deus (2 Tm 2.15; 4.2). Isto é, pregam a Palavra de Cristo e não “palavras persuasivas de sabedoria humana” (1 Co 2.4). O servo do Senhor não deve enxertar seus sermões com retórica política, comentários da mídia e psicologia popular.

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II. A MISSÃO DOS MINISTROS DE CRISTO

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A missão de todos os chamados por Deus para realizar sua obra, especialmente por meio da pregação do evangelho, apóia-se em três pilares:

1.Serviço. Na vida secular entendemos a palavra ministro como um título de alguém que ocupa um alto cargo no governo com elevada autoridade: Primeiro Ministro, Ministro da Economia, Ministro de Educação e, assim por diante. Todavia, o termo ministro no âmbito bíblico-eclesiástico, conforme descrito no Novo Testamento, refere-se a um servo, serviçal, prestador de serviço, ministrador, assistente, atendente, como em 1 Co 3.5; 2 Co 6.4 (diakonos); Rm 1 5.1 6; Hb 8.2 (leitourgos); At 26.1 6; 1 Co 4.1 (hypêretês).

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Todo servo no trabalho do Senhor é pequeno, humilde, seja qual for a sua posição. Só o Eterno é infinitamente grande. Se alguém pensa que é grande, não é nada diante dEle!

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O verdadeiro servo de Deus não tem vontade própria; seu prazer e realização estão em fazer a vontade do Senhor, por amor, gratidão, e privilégio.

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2. Mordomia. O apóstolo Paulo e seus companheiros de ministério não se consideravam donos da obra de Deus, mas mordomos do Senhor, isto é, “despenseiros dos mistérios de Deus” (v.1), ou seja, aqueles que administram os negócios de seu Senhor.

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O obreiro cristão, portanto, não é dono da obra, serviço ou trabalho que ele faz para Deus na Igreja. O Altíssimo dá obreiros à Igreja (Ef 4.1 1), mas não dá Igreja aos obreiros como propriedade sua para fazer o que deseja e como quiser.

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A Igreja (At 20.28), o rebanho (1 Pe 5.2) e a obra pertencem ao Senhor (1 Co 15.58).

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3. Fidelidade. Fidelidade é um atributo de Deus. Ele é fiel (1 Co 1.9; 10.13;Ap 19.11). Não há dúvida de que esta é a qualidade primordial de um ministro de Cristo: “requer-se nos despenseiros que cada um se ache fiel” (1 Co 4.2; Mt 24.45). De nada adianta o obreiro pregar o evangelho e ensinar a Palavra, se ele é desobediente, displicente, e nem sequer pratica o que prega e ensina. É necessário que o servo seja fiel ao seu Senhor e à sua obra, diariamente. A verdadeira fidelidade revela-se em nossos atos cotidianos. Devemos cumprir a nossa palavra e promessas que fazemos às pessoas (Mt 5.37; Tg 5.1 2). Os olhos do Senhor estão à procura dos que são fiéis (SI 101 .6). Em Jeremias 48.10 encontramos um veemente alerta de Deus nesse sentido.

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III MINISTROS DOS MISTÉRIOS DE DEUS

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Que mistérios sãos estes? Conforme 1 Coríntios 2.7, são as verdades e doutrinas bíblicas da redenção e do glorioso futuro da Igreja do Senhor, desconhecidas no Antigo Testamento, mas reveladas por Jesus nos Evangelhos, e pelo Espírito Santo através dos escritores das epístolas do Novo Testamento: “Falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória”.

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IV. A AVALIAÇÃO DOS MINISTROS DE CRISTO (1 CO 4. 3-5)

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1. O juízo dos outros (v.3). Paulo declarou que pouco se importava com a avaliação dos coríntios a respeito dele e do seu ministério. Ele não permitia que tais juízos influenciassem sua fé e conduta. Os Coríntios não estavam em condições de julgar os outros. Como um despenseiro de Deus, ele era diretamente responsável diante de Cristo. Nenhum obreiro deve julgar temerariamente seus pares. O Senhor, na sua vinda trará à luz as ações e os desígnios secretos de cada um. Então, cada um receberá a sua recompensa (v.5).

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2. O juízo próprio. Paulo também não dependia de juízo próprio: “nem eu tampouco a mim mesmo me julgo” (v.3). O juízo próprio é perigoso porque a pessoa facilmente sanciona as suas próprias opiniões, aprova a sua própria conduta e acalenta seus próprios erros.

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3. O juízo de Deus (v.5). Como servos do Senhor, Paulo e seus companheiros de ministério deveriam ser avaliados e julgados pelo seu Senhor e Mestre, e não pelos coríntios (vv.3-7). Não existe obreiro perfeito, mas também não existe congregação perfeita, como era o caso de Corinto. Arão, o ministro, fez a congregação de Israel pecar diante do Senhor (Ex 32). Todavia, a mesma congregação também fez Moisés pecar (Dt 1 .3 7,38; 3.26; Sl 106.32,33).

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4. O juízo do Tribunal de Cristo (v.5). “Portanto, nada julgueis antes de tempo, até que o Senhor venha, o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas, e manifestará os desígnios dos corações; e, então, cada um receberá de Deus o louvor” (cf. 1 Co 3.13-15; 2 Co 5.10; Rm 14.10,12).

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O que é, e como se dará esse juízo?

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a) A Bíblia afirma que “todos”, sem exceção, seremos julgados (2 Co 5.10; Rm 14.10,12).

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b) Trata-se de julgamento e recompensa (ou perda de recompensa) das obras, trabalho, serviço, desempenho e testemunho cristão. Este fato acontecerá nos lugares celestiais, a saber, no Tribunal de Cristo.

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c) O julgamento não diz respeito ao destino eterno do crente, mas às suas obras. O cristão jamais será julgado como filho de Deus T(jo 1.12,13; 5.24; Rm 8.1), mas o será como servo. Filho de Deus, no sentido de salvo pelo sangue de Cristo, só há um tipo, mas de servo, há vários. Isto será notório naquele grande dia.

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São altamente solenes para todos os santos as palavras de Apocalipse 14.13, vindas do Espírito Santo: “E ouvi uma voz do céu, que me dizia: Escreve: Bem- aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os sigam”.

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d) O Tribunal de Cristo é o dia da pesagem das nossas obras na justa balança de Deus (1 Sm 2.3). O Senhor julgará não somente os atos, mas também os motivos e meios que levaram a eles (1 Jo 3.1 5). Nossas ações, mesmo boas, mas com motivações erradas, egoístas, indignas, injustas e até anti-bíblicas serão severamente julgadas. Sete vezes nas cartas às igrejas, no Apocalipse, Jesus declarou: “Eu sei as tuas obras”.

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CONCLUSÃO

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Nesta lição, aprendemos que a vitória dos israelitas estava condicionada à obediência ao Senhor e à sua Palavra. Deus não apenas cumpriu as promessas que lhes fez no passado, mas assegurou-lhes novas vitórias no futuro. Se formos submissos ao Senhor e a sua Palavra, teremos as mesmas garantias, promessas e vitórias.

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Revista Trimestral; Lições Bíblicas, 2º Trimestre, Editora CPAD Rio de Janeiro – RJ 2009.
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Costa
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