segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Irmã Lindalva é beatificada

Cerca de 30 mil pessoas acompanharam a cerimônia

Rafael Sigollo e Paulo Leandro


Cerca de 30 mil pessoas compareceram ontem ao Estádio do Barradão, em Salvador, para a missa de beatificação da freira Lindalva Oliveira. Ela foi considerada mártir por ter sido assassinada numa Sexta-feira da Paixão, por um interno do Abrigo D. Pedro II, que cuida de idosos.

Augusto Peixoto aplicou 44 facadas em abril de 1993, alegando que a irmã não correspondia ao desejo que ele sentia. Nascida em Açu, no Rio Grande do Norte, a irmã Lindalva tinha apenas seis anos de vida religiosa quando foi assassinada.

A morte da irmã serviu de base para que d. Geraldo Agnelo, ex-presidente da CNBB, pedisse, em 1999, a beatificação de Lindalva, ao tomar conhecimento de um caso semelhante ocorrido com uma religiosa italiana. O processo de beatificação durou apenas sete anos e dez meses.

O Barradão recebeu um público diversificado, com destaque para as caravanas de freiras da Companhia das Filhas de Caridade São Vicente de Paulo, grupo ao qual pertencia a irmã Lindalva. Havia inclusive evangélicos em meio aos católicos, que chegaram em ônibus cedidos por empresários de transporte de Salvador.

Os fiéis aproveitaram para pedir ao representante do Vaticano, cardeal José Martins, a beatificação de Irmã Dulce, freira baiana famosa por sua obra assistencial.

Também ontem, na catedral da Sé, em São Paulo, foi realizada a primeira missa de d. Odilo Scherer desde que foi elevado a cardeal pelo papa Bento XVI, no dia 24 de novembro.

Além de centenas de fiéis, a celebração contou com a presença de bispos e políticos. O prefeito Gilberto Kassab afirmou que a Igreja sempre foi "parceira" da cidade e ter d. Odilo como cardeal é um presente para o centenário da arquidiocese, a ser comemorado em 2008. A ministra Marta Suplicy estava presente, representando o presidente Lula.


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