De saída, primeiro-ministro israelense defende ofensiva em Gaza e pede que direita continue negociação de paz
Agências internacionais
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Na véspera do discurso de Olmert endossando a ação em Gaza, a Justiça Militar israelense decidiu arquivar definitivamente o inquérito que conduzia sobre supostos abusos cometidos por soldados de Israel contra civis palestinos durante as três semanas de ofensiva na Faixa de Gaza, entre dezembro e janeiro. A justificativa, segundo o chefe do Judiciário do Exército, o general Avichai Mendelblit, é que as denúncias "têm por base rumores e carecem de respaldo".
Em 15 de fevereiro, militares que integraram a chamada Operação Chumbo Grosso relataram, durante uma palestra em uma academia militar, violações contra civis - que acabaram vazando para a imprensa. Entre os abusos mais chocantes, estão histórias de um atirador de elite que disparou numa idosa e de tiros contra outra mulher que teria se aproximado de uma unidade israelense. Há ainda o relato do assassinato, também por um atirador de elite, de uma mãe e dois filhos que não teriam obedecido ao comando dos militares e, ao invés de virar à direita, viraram à esquerda. Com a divulgação dos testemunhos pelo jornal Haaretz, ONGs israelenses exigiram a abertura de um inquérito independente. Mas a investigação ficou a cargo do Exército.
Olmert ressaltou ainda os trabalhos de seu governo de centro-esquerda em negociar a paz com os vizinhos. "Nossos ávidos esforços pela paz foram reconhecidos pela comunidade internacional", afirmou. Ele ainda pediu especificamente para que Netanyahu continue as conversas com a Síria sobre a disputa pelas Colinas de Golan, processo iniciado por Olmert.
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